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terça-feira, 31 de agosto de 2021

TIPOS DE AMIZADES.

 

TIPOS DE AMIZADES.

Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo” Provérbios 27.17

-Introdução: Falar de amizade no mundo atual está ficando cada vez mais difícil. Até mesmo porque o sentido de muitas palavras está mudando por causa da inversão de valores, que tem feito o amor esfriar (Mateus 24.12). Ter amigos não significa um número de seguidores na rede social e estar sozinho numa mesa ao lado de outras pessoas olhando para o celular. O ‘melhor amigo do homem’ não pode ser apenas um animal de estimação, mas alguém que seja ‘humano’, no sentido profundo da palavra.
O livro de Provérbios traz palavras de sabedoria que servem para muitas áreas da vida, principalmente relacionamentos como amizade. Num mundo em que a vida humana tem sido desvalorizada como objetos descartáveis e as pessoas são facilmente difamadas no mundo virtual (Provérbios 16.28), precisamos reaprender sobre a verdadeira amizade.
Você tem amigos de verdade?
Vamos refletir em palavras do livro de Provérbios a respeito dos tipos de amizade:

1- Amizade Circunstancial:
Provérbios 19.6 “Ao generoso, muitos o adulam, e todos são amigos do que dá presentes”.
Amizade circunstancial acontece quando você conhece uma pessoa e se torna amigo, mas esta amizade se limita ao lugar e momento em que estão. Por exemplo um amigo na escola, que quando terminam os estudos você não o vê mais, nem é procurado por esta pessoa.
Infelizmente muitas pessoas têm apenas amigos desta forma ou não sabem fazer uma amizade perdurar além da situação em que conhece a pessoa. Lamentável também é o fato de existirem amigos interessados apenas no momento, como uma festa, por exemplo (Provérbios 19.4) ou na situação em que a pessoa está como um cargo importante e fama (Provérbios 14.20).
Provérbios 27.10 “Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai, nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade. Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe”.
Procure valorizar amizades conquistadas com o tempo e reconhecer pessoas que estiveram com você e agora não têm tanta convivência, mas enquanto puderam foram verdadeiros amigos.
Na era das redes sociais, todos procuram fazer muitos ‘amigos’, que na verdade podem ser apenas virtuais. Procure amizades que superam situações difíceis e que perdurem além de momentos bons, além de ir mais profundo do que a tela de uma rede social.
A verdadeira amizade vai além das circunstâncias!

2- Amizade por Afinidade:
Provérbios 15.30 “O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos”.
Amizade por afinidade é um tipo de relacionamento agradável, onde um procura no outro aquilo que gosta e também busca agradar. Mas este tipo de amizade pode estar baseado apenas nos interesses comuns entre as pessoas. Por exemplo: amigos que torcem pelo mesmo time, têm gostos pelo mesmo tipo de comidas, praticam o mesmo esporte, etc. Estas e outras situações servem para aproximar a pessoa, mas a verdadeira amizade precisa ir além disso tudo (Provérbios 18.24).
Provérbios 19.7 “Se os irmãos do pobre o aborrecem, quanto mais se afastarão dele os seus amigos! Corre após eles com súplicas, mas não os alcança”.
Amigos por afinidade sabem conquistar as pessoas, mas nem sempre conseguem preservar a amizade. Quando descobrem que a pessoa pensa diferente, não aceitam a sua opinião e a amizade se acaba. Amigos verdadeiros falam a verdade e conquistam as pessoas apesar de seus erros. (Provérbios 22.11)
Verdadeiros amigos procuram fazer coisas que gostam juntos, mas continuam sendo amigos independente das diferenças. Aliás, os bons amigos sabem reconhecer suas próprias falhas e aceitam o outro com suas dificuldades. Procure fazer amigos que façam as coisas junto com você, mas que também possam superar as diferenças.
A verdadeira amizade vai além da afinidade!

3- Amizade Incondicional:
Provérbios 17.17 “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão”.
Amizade incondicional vai além da circunstância e da afinidade. O amigo verdadeiro não está com você por acaso ou por ter o mesmo gosto e opinião, mas por amor. Esta amizade baseada no amor de Deus que “jamais acaba” (I Coríntios 13.8). Nas horas mais difíceis é que descobrimos os maiores amigos.

Provérbios 27.9 “Como o óleo e o perfume alegram o coração, assim, o amigo encontra doçura no conselho cordial”.
O conselho de um amigo tem muito valor. Amigos incondicionais não dizem: ‘se eu fosse você’, mas se colocam em seu lugar, sentindo o que você está passando. A pessoa amiga sabe confrontar e dizer a “verdade em amor” (Efésios 4.15).
Provérbios 27.17 “Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu AMIGO”.
A amizade verdadeira pode ser comparada com duas navalhas que se afiam. O verdadeiro amigo e amiga faz o outro ficar cada vez mais ‘afiado’, ou seja, melhor. São pessoas que te edificam, mesmo que não falem o que você deseja ouvir, mas estão sempre prontos a te escutar e dar uma palavra confiável.
A verdadeira amizade é incondicional!
Seja um amigo verdadeiro!
-CONCLUSÃO:
Muitas vezes queremos encontrar verdadeiros amigos, mas na verdade precisamos aprender a ser amigos primeiro para então encontrar pessoas certas, que correspondam a esta amizade sincera.
Você pode ter amigos circunstanciais porque precisa fazer amigos em todas as circunstâncias e também pode ter amigos por afinidade para fazer juntos o que gostam, mas acima disso precisa ser uma pessoa confiável e estar com pessoas que possa confiar (Provérbios 17.9).
É possível ser verdadeiros amigos!
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

JONAS UM PROFETA NACIONALISTA.

 

JONAS UM PROFETA NACIONALISTA.

A história de Jonas é uma das mais conhecidas da Bíblia e é narrada principalmente no livro do Antigo Testamento que traz seu nome. Muitas pessoas apenas sabem quem foi Jonas no diz respeito ao relato de quando ele foi engolido por um grande peixe ao fugir da ordem do Senhor, mas neste texto nós conheceremos tudo o que a Bíblia diz sabe sobre quem era o profeta Jonas.

Quem foi Jonas?
Jonas foi um profeta hebreu que viveu durante o reinado do rei de Israel Jeroboão II, em meados do século 8 a.C. Jonas era filho de Amitai, e veio de Gade-Hefer, uma aldeia de Zebulom, situada nas vizinhanças de Nazaré. Ele também é o herói do livro que traz o seu nome, o quinto dos doze Profetas Menores.

O nome Jonas significa “pomba”, e a forma neotestamentária desse nome é Ionas. Algo interessante com o nome “Jonas” ocorre no Novo Testamento, quando comparamos passagens dos Evangelhos de Mateus e João.

No Evangelho de Mateus (16:17), Jesus chamou Pedro de Simão Barjonas, que em aramaico seria “filho de Jonas”. Entretanto, no Evangelho de João (1:42; 21:15,17), o pai de Simão Pedro é chamado de João, embora em alguns manuscritos ele também apareça em em tais passagens como “Jonas”.

Diante disto, não se sabe exatamente se os nomes “Jonas” e “João” (heb. Yonah e Yohanan) são dois nomes diferentes do pai de Pedro (algo comum na época), ou se representam duas forma gregas do mesmo nome hebraico.

A história de Jonas na Bíblia
O Profeta Jonas profetizou a restauração das fronteiras de Israel, o que foi alcançado por Jeroboão II por volta de 782-753 a.C., conforme o texto encontrado no livro de 2 Reis:

Também este restituiu as fronteiras de Israel, desde a entrada de Hamate, até ao mar da planície; conforme a palavra do Senhor Deus de Israel, a qual falara pelo ministério de seu servo Jonas, filho do profeta Amitai, o qual era de Gate-Hefer.
(2 Reis 14:25)

Considerando que Jonas profetizou acerca do reinado de Jeroboão em aproximadamente 790 a.C., durante a co-regência de Jeroboão e seu pai Jeoás, é muito provável que Jonas tenha conhecido o profeta Eliseu, que faleceu por volta de 797 a.C. Existe ainda a possibilidade de o Profeta Jonas ter sido um dos “filhos dos profetas” instruídos por Eliseu (2Rs 6:1-7). Conheça a história do profeta Eliseu.

A maior parte do que sabemos sobre a história de Jonas é o que está narrado no livro a qual tem seu nome. De acordo com o livro de Jonas, Deus ordenou que o profeta fosse à cidade de Nínive para clamar contra ela (Jn 1:1,2).

Desobedecendo a ordem de Deus, o Profeta Jonas foi para Jope e embarcou em um navio com destino a Társis, a oeste de Israel, que talvez fosse a Córsega ou parte da Espanha, enquanto Nínive, o destino a qual Deus havia lhe enviado, ficava no estremo leste (Jn 1:3).

No meio da navegação, Deus enviou uma grande tempestade que castigou a embarcação em que o profeta Jonas viajava (Jn 1:4). Após os marinheiros clamarem cada um ao seu deus e realizarem uma série de procedimentos para tentar salvar o navio, o capitão da embarcação encontrou o profeta Jonas dormindo no porão do barco (Jn 1:5,6). O capitão então ordenou que Jonas invocasse o seu Deus na tentativa de que Ele pudesse livrá-los (Jn 1:6).

Os marinheiros resolveram lançar sorte, e a sorte caiu sobre o profeta Jonas que foi declarado culpado. Interrogado pelos tripulantes daquele navio, Jonas mandou que eles o lançassem ao mar, para que a tempestade se acalmasse. Num primeiro momento os homens ainda tentaram resistir à ideia do profeta Jonas, mas ao perceberem que não teria jeito, lançaram Jonas no mar e a tempestade finalmente cessou (Jn 1:13-15).

O profeta Jonas e o grande peixe
Após ser lançado ao mar pelos marinheiros da embarcação em que estava viajando, o profeta Jonas foi engolido por um grande peixe que o Senhor providenciou. Jonas ficou no ventre do peixe durante três dias e três noites (Jn 1:17).

Jonas então orou a Deus em forma de um cântico de ação de graças, e Deus ordenou que o peixe vomitasse o profeta em terra firme, talvez em uma praia distante da costa da Síria. Muito têm se discutido acerca desse grande peixe que engoliu o profeta Jonas. Alguns defendem a ideia de ter sido uma baleia, enquanto outros reprovam essa possibilidade.

Na verdade, de fato não precisa necessariamente ter sido uma baleia. Poderia ter sido um grande tubarão, como o próprio tubarão-baleia que atinge um tamanho enorme e não possui os dentes terríveis de outras espécies de tubarão.

O termo original em hebraico significa apenas “grande peixe” e o termo usado em grego na Septuaginta é um termo genérico para “mostro do mar”, “criatura marítima” ou “peixes de grande tamanho”. Seja como for, o correto é que esse episódio se refere a algo sobrenatural que ocorreu para que o propósito de Deus fosse cumprido.

O profeta Jonas chega a Nínive
Depois de ter sido vomitado pelo grande peixe, Jonas obedeceu a ordem de Deus e foi para Nínive (Jn 3:3). O profeta Jonas pregou conforme Deus havia ordenado, e a cidade naquele momento se arrependeu de seu pecado, sendo poupada por Deus (Jn 3:3-10).

O fato de Deus ter poupado Nínive deixou o profeta Jonas profundamente irritado (Jn 4:1). Muitos sugerem que o motivo da irritação de Jonas foi uma espécie de mistura entre ciúme e antipatia em relação aquele povo pagão que era inimigo de seu próprio povo. O descontentamento foi tamanho que o profeta Jonas pediu que Deus tirasse a sua vida (Jn 4:3).

Deus então mais uma vez deu uma lição em Jonas. Ele fez crescer uma planta que deu sombra ao profeta, deixando-o muito feliz. No dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta e rapidamente ela ficou destruída.

Mais uma vez o profeta Jonas ficou irritado e pediu para morrer. Usando esse exemplo da planta, e da piedade demonstrada por Jonas a ela, Deus ensinou ao profeta que era moralmente correto que Ele manifestasse piedade pelo povo de Nínive (Jn 4:6-11).

Nesse ponto a história do profeta Jonas termina repentinamente (Jn 4:11) e o Antigo Testamento não faz qualquer outra referência sobre ele.

O profeta Jonas no Novo Testamento
O profeta Jonas é citado no Novo Testamento pelo próprio Jesus, onde Ele faz referência ao período em que Jonas permaneceu no ventre do peixe e ao arrependimento da cidade de Nínive através de sua pregação (Mt 12:39-41; 16:4; Lc 11:29-32).

Essa referência sobre a história do profeta Jonas no Novo Testamento é muito significativa, pois confere a garantia de que os relatos descritos no livro de Jonas são fatos históricos e literais, e não apenas uma fábula com propósitos nacionalistas como alguns comentaristas céticos sugerem.

O profeta Jonas nos relatos extra-bíblicos
Alguns estudiosos defendem que Beroso, um sacerdote e historiador caldeu da Babilônia que viveu no século 3 a.C., teria escrito sobre o episódio envolvendo Jonas. Beroso escreveu em grego uma obra sobre a História da Babilônia, onde em um de seus relatos ele se refere a uma criatura que emergiu do mar para conceder sabedoria divina aos homens chamada Oannes. Seria um tipo de homem-peixe.

Os babilônicos cultuavam diversas divindades com perfis curiosos, incluindo um deus das águas (Enki ou Ea). Mas o que chama atenção nessa história é o fato do nome “Oannes” ser muito semelhante ao nome grego Ioannes, que, junto com o também grego Ionas, é utilizado para representar o hebraico Yonah, ou seja, “Jonas”.

Portanto, alguns acreditam que existe a possibilidade da descrição de ter alguma relação com a história de Jonas, já que a fama de um evento miraculoso como esse facilmente pode ter corrido entre muitos povos, e originado até mesmo algumas lendas. O problema com essa sugestão parece ser cronológico, já que para alguns o mito sobre Oannes remonta o período de 4.000 a.C., e a história do profeta Jonas se passa num período muito mais recente.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências ada Religião Dr. Edson Cavalcante.

domingo, 29 de agosto de 2021

ESTRUTURA CRISTÃ.

 

                                                          ESTRUTURA CRISTÃ.

A divisão e a confusão que existem no mundo religioso em nossos dias são contrárias à oração de Jesus na noite anterior à sua morte (João 17:20- 21). Há centenas de denominações ensinando e praticando coisas diferentes. Sabemos que Deus não criou essa confusão. O modelo que ele dá na Bíblia não é difícil de entender, nem impossível de praticar. O problema é que séculos de "modificações", "tradições" e "melhoramentos" humanos anuviaram nossa visão da simplicidade do plano original revelado pelo Espírito Santo no Novo Testamento. Em lugar nenhum isto é mais evidente do que na diversidade dos planos de organização de igrejas. Neste artigo, quero desafiar cada leitor a tentar deixar de lado tradições humanas e idéias pré-concebidas para ver claramente a simplicidade do padrão do Novo Testamento de organização de uma igreja. Tão certamente quanto os primitivos cristãos foram capazes de organizar-se em agrupamentos que funcionam, conhecidos como igrejas locais, sinceros seguidores de Jesus podem fazer o mesmo hoje em dia. Mas como? Como em todas as outras facetas da vida, precisamos pôr de lado nossas preferências, opiniões e políticas, para humildemente etudar e aplicar o ensinamento das Escrituras (Tiago 1:21-25).
O Modelo de Organização de
Igrejas Locais no Novo Testamento

Precisamos começar por um entendimento básico da idéia bíblica de uma igreja. No Novo Testamento, uma igreja é simplesmente um grupo de cristãos que seguem a Cristo. A palavra pode ser usada para falar de todos aqueles que servem ao Senhor, não importa onde estejam (Hebreus 12:22-23). É freqüentemente usada para descrever grupos locais de discípulos que se encontram para adorarem, para edificarem uns aos outros e para proclamarem o evangelho de Jesus. É neste sentido que lemos sobre a igreja em Antioquia da Síria (Atos 13:1), sobre as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (Atos 14:21-23), sobre a igreja em Éfeso (Atos 20:17), a igreja em Corinto (1 Coríntios 1:1; 2 Coríntios 1:1), as igrejas na região da Galácia (Gálatas 1:2) e a igreja dos tessalonicenses (1 Tessalonicenses 1:1; 2 Tessalonicenses 1:1). É neste ambiente de igrejas locais que encontramos homens escolhidos para supervisionar e guiar. Os sistemas comuns de superestruturas de denominações, de ligas internacionais de igrejas e de hierrquias que ligam e até governam milhares de igrejas locais, são invenções do homem. Não há modelo bíblico de tais arranjos. No Novo Testamento, os cristãos serviam juntos em congregações locais. Eles eram gratos pelos seus irmãos em outros lugares, mas não tentavam criar algum laço de organização onde os cristãos de um lugar pudessem dirigir ou governar o trabalho de discípulos de outro lugar. Veremos este modelo mais claramente quando considerarmos o ensinamento específico sobre a organização de uma igreja local.
A Formação de Igrejas Locais

Conforme se espalharam pelo mundo, partindo de Jerusalém, cada cristão levou o evangelho a outras pessoas. A semente (a palavra S Lucas 8:11) foi plantada e produziu fruto (cristãos S Lucas 8:15; 1 Coríntios 3:7). Estes novos discípulos começaram a adorar e a trabalhar juntos no serviço de Deus (Atos 2:44; 16:40). Em cada cidade onde homens e mulheres obedeciam ao evangelho, as igrejas eram formadas (Atos 14:21-23). As igrejas se reuniam regularmente para participar da Ceia do Senhor (Atos 20:7; 1 Coríntios 11:20-34), para servir a Deus e edificarem uns aos outros (1 Coríntios 14:26; Hebreus 10:23-25). Os membros destas igrejas locais contribuíam voluntariamente para a obra que Deus incumbiu à congregação (1 Coríntios 16:1-2; 2 Coríntios 9:7).

A Supervisão da Igreja Local

Quando estas congregações se formaram, eram grupos de recém-convertidos que tinham que crescer (1 Coríntios 3:1-2). Quando amadureciam, desenvolviam-se homens que satisfaziam às qualificações exigidas por Deus para prover supervisão a essas congregações. Esses homens eram selecionados para servirem como presbíteros (Atos 14:23). A Bíblia também usa a palavra bispo para descrever os mesmos homens, e diz que o seu papel é pastorear (Atos 20:17, 28; 1 Pedro 5:1-2). A distinção que muitos grupos religiosos fazem entre pastores, bispos e presbíteros não é baseada na Bíblia. Estes presbíteros serviam na igreja local para pastorear "o rebanho de Deus", no meio do qual estavam (1 Pedro 5:1-2). Sua responsabilidade e autoridade para supervisionar não iam além do rebanho local. Não há nenhuma base bíblica para presbíteros de um local supervisionarem uma igreja em outro local. É também interessante e importante observar que as passagens que falam de bispos, presbíteros ou pastores nunca falam de apenas um servindo numa congregação. O modelo do Novo Testamento é ter uma pluralidade de bispos numa igreja local (Filipenses 1:1). Deus não autorizou nenhum homem a supervisionar sozinho uma igreja local.
Qualificações de Presbíteros/Pastores/Bispos

Duas passagens indicam claramente as qualificações que um homem tem que possuir para servir como bispo (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Nenhum homem que não possua todas estas qualificações deverá ser selecionado para servir como presbítero/pastor/bispo. Antes de selecionar seus pastores, os membros da igreja local deverão estudar cuidadosamente estas listas para estarem certos de que tenham dois ou mais homens verdadeiramente qualificados. Paulo falou de qualificações familiares: esposo de uma só mulher, governa bem a própria casa, tem filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Ele deu uma extensa lista de exigências espirituais e morais: irrepreensível, temperante, domínio de si, sóbrio, modesto, hospitaleiro, tem bom testemunho dos de fora, não dado ao vinho, não violento, cordato, inimigo de contendas, não avarento, não arrogante, não irascível, amigo do bem, justo, piedoso. Um bispo precisa também ter experiência e capacidade para ensinar: apto para ensinar, não neófito, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem. É claro que Deus quer homens espiritualmente maduros que se dedicarão aos seus irmãos para servir como presbíteros. Este não é o trabalho dos jovens, dos novos convertidos, ou homens que ainda não aprenderam a guiar suas próprias famílias, nem é papel atribuído a mulheres. Estas qualificações não se adquirem recebendo diplomas de cursos de seminários, mas dedicando-se ao serviço do Senhor.

Outros Servidores

Diáconos são homens especialmente qualifi-cados e escolhidos para servir sob a supervisão dos presbíteros. Suas qualificações são encontradas em 1 Timóteo 3:8-12: "Quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato.... O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa."

Evangelistas ou pregadores são homens que proclamam as boas novas de Jesus Cristo. Eles não têm papéis de autoridade ou supervisão na igreja. Eles servem o Senhor como seus ministros e têm que ser completamente fiéis a sua palavra (2 Timóteo 4:1-5). A prática comum de chamar um pregador de "o pastor" e de lhe dar autoridade para governar uma igreja não tem base nas Escrituras.

A Simplicidade do Plano de Deus

Numa era quando muitas igrejas se assemelham a corporações multinacionais, o plano simples de Deus de organização de igreja parece muito simples. Seguindo este plano, qualquer grupo de crentes biblicamente batizados pode começar a adorar a Deus e a trabalhar unido como uma igreja local. Não precisam de treinamento em algum seminário. Não precisam de permissão de nenhuma diocese ou convenção. Não precisam filiar-se a nenhuma denominação ou liga de igrejas. Não precisam esperar que algum corpo eclesiástico lhes envie um padre ou pastor. Eles precisam é de um inabalável respeito à Palavra de Deus, e uma determinação a fazer tudo o que ele exige, e nada do que ele não autorizou. Que possamos amar bastante a Deus para retornarmos ao seu modelo!
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

sábado, 28 de agosto de 2021

O TEMPO É DE DEUS.

 

O TEMPO É DE DEUS.

Gênesis 18.10-14 – 21.1-2
Hoje com a chamada vida moderna tudo é muito rápido em frações de segundos podemos nos comunicar com o outro lado do mundo. Saber o que esta acontecendo no mundo inteiro, conversar com qualquer pessoa de qualquer lugar do planeta num piscar de olhos.

Através o computador, televisão, telefones e muitas vezes não temos paciência para esperar as bênçãos de Deus em nossas vidas.
Queremos que tudo aconteça assim em um estralo de dedos. Mas tudo tem o tempo certo. Às vezes recebemos uma palavra de Deus e aquilo começa a demorar para acontecer ai começamos a ficar ansiosos e duvidosos será que foi comigo que Deus falou aquele dia? Faz tanto tempo e nada aconteceu ate agora.

Saiba que o tempo de Deus não é o nosso tempo assim como seus pensamentos e os seus caminhos não são os nossos. Nós vivemos o Chronos que é o nosso tempo, o tempo de Deus é o Kairos. Deus sabe o momento certo de nos abençoar os seus caminhos assim como seus pensamentos são totalmente diferentes do que nos pensamos ser.

Por que os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Por que, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meu caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. (Isaías 55.8,9)

Se Deus falou vai se cumprir no tempo certo de Deus. Por que? Ele não é homem para que minta e nem filho de homem para que se arrependa. Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não confirmaria? (Números 23.19)

No capítulo 12 de Gênesis Deus começar uma grande obra na vida de Abraão manda que Abraão saia de sua terra e do meio de sua parentela e promete que faria dele uma grande nação que o abençoaria, que ele seria uma benção e mais abençoaria os que os que os abençoarem e amaldiçoaria os que os que o amaldiçoassem.

Ora, o Senhor disse a Abraão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma benção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gênesis 12.1,2,3).

No verso 16 do capítulo 17 vem a promessa de que Abraão teria um filho: Porque eu a hei de abençoar e te hei de dar a ti dela um filho; e a abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela. (Gênesis 17.16) Abraão na época com 100 anos e Sara com 90 quando Deus lhe prometeu um filho olha que disse Abraão – Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E conceberá Sara na idade de noventa anos? Gênesis 17.17.
Por isso o nome isaque no hebraico, é “riso”.

Pois quando apareceram três anjos a ele para dizer que por este tempo de vida Sara teria um filho ela também riu. Gn 18.10,11,12.
Talvez você esteja também rindo e pensando será possível. Às vezes seu problema é muito grande e já se passou muito tempo. Do chamado de Abraão ate o nascimento de Isaque seu filho passaram-se 25 anos, Abraão também achou impossível já que a idade dele e de Sara era muito avançada para poderem ter um filho gostaria que você lesse Gênesis 18.10ao16, no versículo 14 na parte A do versículo diz assim:

“Haveira coisa alguma difícil ao Senhor?” Gn 18.14ª (RC)


O que é difícil para mim e para você é fácil para Deus. O que é humanamente impossível para Deus é possível.
Por que para Deus nada é impossível. (Lucas 1.37)

Se o seu problema é grande saiba que para Deus é pequeno, o que é grande para você para Deus é insignificante, não existe problema que ele não possa resolver. Por que o nosso Deus é soberano, não a porta que não possa abrir, basta você crer, confiar e saber esperar o tempo de Deus buscando adorando a Deus a cada dia em Oração.

No capítulo 21 de Gênesis podemos ver a chegado do tempo de Deus na vida de Abraão e Sara.
E o Senhor visitou a Sara, como tinha dito; e fez o Senhor a Sara como tinha falado, e concebeu Sara e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha dito. (Gênesis 21:1,2).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

ESPERA NO SENHOR E CONFIA

                                                       ESPERA NO SENHOR E CONFIA

Introdução:

"...Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa; porventura diria Ele e não faria? Ou falaria e não confirmaria?”. Números 23:19

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia... 2 Pedro 3.9a”

Deus tem o prazer de abençoar seus filhos. Porém nem todos os homens estão na condição de filhos de Deus. Por quê? A Bíblia diz que filho é aquele que recebe Jesus Cristo como Senhor e único salvador (Jo 1:12). Após a desobediência gerada por Adão no Éden, todos os homens receberam por herança a maldição do pecado e foram destituídos da glória de Deus (Rm. 3:23). Deixaram de ter o direito de receber as promessas de Deus, passando a ser criaturas vivendo distantes a cada dia do Criador por causa do pecado (Is. 59:2).
As promessas do Senhor estão contidas em sua Palavra e segundo os estudiosos, há mais de 8000 (oito mil) promessas para aqueles que obedecem a Deus. Precisamos entender também que toda promessa é condicional, ou seja, só recebemos o benefício de Deus, se estivermos em condição de recebê-lo. Muitos crentes não tem recebido a promessa por que deram legalidade ao pecado e aos demônios em suas vidas. Deus estabelece a condição e nós precisamos estar dentro da condição para que as promessas venham e nos alcancem. Ele não mente para nós, Ele não retarda a Sua promessa, ainda que nós a tenhamos por tardia. Deus é fiel. Ele sabe a melhor hora.

Desenvolvimento
O nosso tempo, não é o tempo de Deus! O tempo do homem é o kronos. É o tempo do envelhecimento, da ansiedade, da desistência, do desespero, da incredulidade. O tempo de Deus é o Kairos. É o tempo da perseverança, da providência, do descanso, da fé inabalável. Enquanto nós buscarmos as promessas de Deus com a visão do tempo kronos, não alcançaremos as promessas! Nossa postura na espera pelo cumprimento da promessa, vai determinar a nossa derrota ou a nossa vitória diante das circunstâncias. Quando você anda ansioso, descrente, inseguro, desesperado, sem fé; não é possível agradar a Deus (Hb. 11:6). É como se nós estivéssemos dizendo que aquilo pelo qual esperamos é maior do que Deus! Como tem sido a sua espera pelas promessas da Palavra de Deus? Uns têm abandonado a fé, outros colocam a culpa em Deus e nas pessoas, enquanto o problema pode estar na própria pessoa. Tem gente que quando está próximo de receber a vitória joga tudo para o alto: peca, sai da presença de Deus, duvida da promessa. Com essas atitudes, saem da condição de receber a promessa e voltam para o final da “fila” espiritual, pois não souberam perseverar. O povo de Israel tinha a promessa de chegar a Terra Prometida. Por causa da incredulidade e da rebeldia do povo contra Deus, a promessa que se cumpriria em aproximadamente 40 dias, levou 40 anos para se cumprir. E ainda assim, foi preciso que os murmuradores, os rebeldes e os incrédulos, morressem. Quantas pessoas estão sendo provadas por Deus pelo teste do tempo e não estão entendendo, e com isso começam a fazer como Israel: murmurar, se rebelar, deixar de crer. Para que nós possamos alcançar as promessas temos que dar os passos de José:

Não desistiu de sonhar (diante das zombarias e deboches ele se manteve sonhando)
Não deixou sentimentos de rancor entrar em seu coração, ele continuou amando seus irmãos que o rejeitavam.
Rejeitou todos os relatórios contrários (por maiores que tenham sido as provações de José ele seguiu servindo a Deus, na escravidão, na casa de Potifar, no calabouço)
Ele resistiu o “prato de lentilha” (pecado), que representava a mulher de Potifar.
Ele nunca confessou derrota, pois no seu interior o sonho se manteve vivo.
Ele foi humilde para receber o cumprimento das promessas.
Ele alcançou a maturidade para ter as promessas cumpridas.

Conclusão
Todos aqueles que se mantêm firmes na Palavra do Senhor são mais do que vencedores, não se pode desviar os olhos da promessa. Assim como fez Josué, nós não podemos olhar nem para esquerda, nem para a direita, nem para trás, temos que estar com os olhos fitos na promessa (Js. 1:8). Deus respalda os sonhadores com a sua Palavra e os faz alcançar as promessas. O que tem limitado a sua visão? Quais são as promessas que você têm buscado em Jesus? Creia pois o teu clamor pode ressuscitar àquilo que está morto. As células se multiplicarão você vai conquistar novos territórios! Invista em um homem ou mulher, a visão de Deus começa com um. Deus vai te usar neste tempo. Saia do lugar da incredulidade, saia da terra do pecado e da religiosidade que te limita, seja um filho fiel que crê nas promessas de um Deus que jamais falhou. Você está autorizado a prosperar em Deus!

Pense:
1-Você tem impedido que a promessa de Deus se cumpra em sua vida ?
2-Quais são as condições para que você receba o cumprimento da promessa de Deus ?
3-Você parou de sonhar com a promessa ?
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.