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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

TRAIÇÃO


TRAIÇÃO

 “Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se um adversário se levantasse contra mim, eu poderia defender-me; mas logo você, meu colega, meu companheiro, meu amigo chegado, você, com quem eu partilhava agradável comunhão enquanto íamos com a multidão festiva para a casa de Deus!” (Salmos 55:12-14).


Alguém disse sabiamente: a seguinte frase: ..."O Coração do ingrato não tem memória e esquece muito rápido de como tudo começou..."
A frase me chamou a atenção. Principalmente por se tratar de uma grande verdade!
POIS A BÍBLIA ELERTA: 


"Os homens serão EGOÍSTAS, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, INGRATOS, ímpios," (2 Timóteo 3:2).

Infelizmente é verdade! E isso fica cada vez mais evidente com o passar dos anos.
A ingratidão é obra da carne.  E sua raiz é o EGOISMO! 
É FATO: TODO INGRATO É EGOÍSTA, E VICE VERSA. ...O egoísta (ingrato), em prol dos seus próprios sonhos, objetivos e pretensões, despreza e esquece-se de todos que o ajudaram a começar e investiram em seu desenvolvimento. 
Há casos de filhos, que após se formarem e terem uma carreira profissional bem sucedida desprezam e se envergonham de seus pais por sua simplicidade, esquecendo-se que foram eles que, com sacrifício custearam seus estudos. E também pessoas que voltaram a estudar a custa do sacrifício, investimento e apoio do cônjuge, e que antes mesmo de se formar arrumaram outro (a) na faculdade, e alguns, até se divorciaram (e quando confrontados disseram: "Ah, Eu tenho o direito de ser feliz...". Ah, eu só estou perseguindo meu sonho...". E outro até disse: "Ah, eu quero me separar porque não consigo mais dialogar com minha esposa, agora que sou uma pessoa estudada e ela não consegue mais acompanhar meu raciocínio e entender o que falo, simplesmente não tem mais papo entre nós...")... E algumas ovelhas, obreiros, lideres que... Bom, é melhor nem falar, que faltaria espaço. Pois são muitos os "TESTEMUNHOS" de ingratidão que se vê, até mesmo nas igrejas... INGRATIDÃO É DESCOBRIR (TER A SENSAÇÃO), QUE INVESTIU NA PESSOA ERRADA!..." 


Infelizmente, essa é uma sensação que todo pastor enfrenta, já enfrentou ou enfrentará algumas; (pra não dizer muitas) vezes no ministério. A sensação de ter se esforçado inutilmente. Veja o que o apostolo Paulo disse:

"Temo que os meus esforços por vocês tenham sido inúteis" (Gl 4:11).

"retendo firmemente a palavra da vida. Assim, no dia de Cristo eu me orgulharei de não ter corrido nem me esforçado inutilmente". (Filipenses 2:15-16).

"Por essa razão, não suportando mais, enviei Timóteo para saber a respeito da fé que vocês têm, a fim de que o tentador não os seduzisse, tornando inútil o nosso esforço". (1 Tessalonicenses 3:5).

NEM O PRÓPRIO MESTRE JESUS CRISTO; ESCAPOU DE SOFRER INGRATIDÃO, DESPREZO E TRAIÇÃO POR PARTE DAQUELES A QUEM SERVIU E ABENÇOOU. VEJAMOS:

·         O CASO DOS DEZ LEPROSOS CURADOS. SOMENTE UM VOLTA PARA AGRADECER.

“Jesus perguntou: Não foram purificados todos os dez”? Onde estão os outros nove?
Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro? (Lucas 17:17-18)


·         A MAIORIA DOS SEUS DISCÍPULOS O ABANDONOU, DESPREZANDO AS PALAVRAS QUE ELE PREGAVA. RESTANDO SOMENTE OS DOZE:

“Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo”.
Jesus perguntou aos Doze: "Vocês também não querem ir?”.
Simão Pedro lhe respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”. (João 6:66-68)


COMO EU DIGO SEMPRE:  Se você prega o “evangelho” e nunca ninguém te abandonou dizendo: “Duro é esse discurso”! Que palavras duras! Ninguém pode suportar isso! Vou-me embora dessa igreja!...
Sinto muito. É bem provável que você não esteja pregando o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. AS VERDADEIRAS PALAVRAS DE VIDA ETERNA!


·         E DOS DOZE QUE SOBRARAM, UM ERA UM DIABO (UM TRAIDOR).

Então Jesus respondeu: "Não fui eu que os escolhi, os Doze? Todavia, um de vocês é um diabo!” (Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, que, embora fosse um dos Doze, mais tarde haveria de traí-lo.). (João 6:70-71).

“... Mas Jesus lhe perguntou: “Judas, com um beijo você está traindo o Filho do homem”?” (Lucas 22:48)

·         PEDRO, UM DOS ONZE RESTANTES, O NEGOU TRÊS VEZES. MESMO DEPOIS DE JURAR-LHE  LEALDADE ATÉ A MORTE:

“Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo”. (Mateus 26:35).

...E logo o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: "Antes que duas vezes cante o galo, você me negará três vezes". E se pôs a chorar. (Marcos 14:72)

·         E TODOS OS DEMAIS DISCÍPULOS QUE TAMBÉM HAVIAM JURADO LEALDADE, O ABANDONARAM NO MOMENTO MAIS DIFÍCIL DE SUA VIDA.

“Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram”. (Mateus 26:56).

·         O MESMO POVO QUE ELE CUROU, LIBERTOU, ABENÇOOU; O MESMO POVO QUE NUM DIA CELEBRAVA SUA ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM, NO OUTRO DIA SE DEIXAVA MANIPULAR PELOS RELIGIOSOS, E GRITAVAM: “CRUCIFICA-O”! 

“Tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor”. (João 12:13).
Pilatos perguntou à multidão que ali se havia reunido: "Qual destes vocês querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo? " (Mateus 27:17)
Mas os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos convenceram a multidão a que pedisse Barrabás e mandasse executar a Jesus. (Mateus 27:20)
...A uma só voz eles gritaram: "Acaba com ele! Solta-nos Barrabás! " (Lucas 23:18)
·         COMO ESTAVA ESCRITO ACERCA DELE, FOI REJEITADO PELO SEU PRÓPRIO POVO:
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”. (João 1:11)
E mesmo sofrendo toda essa ingratidão e traição, Jesus nos deixou o exemplo do que fazer quando fossemos injustiçados.
E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes”.(Lucas 23:34)
“Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus”. Lucas 6:35

ISSO É PALAVRA DE VIDA ETERNA! Mesmo que pareça “duro discurso!” Para nossa carne e para nossa alma! O mandamento é perdoar sempre! E não pagar mal por mal.
“Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos”. (1 Tessalonicenses 5:15)

POIS A VINGANÇA NÃO PERTENCE A NÓS. PERTENCE A DEUS! ELE É FIEL E JUSTO PARA DAR A CADA UM, COLHEITA DAQUILO QUE SE SEMEIA.

Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor”. (Romanos 12:19)
“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá”. (Gálatas 6:7).

Sabendo disso. Perseveremos firmes na obra que o senhor nos chamou. Fazendo tudo para Deus. Com a nossa expectativa nele e não nos homens. E certamente colheremos o fruto do nosso trabalho. Pois o nosso trabalho no Senhor não será em vão!
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”. (1 Coríntios 15:58)

LEMBRE-SE: guarde o seu coração da justiça própria. Revista-se da couraça da justiça de Deus. Não se deixe ferir pelas injustiças, ingratidões e traições humanas. E não se esqueça de que a nossa luta não é contra carne (seres humanos), e nem contra o sangue (nossas parentela), esses não são nossos verdadeiros inimigos. 

pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes”. (Efésios 6:12).

PORTANTO, CUIDADO!!! O DIABO É ASTUTO, E SABE MUITO BEM A QUEM USAR PARA TE FERIR MAIS PROFUNDAMENTE!

E as vezes, infelizmente, quando consegue, ele usa até mesmo as pessoas mais próximas a nós, aqueles a quem mais amamos e confiamos, aqueles em quem mais investimos e nos dedicamos. Ele sabe, que, se alguém de longe (de fora dos seus relacionamentos), se levantar contra você te caluniar e te afrontar, não doerá tanto, e você superará facilmente. Mas, se alguém próximo a você, do seu convívio, alguém que você confia te trair, a dor será muito maior. Podendo causar, até mesmo, uma ferida interior. (pois quem joga pedras de longe, nem sempre acerta o alvo. Mas quem joga de perto, pode acertar em cheio onde machuca e dói mais. Pois, pela convivência e intimidade, conhece as tuas fraquezas e debilidades). Ou seja. O foco do diabo com isso é nos ferir a ponto de criar no nosso coração mágoas, ressentimentos, indignação, trauma  e até raiz de amargura, que uma vez brotando, nos consome, nos priva da graça, nos mata espiritualmente;  afetando, travando e contaminando assim, nossa vida, saúde e ministério. Deixando-nos nas mãos dever duros (demônios torturadores, atormentadores). Se, não conseguirmos superar, liberar perdão, aos nossos ofensores, devedores.

“E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia”... “Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão”. (Mateus 18:34-35).

PORTANTO. VIGIE! NÃO CAIA NESSA ARMADILHA DO DIABO! 
NÃO SE ESCANDALIZE! NÃO SE DEIXE AMARGAR

“Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se um adversário se levantasse contra mim, eu poderia defender-me; mas logo você, meu colega, meu companheiro, meu amigo chegado, você, com quem eu partilhava agradável comunhão enquanto íamos com a multidão festiva para a casa de Deus!” (Salmos 55:12-14).

Contudo, não deixe de amar, de confiar e se relacionar com o próximo temendo sofrer traições, decepções em sua vida. Não se afaste ou rejeite as pessoas por causa disso. Pois Deus é fiel para guardar o nosso coração e nos ajudar a superar, quantas vezes forem preciso, as afrontas e decepções que tivermos que enfrentar.

COMO EU SEMPRE DIGO: ...”AME AS PESSOAS EM TODO TEMPO, E ESPERE O MELHOR DELAS! MAS, ESTEJA SEMPRE PREPARADO PARA O PIOR”! (PREPARADO PARA PERDOAR, RECONCILIAR-SE, RESTAURAR RELACIONAMENTO E INVESTIR NA BOA CONVIVÊNCIA). Pois pessoas são falhas, assim como nós mesmos. Ninguém é infalível. Ninguém "veio do céu". Todos estamos buscando ir para lá! 
O único que veio do céu foi JESUS! SÓ ELE VEIO E VOLTOU PARA LÁ! Aleluia! 

Confie nele! Espere recompensa dele. Pois Ele nunca falhará!
Coloque toda a sua expectativa em Deus, e não nos homens! E certamente você nunca se decepcionará!
E NUNCA SE ESQUEÇA DE QUE DEUS TE CHAMOU PARA AGIR! E NÃO PARA REAGIR! (Agir na palavra de Deus, obedecendo ao que ela diz. E não, Reagir conforme as circunstancias). Agir na palavra, independente das circunstancias exige manifestar o fruto do espírito; é próprio do homem espiritual nascido de novo, nascido de Deus, que trás em si a natureza divina. 
Reagir as circunstâncias levado (dominados) pelos sentimentos, emoções e desejos da carne, é próprio da natureza carnal, que não tem domínio próprio (fruto do espírito que nos capacita a agir em obediência a palavra de Deus, mesmo quando a nossa carne e nossa alma desejam ardentemente o contrário).  Isso (ter domínio próprio), faz toda diferença em nossa vida. Pois nos ajuda a mortificar a nossa natureza carnal matando-a na cruz. Aí sim, ela não nos dominará mais! E não Reagirá mais as tentações! POIS MORTO NÃO REAGE! Se o diabo AINDA está conseguindo nossa reação CARNAL, as suas tentações é porque não estamos matando a nossa natureza carnal TODOS os dias, como a bíblia manda.

“Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 6:11).
“De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6:2)

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Qdo trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados. - Mestre, você deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda, picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: - Cada um age de acordo com sua natureza. Ele agiu conforme a natureza dele, e eu de acordo com a minha!
Nessas horas, SE você sentir que foi “picado pelo escorpião” (sofreu uma traição), Só há uma coisa a fazer. BUSCAR O ANTÍDOTO, A PALAVRA DE DEUS! Agir nela, para ser curado. Somente a palavra de Deus fluindo, operando em nós pelo Espírito Santo, poderá aniquilar o veneno do ódio, rancor, ressentimento, frustração, decepção, etc. Causados pela dor de uma traição. Como já vimos acima, o foco do diabo com isso (se ele puder), é nos ferir de morte. Mas Deus é fiel. E nunca nos abandona, ele é poderoso para nos guardar do maligno! Basta crermos em sua palavra e agirmos em obediência a ela pela fé! 


Se você está ferido por alguma traição e decepção que sofreu, AJA EM FÉ! BUSQUE AJUDA! HÁ BALSAMO, HÁ REMÉDIO, HÁ MÉDICO EM GILEADE! 
NÃO PRECISA MORRER A FILHA DE SIÃO! ALELUIA!!! (Jr 8:22).

Muitos estão morrendo porque não buscam cura. Mesmo sabendo que estão doentes enfermos. A ponto de não mais conseguir congregar, pois dizem que não conseguem crer mais em nada e em ninguém. Decepcionaram-se com alguém na igreja, família, cônjuge, líder, Etc. Se entregaram a dor. Se deixaram ferir. E se não tomarem uma decisão de fé, rejeitando as feridas e clamando por cura. O seu fim será a morte. INFELIZMENTE...

Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidasnem ligadasnem amolecidas com óleo”. (Isaías 1:6).

Deixe Deus te curar.
Por mais que doa, deixe-o espremer e tirar todo pus de suas feridas. Deixe que ele ligue o que estiver rompido dilacerado. Receba o balsam, o óleo do Espírito Santo, para amolecer toda dureza e sequidão e aspereza de sua vida. EM NOME DE JESUS!
É isso que acontece quando praticamos a palavra de Deus. Mesmo nos momentos mais difíceis. Ela nos cura, nos restaura, no espirito, alma e corpo.


"Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus"; (Mt 5:44).

 "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem". (Rm 12:21).

 "A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. (Romanos 12:17).

"Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos". (1 Tessalonicenses 5:15).

Quanto a nós. Sejamos sempre gratos a Deus e a aqueles a quem ele usa para nos abençoar. E JAMAIS, venhamos pagar o bem com o mal. Para não entrarmos em juízo e condenação do senhor. Pois Deus é justo e julgará TODA injustiça e ingratidão!

Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito:
"Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor”. (Romanos 12:19)

“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois TUDO o que o homem semear, isso também colherá”. (Gálatas 6:7).

"QUANTO ÀQUELE QUE PAGA O BEM COM O MAL. NÃO SE APARTARÁ O MAL DA SUA CASA". (Provérbios 17:13).


ISSO É UMA GRANDE VERDADE! VEJA O QUE ACONTECEU COM O POVO DE ISRAEL POR CAUSA DA INGRATIDÃO E DA MURMURAÇÃO CONTRA DEUS E CONTRA MOISÉS:

Em (Números 11. 1 a 9), O povo foi muito ingrato reclamando e murmurando da provisão, do amor e do cuidado de Deus para com eles e por isso foram severamente castigados pelo senhor.
O maná era a providência maravilhosa de Deus para o sustento do seu povo durante a peregrinação no deserto, mas eles desprezaram esta maneira de Deus sustentá-los e preservá-los, e murmuraram contra o Senhor e contra Moisés. O mesmo acontece hoje. Quando somos ingratos não reconhecemos as bênçãos de Deus, nem os meios e nem as pessoas que ele usa para nos abençoar. Pelo contrário, desprezamos reclamamos de tudo e de todos. ISSO É INGRATIDÃO! E INGRATIDÃO ATRAI MALDIÇÃO!( Números 14.33)... O ingrato nunca sabe reconhecer as dádivas, o cuidado e o carinho que recebe. Pois sempre acha que MERECIA MAIS do que lhe é dado, dedicado a ele. Está sempre descontente com aqueles que o abençoam, o cercam e o ajudam, como se TODOS tivessem a OBRIGAÇÃO de satisfazê-lo. Como já vimos, todo ingrato é EGOCÊNTRICO, soberbo, orgulhoso, arrogante, SEM MEMÓRIA e sem senso de HONRA, LEALDADE, FIDELIDADE E ALIANÇA. Portanto, irmãos, guardemos o nosso coração da ingratidão. Saibamos reconhecer e honrar a Deus, sendo gratos pelos meios e pessoas que ele usa para demonstrar seu cuidado para conosco. Lembrando que, INGRATIDÃO e FALTA DE HONRA são alguns dos sintomas da apostasia dos últimos tempos. 
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude a guardar o nosso coração de todas essas coisas. Em nome de Jesus.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

APENAS UMA LÁGRIMA


                                                          APENAS UMA LÁGRIMA
“Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre: não estão elas inscritas no teu livro?” Salmos 56:8
A alma está abatida, o mundo se fechou, não consigo enxergar nada a minha volta. Lágrimas quentes saem dos meus olhos. Elas que insistem em não me obedecer e caem. Não tem como segurar. É mais forte que eu. Estou sufocada em meio a tantos sentimentos, meu coração sente-se apertado. Só me resta deixar a lagrima rolar para aliviar minha dor e lavar minha alma.
As lágrimas verdadeiras expressam o mais puro sentimento e dor. Elas expõem meu interior ferido e abatido. Nelas também encontro alivio e retorno a ver uma luz ao fim do túnel.
Choramos de vergonha, alegria e tristeza. Não importa o motivo, precisamos chorar para sermos consolados. O Rei e Salmista Davi disse que sofreu e por isso chorou, mas suas lágrimas não caíram ao chão simplesmente, Deus as recolheu e trouxe a solução. Ele inicia o texto pedindo misericórdia a Deus, ele havia experimentado o melhor de Deus e sabia que Ele o ajudaria neste momento.
Suas lágrimas vieram do fato que o salmista sabia em quem confiava, sabia que Deus estava atento a sua vida.  Assim como está atento a nós hoje. Ele não descansa e nem dormi.
A vida só pode vivida se envolver sentimento e possibilidade de sofrimento. Aquele que não enfrenta a possibilidade de perda não sabe o que é ganhar.  Deus vê e Deus guarda e recolhe cada uma de nossas lágrimas. Elas demonstram nossa fragilidade em meio a uma situação. Faz com que reconheçamos que não somos tão independentes do criador como imaginamos.
O que não chora é covarde consigo mesmo, não é feliz, pois não conhece o que é sentimento real, íntimo. Muitos choram escondido para que ninguém saiba que fracassou. Acovardam-se em meio às lutas e não conseguem pedir ajuda. O que chora é aquele que reconhece sua fragilidade de alma. Depende de Deus vir ao seu auxilio.
Lágrimas sem valor, são aquelas egoístas, pelas perdas somente pessoais, que não leva em conta o outro. Perdas por ambição é choro sem consolo. Não há quem ajude. Devemos sim chorar de arrependimento, que evoca consolo divino, aquele que sai da alma, do mais íntimo do seu ser. Só você e Deus sabem o quanto dói.
Quando choramos descobrimos a mansidão, a bondade de Deus “mesmo quando a alma vive imersa no sofrimento e não vê razão para isso.” Deus vê, Deus sabe, Deus te conhece. “A Mansidão é uma atitude interna de quem é rico de espírito e de quem chora”
Ao chorarmos crescemos nos conhecemos e deixamos Deus agir por nós. Somente os que choram serão consolados. ”Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.” (Mateus 5:4) O choro nos aquieta nos faz pensar e entender boa parte dos nossos dramas. Nos sentimos renovados após as lágrimas.
“Olharei o mundo através das lágrimas. Talvez eu veja coisas que eu não veria com os olhos secos.  As lágrimas nos fazem entender o perdão, mesmo que leve tempo para isso.
Qual o valor das lágrimas? Está no valor que você da à vida, no sentido em que deixa sua vida caminhar. Se você deixar seu coração quebrantado deixará lágrimas valiosas rolarem, mas se endurecer seu coração colherá lágrimas de amargura e sofrimento. Deus resiste aos soberbos, mas aos mansos concebe graça e sabedoria.
“Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo.” (Salmos 30:5)
Não deixe de chorar, que seja de raiva, para alivio, que seja de alegria para expressar sentimentos, que seja de vergonha para que transpareça seu desagrado. NÃO VIVA CHORANDO, mas chore quando for necessário. Diga sempre a Deus porque está chorando, só Ele pode recolher suas lágrimas e trazer alegria pela manhã. Que Deus em Cristo Jesus possa a cada manhã renovar suas forças e enxugar suas lágrimas.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

MULHER CRISTÃ ADULTERA


                                                    MULHER CRISTÃ ADULTERA
A cena era comum e repetia-se diariamente quando Jesus visitava Jerusalém: Ele ia de madrugada para o monte orar e depois, bem cedinho, já estava no Templo, onde se sentava para, com a autoridade de um Mestre, ensinar a lei ao povo que ouvia com muita expectativa.
Naquele dia, entretanto, enquanto Jesus proferia sua aula sobre a lei, começa-se a ouvir um barulho até que Jesus silencia, enquanto escribas e fariseus apresentam um caso muito sugestivo, uma vez que o assunto discutido ali era a lei!
Eis o caso: Uma mulher apanhada em flagrante adultério. De um lado, Jesus precisava lidar com a lei de Moisés que dizia que tais pecados deveriam ser punidos com a morte – e ele já havia dito que veio para cumprir a lei (Mateus 5:17) –, de outro lado, lidava com a possibilidade clara de ensinar ao povo todo que a misericórdia triunfa sobre o juízo. Como ele poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo?
Vejamos o texto, então, para saber o que está em jogo, pois aparentemente Jesus está contra a parede aqui.
I – Escribas e Fariseus Tentam Acusar Jesus
O objetivo dos Fariseus e Escribas era claro: “6 Isto diziam ele para terem de que o acusar”. Eles trazem um caso teste para Jesus que teoricamente o deixaria sem saída: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério e na lei, Moisés nos mandou apedrejá-la. Tu, pois, o que dizes?
Não falemos sobre a falsa lisonja de chamarem Jesus de “Mestre”, para “terem de que o acusar”, mas foquemos na situação da pobre mulher, que ainda que pecadora e adúltera, estava agora exposta de forma vergonhosa a “todo o povo” que estava ali. Todos assentados, inclusive Jesus, na sua posição de Mestre, exceto a mulher, que foi ali colocada “de pé”.
Imagine-se tendo seus pecados mais obscuros sendo expostos aos olhos de todas as pessoas daquela maneira que entenderá um pouco do que se passava na mente daquela mulher!
II – Eles Saem Acusados da Situação
Qual seria a resposta de Jesus? Se dissesse para não apedrejá-la, poderia ser acusado de quebrar a lei de Moisés; se mandasse apedrejar, deixaria de ensinar o valor da graça e do perdão, e, certamente, diminuiria a admiração, pois se igualaria aos fariseus na interpretação da lei.
Até porque em Levítico 20:10 e Deuteronômio 22:22-24 a lei mandava que ambos, homem e mulher fossem apedrejados, mas Jesus nem se utiliza dessa carta na manga.
Curiosamente ele fica calado e “se inclina para escrever com o dedo no chão”. Não nos interessa o conteúdo do que Jesus escreve, pois se nos interessasse isso seria informado pelo autor, mas isso causa uma animação nos acusadores que agora “insistem na pergunta”, como se tivessem vencido e encurralado o Senhor Jesus.
Enquanto toda essa trama acontece, a mulher ainda está estática, coitada, com todos os olhares nela. Até por isso, “Jesus se levanta” para dizer algumas palavras, depois “se assenta novamente e volta a escrever com o dedo no chão”; mas o que ele teria dito e feito que mudou tão drasticamente a cena?
Primeiro, os acusadores queriam ter do que acusar Jesus, mas agora, “ouvindo eles a resposta e acusados pela própria consciência, saem um a um… ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava”.
Três coisas importantes aqui; primeiro, Jesus se levanta da sua posição de autoridade para proferir as palavras, fazendo com que os olhares saíssem da mulher e se virassem para ele. Depois ele se assentou, mostrando que sua autoridade independe de posição ou posto – mas vemos a compaixão de Jesus quando ele chama a atenção de todos para si (veremos mais sobre isso no último ponto).
Segundo, eis as palavras que ele profere: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra”. Porque apenas essas palavras causariam tanta comoção? Bem, no original percebemos que Jesus estava lidando com aquele adultério, especificamente (lit. este pecado), o que indica que tudo foi organizado pelos escribas e fariseus exclusivamente para pegar Jesus. A mulher foi apenas uma prostituta paga e usada naquele caso; mas também era lei em Israel que aqueles que denunciavam um crime, jogassem a primeira pedra se fossem inocentes, pois isso seria um privilégio. Mas como não eram inocentes, saíram dali cabisbaixos.
Em terceiro lugar, Jesus cumpre a lei em não apedrejar a mulher, pois segundo o próprio livro de João, os mesmos escribas e fariseus, quando pedem a Pilatos que crucifique Jesus; e Pilatos os manda julgar pela própria lei dos Judeus, eles respondem, por estarem sob o jugo de Roma: “A nós não nos é lícito matar ninguém” (João 18:31).
III – A Mulher Ainda Tinha a Acusação Contra Ela
Resolvido o problema entre Jesus e os fariseus que foram mais uma vez humilhados pela verdade e sabedoria de Jesus, a mulher ainda estava ali, seminua, envergonhada, exposta à toda sociedade de Jerusalém.
Muitos podem se identificar com os acusadores até esse ponto. São ávidos em apontar os erros dos outros, mas esquecem que muitas vezes cometem exatamente aquilo que condenam. Que essa hipocrisia seja extirpada do nosso meio.
Mas alguns dos leitores podem se identificar aqui com essa mulher. Se esse for o seu caso, se você percebe que é pecador(a), saiba que todos os olhos desse mundo não podem ser mais perigosos que os olhos daquele que estava diante daquela mulher.
Ele era o único que poderia atirar todas as pedras e ser absolutamente justo, mas o texto diz que em vez disso, mais uma vez “erguendo-se Jesus”, começa a dialogar com a aquela mulher.
Seus olhos, em lugar de ódio e julgamento, naquele momento foram de compaixão e perdão: “Eu tampouco te condeno”. Mas note que essas palavras de Jesus teriam drásticas consequências. Pois ele ainda tinha a lei que condenava aquela mulher para o inferno, assim como condena você que me lê por causa dos seus pecados.
Quando Jesus mais uma vez se levanta, “não há mais ninguém ali além da mulher”, então ele se levanta para mostrar a ela que suas palavras de perdão o levaria ao lugar dela. Ele não seria meramente apedrejado pelo adultério dela, mas a ira de Deus recairia completamente sobre ele, para que ele pudesse dizer aquelas simples palavras de perdão.
Você pode também, ao ler essa história, entender que Jesus graciosamente está se oferecendo para perdoar seus pecados, mas saiba que ele pagou de forma dramática na cruz, por isso é que “a cruz de Cristo nos constrange”.
Finalmente, não pense que o perdão de Jesus deixa você continuar na sua vida de pecado. Assim como aquela mulher teve a sua vergonha e a sua culpa cobertas por Jesus, pois ele levou sobre si; ela saiu dali com a sua vida transformada.
Jesus disse a ela: “agora vai e não peques mais”. Faça você o mesmo. Você que agora tem a sua consciência pesada por causa do seu pecado, lance tudo sobre Cristo, pois ele tem cuidado de nós. E aprenda a delícia que é andar em novidade de vida!
Note que as únicas palavras dessa mulher foram: “Ninguém Senhor”, o mesmo é suficiente para você aprender que se Cristo libertar e salvar você, o seu passado é completamente esquecido por ele; afinal, ainda que sejamos sujos de pecado, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

A GLÓRIA DO SENHOR NA FACE DO DISCÍPULO


             A Glória do Senhor na Face do Discípulo
(2 Coríntios 3:7-18)


Durante a peregrinação de Israel no deserto, Moisés mantinha contato regular com o Senhor, na tenda da congregação. Sempre que Moisés entrava para falar com o Senhor, sua face começava a brilhar, refletindo a glória da presença de Deus. Quando ele saía, tinha que cobrir seu rosto para que o povo não cegasse com o fulgor. O brilho começava a desvanecer gradativamente, mas os israelitas não o percebiam por causa do véu que Moisés usava. Quando ele retornava à tenda da congregação, sua face começaria a luzir, novamente, com a glória do Senhor. Este evento histórico, registrado em Êxodo 34:33-35, é a base para os comentários de Paulo em 2 Coríntios 3:7-18.
   
A glória da nova aliança

"E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobre excelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente" (3:7-11).
   
Enquanto a velha aliança estava cheia de glória, esta simbolizada pelo resplendor da face de Moisés, a nova aliança brilha ainda mais. Este contraste resulta das funções das duas alianças. A velha era uma aliança de morte, porque tudo o que podia fazer era diagnosticar a doença do pecado. A nova aliança providencia o remédio para os pecados dos homens. A velha aliança era um ministério de condenação porque condenava aqueles que deixaram de cumprir suas exigências, mas a nova aliança justifica, através do sangue de Cristo, aqueles que pecaram. É certamente uma coisa maior justificar o pecador do que condená-lo. A nova aliança é superior também porque ela ainda permanece, enquanto a glória da antiga aliança desvaneceu.
   
A diferença na glória da antiga e da nova é notável: "Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobre-excelente glória" (3:10). Assim como a lua e as estrelas desvanecem quando o sol levanta, assim a glória da velha aliança empalideceu quando a nova aliança raiou em Cristo. Uma vez que sua glória foi suplantada, a velha aliança não é mais nossa lei. Nem mesmo os dez mandamentos, a lei gravada em pedras, se impõem, como tais, aos cristãos, ainda que muitos deles tenham sido incluídos na nova aliança (a exceção é o mandamento do sábado, que não é repetido na aliança de Cristo -- veja Colossenses 2:16-17).
   
O véu de Moisés

"Tendo, pois, tal esperança, servimos-nos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até o dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (3:12-17).
   
O véu que cobria o rosto de Moisés, quando ele voltou a falar com o povo, simboliza o véu da cegueira nos corações dos incrédulos judeus quando eles liam a velha aliança. Assim como os israelitas não podiam ver que o resplendor na face de Moisés tinha desvanecido, assim também os judeus dos dias de Paulo não podiam ver que a glória da velha aliança tinha desvanecido. Mas, assim como Moisés retirava o véu quando voltava ao Senhor, na tenda, assim também quando alguém volta ao Senhor hoje, seu véu é removido e ele vê claramente. O Senhor a quem nos voltamos hoje é o Espírito, que é descrito neste contexto como o agente da nova aliança (3:3,6,8). Quando nos voltamos para o Senhor, na nova aliança, ficamos livres: de culpa, de pecado e de morte, e especialmente, do véu que impede o entendimento espiritual.
   
Moisés, modelo para nós

"E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (3:18). Este texto destaca comparações e contrastes entre nós e Moisés. Nós, como Moisés, contemplamos o Senhor com a face desvendada. E, como ele, nosso rosto é transformado e começa a luzir com a glória do Senhor. Isto não é físico, em nosso caso, mas representa a radiante transformação espiritual que experimentamos. Cada cristão, em certo sentido, repete as experiências de Moisés.
   
Há diferenças entre nós e Moisés. 1. Diferente da situação dos israelitas, todo discípulo hoje contempla o Senhor. Nos dias do Sinai, somente o guia, Moisés, viu-o. O povo, por causa da culpa do pecado, era incapaz de contemplar o Senhor, ou de ver o resplendor da face de Moisés. Agora que a culpa dos pecados do cristão foi perdoada por Cristo, ele pode contemplar a glória de Deus na face de Cristo (4:6) e ansiosamente antever a contemplação final da glória do Senhor no céu (João 17:24). 2. Também, diferente de Moisés, nosso rosto não deve ser vendado. A luz de Cristo dentro de nós não deve ficar escondida; antes, outros devem ver a glória do Senhor refletida em nossa 'face', em nosso caráter. 3. Finalmente, somos diferentes de Moisés no fato que a glória de Moisés desvaneceu, e a nossa deve intensificar "de glória em glória". 

Aplicações práticas

1. Tendo, pois, tal esperança, servimos-nos de muita ousadia no falar" (3:12). A mensagem desvendada clama por um método desvendado de proclamá-la. Não deve haver desculpa para o anúncio franco e aberto do domínio de Cristo e de seu evangelho, porque o estilo do ministério deve concordar com o caráter da mensagem. Paulo era ousado. Ele pregava e ensinava a verdade a todos, indiferente ao perigo. Ele era frequentemente expulso da cidade, espancado e aprisionado, mas nunca se esquivava de declarar a verdade de Cristo francamente. Nós, por outro lado, tendemos a ser hesitantes e indiretos em nosso ensinamento porque tememos o ridículo e a rejeição. Se ao menos pudéssemos começar a ver a espantosa glória do Senhor mostrada no evangelho, declararíamos a verdade com coragem.

2. Somente quando os israelitas se voltaram para Cristo, puderam discernir o verdadeiro significado e glória da velha aliança. Muito do Velho Testamento reflete a sombra de Cristo. O tabernáculo, os sacrifícios, o sacerdócio, o reinado e muitos eventos da história do Velho Testamento revelam a figura de Cristo. Ele é a chave para o entendimento do Velho Testamento. Sem Jesus, muito do seu significado permanece trancado na obscuridade.

3. Este texto dá uma tremenda visão da verdadeira meta do cristão: refletir a glória de Cristo e ser transformado em sua imagem. Cristianismo é muito mais do que moralidade e comparecimento à igreja; é um processo dinâmico resultante em Cristo sendo formado no coração do cristão (Gálatas 4:19). Os cristãos devem começar a parecer com Cristo. Não há segredo quanto a como esta transformação acontece. É contemplando Cristo em sua palavra. Quanto mais olhamos para ele, meditamos nele, e procuramos copiá-lo, mais o Senhor nos transformará. E a mudança é para ser progressiva. Cristo deve habitar em nosso coração mais e mais a cada dia. Enquanto o Espírito executa sua obra, o caráter de Deus deve emergir progressivamente na estrutura e natureza de nossa vida.

Pare um momento para pensar sobre como era a vida de Cristo. Sua paixão intensa  era a vontade de seu Pai. Ele nunca falou e nunca agiu por sua própria iniciativa, mas sempre buscou ativamente agradar ao seu Pai. Ele orava ao seu Pai frequentemente, mantendo uma relação íntima com ele. Precisamos crescer para sermos mais dominados pela vontade do Pai e para desenvolver uma amizade mais íntima com ele na oração.
Jesus era compassivo, meigo e perdoador. Ainda que os discípulos o desapontassem muitas vezes, ele continuou a trabalhar com eles pacientemente. Pedro negou, com um juramento, que ao menos soubesse quem Jesus era, no exato momento em que Jesus mais precisava dele. Mas apenas três dias mais tarde, um anjo incumbido por ele disse às mulheres que fossem e convidassem os discípulos, e Pedro, para encontrá-lo na Galileia (Marcos 16:7). Naturalmente, Pedro era um discípulo, mas o Senhor sabia que ele poderia sentir-se indigno de encontrar Jesus depois de tê-lo deixado num momento tão crítico. Assim, Jesus assegurou-se de que ele recebesse um convite especial. E quando eles se encontraram, Jesus encorajou-o e prometeu usá-lo para alimentar suas ovelhas (João 21). O amor de Jesus não era limitado aos seus seguidores. Ele pediu a Deus para perdoar aqueles que o estavam crucificando (Lucas 23:24). Como nos comparamos com Jesus, em perdão? Estaremos, realmente, permitindo ao Senhor mudar-nos para a imagem e a glória espiritual de Cristo? Ou talvez não passemos tempo suficiente contemplando.

   
O verdadeiro cristão reflete a glória espiritual de Jesus em seu caráter e sua vida.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante