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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

A FÚRIA DE DEUS SOBRE A TERRA


                                               A FÚRIA DE DEUS SOBRE A TERRA
“Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no Reino e na constância em Jesus, encontrava-me na ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor, entrei em êxtase, no Espírito, e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, a qual dizia: ‘O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas’.”
Assim começa um dos relatos mais fantásticos e terríveis da literatura universal: o Apocalipse, o último livro da Bíblia, escrito provavelmente por João, um dos quatro evangelistas – os outros são Mateus, Marcos e Lucas -, por volta de 95 d.C., na pequena ilha grega de Patmos, no mar Egeu.
As visões descritas pelo profeta são aterradoras. Um filme de terror tendo como tela de projeção o céu. Há personagens assustadores, como quatro cavaleiros espalhando fome, guerras e peste. Um deles, esverdeado, chamado “a Morte”, vinha acompanhado da “morada dos mortos”. E anjos, muitos anjos, alguns tocando trombetas, anunciando castigos e catástrofes. E trovões, clamores, relâmpagos e terremotos. E cenas apavorantes: “E caíram sobre a terra granizo e fogo misturados com sangue”; “uma grande montanha ardendo em chamas foi lançada no mar. A terça parte do mar transformou-se em sangue”; “e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha”.
A Terra será atacada por pragas terríveis. “Espalharam-se gafanhotos sobre a terra e receberam poder igual ao dos escorpiões”, escreveu. “Foi-lhes dito que não danificassem a vegetação da terra, nem as ervas nem as árvores, mas somente as pessoas que não levassem na fronte a marca do selo de Deus. Não lhes foi permitido matá-las, mas sim atormentá-las durante cinco meses. E a dor que causavam era semelhante à dor da picada do escorpião quando morde alguém.” Diante disso, não é à toa que João tenha previsto que “naqueles dias, as pessoas vão procurar a morte e não a encontrarão. Vão desejar morrer, mas a morte fugirá delas!”
O Apocalipse de João prevê a luta final entre o Bem e o Mal, entre Deus e o diabo. As forças malignas serão formadas por um exército gigantesco, comandado por um anticristo, o demônio-mor em pessoa. Elas serão derrotadas por Jesus, que reinará por mil anos, com Satã acorrentado por todo esse período. O diabo, porém, não é fácil de ser batido e conseguirá se libertar e voltar para a batalha final, que acontecerá num lugar chamado Armagedom. Muitos especialistas identificam esse local com Megiddo, hoje no território de Israel. Mais uma vez Jesus vencerá as forças das trevas. Depois da batalha, virá o Juízo Final, que jogará para sempre os pecadores no inferno e os bons e justos no paraíso.
Diante das cenas apavorantes descritas por João, não é de estranhar que muita gente acredite ainda hoje que ele esteja falando do fim do mundo. Esse não é o entendimento de analistas do texto e de teólogos e cristãos em geral. Eles lembram que a palavra “apocalipse”, do grego, significa “revelação”. É o desvendamento divino de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus.
Por extensão, passou-se a chamar de “apocalipse” os relatos escritos de hecatombes. “As revelações do texto não são ‘predições’ do futuro”, alerta o teólogo Cesar Kuzma, coordenador e professor do Curso de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). “O Deus bíblico não faz predições, ele faz promessas.”
Portanto, de acordo com Kuzma, o texto do Apocalipse de João é uma maneira literária, própria da época, de narrar os acontecimentos que marcavam a vida dos primeiros cristãos, mostrando a eles que a resposta final está em Deus.
Não importavam as tribulações e as perseguições, Jesus Cristo era mais forte e seria ele quem daria a última palavra. “Deus não vem destruir o mundo, mas salvá-lo”, diz Kuzma. “O julgamento de Deus está em fazer justiça a quem está caído e recuperar os agentes de destruição, ou seja, é um julgamento de salvação, não de condenação. O Deus cristão não condena ninguém, é um Deus da acolhida, que ama a todos e ‘faz novas todas as coisas’.”
O padre de Caxias do Sul (RS) Leomar Antonio Brustolin, doutor em Teologia e coordenador do programa de pós-graduação em Teologia da PUC-RS, de Porto Alegre, reza pelo mesmo catecismo. “É um livro de esperança e não de temor”, ensina. “A linguagem e os símbolos são, propositalmente, carregados de segredos que permitem aos cristãos entender quem é o senhor de tudo. Ao mesmo tempo, confunde os outros leitores que acabam se detendo no simbolismo e nas profecias do fim.”
Segundo ele, o estilo do livro pode ser estranho para a cultura ocidental, mas é bem compreensivel na mentalidade semita do período em que foi escrito. “É uma literatura própria das épocas de crise e de perseguição, em que se procura ‘revelar’ os caminhos de Deus sobre o futuro, para consolar e encorajar os justos perseguidos, dando-lhes a certeza da vitória final”, explica.
O padre Brustolin está se referindo ao contexto em que o Apocalipse de João foi escrito. Foi no período da perseguição que atingiu as igrejas da Ásia, nos tempos do imperador romano Titus Flavius Domitianus, conhecido em português como Domiciano, que reinou de 81 a 96 da nossa era.
“O livro pretende responder à questão: quem manda no mundo? Os tiranos, os senhores da Terra, ou o Senhor do Céu?”, diz Brustolin. “Esse paralelismo entre o céu e a Terra assegura aos crentes que Deus os acompanha a partir do céu, e a História segue o seu curso na Terra sob o controle Dele e não dos poderes maus.”
Brustolin lembra que João vive na terra, mas vê o que se passa no céu. “Ele transmite aos seus irmãos sofredores a certeza de que Jesus está com eles e a sua vitória será em breve”, explica. “O simbolismo, por vezes irracional, de que o autor se serve para transmitir essa esperança aos perseguidos, assegura aos cristãos que o reino de Deus ultrapassa a História que eles estão vivendo, e ao mesmo tempo é uma linguagem secreta para os perseguidores.”
Para além do cristianismo, a visão de um mundo finito faz parte da psique humana. O homem busca dar sentido ao mundo e aos fenômenos que o cercam. Dessa forma, ao olhar para o caos do céu noturno, dá às estrelas formas que têm analogia com sinais encontrados na Terra. Em suma, a mente humana luta uma batalha permanente para dar sentido às coisas. A imagem de um fim do mundo ajuda a explicar o que estamos fazendo aqui.
Ainda segundo Brustolin, a interpretação dos sinais do futuro advento do Cristo deu margem à imaginação de muitos grupos religiosos, inclusive católicos, que encontram por todos os lados indicações da iminência do fim do mundo. Muitas acreditam que as catástrofes naturais, epidemias e até a crise de esperança da sociedade moderna são sinais antecipados do apocalipse.
“O dia do Juízo Final, a vinda de Cristo e a consumação do tempo e do espaço são alguns aspectos da fé cristã que, não raras vezes, causa certo desconcerto, afetando o sentido da esperança dos cristãos”, explica o teólogo. “Isso ocorre porque a fantasia apocalíptica desenvolveu a ideia de que a vinda de Cristo será marcada pela ira, pela vingança e por sinais catastróficos.”
Para o coordenador do curso de Filosofia da PUC-PR, Jelson Oliveira, esse medo do fim do mundo tem a ver com a finitude humana, algo com o qual homem convive diariamente (a morte), mas que ainda o assombra como indivíduo e como espécie. O psicólogo britânico Bruce Hood afirma que imaginar um final coletivo, de forma a colocar ordem no mundo, é algo inato ao ser humano.
“O fim do mundo sempre foi uma ameaça usada especialmente pelas religiões para impor parâmetros de comportamento aos indivíduos”, diz Oliveira. “A destruição de cidades (Sodoma e Gomorra são um bom exemplo) é anunciada como uma vingança pelos pecados da população. Ou seja, o mote do fim do mundo aparece como medida moral.”
É um sentimento, um receio que se fortalece em momentos de mudança de calendário, mais precisamente em datas redondas, como o fim dos milênios. “Os historiadores falam da mudança do ano 1000, vivemos recentemente a mudança do ano 2000”, explica Oliveira.
“Trata-se, no geral, de uma ‘morte simbólica’ ou do ‘fim de um mundo’, ou seja, como parte de um calendário (que aliás, em todo caso, é uma mera conjectura humana) em que se vive a chance de reavaliar o modo de vida e de civilização que está em vigor. Há, portanto, um lado positivo nessa questão: o calendário (como medida artificial de contagem do tempo) dá a chance ao homem de reavaliar a sua posição no reino da vida – tanto como indivíduo quanto como espécie.”
O próprio Apocalipse de João, apesar de todo o sofrimento que prevê para a parte pecadora não arrependida da humanidade, deixa esperanças no final. O homem, enfim, viverá em comunhão com Deus e todas as dores terão acabado. O ciclo se fecha. “Vi então um novo céu e uma nova terra”, escreve o profeta.
“Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, vestida como noiva enfeitada para o seu esposo. Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: ‘Esta é a morada de Deus-com-os-homens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus. Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram.”
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

LAVANDO AS REDES


                                                              LAVANDO AS REDES
Jesus viu à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que estavam lavando as suas redes. Lucas 5:2

Os pescadores estavam no lago de Genesaré, era noite e as redes recolhidas da água indicavam fim de uma jornada frustrante de pesca:nenhum peixe. Pedro, Tiago, João e André faziam parte de uma cooperativa de pescadores e atravessavam um período econômico difícil, dias a fio sem sucesso com a pescaria. A noite era a melhor hora para pescar, mas as estratégias pareciam não valer para aqueles irmãos e companheiros de trabalho.

Até que Jesus aparece no lago e o que parecia ser o fim, na verdade era recomeço:

“Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se, e do barco ensinava o povo. Tendo acabado de falar, disse a Simão: 'Vá para onde as águas são mais fundas', e a todos: 'Lancem as redes para a pesca'. Simão respondeu: 'Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes'. Quando o fizeram, pegaram tal quantidade de peixe que as redes começaram a romper.” Lucas 5:3-6

A fé dos pescadores nas Palavras de Jesus, fez com que os resultados de suas ações fossem transformados: lucro abundante ao invés de prejuízos constantes.

Eles pararam de limpar as redes e lançaram-nas ao mar alto, ao fundo, foram adiante nas águas, dentro do barco, do mesmo barco que Jesus sentou para ensinar as pessoas que estavam na praia naquela noite. É tão incrível a recepção dos pescadores para com Jesus! Eles sabiam que já haviam feito o possível para encher as redes, sem sucesso e agora lhes restava acreditar no impossível e foi o que fizeram!

O lugar das águas profundas escondiam os peixes, mas o barco precisava deixar a areia e as redes serem lançadas.

Limpando as redes.

Estudando sobre esse tema, busquei também 'lançar-me ao mar alto' para pescar mais naquele mesmo lago do encontro de Jesus com os primeiros discípulos. Sim, porque Jesus palestrou naquela noite, sentado ao barco, antes de despertar a fé dos que ali estavam. E sobre o que Ele falou? Não sabemos, mas certamente foi de encontro a necessidade dos pescadores, de outra forma, porque Pedro se arriscaria dizendo: “Sobre o que falaste agora terei fé que os peixes chegarão as redes”?

Pois bem a palavra grega usada para 'lavar as redes' vem do verbo Katartizo que quer dizer 'aperfeiçoar'. Assim, naquela noite os discípulos estavam aperfeiçoando as redes: limpando, concertando os remendos.

Esse mesmo verbo aparece em II Cor. 13:9:“Porque nos regojizamos de estar fracos, quando vós estais fortes: e o que desejamos é a vossa perfeição( Katartisis)”. Paulo falando aos Coríntios sobre a necessidade de obediência a Deus, para aperfeiçoamento do espírito, no ministério da graça.

Então, relacionando o “limpar das redes” com o contexto espiritual do Reino de Deus, encontraremos no lago de Genesaré: Pedro, Tiago, João e André, homens comuns, em busca da felicidade espiritual. Redes sendo limpas, ações rasas e baseadas em conhecimentos humanos e naturais.

A perfeição não pode ser alcançada dessa forma, a não ser e tão somente através de um encontro real com Jesus. Só isso nos fará entender e assumir o que representa “Graça sobre graça”:

“Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens. Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. ”Tito 2:11-14

Tantos peixes que as redes romperam!

Pedro ficou tão assustado com a grande quantidade de peixes nas redes rompendo que suplicou a Jesus: “Senhor, ausenta-te de mim porque sou um homem pecador” (Lucas 5:8).

Para que haja novidade de vida, é preciso haver rompimento com o passado de velhas praticas de pecado, de ações formadoras de uma natureza moldada pelo mundo dos homens. Ao ser confrontado com a Perfeição, Pedro se viu imperfeito.

“Não temas, de agora em diante serás pescadores de homens.” (Lucas 5:10). E Mateus também descreve esse encontro finalizando-o assim: “ Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.” (4:20)

E aí tem inicio uma nova jornada para os pescadores da Galileia. Contrataram uma pescaria com Jesus e há mais de dois mil anos conquistam discípulos para o reino de Deus !

A Vida

Algumas pessoas chegaram até Jesus depois de “lavar as redes” muitas vezes, esforçando-se para se sentirem satisfeitas espiritualmente, por ações baseadas na natureza humana. Mas a 'pesca' só aconteceu quando deram ouvidos ao Evangelho, largaram a velha vida, as redes remendadas e foram navegar com Jesus dentro do barco.

É certo que tanto em terra, quanto em água, haverão dias turbulentos: “Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.” Mateus 5:45-46. Mas há um marco na história humana que está dividida em “Antes de Cristo e depois de Cristo” e esse marco está posto para que reconheçamos que Cristo não foi um simples homem ou profeta que passou por aqui.

Ele é o Filho de Deus que da mesma forma que encontrou aqueles pescadores na Galileia, transformando suas vidas, também pode e quer transformar a nossa.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

domingo, 29 de dezembro de 2019

VAIDADE DE VAIDADE


                                                             VAIDADE DE VAIDADE
Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos e mudai as vossas vestes. Entregaram, pois, a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham nas mãos, e as arrecadas que pendiam das suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.Gn 35:2-4

 A vaidade atrapalha e afasta o homem de Deus. Normalmente ela surge em pequenos sinais, mas logo se torna poderosa. Através dela, o homem adora coisas fúteis, inverte valores, passa a amar coisas terrenas e a si mesmo mais que a Deus. O objetivo da vaidade é fazer com que a pessoa se sinta bem, bonita, interessante, atraente e importante aos seus próprios olhos e aos olhos humanos em geral. Assim, passa a investir numa conduta ditada pelos ímpios, ferindo a vontade de Deus: Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. (I Jo 2:15).

Este é um tema essencial para o conhecimento do cristão que deseja a salvação. Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade… (Sl 24:3-4).

 1 – Por que o povo de Deus, às vezes, é desprezado? Is 3:9.

 2 – Leia Is 3:14 e responda: Quem o Senhor vai julgar e por quê?

O povo de Deus não deve seguir costumes e culturas das nações, nem se associar com os filhos dos estranhos, mas se manter em obediência e a postura de servos de Deus, pelo contrário sofrerá o desprezo e passará a ser oprimido. Deus irá julgar os anciãos (pastores) do seu povo que consomem a vinha (igreja) e que tiram o direito do pobre, quando somente os que têm ouro e prata são vistos nas igrejas. Os mandamentos de Deus foram esquecidos e a doutrina dos apóstolos foi destruída nas igrejas, e assim entraram no inevitável declínio espiritual, um caminho quase sem volta.

 3 – O que falou Deus sobre os filhos da igreja nos últimos dias? E o que fará a ela? Is 3:16-24.

Deus diz que as mulheres se exaltam, andam de pescoço erguido, e tem olhares imprudentes, ou seja, querem ser superiores, independentes; não tem pudor, andam como que vão dançando (requebrando). Então o Senhor fará tinhosa a cabeça dessas mulheres, ou seja, nojenta e repugnante. Deus descobrirá a sua nudez e tirará toda a sua vaidade, sua beleza; o cheiro se transformará em fedor. Algumas mulheres da igreja em meio ao declínio espiritual e moral são conhecidas pelo apego a jóias, modas e beleza externa em geral; são mulheres que não primam pela santidade e pelo amor a Deus. Deus viu que as mulheres se preocupavam em ser belas para despertar a sensualidade; isto também é notório em os nossos dias.

 4 – Leia 1 Tm. 2:9,15 e responda: Quais as recomendações de Paulo às mulheres da igreja de Deus?

 5 – Leia Ap. 16:15 e responda: Além de vigiar, o que deve fazer o servo de Deus?

 6 – Em Ap 2:20, o Senhor Jesus disse ser contra o anjo da igreja por tolerar Jezabel. O que fez ela e qual era o seu costume? 2 Rs 9:30-33.

Paulo não fez rodeios nas recomendações a Timóteo: que as mulheres se ataviassem, ou seja, se vestissem em traje honesto, com pudor (que não venha a ferir a decência), modéstia e vergonha, mas como convém às mulheres que fazem confissão de servir a Deus. É como disse o anjo a João, que bem aventurado é aquele que, alem de vigiar, guardar as vestes para não andar nu e que ninguém veja a sua vergonha.

O Senhor Jesus viu o anjo da igreja (pastor) de Tiatira tolerando mulheres com o mesmo costume de Jezabel, mulher que se apresentava como profetiza, a qual ficou sabendo que Jeú viria a Jizreel, então ela se maquiou em volta dos olhos (sombra) e enfeitou a cabeça, e olhou para Jeú pela janela. Como castigo foi jogada de cima do prédio, seu sangue salpicou as paredes e os cães comeram sua carne (Rs 9: 35-36).

 7 – Algumas irmãs da Igreja de Tiatira, para ficarem mais bonitas e atraentes, se espelharam em Jezabel. E quem  mais fez como Jezabel? Ez 23:4-5,40.

Aparecem duas irmãs; ambas se entregaram à prostituição. A mais velha era a Oolá, e sua irmã, Oolibá. Para serem bem vistas pelos homens, se levaram a colorir seus olhos e se enfeitaram. O mesmo fez Jezabel para receber Jeu. Oolá representava Samaria e a Oolibá representava Jerusalém, quando pecaram e se prostituíram com outros reis. Assim a igreja de hoje, quando as irmãs se pintam e se enfeitam, querem ser vistas por outro rei, e assim se prostitui com ele, adulterando os mandamentos do Rei Eterno. Assim como Jezabel recebeu o seu castigo, também será castigada toda a igreja que seguir seu exemplo (Is 3:25), e os homens que permitem que suas mulheres sigam Oolá e Oolibá, porque elas também serão julgadas e castigada rigorosamente (Ez 23:45,48).

 8 – Que outro costume das nações Deus abomina? Dt 22:5.

 9 – Como deve ser o cabelo do homem servo de Deus e por quê? 1Co 11:14.

 10 – É certo a mulher ter o cabelo comprido? Por quê? 1Co 11:5, 15-16.

 11 – Leia 1Co 11:14-16 e responda: Segundo Paulo, nas igrejas de Deus era costume das mulheres deixar os cabelos curtos e os homens cabelos compridos?

 12 – Leia Ct 7:5, 4:1 e responda: Como Salomão considerava os cabelos da cabeça de sua noiva?

Esses cânticos revelavam o amor de Cristo pela igreja. Quando em Ct 4:12 diz: irmã minha, porque a igreja também é filha de Deus; esposa minha, porque é esposa do Cordeiro; jardim fechado, porque a igreja deve ser fechada para o mundo, e o diabo não pode entrar nela; é considerada um manancial fechado para a concupiscência.

Os cabelos dessa noiva era como a púrpura, que era um tecido vermelho usado pelos antigos. Observe que em Ct 4:1, Salomão considerou os cabelos de sua noiva como um rebanho de cabras que pastavam no monte de Gilearde. Pense e imagine um rebanho de cabras pastando no monte… Assim são os cabelos da cabeça das filhas de Deus. Por esta razão Paulo diz que os cabelos da mulher serva de Deus devem ser compridos. Se alguém quiser ser contencioso, ou seja, quer contestar ou duvidar, disse Paulo, nós não temos tal costume e nem as igrejas de Deus.

Sobre as vestimentas, os vaidosos apresentam desculpas e cada vez andam mais nus, defendem a calça para o uso feminino mais que a Palavra de Deus; estão mergulhando no uso de joias e roupas sensuais. Mas, Deus diz: não haverá traje de homem na mulher, e não vestir o homem veste de mulher, porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor teu Deus. Em Salmo 119:96 diz: Em toda a perfeição vi limites, mas o teu mandamento é amplíssimo. Lendo 1Pe 3:1-5 encontramos, entre outras recomendações, que os enfeites das mulheres não fossem na compostura das vestes. Uma mulher vestida com decência não apresenta sua sensualidade, como com roupas apertadas, principalmente com tecido de malha ou cotton, com roupas transparentes e curtas. Na verdade, a bíblia abomina esta prática e por isso, pessoas assim não tem parte no Reino de Deus.

 13 – Em Gn 35: 1 Deus fala para Jacó lhe fazer um altar. Que pedido fez o patriarca a sua família e a sua igreja? Você obedeceria a Jacó? Gn 35:2-4. Sl 101:7.

Jacó pediu para sua família e todo seu povo se livrarem dos ídolos, se purificarem e mudarem a forma de se vestirem. Pediu também para tirarem as arrecadas das orelhas, quando Deus pediu para Jacó lhe fazer um altar, viu este zelo no patriarca, e que ele teria coragem de falar ao povo. Assim o povo poderia adorar a Deus no altar que Jacó iria levantar a Ele. O sábio Salomão diz: Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. (Pv 30:31). As pessoas que vivem enganadas assim não tem lugar no altar do Senhor.

Irmãos, Deus sempre revelou o Seu desejo em relação ao Seu povo. Sereis para mim santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos para serdes meus… (Lv 20:26). Por isso, vale a pena sermos diferentes dos ímpios. Lembre-se das palavras de Cristo: Eles não são do mundo, como também eu não sou (Jo 17:16). De novo: …dele (do mundo) vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia (Jo 15:19). Aos que desejam se aparentar com o mundo, o apóstolo Tiago alerta:  Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg 4:4).


 Onde quer que haja uma verdadeira conversão, haverá sempre uma consciência para separação de tudo o que é mundano e sensual, como orienta a Palavra: Abstende-vos de toda espécie de mal. E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. (I Ts 5:21-22).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sábado, 28 de dezembro de 2019

PLENITUDE DIVINA

                                                         
                                                            PLENITUDE DIVINA
Efésios 3:14-21   “Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra. Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. “
Você já se perguntou se é uma “pessoa inteira”? Todos  temos lutas na vida que poderiam nos fazer sentir incompletos, mas o apóstolo Paulo diz que podemos ser “cheios de toda a plenitude de Deus” (v. 19). Com que  isso se parece?
A “pessoa inteira” é geralmente satisfeita com a vida. Ela se sente amada e é capaz de amar os outros em troca.Dificuldades e sofrimentos não a devastam, porque  é capaz de passar por eles com confiança em Deus. Não é queixosa e nem é alguém  rápida em culpar os outros. A atitude positiva guarda sua mente porque sabe que o Senhor vai resolver tudo para o seu  bem (Rm 8:28).
Ser cristão não significa que automaticamente nos sentiremos completos. A plenitude só vem quando  experimentamos o amor de Deus .
Por muitos anos sabia, teologicamente, que o Senhor me ama. Falava sobre isso, mas, realmente, não sentia isso. Só depois,  quando refleti profundamente sobre a  minha vida e comecei a lidar com eventos que tinham dilacerado a minha alma na infância que  comecei a experimentar o Seu amor realmente de uma maneira íntima. Sentindo a segurança de Seu amor por mim, descobri uma grande alegria em andar em obediência à Sua vontade. A razão era que eu sabia que podia confiar Nele para satisfazer todas as minhas necessidades em seu tempo e modo.
Você sente o amor de Deus, ou é apenas um fato bíblico para você? Tirar um  tempo para refletir profundamente em áreas de nossa vida que nos feriram  é a chave para experimentar um relacionamento íntimo com Jesus Cristo. Isso só é possível quando você está disposto a se abrir e deixar que o Senhor sonde seu coração. Ele vai revelar o que o  está prendendo  de aceitar o Seu amor.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

QUANDO TUDO PARECE PERDIDO


                                                 QUANDO TUDO PARECE PERDIDO

Êxodo 14:9-12

Introdução: Quando, as vezes, parece que tudo está perdido:
• O povo saiu do Egito debaixo de uma Promessa: A terra de Canaã.
• Mal acabara de sair, parecia que tudo era uma farsa, uma enganação;
• Estavam parados, encurralados e o inimigo vinha armado até os dentes;
• O povo ficou apavorado, angustiado, amargurado e teve muito medo;
• Para o povo, a causa já estava perdida.



A pergunta era: 

• Cadê a Promessa?
• Cadê a vitória; a bênção que tanto nos prometeu?
• Onde Deus está?

I. Quando, as vezes, tudo parece que está perdido: Deus libera uma palavra de vitória. v. 13-14.


• Não se preocupem, não percam a fé,
• Aquietai-vos: Parem de falar besteiras, parem de murmurar, reclamar.
• Vede: Abra seus olhos e vejam;
• Mulheres tem quatro trompas:
• Lucas 1:30-31; 35 “Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus.”
• “Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.”
• Deus quer que concebamos a Palavra pelo ouvido e geremos a Promessa de Deus.

II.  Quando, as vezes, tudo parece que está perdido: Deus nos manda marchar. v. 15.


• Marchar: Postura de um verdadeiro soldado; verdadeiro exército
• Para onde? Rumo à promessa de Deus, pela fé.
• Rumo à frutificação e multiplicação
• Rumo à vitória e a conquista.
• Às vezes, o problema é tão grande que ficamos como que paralisados, sem ação,
• Deus te manda Marchar, Não é andar, mas marchar;
• Marchar rumo à terra Prometida, rumo à vitória, rumo à bênção;
• Marche em direção as águas, Batismo, Purificação, Libertação.
• Os líderes são os determinadores de ritmo.
• É nas águas que Deus vai derrotar o inimigo, Águas do Espírito, se envolva com Ele, Mergulhe nEle, seja Batizado Nele, MARCHE. (VS. 27-28)
Mexa-se, povo de Deus! Saia da inércia!

III.  Quando, as vezes, tudo parece que está perdido: Deus escreve uma nova historia em nossa vida. Êxodo 14:30-31 - 15:1-2.


 • Depois do mar, vem sempre o novo cântico;
• Salmo 40:2-3 “ Também me tirou duma cova de destruição, dum charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. Pôs na minha boca um cântico novo, um hino ao nosso Deus; muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor.”
• Depois do batismo no mar, tem sempre festa ao Senhor (15:20)

Conclusão: Há uma causa difícil ou impossível em sua vida? Não há o que temer.
• Se você crer, Você não morrerá enquanto Deus não cumprir as Promessas em sua vida.
• Eu não morrerei enquanto o Senhor não cumprir em mim, todos os sonhos que Ele mesmo sonhou pra mim. Aleluia!

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

PRESO PELO PECADO


                                                          PRESO PELO PECADO

COMO RESPONDERIA?
Que autoanálise é necessária se você tende a ser indevidamente crítico?
O que você pode aprender dos exemplos de Pilatos e Pedro sobre não ceder ao medo e à pressão?
Como você pode evitar o excessivo sentimento de culpa?
1, 2. Que laços do Diabo consideraremos neste artigo?
SATANÁS está à espreita dos servos de Jeová. O seu objetivo não é necessariamente matá-los, como o caçador faz com o animal nas grandes caçadas. Em vez disso, o objetivo principal do Diabo é capturar viva a presa e usar a pessoa como lhe convém. — Leia 2 Timóteo 2:24-26.
Para pegar a presa viva, o caçador talvez use algum tipo de laço. Ou tente fazer o animal sair para uma área aberta, onde pode capturá-lo. Pode ainda usar uma armadilha com mecanismo para pegar o animal de surpresa. O Diabo usa métodos similares para pegar vivos os servos de Deus. Se não queremos ser pegos, temos de ficar atentos e acatar os sinais de alerta da existência de um laço ou armadilha de Satanás. Neste artigo veremos como nos proteger de três armadilhas que ele usa com certo êxito: (1) conversa irrefletida, (2) medo e pressão e (3) excessivo sentimento de culpa. O próximo artigo considerará mais duas armadilhas, ou laços, de Satanás.
APAGUE O FOGO DA CONVERSA IRREFLETIDA
3, 4. O que pode resultar da falta de controle da língua? Dê um exemplo.
Para fazer os animais saírem do esconderijo, o caçador talvez ateie fogo a uma área de vegetação, capturando os animais que tentam fugir. Em sentido figurado, o Diabo gostaria de incendiar a congregação cristã. Se tiver êxito, poderá fazer com que os cristãos saiam desse refúgio seguro direto para suas garras. Como poderíamos, sem nos aperceber, colaborar com ele e cair na sua armadilha?
O discípulo Tiago comparou a língua ao fogo. (Leia Tiago 3:6-8.Se não a controlamos, podemos simbolicamente iniciar um fogo descontrolado na congregação. Como? Considere esta cena: numa reunião de congregação é anunciado que certa irmã foi designada pioneira regular. Depois da reunião, duas publicadoras falam sobre esse anúncio. Uma expressa alegria e votos de êxito para a nova pioneira. A outra questiona a motivação da pioneira e dá a entender que ela só quer destaque. Com qual dessas duas publicadoras você gostaria de ter amizade? É fácil ver qual delas com mais probabilidade ‘atearia fogo’ na congregação por meio de suas palavras.
5. Para extinguir o fogo da conversa irrefletida, que autoanálise é bom fazer?
Como podemos extinguir o fogo da conversa irrefletida? Jesus disse: “É da abundância do coração que a boca fala.” (Mat. 12:34) Portanto, o primeiro passo é examinar nosso próprio coração. Evitamos os maus sentimentos que alimentam a conversa destrutiva? Por exemplo, quando ouvimos que certo irmão deseja um privilégio de serviço, cremos logo que sua motivação é pura ou suspeitamos que ele seja movido por egoísmo? Se temos a tendência de sempre suspeitar, é bom ter em mente que o Diabo questionou a motivação de Jó, um fiel servo de Deus. (Jó 1:9-11) Em vez de suspeitar dos irmãos, faremos bem em pensar por que os criticamos. Temos bons motivos para suspeitar ou criticar? Ou será que nosso coração foi envenenado pela falta de amor, tão comum nestes últimos dias? — 2 Tim. 3:1-4.
6, 7. (a) Que possíveis razões talvez nos levem a criticar outros? (b) Como devemos reagir caso sejamos injuriados?
Considere outros motivos por que talvez critiquemos os outros. Um deles pode ser o desejo de dar mais destaque às nossas realizações. Na verdade, a nossa intenção talvez seja querer parecer ‘maiores’ do que outros por rebaixá-los. Ou possivelmente uma tentativa de desculpar a nossa própria falha em não ter uma atitude positiva. Não importa se o que nos move é o orgulho, a inveja ou a insegurança, o resultado é destrutivo. 
Talvez nos sintamos justificados de criticar outros. Pode ser que tenhamos sido vítimas da conversa irrefletida de alguém. Nesse caso, retaliar não é a melhor solução. Isso apenas alimenta o fogo e favorece a vontade do Diabo, não a de Deus. (2 Tim. 2:26) É bom imitar a Jesus nesse respeito. Quando era injuriado, ele “não injuriava em revide”, mas “encomendava-se àquele que julga justamente”. (1 Ped. 2:21-23) Jesus confiava que Jeová cuidaria dos assuntos à Sua própria maneira e no devido tempo. Devemos ter a mesma confiança em Deus. Ao usarmos as nossas palavras para o bem, ajudamos a preservar o “vínculo unificador da paz” na congregação. — Leia Efésios 4:1-3.
FUJA DO LAÇO DO MEDO E DA PRESSÃO
8, 9. Por que Pilatos condenou Jesus?
O animal pego num laço perde sua liberdade de movimento. De modo similar, quem sucumbe ao medo e à pressão abre mão de pelo menos parte do controle de sua vida. (Leia Provérbios 29:25.Vejamos os casos de dois homens muito diferentes que cederam à pressão e ao medo, e o que podemos aprender de seus exemplos.
O governador romano Pôncio Pilatos sabia que Jesus era inocente e, pelo visto, não queria prejudicá-lo. De fato, ele disse que Jesus não havia feito ‘nada que merecesse a morte’. Mesmo assim, o condenou à morte. Por quê? Porque Pilatos sucumbiu à pressão da multidão. (Luc. 23:15, 21-25) “Se livrares este homem, não és amigo de César”, gritaram esses opositores, pressionando para conseguir o que queriam. (João 19:12) Pilatos talvez temesse perder o cargo — ou até mesmo a vida — caso tomasse o lado de Cristo. Assim, ele se deixou induzir a fazer a vontade do Diabo.
10. O que levou Pedro a negar a Cristo?
10 O apóstolo Pedro foi um dos companheiros mais achegados de Jesus. Ele declarou publicamente que Jesus era o Messias. (Mat. 16:16) Quando outros discípulos não captaram o sentido do que Jesus dissera e o abandonaram, Pedro permaneceu leal. (João 6:66-69) E quando os inimigos vieram prender Jesus, Pedro tentou defender seu Mestre com uma espada. (João 18:10, 11) Mais tarde, porém, Pedro sucumbiu ao medo e até mesmo negou conhecer Jesus Cristo. Por um breve período, esse apóstolo foi enlaçado pelo medo do homem, deixando assim de agir com coragem. — Mat. 26:74, 75.
11. Contra que más influências talvez tenhamos de lutar?
11 Como cristãos, temos de resistir à pressão para fazer coisas que desagradam a Deus. Empregadores ou outros talvez tentem nos coagir a ser desonestos ou nos induzir à imoralidade sexual. Alunos na escola talvez tenham de lidar com colegas que os pressionam a colar nas provas, ver pornografia, fumar, usar drogas, abusar do álcool ou praticar imoralidade sexual. Então, o que nos ajuda a fugir do laço do medo e da pressão para fazer o que desagrada a Jeová?
12. Que lições podemos aprender de Pilatos e Pedro?
12 Vejamos o que podemos aprender dos exemplos de Pilatos e Pedro. Pilatos conhecia pouca coisa sobre Cristo. Mas sabia que Jesus era inocente e que não era um homem comum. Pilatos, porém, não tinha humildade nem amor ao Deus verdadeiro. O Diabo facilmente o pegou vivo. Pedro tinha conhecimento exato e amor a Deus. Mas em certos momentos faltou-lhe modéstia, ele mostrou medo e cedeu à pressão. Antes de Jesus ser preso, Pedro se jactou: “Ainda que todos os outros tropecem, eu não.” (Mar. 14:29) Esse apóstolo teria estado mais bem preparado para os testes caso tivesse adotado a mesma atitude do salmista, que confiava em Deus e cantou: “Jeová está do meu lado; não terei medo. Que me pode fazer o homem terreno?” (Sal. 118:6) Na última noite de sua vida na Terra, Jesus levou Pedro e dois outros apóstolos a um ponto mais recuado no jardim de Getsêmani. Mas, em vez de ficar alertas, Pedro e seus companheiros adormeceram. Jesus os acordou e disse: “Homens, mantende-vos vigilantes e orai, a fim de que não entreis em tentação.” (Mar. 14:38) No entanto, Pedro adormeceu de novo e, mais tarde, cedeu ao medo e à pressão.
13. Como podemos resistir à pressão para fazer algo errado?
13 Os exemplos de Pilatos e Pedro nos ensinam outra lição vital: resistir a pressões envolve uma combinação de fatores, como conhecimento exato, humildade, modéstia, amor a Deus e temor de Jeová, não de humanos. Se a nossa fé for edificada no conhecimento exato, falaremos com coragem e convicção sobre as nossas crenças. Isso nos ajudará a resistir à pressão e a vencer o medo do homem. Naturalmente, nunca devemos superestimar a nossa própria força. Em vez disso, devemos reconhecer com humildade que precisamos do poder de Deus para resistir a pressões. Temos de pedir o espírito de Jeová em oração e permitir que o amor a ele nos motive a defender seu nome e suas normas. Além disso, temos de nos preparar para suportar a pressão antes de surgir um teste. Por exemplo, a preparação antecipada e a oração podem ser de ajuda para que os nossos filhos reajam corretamente quando seus colegas tentarem induzi-los a fazer algo errado. — 2 Cor. 13:7.*
EVITE A ARMADILHA ESMAGADORA — O EXCESSIVO SENTIMENTO DE CULPA
14. A que conclusão o Diabo gostaria de nos levar a respeito de nossos erros do passado?
14 Certas armadilhas para animais consistem em um grande tronco ou pedra, suspensos sobre a trilha por onde a presa costuma passar. Sem notar o perigo, o animal toca no fio que aciona a armadilha, provocando a queda do tronco ou da pedra, que o esmaga. O sentimento de culpa imoderado é comparável a esse peso esmagador. Ao pensar num erro do passado, talvez nos sintamos ‘quebrantados ao extremo’. (Leia Salmo 38:3-5, 8.Satanás gostaria de nos levar a concluir que não merecemos a misericórdia de Jeová e que somos incapazes de cumprir os requisitos divinos.
15, 16. Como você pode evitar a armadilha de sucumbir ao excessivo sentimento de culpa?
15 Como é possível evitar essa armadilha esmagadora? Se você cometeu um pecado sério, procure logo restaurar a amizade com Jeová. Fale com os anciãos e peça ajuda. (Tia. 5:14-16) Faça o possível para corrigir o erro. (2 Cor. 7:11) Se for disciplinado, não fique deprimido. A disciplina é uma prova segura de que Jeová ama você. (Heb. 12:6) Esteja decidido a não dar os mesmos passos que levaram ao pecado, e apegue-se a essa decisão. Depois de se arrepender e mudar de proceder, tenha fé que o sacrifício de resgate de Jesus Cristo pode realmente cobrir os seus erros. — 1 João 4:9, 14.
16 Há pessoas que abrigam sentimentos de culpa por pecados pelos quais já foram perdoadas. Se for o seu caso, lembre-se de que Jeová perdoou Pedro e os outros apóstolos por terem abandonado Seu Filho amado, Jesus, no seu momento de maior necessidade. Jeová perdoou o homem que havia sido expulso da congregação em Corinto por crassa imoralidade, mas que mais tarde se arrependeu. (1 Cor. 5:1-5;2 Cor. 2:6-8) A Bíblia fala de pessoas que, apesar de terem cometido grandes pecados, foram perdoadas por Deus por causa de seu arrependimento. — 2 Crô. 33:2, 10-13; 1 Cor. 6:9-11.
17. O que o resgate pode fazer por nós?
17 Os seus erros do passado serão perdoados e esquecidos por Jeová se você estiver realmente arrependido e aceitar a misericórdia divina. Nunca pense que o sacrifício de resgate de Jesus não pode cobrir seus pecados. Pensar assim significaria ser pego por um dos laços de Satanás. Apesar do que ele deseja que você creia, o resgate pode cobrir os pecados de todos os transgressores que se arrependem. (Pro. 24:16) A fé no resgate pode tirar de seus ombros o peso do excessivo sentimento de culpa e lhe dar a força para servir a Deus de todo o coração, mente e alma. — Mat. 22:37.
NÃO DESCONHECEMOS OS DESÍGNIOS DE SATANÁS
18. Como podemos evitar os laços do Diabo?
18 Para Satanás não importa em que armadilha caiamos, desde que sejamos pegos por ele. Visto que não desconhecemos os seus desígnios, podemos evitar ser vencidos por ele. (2 Cor. 2:10, 11) Não cairemos nos seus laços, ou armadilhas, se orarmos por sabedoria para lidar com as provações. “Se alguém de vós tiver falta de sabedoria”, escreveu Tiago, “persista ele em pedi-la a Deus, pois ele dá generosamente a todos, e sem censurar; e ser-lhe-á dada”. (Tia. 1:5) Temos de agir em harmonia com as nossas orações por sempre estudar a Palavra de Deus e pôr em prática o que aprendemos. As publicações bíblicas do escravo fiel e discreto lançam luz sobre as armadilhas do Diabo e nos ajudam a evitá-las.
19, 20. Por que devemos odiar o que é mau?
19 Orar e estudar a Bíblia estimulam em nós o amor pelo que é bom. Mas é também importante desenvolver ódio pelo que é mau. (Sal. 97:10) Meditar nas consequências de se entregar a desejos egoístas pode nos ajudar a evitá-los. (Tia. 1:14, 15) Se aprendermos a odiar o que é mau e a realmente amar o que é bom, as iscas nas armadilhas de Satanás serão repulsivas; não nos atrairão.
20 Somos muito gratos de que Deus nos ajuda a não sermos vencidos por Satanás. Por meio de seu espírito, Palavra e organização, Jeová nos livra “do iníquo”. (Mat. 6:13) No próximo artigo, veremos como evitar outras duas armadilhas que o Diabo considera eficazes para pegar vivos os servos de Deus.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante