BISPO/JUIZ.DR.BENEDITO EDSON CAVALCANTE DA SILVA
04/12/2010
Referência Bíblica - Mt.4.1
1.1 Introdução
Jesus foi para o deserto para ser provado. O texto é uma analogia aos quarenta anos que o povo passou no deserto. O povo, na época de Moisés, passou por 3 tentações, da mesma forma Jesus foi provado estando no deserto por quarenta dias. Com isto Jesus nos mostra que é possível vencer estas tentações, que são: 1a ) a de buscar o seu alimento sem o auxílio de Deus: ( Dt. 8.3): “Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem”. 2a) a de tentar Deus para satisfazer as necessidades momentâneas (Dt.6.16 e 18): “ Não tentarás o Senhor, teu Deus, como o tentaste em Massa. Farás o que é reto e bom aos olhos do Senhor, para que o bem te suceda, e entres, e possuas”... 3a) Para deixar de lado aquilo que mais o homem busca: poder terreno: (v.8) “mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles”. Na verdade, o povo quando estava no deserto falhou nestes três requisitos, e Jesus foi para o deserto para mostrar que não importa a provação, pois, a pessoa submissa à vontade de Deus sempre irá prevalecer. Qual é então o seu deserto? Qual é a provação que tem feito você pensar que está atravessando um deserto? Talvez seja o desemprego, a morte, o rompimento por um divórcio, fim de um noivado ou por não conseguir um, a doença ou até uma falência. Não importa o que seja, pois, Deus sempre estará nos mostrando o que fazer para vencer.
1.2 Transição
O que devo fazer para vencer o deserto que se abre em minha frente?
1.3 No deserto teremos que sempre olhar para nós mesmos
Fora do deserto (provação) é fácil acusar os outros pelos seus fracassos. No deserto não tem nada para olhar, não há nada que vai nos chamar atenção, e por isto somos obrigados a olhar para nós mesmos, somos o objeto de nossa própria análise – no deserto nos redescobrimos – e começamos a conhecer onde realmente podemos chegar e onde descobrimos que temos forças que jamais pensamos que teríamos: Como, por exemplo, uma mãe que luta desesperadamente para salvar a vida do seu filho, que vai até mesmo contra os diagnósticos da medicina. Provação nem sempre é castigo e sim, é um método permissivo de Deus para nos fazer conhecer a força que existe dentro de nós, para simplesmente nos tirar do comodismo espiritual. O que temos dentro de nós? Órgãos, Alma e Espírito. Mas o servo de Deus tem o Espírito Santo para trazer o entendimento do porque estar passando pelas provações e para lhe dar forças para vencer a prova e obter a vitória. Às vezes as pessoas só entendem a voz e a vontade de Deus em meio à provação:
• O deserto nos faz refletir sobre a nossa condição
(Dt.8.2): “Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos”. Isto aconteceu com Agar e o seu filho no deserto, eles saíram errantes com a finalidade de apenas sobreviver no deserto. A sua condição de mãe foi apenas colocar o seu filho debaixo de um arbusto para que ele pudesse morrer sem ela ver, pois ela achou que não tinha mais solução, e a sua condição era apenas aquela. Deus agiu: “Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está” [estava no deserto] (Gn 21.17). Isto aconteceu porque ela estava apenas olhando a provação do deserto, mas, quando ela começou a ouvir a voz de Deus no deserto, começou a ver a saída: “Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela uma poço de água”. No deserto, ou em tempo de prova, precisamos que o Senhor abra os nossos olhos, para podemos enxergar e ver a saída, ver aquilo que os outros não vêem.
• O deserto nos ensina a valorizar as coisas de Deus
Muitas vezes estamos vivendo uma vida medíocre, espiritualmente falando, e a provação nos faz despertar para valorizar as coisas de Deus: (Sl.119.67): “antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra”.
1.4 No deserto somos capacitados por Deus
O deserto faz parte da própria experiência Cristã: (Rm.5.3-5): “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança; Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo”... Isto tudo se resume na vida de Jó, o qual a Bíblia diz que era homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Mesmo com todas estas qualidades, Jó precisou passar por uma experiência mais profunda do que a conduta, e foi pela provação que ele confessou que precisava mais: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem”.
1.5 Mesmo estando no deserto iremos encontrar força espiritual para vencermos os desafios
O deserto mostra a nossa fraqueza e o sustento de Deus: ( 2Cor.12.10): “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. Não olhe para as suas limitações, pois, Deus faz a obra com muito ou com pouco – quando você negar a enfrentar um problema, ele não desaparecerá, ao contrário, cada vez mais ele irá crescer, mas quando enfrentamos o problema nós nos fortalecemos e somos vitoriosos – pois, o melhor é enfrentar um problema sabendo que Deus é conosco.
1.6 Conclusão
T odo deserto (provação) tem o seu tempo determinado: Moisés passou 40 anos no deserto, Elias 40 dias e Jesus 40 dias.. Sendo assim, depois que passou a tentação de Jesus, eis que os anjos vieram e o serviram. Da mesma forma a sua provação irá passar e Deus dará a sua benção pois estará pronto a fazer você superar os desafios.
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