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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

O VÉU SE RASGOU


                                                          O VÉU SE RASGOU
Você já parou pra pensar no quão profundo é a passagem que se encontra em Marcos 15:38 diz: “E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”?. Esse versículo fala sobre o momento que Jesus morre na cruz, e o véu do santuário se rasga. Neste mesmo momento, vários outros fenômenos acontecem, que deixam muitos céticos sobre a santidade de Jesus sem argumentos para negar o fato de que ele verdadeiramente é o Cristo.
Em Mateus 27:51-52, encontramos esses acontecimentos descritos, onde diz: “E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados.”
O véu que se rasga não é apenas o tecido que separa o santuário do tabernáculo do Santo dos santos. Esse véu é aquele que separava a humanidade de Deus, aquele que impedia que tivéssemos acesso direto ao Pai. Jesus, através de sua morte nos dá esse livre acesso.
O Santo do santos era o local onde apenas o sumo sacerdote tinha acesso; local onde fazia os sacrifícios para obter perdão pelos seus próprios pecados e dos demais. Ele era o único que podia fazê-lo. Qualquer outra pessoa que entrasse naquele local morreria. A morte de Jesus nos permitiu entrar no Santo dos santos, ter livre acesso ao Pai, falar com Ele diretamente e ouvir dEle próprio as respostas para nossos questionamentos.
A passagem de Mateus 27-51-52, fala de mortos ressuscitando e saindo de seus sepulcros. Muitas vezes lemos esse texto e nos prendemos apenas ao milagre realizado no instante da morte de Jesus. Mas hoje, te digo que precisamos ir mais a fundo nessa passagem, e entender o real significado de todas essas coisas. A morte de Jesus nos trouxe vida, e vida eterna. Quando lemos que “abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados”, podemos ver que nós mesmo saímos do sepulcro em que estávamos antes de conhecer Jesus e ressuscitamos para a vida plena e abundante que Ele quer nos dar – não apenas aqui na terra, como a mais maravilhosa vida que podemos ter, que é a vida eterna junto com Ele e com o Pai.
O amor de Deus para conosco é algo tão maravilho e inexplicável, que Ele entregou Seu próprio filho, para que nós, pecadores por conta da natureza humana que habita em nós, pudéssemos ter a vida eterna, e recebermos a graça e perdão, nos tornando assim seres cheios do Espírito Santo, não merecedores, mas aptos a estar com Ele por toda a eternidade. A graça de Deus, através da morte de Jesus, foi derramada, e por ela podemos alcançar a vida eterna (Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Efésios 2:8).
No momento em que Jesus morre, mais um acontecimento nos chama atenção: a terra estremece. Não podemos ver isso como apenas um terremoto. Precisamos entender, que assim como a terra tremeu, nossos corações devem estremecer de dor e ao mesmo tempo de alegria. Isso é sinal de que sentimos verdadeiramente que Jesus deu Sua vida por nós. Alegria? Como assim? Simples: Jesus está vivo! Ele ressuscitou! Ele nos tirou das trevas em que nos encontrávamos, e nos leva direto para a Sua luz. Basta querermos estar com Ele, fazermos o que Ele nos manda.
Hebreu 9, em todo o seu texto, nos fala sobre a mudança que ocorre a partir da morte de Jesus. Cita os costumes e tradições seguidos por Moisés e nos diz:

“E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?” Hebreus 9:15-17.
Jesus veio para fazer a mediação entre nós e o Pai, e veio para tirar para sempre a separação entre Deus e a humanidade. Ele cumpriu aquilo que Deus prometeu que nos faria, trazer um Salvador e nos tirar do pecado. Sua morte se fez necessária para que a palavra de Deus se cumprisse e tivéssemos livre acesso ao Pai.
Hoje somos livres! Livres para falar com Deus, para levar a Ele nossos questionamentos, dúvidas, tristezas; para entregar a Ele nossa adoração; livres para ter uma nova vida, e sermos guardados e guiados por Seu Espírito Santo. Mas também somos livres para escolher não andar com Ele, por isso, pense bem em suas escolhas; reflita sempre antes de cada decisão, para que seus atos não venham a desagradar ao Pai. Lembre-se: o sacrifício de Jesus por nós na cruz é algo único e incomparável. Nada nem ninguém no mundo jamais fará por você o que Cristo fez naquela cruz, portanto, Ele merece sempre o nosso melhor. Nossas melhores escolhas, nossas melhores atitudes, nosso melhor sorriso, nossa melhor roupa e sim, o mais importante: nossa melhor e mais sincera adoração.
Sinta hoje seu coração estremecer ao pensar e imaginar Jesus naquela cruz; veja as trevas que tomam conta de sua vida se escolher caminhar sem Ele; mas pense também na vida que passará a ter se com Ele escolher andar. Reflita, pense, respire fundo e escolha. Ninguém disse que seria fácil e simples caminhar com Deus, afinal, você acha que foi fácil pra Jesus, deixar toda sua glória e majestade, pra vir aqui e morrer na cruz por toda a humanidade? Jesus não morreu apenas pelos que criam nEle.
Ele morreu por TODA A HUMANIDADE. Em Marcos 2:16,17 Ele nos diz: “E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”.
A caminhada vai ser longa, cheia de espinhos, pedras, abismos, portas estreitas… Eu sei, parece assustador, não é? Mas no fim do caminho, estaremos frente a frente com o Pai, passando a eternidade ao Seu lado. Por isso vale a pena escolher a estrada que parece mais difícil e mais longa. João 16:33b diz: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Se Ele venceu, com Ele também poderemos vencer. Deixe o véu que te separa de Jesus ser rasgado, e conheça a maravilhosa vida que pode ter ao lado dEle. A Sua graça nos basta. Só precisamos dela pra seguir em frente e viver as promessas de Deus pra nós. Deixe a graça de Deus inundar seu coração e que a paz de
Cristo esteja presente em cada momento de sua vida. Deus te abençoe.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

O CRISTÃO E OS DEMÔNIOS


                                                   O CRISTÃO E OS DEMÔNIOS
Pode o crente ficar possuído por demônio?
Bem, ao tratar deste assunto, o qual deve ser ponto de dúvida de muitos outros, o tratarei levando em conta, não crentes nominais, denominacionais ou meramente religiosos, mas sim, levando em conta, os verdadeiros crentes, os quais entenderam a mensagem do Evangelho (que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e por essa razão foi crucificado e, posteriormente, ressuscitou) e, recebendo tão maravilhosa revelação, se converteram a Jesus Cristo, arrependidas de seus pecados.
Que minhas explanações a seguir venham a revelar minha posição (e, segundo creio, posição bíblica) a respeito do assunto aqui referido.
1 – O verdadeiro crente é propriedade exclusiva de Deus – 1 Pe. 2.9.
Se é exclusiva, só Deus tem direito de usufruto desta propriedade. Só Deus tem o direito sobre a vida do verdadeiro crente.

Deus tem lavrada uma Escritura, onde está escrito, com o sangue de Jesus, que TODO VERDADEIRO CRENTE É PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS.
2 – O verdadeiro crente é selado com o Santo Espírito da promessa – Ef. 1.13.
Se um selo real, de um mero mortal, não podia ser violado; o que se dirá do selo de Deus? Quando nossos inimigos espirituais tentam investir contra o verdadeiro crente, eles logo vêem o Selo de Deus, e tremem. O Selo Real está impresso na alma do verdadeiro crente e de forma alguma pode ser violado. O verdadeiro crente é marcado com o próprio Espírito de Deus.
3 – O verdadeiro crente é Santuário de Deus; local onde Deus habita – 1 Co. 3.16-17; 6.19.
Se Deus está habitando a “Casa”, então não há lugar para o Diabo e/ou demônios.

2 Co. 6.14-16 também traz luz sobre esta questão para nós:
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse:
Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.
O texto garante que:
“Não há comunhão há da luz com as trevas”;
”Não há harmonia, entre Cristo e o Maligno”.

Mas, também assevera que:
”Não pode haver sociedade entre a justiça de Deus e a iniqüidade do mundo”; “Não pode haver união entre crente e incrédulo”; “Não pode haver ligação entre o santuário de Deus e os ídolos falsos”. O verdadeiro crente observa estas coisas como uma ordenança do Senhor e não como um ponto de vista de Deus, o qual pode ser contrariado.

E, temos que lembrar o que a Escritura diz, em 1 Samuel 15.22-23:
“Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?

Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitais a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti”.
A desobediência à Palavra de Deus tem o mesmo peso de se praticar feitiçaria. E nós sabemos com quem a feitiçaria tem parte neste mundo – Satanás.
O verdadeiro crente busca obedecer a Deus em tudo e não apenas no que lhe convier. Quem procede desta forma, será guardado de toda investida do Diabo e/ou de seus demônios. Contra este, todas as investidas malignas, serão frustradas.
4 – O verdadeiro crente, portanto, tem dentro de si, Aquele que é maior do que o diabo – 1 Jo. 4.4.
Como um mais fraco poderá render ao mais forte, sendo o mais forte Deus?Jesus conta que para um valente venha a tomar uma casa, ele tem que ser mais valente que o que já está na casa –  Lucas 11.21-22.

Maior é o que está dentro do verdadeiro crente do que o que está fora dele. Como o Diabo e/ou seus demônios poderão saquear a “casa” onde Deus está? Satanás que está fora de mim, não pode em nada contra Deus que está dentro de mim.
O verdadeiro crente não pode ser possesso porque o Espírito de Deus habita dentro dele. O Diabo e/ou os demônios não podem entrar nele porque Deus está dentro dele.
5 – O verdadeiro crente tem autoridade e poder sobre o diabo e sobre os demônios – Lc. 10.17-19.
E, para quem tenha alguma dúvida se este poder é para todos os que crêem – Mc.16.17-18.
Como pode alguém ficar possesso por alguém sobre quem tem autoridade e poder, no Nome de Jesus, para submeter?

Ao verdadeiro crente foi concedido poder e autoridade sobre o Diabo e os demônios. Os agentes do mal não só, não podem tomar a vida do verdadeiro crente, como, por ele (o verdadeiro crente) eles (os agentes do mal) ainda são repreendidos e expulsos das pessoas que estão sob sua possessão. Em meu nome (disse Jesus) expulsarão demônios.
O verdadeiro crente exclama com a mesma alegria dos 70 ao retornarem da missão para a qual foram enviados:
“Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome” – Lucas 10.17.
6 – Quanto ao verdadeiro crente, o Maligno não o toca – 1 Jo. 5.18.
Se Deus guarda o verdadeiro crente, como o Maligno poderia penetrar-lhe o corpo?

Escute esta verdade:
Quanto ao verdadeiro crente, o Diabo e/ou seus demônios não podem tocá-lo de forma espontânea; Sim, os agentes do mal não têm liberdade para tocar um verdadeiro filho de Deus.
Pois Deus é quem o guarda.
Por favor, não me venham dizer que o Diabo tocou a Jó como bem quis e quando bem quis.
O Diabo não pôde tocar em nada de Jó nem em Jó senão sob a permissão de Deus, pois Deus havia cercado Jó, a casa de Jó e tudo que Jó possuía, com uma “cerca” de poder espiritual – Jó 1.10.
Não vamos tratar aqui sobre o por quê De Deus ter permitido a Satanás tocar em Jó; no entanto, uma coisa é certa, Satanás entendia que quem está “cercado” por Deus, ele não tem livre acesso. Deus guarda o verdadeiro crente e o Maligno não o toca.
Qual é a advertência bíblica quanto aos cuidados que devemos ter com o Diabo e os demônios?
1 – Nunca deixe a “Casa” vazia, abandonada – Mt. 12.43-45.
O que isto tem a ver com o assunto. Tudo, pois fala sobre possessão demoníaca. Qual é a advertência então?

Certamente, esta passagem pode ser dirigida à pessoa que experimentou uma mudança de vida quando creu em Jesus Cristo através do Evangelho.
Aqui se aplica a verdade que “aquele que está em Cristo é uma nova pessoa; as coisas antigas passaram e tudo se fez novo” – 2 Coríntios 5.17.
Pois fala de “casa varrida/limpa” = Purificação de pecados; Também, purificação do coração, da mente, em relação à sujeira que se alojou em nós, provenientes dos valores e princípios do mundo que jaz na maldade;
Fala de “casa ornamentada” = Fala de uma nova “decoração”; Novos valores e princípios, agora, relativos ao Reino dos Céus.
Então, qual é o problema desta “casa”?
O problema é que ela está vazia, abandonada.
E o que isto quer dizer? O que significa?
A – Significa que não podemos nos afastar da presença de Deus.
Sim, fomos salvos pela graça de Deus para andarmos no Caminho da Graça sem jamais retrocedermos dele.
Deixar a “casa” vazia é negligenciar tão grande salvação.
Hebreus 2.1-3:
“Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?”
B – Significa que não devemos abandonar a “Casa do Pai”. Hebreus 10.25:
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.
O crente que negligência as “coisas” de Deus e não desenvolve a sua salvação – Fp. 2.12-16, corre o risco de retroceder até que se perca novamente.
Aí o segundo estado dele será pior do que o primeiro – 2 Pe. 2.20-22.
Lembremo-nos que quando o Espírito Santo se apartou de Saul (o oposto é verdadeiramente o causador – Saul foi se apartando do Espírito Santo), o demônio se apossou dele – 1 Samuel 16.14.

Antes que alguém venha sugerir que tanto o Espírito de Deus quanto o espírito maligno são enviados por Deus, afirmo, com certeza, de que, na questão de Saul, ao deixá-lo o Espírito do Senhor, Deus o deixou à mercê dos demônios.
Creio que Paulo entendeu isto e tratou do mesmo jeito ao jovem que tinha relações ilícitas com a mulher de seu próprio pai:
“Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai.
E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?
Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanáspara a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus” – 1 Coríntios 5.1-5.
Se a pessoa resiste a Deus em relação à Palavra de Deus e à ação do próprio Espírito de Deus, então que ela seja exposta ao Diabo e seus demônios para ver se dessa forma ela cai em si e retorne ao Salvador.
A conivência e a tolerância jactanciosa para com o pecado na “Casa de Deus” se torna pedra de tropeço e espaço para o Diabo fazer maior estrago.
E, como o juízo começa pela “casa” de Deus – 1 Pedro 4.17.
A verdade é, que onde Deus não está, a “casa” fica exposta aos espíritos malignos.
O que fazer, então, para estarmos sempre seguros em Cristo e vencermos o maligno?
O verdadeiro crente deve manter a “casa” sempre cheia do Espírito:

Todo verdadeiro crente deve sempre ser cheio do Espírito Santo – Ef. 5.18;
Deve, todos os dias, andar no Espírito Santo – Gl. 5.16;
Deve viver, constantemente, no Espírito Santo – Gl. 5.25;
Deve frutificar o fruto do Espírito Santo – Gl. 5.22-23;

Deve orar, em todo o tempo, no Espírito Santo – Ef. 6.18.
2 – Não menospreze Satanás, mas também não o superestime; apenas tenha o devido cuidado – 1 Pe. 5.8.
Se o Diabo e/ou qualquer demônio não podem possuir um verdadeiro crente, eles, então, vão buscar persuadi-lo a abrir a guarda.
Guarda aberta, o que mais poderá acontecer dependerá de até onde tal crente se afasta do centro da vontade de Deus.
O grande pregador Charles Haddon Spurgeon disse certa vez:
“O Diabo está por perto e não são poucos os que estão com ele”.
No entanto, não devemos temê-los.
Pois maior é o que está em nós e conosco, e mais poderosos são os que estão a nosso favor, do que os que estão contra nós.

Prestemos atenção à posição “geográfica” espiritual de que Pedro está falando:
“O Diabo, vosso adversário, anda em derredor”.
O verdadeiro crente se posiciona no centro da vontade de Deus e, este fato, se dá, pelo testemunho de obediência, à Palavra de Deus, dado por ele.
Ao redor do verdadeiro crente tem um outro “pelotão”:
Salmo 34.7:
“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem (os que verdadeiramente temem a Deus; ou seja, os verdadeiros crentes) e os livra”.
O Diabo e seus demônios têm um limite para se aproximarem dos verdadeiros crentes e, é, ao derredor, ou seja, só após a linha, a cerca, ocupada pelos anjos de Deus.
Para o Diabo e/ou qualquer de seus demônios possam atingir de forma mais objetiva a vida de um verdadeiro crente, sem a permissão de Deus, como no caso de Jó, eles (o Diabo e os seus demônios) precisam seduzir e atrair o verdadeiro crente para fora da vontade de Deus e para além da linha salvaguardada pelos anjos de Deus.
Por isso, o Diabo e sua corja, vivem andando ao derredor enquanto lançam seus dardos inflamados sobre os verdadeiros crentes; dardos estes que os verdadeiros crentes podem neutralizar pela fé obediente à Palavra de Deus – Efésios 6.16.
Portanto, devemos ser sóbrios e vigilantes, pois o diabo é astuto e ardiloso.
Devemos resistir ao Diabo e, então, ele fugirá de nós – Tg. 4.7;
Devemos, também, nos revestir de toda a Armadura de Deus para podermos ficar firmes contra as ciladas do Diabo – Ef. 6.11;
Mas, acima de tudo, temos que estarmos fortalecidos no Senhor e na força do seu poder – Ef. 610.

A que conclusão chego com tudo isso?
Chego à conclusão de que o verdadeiro crente não pode ser possesso por demônio enquanto anda na luz onde o Senhor na luz está.
Baixando a guarda e se afastando das coisas de Deus, o Diabo vai conseguir produzir alguma ingerência sobre tal crente descuidado e conformado com o mundo caído, buscando fazer dele um tropeço enquanto continua buscando afastá-lo completamente do “arraial” de Deus, quando poderá devorá-lo.
Fora do “arraial” de Deus, a situação de tal crente poderá se tornar à semelhança da situação de Saul, quando se afastou de tal maneira de Deus que o Espírito Santo o deixou e a “casa” ficou vazia e à mercê de salteadores que buscam um covil para se esconderem.
Portanto, sejamos sóbrios e vigilantes, para que, a nossa situação espiritual, no Senhor, não seja invertida.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

"TENHO SEDE".


                                                            "TENHO SEDE".
Na sua morte, como ao longo da sua vida, Jesus olhou para as necessidades dos outros. Deus é amor, e assim Jesus manifestou o amor em carne, mostrando sua sincera preocupação com os outros. Muitas vezes, ele ignorou as suas necessidades físicas. Passava noites sem dormir e dias sem comer para servir aos outros. Não foi diferente durante a crucificação. Jesus procurou o bem da sua mãe, de um ladrão arrependido, e até dos soldados que executaram a sentença de morte quando o pregaram na cruz.
No meio das suas palavras de amor para com os outros, aparece uma expressão de Jesus que admite seu próprio sofrimento. Somente depois de cuidar das suas responsabilidades para com os outros, Jesus comentou da sua condição. “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!” (João 19:28).
Durante as primeiras horas na cruz, Jesus focalizou sua missão de cumprir as Escrituras. Sendo ele o Messias, citado em centenas de profecias, e aquele que cumpre o Antigo Testamento, Jesus viu seu trabalho em termos de cumprir seu propósito (Mateus 5:17). O apóstolo Paulo descreveu este papel importante de Jesus em poucas palavras: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10:4).
Quando Jesus fala da sua sede, ele mostra a realidade humana do sofrimento. Depois de umas seis horas na cruz, ele admitiu sua agonia com as simples palavras: “Tenho sede”. Até nessas palavras observamos e exemplo perfeito de Jesus. Ele poderia ter passado horas gritando e reclamando sobre a dor imposta nesta punição cruel. Ele poderia ter amaldiçoado os soldados e oficiais que determinaram sua morte, como muitos outros na mesma situação o faziam. Mas Jesus não deixou a dor e o sofrimento tomar controle dele. Até nesse aspecto do seu exemplo achamos uma mensagem valiosa. Todos nós sofremos, sejam dores físicas ou emocionais. Não é errado admitir a dor, mas a dor não justifica comportamento errado de maltratar os outros.
Há um contraste interessante entre a reação de Jesus a dois gestos, um no início da crucificação e outro depois de ele comentar sobre sua sede, horas depois. Quando se prepararam para pregar Jesus na cruz, ofereceram-lhe vinho misturado com uma droga para aliviar a dor, mas ele recusou (Marcos 15:23). Ele não deixou nenhuma droga amenizar o sofrimento que tomou sobre si. Encarou a agonia da cruz – agonia causada pelos pecados de pessoas como eu e você – acordado e consciente. Mas agora, depois de cumprir sua missão e chegando ao momento de perder a consciência, aceitou o vinagre oferecido.
Qual foi o benefício do vinagre? Depois de tomar o vinagre, Jesus falou talvez mais duas coisas antes de expirar. O benefício do vinagre seria, no máximo, de lhe dar alguns momentos de lucidez e de molhar a boca para deixá-lo falar. Não teria aliviado a dor naquele ponto avançado da crucificação.
Mas será que não houve um outro benefício nisso? No meio de tanta crueldade das pessoas responsáveis pela morte de Jesus, ele abriu uma oportunidade para alguém fazer um pequeno gesto de bondade. Da mesma maneira que um copo d´água pode simbolizar o amor que Jesus tanto deseja nos seus seguidores (Mateus 25:31-40), o gesto de levantar um caniço com uma esponja molhada em vinagre representa a oportunidade para alguém demonstrar um pouco de compaixão no momento da morte de Jesus. Diferente da autonomia total defendida pelo estoicismo (uma filosofia helenista com suas raízes no terceiro século a.C.), Jesus admitiu sua dor e permitiu que outros oferecessem ajuda.
Não devemos deixar a dor e o sofrimento dominarem as nossas vidas ou controlarem o nosso comportamento, mas não há virtude em mentir e negar a realidade da dor. Quando Jesus falou da sua sede, ele abriu oportunidade para outros servirem e mostrarem compaixão. “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6:2).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

terça-feira, 28 de agosto de 2018

COMO É BOM AMAR


                                                         COMO É BOM AMAR

O amor é a palavra mais comumente usada nos nossos dias para revelar carinho, devoção.
Quais os Tipos de Amor
A palavra em português não apresenta a totalidade do sentido de algumas passagens bíblicas devido a limitação da língua. Para expandir os nossos horizontes precisamos conhecer ao menos, as expressões mais importantes do grego antigo, língua na qual o Novo Testamento foi escrito:
Érōs de Eros (ἔρως) – amor romântico ou de natureza sexual. É intenso e poderoso. Salomão chega a dizer que ele é forte como a morte (Cânticos 8.6)
Philos de Philia (φιλία) – é um amor expansivo, mais voltado para descrever relacionamentos com familiares e amigos. Embora tenha essa natureza, ele demonstra lealdade e compromisso.
Stérgō (στοργή) – amor natural, aquele que existe de pais para filhos. Normalmente essa expressão é utilizada para representar o afeto familiar.
Agápē de Ágape (ἀγάπη) – Amor que se doa, incondicional. Ágape é a melhor forma de entender o que Deus sente pela humanidade revelado. Este amor é revelado na morte de Jesus na cruz e na sua ressurreição ao terceiro.
Quero deixar claro, que essas não são todas as palavras gregas para amor, apenas as mais comuns. Se desejar aprofundar seu conhecimento nessa parte, faça uma pesquisa mais intensa. Tendo isso em mente sigamos em frente.

Qual a Importância do Amor na Bíblia?

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. (1 Coríntios 13:1-3)
A Bíblia Sagrada o apresenta como a maior de todas as virtudes humanas. Nada definitivamente se compara a ele. O Espírito Santo através do Apóstolo Paulo, o coloca acima de sabedoria e dons espirituais. Chegando a dizer que ainda que dominasse completamente os dois, seria vazio se não o tivesse.
Até mesmo a caridade, as boas ações e o próprio martírio não são superiores ao amor. Se essas atitudes não foram completamente motivadas, “nada disso me valerá”, disse Paulo.

As Características do Amor Na Bíblia

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. (1 Coríntios 13:4-8)
Esses versículos por si só falam. O Espírito Santo apresenta o maior dos sentimentos, tal como o próprio Deus o vê, o percebe e o manifesta.
Na bíblia, ele não é como na ficção. Cheio de ódio, traição e insano. O contrário é verdade. É cheio de paciência. Bondade. Não invejoso. Humilde. Ele é antagônico ao que o mundo pensa, vê e manifesta.
Na bíblia, ele não é cheio de cobiça nem é dramático, “não se ira facilmente”, “não guarda rancor”. Não é totalmente entregue a sentimentalismo. Na bíblia ele é controlado. “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Tudo, literalmente vai cessar. Ele não!
“Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor”. (I Coríntios 13.11)
O Espírito Santo o apresenta como sendo maior até mesmo que a fé e a esperança. Já parou para pensar nisso? É tão profundo que eu não vou tentar explicar. Oro para que o Senhor Jesus nos ajude a viver a sua prática.

Quem Deve Ser o Meu Maior Amor? 

Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? “. “O que está escrito na Lei? “, respondeu Jesus. “Como você a lê? ” Ele respondeu: ” ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”. Disse Jesus: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”. (Lucas 10:25-28)
Ao ser questionado sobre como poderíamos ser salvos o Senhor Jesus Cristo não hesitou: “Ame a Deus!”, disse ele. Mas não é um algo simples, qualquer. É uma devoção completa. Nele não deve ser depositado uma pequena porção de carinho. É uma entrega intensa e total. É tudo o que você tem.
O Senhor Jesus diz: ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’Ou seja, Deus deve ter a plenitude de pelo menos duas áreas da nossa vida:
  • Existência natural – Deus, o seu Reino e justiça devem ser o seu maior anseio e prioridade já aqui nesta Terra. Nada, nem ninguém pode disputar esse lugar de primazia com Ele.
  • Existência espiritual – Não devemos olhar para mais ninguém com o objetivo de obter respostas acerca das coisas espirituais. Não há nenhuma divindade, entidade, conhecimento, ensino, ou o que quer que seja, capaz de suprir essa necessidade. Somente Deus, o Pai de Jesus Cristo deve receber de nós culto, reverência, devoção, adoração.

O Amor ao Próximo e a Atitude

Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. (1 João 4:20)
Os apóstolos de Jesus parecem ter aprendido a lição. Durante seu ministério, o amor é um elemento essencial. Ele é a base da nova aliança. Observe:
“Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço”. “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos”. (João 15:9-13)
No ensino de Jesus, amor ao próximo é algo essencial. Para ilustrar a sua profundidade ele contou a parábola do bom samaritano. Aonde apresenta de forma magistral como podemos ser benção na vida das pessoas em contextos diferentes e cheio de preconceitos.
Não é em vão que João amplifica o conceito dizendo: “Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso”. Ou seja, não é algo encharcado por religiosidade estéril. É cheio de atitude.
A maior carência do mundo atual é da manifestação desse sentimento de forma real, sincera e verdadeira. Pensando nisso olhe ao seu redor e veja a quem você pode dar uma demonstração e amor, através de uma atitude concreta.

Conclusão

O amor na bíblia é algo muito mais amplo, profundo, real e sincero do que o apresentado na literatura, no mundo, nas filosofias, na ficção, enfim.
É cheio de decência, promotor da paz e disposto a sofrer o dano para promover o equilíbrio do todo. Importa-se mais com os outros do que consigo mesmo.
Não há nada maior que ele no ensino de Jesus Cristo. Sendo assim, a minha oração é para que o Espírito Santo o desenvolva em nós, nos ajude a viver a sua prática.
Sobre esse assunto o que você gostaria de acrescentar? Quer destacar algo? Deixe seu comentário, gostaria de conhecer sua opinião. E não esqueça de compartilhar este estudo bíblico com amigos e parentes.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

BATALHA ESPIRITUAL


                                                         BATALHA ESPIRITUAL
1. A Bíblia confirma o fato do mundo espiritual de que há verdadeiros seres incorpóreos (sem corpo físico).Na verdade, estes seres existem em grandes números e em três esferas principais, e eles têm personalidade e caracteres peculiares.

A Bíblia menciona as palavras "espírito" ou "espíritos" 990 vezes. Na verdade, toda vida é espírito.

Deus soprou o espírito de vida para dentro do homem e ele passou a ser uma alma vivente. Quando o espírito parte, o homem morre (Gênesis 2.7; Eclesiastes 8.8; 12.7; 3.18-21; Tiago 2.26; Jó 32.8; 33.4). Ainda que tenhamos a tendência de ser inconscientes do mundo dos espíritos que nos cerca, somos, na realidade, altamente influenciados e controlados por ele. A Bíblia diz que os pecadores são tomados cativos pelo diabo e são controlados por sua vontade no âmbito espiritual (2 Timóteo 2.26). Isto não é algo estanho ou incomum; ao invés, é a maneira como as coisas têm sido desde pouco depois de Adão ter sido criado. Normalmente, é necessário que tenhamos uma experiência ou contato com o campo espiritual antes que, de fato, nos interemos de sua realidade. Antes disso, ele é mais uma teoria do que realidade.

2. A Bíblia ensina que Deus é espírito e que todo o seu domínio é um domínio espiritual.

Jesus ensina, em João 4.24, que Deus é espírito, e mais tarde, o escritor de Hebreus nos informa que ele é também o "Pai dos espíritos" (Hebreus 12.9). Deus está cercado de seres espirituais nos céus.

Lemos sobre os anjos, serafins e querubins, que são todos seres espirituais (Hebreus 1.7-14; Gênesis 3.24; Isaías 6.2-6).

A Bíblia também nos diz que há um incalculável número deles (Daniel 7.10; Mateus 26.53), Deus é chamado de "O Senhor dos Exércitos". Estes exércitos celestiais são organizados em principados (ou esferas) e tronos. Alguns são mais elevados em beleza e autoridade (lembre-se de Lúcifer, também de Gabriel, o anjo mensageiro e de Miguel, o anjo guerreiro). (1 Pedro 3.22; Colossenses 1.16; Efésios 3.10).

3. A Bíblia ensina que o campo de ação de satanás é o âmbito espiritual.Satanás era, originalmente, um anjo de Deus de alto posto, o qual caiu por causa do orgulho, ambição e rebeldia (Isaías 14.12-15; Ezequiel 28.12-18). 

Ele modelou o seu reino à maneira do de Deus com relação ao fato de que ele tem organizado:  sistemas, principados e poderes (Daniel 10.12-13; João 14.30; Efésios 2.1-2; Efésios 6.12). Seus demônios são espíritos também (Lucas 10.17-20; 1 Timóteo 4.1; Apocalipse 16.14; Mateus 12.43-45)

4. A Bíblia nos diz que o homem também tem um espírito (1 Coríntios 2.11; Jó 32.8; Zacarias 12.1; Tiago 2.26).

O homem, então, é alma e espírito vestidos com o corpo (1 Tessalonicenses 5.23). Se simplesmente considerarmos estes fatos do mundo espiritual e do inter-relacionamento deles, veremos que é impossível que uma pessoa permaneça neutra sem ser afetada por influências espirituais. O fato de que uma pessoa exista significa que ela, necessariamente, estará envolvida no âmbito espiritual e terá que enfrentar e lidar com as realidades e influências espirituais.Na realidade, no sistema atual das coisas, todos estes três âmbitos estão em guerra um com o outro. Em outras palavras, há um sentido em que o homem está em guerra tanto com o Espírito de Deus como com os espíritos de satanás. E Deus está em guerra com o mal do espírito do homem e com os maus espíritos de ?Sua Majestade Satânica?. Satanás e seus espíritos estão em guerra com o espírito do homem e com o Espírito de Deus.Esta guerra é maior que uma guerra mundial; ela é uma guerra universal.

Esta é, na verdade, o verdadeiro campo de batalha do bem contra o mal, da justiça contra a injustiça (Efésios 6.11-12), "Revesti-vos de toda armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes". Já que isto é verdadeiro, Deus, então, proporciona ao crente uma armadura e equipamentos espirituais para que ele possa ter a vitória nesta guerra (2 Coríntios 10.3-5). Esta referência nos mostra que a batalha é no campo dos pensamentos e da mente. É bom que nos lembremos que todos os pensamentos se originam nos espíritos. Os corpos não pensam, as árvores ou objetos inanimados não pensam, mas os espíritos pensam (1 Co 2.11-12). Todos os pensamentos vêm de um dos três âmbitos espirituais.

Devemos reconhecer isto e resistir àqueles que vêm de nossos espíritos ou de maus espíritos, os quais são impuros e pecaminosos.

O que é o Dom do "Discernimento de Espíritos":

O dom de discernimento de espíritos é a habilidade ou capacidade, dada por Deus, de se reconhecer a identidade (e, muitas vezes, a personalidade e a condição) dos espíritos que estão por detrás de diferentes manifestações ou atividades.

Discernir significa perceber, distinguir ou diferenciar.

A linha divisória entre uma operação humana e divina pode ser obscura a alguns crentes, mas alguém com a faculdade do discernimento espiritual vê uma separação clara. Somente o fato de que há a possibilidade de todos os três âmbitos espirituais serem manifestos por meio do homem faz com que este dom seja essencial na Igreja.

Este dom é, geralmente, concedido aos pastores do rebanho de Deus e aos que estão em posição de guardar e de guiar aos santos (Atos 20.29-30; Ezequiel 33.7; Marcos 3.26-27).

Parece que este dom quase se torna uma faculdade permanente na vida de um indivíduo, funcionando, constantemente, sempre que qualquer ocasião para o seu uso se apresente. E ele pode funcionar em vários níveis. 
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante