Vou fazer uma pequena contextualização da parábola para que você entenda  melhor a história. Na parábola, um dono de uma fazenda tem uma  empreitada em sua propriedade e precisará de um bom número de  trabalhadores para a realização dela. Ele sai e começa a contratar  pessoas. Lá pelas 7h da manhã contrata alguns trabalhadores que deverão  trabalhar das 8h às 18h. Ele combina que lhes pagará ao final do dia um  denário [vamos imaginar que seja pelo valor de R$ 50,00]. Lá pelas 12h,  encontra mais alguns e combina o mesmo valor pelo trabalho das 13h às  18h. Às 15h, contrata ainda alguns, para trabalhar das 16h às 18h, pelos  mesmos R$ 50,00.
No fim do expediente, o dono da fazenda vai  fazendo os pagamentos e aqueles trabalhadores que começaram o trabalho  mais cedo acusam o dono da fazenda de ser injusto, achando que ele  deveria lhes pagar mais por terem trabalhado mais.
Ensino:
Essa  parábola ensina, principalmente, sobre a graça, bondade e justiça de  Deus. Se olharmos com os olhos humanos para essa parábola, certamente,  acharemos que esse dono da fazenda foi injusto, afinal, quem trabalhou  mais deveria ganhar mais. O dono da fazenda deveria pagar menos para  quem trabalhou menos e mais para quem trabalhou mais. Mas será que ele  foi mesmo injusto?
Note que o Dono da fazenda em nenhum momento  foi injusto. Aquilo que ele combinou, foi o que fez. Os R$ 50,00  combinados foi o que foi pago. “Mas o proprietário, respondendo, disse a  um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um  denário?” (Mt 20. 13).
Na verdade, o problema estava naqueles  homens que invejavam o que o dono da fazenda fez pelos outros que  trabalharam menos. Eles deixaram de enxergar a justiça que receberam  para questionar a bondade do dono da vinha para com os outros  trabalhadores.
O dono da fazenda foi justo para com todos, pois  fez o combinado. E ele ainda deixa claro que ele tinha soberania sobre o  que era dele para fazer o que quiser. Ele tinha liberdade de distribuir  a sua graça a quem quisesse. É evidente que ele foi muito bondoso com  os que trabalharam menos, o que deixou os outros trabalhadores  revoltados injustamente. “Porventura, não me é lícito fazer o que quero  do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?” (Mt 20. 15).
O  dono da fazenda é Deus. Jesus nos ensina aqui que devemos crer na  justiça e bondade de Deus para com todos. Deus não faz injustiças.  Devemos cuidar para não sermos enganados pelas nossas percepções humanas  a ponto de errarmos achando que o Deus Todo-Poderoso está sendo  injusto, ou julgá-lo, achando que Ele não pode distribuir a sua bondade  pra quem Ele desejar. Faça como fizer o dono da Fazenda (Deus) sempre  estará agindo dentro da justiça, bondade e graça com cada um de nós. Não  temos o que reclamar...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
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