O ESPÍRITO SANTO
Texto Base: “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir” Jo 16: 13.
Jesus e o Espírito Santo
Jesus esperou ter a maioridade dos judeus, 30 anos, para iniciar o seu ministério terreno (Lc 3:23). Durante esse tempo, Ele esteve na rotina da carpintaria, atendendo a clientela de Nazaré. Recebia encomendas e as executava (Mt 13:55, Mc 6:3). Eram portais, janelas e mobílias que saíam de suas mãos calosas naquela oficina de trabalho pesado. A exemplo do Senhor, nós também precisamos de preparo para ir à obra, ao ministério para o qual Ele nos vocacionou.
Jesus bem poderia ter sido um professor, um escriba ou ter qualquer outra profissão. Entretanto o fato de ser um carpinteiro nos traz ensinos maravilhosos, quando olhamos o significado espiritual desse seu trabalho. O carpinteiro trabalha com a madeira. Ele transforma o tronco da árvore em objetos e móveis de grande utilidade e beleza. Para fazer sua obra, ele utiliza ferramentas específicas e precisas.
Assim, desse modo, nós somos transformados em “vasos úteis para toda boa obra” (II Tm 2:20-21), ou seja, utensílios para a Casa de Deus. Jesus trabalhou na vida de seus discípulos. Ele os ensinava dia após dia. Comiam com Ele e ouviam as suas palavras de vida eterna. Entretanto, somente após a ressurreição de Jesus, quando estavam todos reunidos no monte das Oliveiras, é que ouviram a ordem do Senhor para que ficassem em Jerusalém até serem revestidos do poder do alto (At 1:4-8). Os discípulos precisavam do poder de Deus para cumprir suas ordenanças e levar as “boas novas” a toda criatura. Eles precisavam do Espírito Santo (Jo 14:26).
A descida do Espírito Santo
Jesus morreu no dia da Páscoa, exatamente às 03 h (Mc 15:34), quando o cordeiro pascal era imolado nas casas dos judeus (Ex 12:6). Ele é o “cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Ele ficou 3 dias no túmulo, de acordo com a palavra profética a esse respeito. E, após a sua ressurreição, Jesus apareceu aos seus discípulos durante 40 dias. Ou seja, Jesus iniciou o seu ministério com 40 dias de provação (sendo tentado no deserto pelo inimigo) e fechou o seu ministério vitorioso também com 40 dias gloriosos, vestido de um corpo ressurreto e majestoso.
E, naquele dia memorável, no cume do monte das Oliveiras, Jesus ascendeu aos céus na vista de mais de 500 irmãos (I Co 15:6). É muito importante que sua ascenção fosse do monte das Oliveiras (At 1:12). É da oliveira que se tira o azeite. O azeite, na Bíblia simboliza o Espírito Santo. Foi ali, naquele monte, num jardim (Getsêmani), que Jesus agonizou, recebendo do Pai e do Espírito Santo a graça para passar aqueles momentos terríveis que viriam, culminando com a morte de cruz.
É no monte das Oliveiras que Jesus voltará para resgatar Israel (At 1:10-11). Isto tudo nos leva a pensar no maravilhoso ministério do Espírito Santo na terra, no meio da igreja.
Ali, no monte, Jesus dirigiu aos discípulos suas últimas palavras: “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1:4-5).
Eles obedeceram, mesmo que apenas 120 irmãos perseveraram em oração (por uma semana – dia e noite). Já se haviam passado 43 dias da ressurreição de Jesus, quando se deu o Pentecostes (50 dias após a Páscoa). Eles estavam reunidos, quando ouviram um som, como de um vento impetuoso, e viram línguas, como de fogo, em cima das cabeças deles. E foram cheios do Espírito Santo (At 2:1-4). Receberam o poder de Deus para testemunhar da vida eterna em Cristo. Receberam a capacitação para cumprir as orientações de Jesus e para amar uns aos outros.
O Espírito Santo na Igreja Primitiva
A primeira coisa que os discípulos fizeram, quando cheios do Espírito Santo, foi “adorar a Deus”, falando de suas grandezas nas línguas das nações ali representadas (At 2:11). O Espírito Santo estava dirigindo a novel igreja a levar as “boas novas” para o mundo inteiro (At 2:40-41).
Primeiro a oração. Então veio o “enchimento do poder de Deus”. Estando cheios da alegria e do poder do Espírito Santo, eles começaram a adorar, falando das grandezas de Deus. E, em seguida, saíram do cenáculo fechado, abriram suas portas e foram para fora, testemunhando do amor de Deus às nações. Acabou-se o medo. Acabou-se a timidez. Acabaram-se as preocupações com a própria vida e com a perseguição dos judeus e dos romanos.
Agora os discípulos eram ousados e cheios de tanta graça e poder que transtornaram Jerusalém e todos os lugares por onde passavam (At 5:29). Daí em diante, ninguém mais poderia segurar a Igreja do Senhor. Ninguém poderia barrar a marcha triunfante contra as portas do inferno. A igreja marchava com grande triunfo, arrebatando as vidas das garras do inimigo.
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
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