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sábado, 30 de junho de 2018

CONFIAR EM DEUS


                                                           CONFIAR EM DEUS
Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei [Salmo 56.4]
Texto: Hb 11.8-12, 17-19
A plena confiança não surge de uma hora para outra. É gradativa. Vai crescendo aos poucos, vai se apoderando da pessoa, vai se avolumando, vai preenchendo a distância entre Deus e o homem.

A prática da confiança se faz a partir da primeira resposta aos apelos de Deus e às promessas da sua Palavra. Ela precisa crescer ao ponto de aprender a esperar contra a esperança, isto é, a ter fé e esperança mesmo quando não há o menor motivo para crer, como aconteceu com Abraão. Este é o clímax da confiança.

1. Para entender o que a Bíblia fala

a) Responda, de acordo com Hebreus 11.8-12 e 17-19:
>> Quais os feitos de Abraão baseados em sua confiança em Deus? (Observe que todos eles iniciam com a expressão “pela fé”.)
>> Com base na resposta anterior, como é possível observar um crescendo na vida de Abraão, com relação ao grau de dificuldade daquilo em que ele deveria crer?

b) Às vezes somos tentados a pôr nossa confiança em pessoas e em promessas que Deus nunca fez. Em que não devemos confiar?
>> Pv 28.26
>> Jr 17.5
>> Sl 146.3
>> Jr 7.8
>> Pv 11.28
>> Is 31.1

c) A prática da confiança tem “grande galardão”, como diz enfaticamente a Palavra de Deus (Hb 10.35).
Descubra os produtos ou galardões da confiança nas seguintes passagens:
>> Sl 40.4
>> Is 26.3
>> Sl 125.1
>> Sl 56.4

Hora de avançar

A prática da confiança é a arte de colocar em Deus toda a capacidade de crer, em qualquer lugar, em qualquer tempo e em qualquer situação, mediante a negação da incredulidade própria e a afirmação da onipotência divina. É a capacidade de amarrar-se a Deus, e não aos problemas que tolhem a alegria de viver.

2. Para Pensar

Entre o chamado de Abraão e o que aconteceu na terra de Moriá, quando Deus o pôs à prova (Gn 22.1-19), passaramse talvez 40 anos. Nesse período, a confiança de Abraão cresceu poderosamente, não sem erros (como o caso de Ismael) e alguns fracassos (como o uso de expedientes escusos para proteger-se contra Faraó e Abimeleque).
A confiança em Deus é especialmente válida em circunstâncias adversas e em situações difíceis. É preciso confiar em Deus “ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4), “ainda que um exército se acampe contra mim” (Sl 27.3), “ainda que as águas tumultuem e espumejem” (Sl 46.3), “ainda que a figueira não floresça” (Hc 3.17), ainda que…

O que disseram

Deus faz “santas e fiéis promessas” para que nos tornemos participantes da natureza divina. Portanto não há lugar para o vazio.
O Deus que faz as promessas “não pode mentir”. Portanto não há lugar para a desconfiança.
O Deus que faz as promessas e que não pode mentir é extremamente dadivoso. Portanto não há lugar para a ansiedade. O Deus que faz as promessas, que não pode mentir e que é extremamente dadivoso tem todo o poder no céu e na terra, sobre tudo e sobre todos. Portanto não há lugar para o medo.

3. Para responder

a) A sua confiança em Deus tem crescido gradativamente ou está estagnada?
b) Como o salmista e o profeta, faça uma oração mencionando situações difíceis por que você está passando. Inicie cada frase com “ainda que” e termine com uma afirmação sincera de confiança em Deus.

Você e Deus

Permita que sua confiança seja fortalecida:
1) Por meio da comunhão com Deus.
2) Por meio da oração. É perfeitamente correto e válido confessar diante de Deus a pequenez de sua confiança e suplicar uma confiança mais ousada.
3) Pela leitura da Palavra de Deus, que alimenta o espírito e transmite valores extraordinários.
4) Por meio dos notáveis exemplos de confiança plena em Deus de vários personagens da Bíblia e da história. Procure conhecê-los.
5) Por meio de sua própria experiência.
Aprenda a confiar, não desanimar com as crises de falta de fé, levantar-se depois da queda, quantas vezes for necessário, e seguir adiante.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante 

sexta-feira, 29 de junho de 2018

APOSTOLO TOMÉ UM HOMEM DE FÉ


                                            APÓSTOLO TOMÉ UM HOMEM DE FÉ
Durante quase toda a história do cristianismo, Tomé foi tido como um homem de pouca fé, medroso, fraco, incrédulo – afinal, ele foi o discípulo que não acreditou na ressurreição de Jesus, quando disse: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” (João 20.25.)
Mas por que Tomé agira assim? Talvez ele estivesse com medo, ou quem sabe tivesse um zelo excessivo. Talvez ele lutasse para crer, mas não quisesse ser enganado. Não sabemos. Mas sabemos que esse não era o comportamento usual de Tomé. Este homem, antes deste breve momento de descrença, já havia demonstrado o tamanho da sua fé e do seu amor pelo Senhor.
Por exemplo, quando Jesus planejava ir à Betânia por causa da morte de Lázaro, Tomé foi o primeiro a dizer aos outros discípulos: “Vamos nós também para morrermos com ele!” (João 11.16.) Somente alguém com muita fé poderia dizer algo assim.
Outra possível demonstração de fé adviria da possível semelhança física de Tomé com Jesus. De acordo com essa teoria (defendida por muitos estudiosos da Bíblia), Tomé teria vivido os últimos três anos sob a iminência de ser confundido com seu Mestre – motivo que, entretanto, não o motivou a desistir da caminhada. Na Bíblia, o discípulo é apresentado como “Tomé, chamado Dídimo”, e dídimo é um termo que exprime a ideia de simetria – duplo, gêmeo. De acordo com o pastor e comentarista bíblico David Guzik (enduringword.com), “a tradição da igreja diz que Tomé era chamado ‘O Gêmeo’ porque ele se parecia com Jesus, colocando-o em situação especial de risco. Se alguém dentre os discípulos de Jesus era potencial alvo de perseguição, seria aquele que se parecesse com Jesus” (tradução livre).
Mas, então, por que a fé de Tomé titubeou bem no momento da ressurreição do Mestre? Analisando o texto de João capítulo 20, vemos que o Jesus ressurreto aparece aos seus discípulos, que estão reunidos (v. 19). Mas Tomé não estava lá nesta ocasião, que foi a primeira aparição do Mestre após sua ressurreição (v. 24).
Quando Jesus aparece a segunda vez, Tomé não tinha tido a primeira experiência. O principal erro de Tomé não foi sua incredulidade temporária, e sim não se manter junto de seus irmãos assim que Jesus morreu – e isso motivou tudo o que veio depois. Os discípulos estavam todos juntos (v. 19), mas por alguma razão, Tomé não estava com eles. Assim sendo, Tomé perdeu a bênção do primeiro encontro, da primeira aparição do Mestre – que o levou à incredulidade no segundo momento.
Podemos tirar para nós a seguinte aplicação: quando a dificuldade vier, não nos afastemos de nossos irmãos. Cada um de nós tem amigos, irmãos, família, enfim, pessoas nas quais confiamos e caminhamos juntos, e com as quais temos uma história (da mesma forma como Tomé fazia parte daquele seleto grupo de discípulos). Precisamos estar juntos quando a dificuldade vier. Se não estivermos unidos, o inimigo pode encontrar uma brecha em nosso coração e semear discórdia, incredulidade, falta de amor etc.
Mas, felizmente, a descrença de Tomé foi momentânea. Ele relutou em acreditar, mas quando se convenceu, reconheceu Jesus como Senhor e Deus, exclamando: “Senhor meu e Deus meu!” (v. 28)
Agora sim, Tomé corrigira seu coração e voltara a ser o Tomé cheio de fé e amor, que foi contado nos céus como herói do evangelho na terra. Agora sim, Tomé estava preparado para cumprir o ide de Jesus.
Tomé aprendeu a lição. Podemos vê-lo junto aos outros discípulos no início do livro de Atos, inundando o mundo com o amor do evangelho de Jesus.
A Bíblia não nos fala muito mais sobre a vida de Tomé a partir desse ponto, mas a tradição cristã dá conta de que ele pregou o evangelho na Pérsia e na Índia. Estudiosos acreditam que ele foi executado por flecha ou lança, enquanto orava dentro de uma caverna no Sul da Índia; os possíveis assassinos teriam sido sacerdotes brâmanes, enfurecidos pela expansão do evangelho na Índia. Embora esta seja a versão historicamente aceita, não temos plena certeza de sua assertividade. Mas independente disto, sabemos que Deus permitiu que Tomé participasse de maneira especial da expansão do evangelho na terra, assim como os demais apóstolos – muito provavelmente tendo sua a própria vida literalmente ofertada a Deus.
Que possamos aprender com a vida deste verdadeiro apóstolo do Senhor.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 28 de junho de 2018

CURADO PELA FÉ


                                                              CURADO PELA FÉ
O texto que o Espírito Santo coloca no meu coração para direcionar esta mensagem está em Romanos 10.17 “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”.
Vivemos dias em que uma boa mensagem para ser pregada em uma igreja precisa ser mais uma mensagem de auto-estima que a mensagem da cruz, um bom pregador obrigatoriamente tem que sabem massagear o ego dos presentes e dos pastores, caso contrário não cai na “graça” do povo. Vivemos dias que muitas pessoas levantam as mãos para aceitar Jesus, mas que poucas abrem o coração para Ele entrar.
Se observarmos bem nossas igrejas, veremos que nossos cultos de milagres têm no mínimo o dobro de pessoas que o culto de ensino, que qualquer campanha “milagreira” ou “milagrosa” ou se faz tudo menos pregar a Palavra como ela realmente é, agremia participantes que vem até de outra cidade pra ver se o “profeta” diz alguma coisa que ele queira ouvir. Vivemos dias onde os crentes “Kodak”, aqueles que vivem só de revelação, tem aumentado diuturnamente.
Mas o principio bíblico “a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”, continua em vigor mesmo nos dias em que vivemos e isso não é uma novidade dos nossos dias, pois na época de Paulo as coisas eram assim, os milagres aconteciam e isso era apenas uma consequência da pregação da “Palavra”, pois a igreja existe para pregar o Evangelho até a volta de Jesus. A igreja, como “coluna e baluarte da verdade” (1 Timóteo 3:15), tem o privilégio e responsabilidade de espalhar o evangelho de Cristo. Fica muito claro, no Novo Testamento, que esta era a alta prioridade na vida de Jesus e de seus seguidores. Se formos verdadeiramente seus discípulos, essa será também nossa prioridade.
Mas aí vem a pergunta, onde está a ligação desta mensagem com o tema sugerido? Pois bem, no mesmo capitulo de Romanos, já no ainda no versículo 14, vamos nos deparar com o seguinte texto: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” Nossa função como pregadores é anunciar o “Evangelho” e com isso despertar a fé de quem nos ouve, para crer e crendo para receber milagres.
Jesus Cristo em seu curto ministério não fez outra coisa, senão pregar, anunciar, mostrar ao homem que ele havia se afastado de Deus e que precisava fazer o caminho de volta, se arrependesse de seus maus caminhos, para que assim suas orações fossem ouvidas e seu clamor fosse ouvido por Deus, revertendo assim o que está escrito em Isaias 59.1-2: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Quando se mudava esta situação, os milagres aconteciam.
Se observarmos no evangelho de Jesus Cristo, segundo escreveu Mateus, no capítulo 8 nos deparamos com a história de um centurião que vai pedir para Jesus curar seu servo que estava enfermo. Ele veio porque ouviu falar de Jesus, veio crendo, tanto é que Jesus olha nos seus olhos e ao ver que tinha fé para receber o que estava pedindo lhe disse o que está escrito em Mateus 8.13: “Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado.”
Mas o que é fé? A bíblia descreve em Hebreus 11:1: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. Não creio que possa haver melhor definição para a fé do que nos fornece o escrito da epistola aos Hebreus.
Este não é o único exemplo de Jesus dizendo a seus interlocutores que o milagre estava acontecendo em virtude da sua fé, no capitulo 9 do evangelho escrito por Mateus, vemos dois cegos que de repente começam a seguir Jesus, porque viam nEle a única saída para sua cegueira, eles queriam ser curados e estavam diante do único home que podia faze-lo.
No capitulo 9, versículo 29 nós vamos ver então que Jesus os cura, dizendo exatamente que estavam recebendo a cura porque depositaram nEle a sua fé: “E ele, tocando nos olhos deles, disse: Que seja feito segundo a fé que vocês têm!”.
Quando Paulo começa sua obra missionária, determinado dia ele chega em Listra e começa a pregar a evangelho, diz o texto de Atos 9 que havia naquela localidade um homem paralítico dos pés, aleijado desde o nascimento, que vivia ali sentado e nunca tinha andado. Este ficou ali, olhando Paulo e ouvindo a sua pregação. De repente Paulo para com sua mensagem, olha nos olhos do paralitico e vê o que muitos pregadosres já não veem mais: Atos 14.9-10 “ Ele ouvira Paulo falar. Quando Paulo olhou diretamente para ele e viu que o homem tinha fé para ser curado disse em alta voz: “Levante-se! Fique em pé!” Com isso, o homem deu um salto e começou a andar.”
Sabe o que eu concluo com isso, os milagres acontecem e acontecem até os dias de hoje, pois o Deus que opera é mesmo, mas o que acontece é que hoje, para muitos pregadores o milagre é a prioridade, mas quando colocamos a “pregação da palavra” em primeiro lugar, os milagres acontecem e, acontecem mais constantemente porque quando se ouve a verdadeira “Palavra”, há um despertar da fé e o milagre ocorre!
Os milagres não constituem a base do Evangelho de Cristo João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” A base do Evangelho de Cristo e salvar o perdido do pecado e das garras de Satanás, os milagres são bênçãos resultantes desta salvação e que a acompanham.
A presença de Cristo provoca milagres Mateus 9.20-21 “Nisso uma mulher que havia doze anos vinha sofrendo de hemorragia, chegou por trás dele e tocou na borda do seu manto, pois dizia a si mesma: “Se eu tão somente tocar em seu manto, ficarei curada”.
Fique antenado nas palavras do Mestre, pois onde Ele está os milagres acontecem, se você ouvir as palavras de Jesus e deixar isso despertar a sua fé, os milagres acontecerão na sua vida, não pare, não desista, pois o Deus de milagres há de transformar seu choro em riso. Creia um milagre acontecerá na sua vida.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quarta-feira, 27 de junho de 2018

O QUE DEUS ABENÇOA NINGUÉM PODE AMALDIÇOAR


                          O QUE DEUS ABENÇOA NINGUÉM PODE AMALDIÇOAR 
Pra Quem Tem Deus Não Vale Feitiço Nem Encantamento!
“Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel…” – Números 23:23
As bênçãos do Senhor proferidas a Abraão, Isaque e Jacó são extensivas até o fim dos tempos a todos quantos verdadeiramente tem ao Deus Criador, Todo-Poderoso, por seu Deus pessoal, único e soberano Senhor sobre a sua vida.
A promessa do Senhor a Abraão estava se cumprindo visivelmente aos olhos humanos… A descendência de Abraão se multiplicava esplendorosamente, a cada dia, de tal forma, que eles se tornaram uma multidão incontável…
Quando os filhos de Israel se acamparam na altura de Jericó “Moabe teve grande medo deste povo, porque era muito; e andava angustiado por causa dos filhos de Israel” ( Nm 22:3 ). Ficou mesmo incomodado ao constatar que de fato Deus estava abençoando grandemente ao povo de Jacó!
E, na sua ignorância espiritual, resolveu contratar Balaão, reconhecido profeta daquela época, para “amaldiçoar” o povo de Israel! Ofereceu alta quantia! Inicialmente Balaão recusou, mas depois, seduzido pela proposta financeira de Moabe, acabou aceitando …
Depois de terem edificado altares e feitos sacrifícios, Balaão mandou que Balaque permanecesse junto ao altar do holocausto enquanto ele retirou-se para um morro descampado para buscar ao Senhor e receber do Senhor uma palavra para transmitir a Balaque, e disse que transmitiria a Balaque exatamente o que Deus lhe disesse…

O Senhor veio a Balaão e pôs as seguintes palavras na sua boca: “Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a quem o Senhor não denunciou?” ( Nm 23:8 ).
Balaque ficou indignado e disse: “Que me fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que somente os abençoaste.” ( Nm 23:11).
Balaque não desistiu, levou Balaão a um outro ponto de observação, edificou outros sete altares, e repetiu o sacrifício de ofertas… Balaão novamente se retirou para um lugar à parte para ver o que o Senhor lhe diria… E Deus colocou novamente palavras de bênçãos, e não de maldição, na boca de Balaão, nos seguintes termos:- “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? ou tendo falado, não o cumprirá? Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar… Pois contra Jacó não vale encantamento, nem advinhação …” (Nm 23:19-20, 23a).
Estas palavras do Senhor, colocadas na boca de Balaão: “…contra Jacó não vale encantamento, nem advinhação…”, são extensivas a nós hoje, e, significam que, contra aqueles que tem ao Deus único e verdadeiro, criador dos céus e da terra por seu Deus e Senhor sobre as suas vidas, não vale:- encantamento, feitiço, agouro, mau olhado, mandinga, etc… Não vale, não funciona, e não pega nenhum tipo de urucubaca!
Quem é de Deus tem a luz divina dentro de sí, e as forças tenebrosas do mal não lhe podem tocar! “Encosto” não encosta e nem sequer esbarra em que tem a Deus verdadeiramente por seu Deus, Salvador e Senhor!

Se você já recebeu ao Senhor Jesus Cristo, como seu Salvador pessoal, e o convidou a entrar no seu coração, e a fazer morada na sua vida… Se você segue os princípios bíblicos emanados da Bíblia Sagrada, Palavra de Deus, Satanás e as forças espirituais do mal já não têm mais nenhum direito legal sobre a sua vida, e, firmados na Palavra de Deus, lhe asseguramos e declaramos:- “contra a sua vida não vale encantamento”!
Em momentos de aflições, problemas, em que a vida começa a dar pra trás, não permita que pensamentos de fraqueza roubem a sua fé no Todo Poderoso… Tire da sua cabeça qualquer idéia de que possa ser feitiço, agouro, mau olhado, ou qualquer outra obra do mal… Abra a sua boca e declare vitória em Cristo. Declare em voz audível: “Eu nasci de Deus e o maligno não me toca.” ( I Jo 5:18b)… Diga: “Eu te louvo Senhor, porque o Senhor é o meu único Deus, o meu único e suficiente Salvador, o Senhor me protege, o Senhor me guarda e o inimigo jamais poderá me tocar! Eu sei que em Ti eu sou mais que vencedor, e que ao final da prova pela qual eu estou passando, a minha vitória é certa, em Jesus Cristo o meu Salvador e Senhor”!

Jesus venceu a Satanás, no monte da tentação, citando a Palavra! A Palavra de Deus é poderosa… Memorize textos bíblicos de promessas de bênçãos, e cite-os em suas orações, preferencialmente em voz audível. Faça orações em formato de declarações de fé! Peça oração. Busque a companhia e a ajuda de outros irmãos em Cristo, porque “a oração de um justo muito pode em seus efeitos”.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

terça-feira, 26 de junho de 2018

A JUSTIÇA DE DEUS. É SANTA


                                                      A JUSTIÇA DE DEUS É SANTA
"Justiça significa dar a cada um o que merece." A justiça de Deus é a retidão de sua natureza, aquilo pelo qual faz o que é reto e de igual medida. "E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?" (Pv 24.12). Deus é um juiz imparcial. Ele julga a causa. Os homens geralmente julgam a pessoa, mas não a causa. Isso não é justiça, mas malícia. "Descerei e verei se, de fato, o que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim" (Gn 18.21). Quando o Senhor está diante de um ato punitivo, pesa as coisas na balança, não pune de qualquer maneira; não age desordenadamente, mas de maneira lógica contra os ofensores. Em relação à justiça de Deus, devo apresentar as seis seguintes posições:

a.      A justiça de Deus é santa

Deus só pode ser justo. Sua santidade é a causa de sua justiça. A santidade não permitirá que faça outra coisa senão o que é justo.

b.      A justiça de Deus é o padrão de justiça
A vontade de Deus é a suprema regra de justiça; é o padrão de equidade. Sua vontade é sábia e boa. Deus deseja somente o que é justo e, portanto, é justo porque deseja ser.

c.       A justiça é natural ao ser de Deus
Deus faz justiça voluntariamente. A justiça flui de sua natureza. Os homens podem agir injustamente, pois são forçados ou subornados.

A vontade de Deus nunca será subornada, por causa de sua justiça. Não pode ser forçado, por causa de seu poder. Ele pratica a justiça por amor à justiça: "Amas a justiça" (SI 45.7).

d.      A justiça de Deus é perfeita
A justiça é a perfeição da natureza divina. Aristóteles disse: "A justiça engloba em si todas as virtudes". Dizer que Deus é justo é dizer que é tudo o que há de excelente: as perfeições se encontram nele como linhas convergem para um centro. Ele não é somente justo, mas a própria justiça.

e.       A justiça de Deus é exata

Deus nunca cometeu nem nunca cometerá o mínimo erro em relação às suas criaturas. A justiça de Deus já foi distorcida, mas nunca distorceu. Deus não segue de acordo com o rigor da lei, ele alivia sua severidade. Pode infligir penas mais pesadas do que impõe: "Os tens castigado menos do que merecem as nossas iniquidades" (Ed 9.13). As misericórdias para conosco são mais do que merecemos, e nossas punições são menos do que merecemos.

A justiça de Deus é definitiva

A justiça de Deus é tal que não é apropriado para qualquer homem ou anjo censurá-lo ou exigir uma razão por suas ações. Deus não tem só a autoridade do seu lado, mas a equidade. "Farei do juízo a régua e da justiça, o prumo" (Is 28.17). E algo inferior a ele, dar razão para nós de seus procedimentos. Qual destes dois é mais apropriado prevalecer, a justiça de Deus ou a razão humana? "Quem és tu. ó homem, para discutires com Deus?!" (Rm 9.20). A linha de prumo de nossa razão é muito curta para compreender a profundidade da justiça de Deus. "Quão insondáveis são os seus juízos" (Rm 11.33). Devemos adorar a justiça de Deus mesmo onde não vemos razão para tal.

Onde identificamos a justiça de Deus?
A justiça de Deus corre em dois canais. Ela é vista em duas coisas: na distribuição de prêmios e de punições.

a. A justiça de Deus é vista na premiação dos justos

Deus premia o virtuoso. "Na verdade, há recompensa para o justo" (SI 58.11). Os santos não devem servi-lo sem recompensa, ele recompensará os clamores e as lágrimas: embora os justos possam ser derrotados por causa dele, não serão derrotados por ele. "Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome" (Hb 6.10). Ele nos dá um prêmio, não porque mereçamos, mas porque nos prometeu.

b. A justiça de Deus é vista na punição dos ímpios
Ele é justo em punir os ofensores. Por que Deus é justo em punir os pecadores?

i.       Porque Deus pune os pecadores baseado em uma lei. "Onde não
há lei, também não há transgressão" (Rm 4.15). Mas Deus deu uma lei aos
homens e eles a quebraram, portanto os pune justamente.

ii.      Porque Deus pune os pecadores fundamentado em provas
concretas. Ele é justo em punir os ímpios, pois nunca os pune senão depois
de obter prova e evidência. Que maior evidência há do que a própria
consciência de uma pessoa como testemunha contra si. Não há nada que
Deus lance sobre um pecador que a consciência não sele como verdade.

APLICAÇÕES

Primeira aplicação: veja aqui mais uma flor da coroa de Deus: ele é justo e reto. Ele é exemplo e padrão de justiça.

3. Deus é justo ao permitir que o ímpio prospere?

Como fica a prosperidade do ímpio neste mundo em relação à justiça de Deus? "Por que prospera o caminho dos perversos, e vivem em paz todos os que procedem perfidamente?" (Jr 12.1).
Tal dúvida tem sido uma grande pedra de tropeço e tem levado muitos a questionar a justiça de Deus. Os que são mais pecaminosos são mais poderosos. Diógenes,52 quando viu o ladrão Harpalus prosperando, disse: "É certo que Deus jogou fora o governo do mundo e não se importa como as coisas acontecem aqui embaixo".
Deus se relaciona com a prosperidade do ímpio das seguintes maneiras:

a.      Usando-a como instrumento de sua vontade

Os ímpios, às vezes, podem ser instrumentos da obra de Deus. Embora não tenham em vista a glória de Deus, podem promovê-la. Ciro (Ed 1.7) foi um instrumento na construção do templo de Deus em Jerusalém. Deus permite que esses prosperem sob as asas de quem seu povo é protegido. Deus não fica em débito com homem algum. "Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar" (Ml 1.10).

b.      Usando-a para torná-los ainda mais indesculpáveis
Deus permite que os homens pequem e prosperem de maneira que fiquem ainda mais indesculpáveis. "Dei-lhe tempo para se arrependesse... da sua prostituição" (Ap 2.21). Deus adia o julgamento, estica suas misericórdias para com os pecadores e, se não se arrependem, sua paciência será testemunha contra eles e sua justiça será mais clara na condenação deles. "Serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar" (SI 51.4).

c.       Usando-a para destacar ainda mais sua justiça

Deus nem sempre deixa o ímpio prosperar em seu pecado. Alguns ímpios, Deus pune abertamente, para que sua justiça seja observada. "Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa" (SI 9.16), isto é, sua justiça faz homens caírem no ato do pecado. Assim fez com Zimri e Cozbi no ato da impureza.

d.      Usando-a para encher plenamente o cálice de sua ira

Quando Deus permite que os homens prosperem um pouco em seus pecados, o cálice de sua ira está sempre enchendo, sua espada está sempre afiada: e embora Deus possa evitar os homens por um pouco, a demora em agir não é perdão. Quanto mais Deus demorar em tomar uma atitude, mais pesado será no final. Enquanto existir a eternidade, Deus tem tempo o suficiente para lidar com seus inimigos.
A justiça pode ser como um leão adormecido, mas o leão acordará e rugirá sobre o pecador. Nero, Júlio e Caim já não se depararam com a justiça de Deus?

É tempo de todos os homens se aperceberem que é inevitável, e a justiça de Deus, por fim, os encontrará.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

segunda-feira, 25 de junho de 2018

OS REIS HERODES...


                                                               OS REIS HERODES...

Apresentamos aqui a descrição dos Herodes dos tempos neotestamentários, com alguma abundância de pormenores: 

1. Herodes o Grande. Governante dos judeus de 40 a 4 A.C., nasceu em cerca de 73 A.C. Era idumeu ou edomita, isto é, descendente de Edom, um povo conquistado e levado ao judaísmo por João Hircano, em cerca de 130 A.C. Assim sendo, os Herodes, embora não fossem judeus de nascimento, supostamente eram judeus de religião. A religião era usada, portanto, como veículo para fomento do governo secular, isto é, atendendo aos interesses da família dos Herodes. Herodes o Grande foi nomeado procurador da Judeia em cerca de 47 A.C. A Galileia pouco mais tarde também ficou debaixo de seu controle. 

Após o assassínio de César. Herodes desfrutou das graças de Marco Antônio. O título de Herodes, “rei dos judeus”, foi-lhe dado por Antônio e Otávio. Opunha-se politicamente aos descendentes dos Macabeus, os quais, tendo por nome de família o apelativo Hasmon, eram chamados de Hasmoneanos. Estes controlavam Israel antes da dominação romana, e se ressentiam do governo de Herodes. 

Todavia, Herodes o Grande casou-se com uma mulher pertencente a essa família, Mariamne, neta do antigo sumo sacerdote Hircano II, embora essa medida não tivesse posto fim às suspeitas dos principais Hasmoneanos sobreviventes. Por isso mesmo, Herodes o Grande foi assassinado um por um, até que se livrou de todos eles, incluindo a própria Mariamne, e até mesmo os filhos que teve com ela. 

Esse foi apenas um dos muitíssimos assassínios cometidos por Herodes o Grande. Foi esse Herodes que perpetrou a matança dos inocentes, em Belém da Judéia (ver Mt 2), e antes de seu falecimento ordenou que seu próprio filho, Antípatre, fosse morto. Outrossim, providenciou para que, após a sua morte, todos os seus nobres fossem assassinados, para que não houvesse falta de lamentadores por ocasião de sua morte. 

Morreu de uma enfermidade fatal do estômago e dos intestinos. Por toda parte se tornou famoso por suas notáveis atividades como edificador. E essas atividades foram realizadas não só em seus próprios domínios, mas até mesmo em cidade estrangeiras (por exemplo, Atenas). Em seus próprios territórios ele reedificou Samaria (dando-lhe o nome de Sebaste, em honra ao imperador). Reparou a torre de Estrato, na costa do mar Mediterrâneo, fez ali um porto artificial e o chamou de Cesaréia. 


Mas a sua obra de arquitetura mais famosa foi a ereção de um magnificente templo em Jerusalém, construído para ultrapassar o de Salomão, tendo conseguido o seu intento, pelo menos em parte. Esse templo substituiu o templo erigido após o cativeiro, embora os judeus considerassem ambos como um só.alguns escritores antigos dizem que isso foi feito com o fito de pacificar os judeus, devido as suas traições e matanças, que envolveram muitos líderes, incluindo sacerdotes. Entretanto, os judeus jamais puderam-lhe perdoar o desaparecimento da família dos Hasmoneanos.


2. Arquelau, chamado de Herodes o etnarca, em suas moedas. Herodes o grande doou o seu reino a três de seus filhos: A Judéia e a Samaria ficaram com Arquelau (Mt 2.22), a Galiléia e Peréia ficaram com Antipas, e os territórios do nordeste couberam a Filipe (ver Lc 3.1). O imperador Augusto ratificou essas doações. Arquelau era o filho mais velho de Herodes, por sua esposa samaritana, Maltace. 

Herodes o Grande teve o seu programa de edificações continuado por Arquelau, e este parecia resolvido a exceder em crueldade e impiedade ao seu pai. O seu governo tornou-se, finalmente, intolerável, e uma delegação enviada da Judéia e da Samaria conseguiu a remoção de Arquelau. Nesta altura da história, a Judéia tornou-se uma província romana, passando a ser governada por procuradores nomeados pelo imperador.



3. Herodes, o Tetrarca. (ver Lc 3.19 e 9.7). Também era chamado Antipas. Era filho mais novo de Herodes e Maltace. Os distritos da Galiléia e da Peréia eram os seus territórios. É lembrado nos evangelhos por haver preso, encarregado e executado a João Batista bem como por causa de seu breve encontro com Jesus, quando do julgamento deste (Lc 23.7). Também se mostrou notável construtor. Edificou a cidade de Tibério. Divorciou-se da sua esposa (filha do rei dos nabateus, Aretas IV), a fim de casar-se com Herodias, esposa de seu irmão , Herodes Felipe, em vista do que João Batista lhe fez oposição. Essa ação foi, finalmente, a causa de sua queda, porquanto Aretas, usando tal coisa como justificativa (talvez válida, aos olhos dele), declarou guerra e derrotou definitivamente a Herodes, o Tetrarca. Esse Herodes terminou os seus dias no exílio.



4. Herodes Agripa, chamado de rei Herodes, em Atos 12.1. Era filho de Aristóbulo e neto de Herodes o Grande. Era sobrinho de Herodes o Tetrarca e irmão de Herodias. Após a execução de seus pais, em 7 A.C., foi levado a Roma e ali criado. Teve de abandonar Roma por causa de pesadas dívidas, e subsequentemente foi favorecido por Antipas. Por ter ofendido o imperador Tibério, foi encarcerado; mais tarde, porém, quando esse imperador morreu, foi posto novamente em liberdade. 



Mas tarde recebeu os territórios do nordeste da Palestina como seus domínios, e quando Antipas, seu tio, foi banido, também ficou com a Galiléia e a Peréia. O imperador Cláudio aumentou uma vez mais os seus territórios, anexando aos seus domínios a Judéia e a Samaria, de tal modo que Agripa finalmente dominou em um reino para todos os efeitos equivalente aos domínios de seu avô, Herodes o Grande. 

Agripa procurou obter o apoio dos judeus, e aparentemente grande foi a medida de sucesso alcançado. Assediou aos apóstolos, provavelmente por essa mesma razão (At 12.2 – e matou Tiago, irmão de João). Sua morte súbita e horrível é registrada por Lucas em Atos 12.23, sendo ali atribuída ao julgamento divino. 


No capítulo 12 do livro de Atos nos é dito que um certo Herodes – que é conhecido dos historiadores seculares como Herodes Agripa I – mandou matar o apóstolo Tiago, e quis fazer o mesmo com Pedro, mas um anjo apareceu e libertou Pedro da prisão. Então, próximo do fim do capítulo, Lucas nos dá este relato: 



Herodes, tendo-o procurado e não o achando, submetendo as sentinelas a inquérito, ordenou que fossem justiçadas. E, descendo da Judéia para Cesaréia, Herodes passou ali algum tempo. Ora, havia séria divergência entre Herodes e os habitantes de Tiro e de Sidom; porém estes, de comum acordo, se apresentaram a ele e, depois de alcançar o favor de Blasto, camarista do rei, pediram reconciliação, porque a sua terra se abastecia do país do rei. Em dia designado, Herodes, vestido de trajo real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo clamava: É voz de um deus e não de homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou” (Atos 12:19-23).


Naturalmente, esta é o próprio tipo de história que os céticos dizem que prova que a Bíblia não é historicamente acurada. É muito forçada, eles dizem, para ser verdade.

Acontece, contudo, que a morte de Herodes Agripa é contada também pelo historiador judeu do primeiro século, Josefo. Sua narrativa diz:



“Então, quando Agripa tinha reinado durante três anos sobre toda a Judéia, ele veio à cidade de Cesaréia, que antes era chamada Torre de Strato, e ali ele apresentou espetáculos em honra a César, ao ser informado que ali havia um festival celebrado para se fazerem votos pela sua segurança. Em cujo festival uma grande multidão de pessoas principais se tinha reunido, as quais eram de dignidade através de sua província. 

No segundo dia dos quais espetáculos ele vestiu um traje feito totalmente de prata, e de uma contextura verdadeiramente maravilhosa, e veio para o teatro de manhã cedo; ao tempo em que a prata de seu traje sendo iluminada pelo fresco reflexo dos raios do sol sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente, e ficou tão resplendente que espalhou horror entre aqueles que olhavam firmemente para ele; e no momento seus bajuladores gritaram, um de um lugar, outro de outro lugar, (ainda que não para o bem dele) que ele era um deus; e acrescentavam: "Sê misericordioso conosco, pois ainda que até agora te tenhamos reverenciado somente como um homem, contudo doravante te teremos como superior à natureza mortal". 

Quanto a isto o rei não os repreendeu, nem rejeitou sua ímpia bajulação. Mas, estando ele presente, e depois olhou para cima, viu uma coruja pousada numa corda sobre sua cabeça, e imediatamente entendeu que este pássaro era o mensageiro de más notícias, como tinha sido antes mensageiro de boas notícias; e caiu na mais profunda tristeza. 

Uma dor severa também apareceu no seu abdome e começou de maneira muito violenta. Ele portanto olhou para seus amigos e disse: "Eu, a quem chamais deus, estou presentemente chamado a partir desta vida; enquanto a Providência assim reprova as palavras mentirosas que vós agora mesmo me disseram; e eu, que por vós fui chamado imortal, tenho que ser imediatamente afastado depressa para a morte..." Quando ele acabou de dizer isto, sua dor se tornou violenta. Desse modo, ele foi carregado para dentro do palácio; e o rumor espalhou-se por toda parte, que ele certamente morreria dentro de pouco tempo... E quando ele tinha se esgotado muito pela dor no seu abdome durante cinco dias, ele partiu desta vida” (Antiguidades, XIX, 7.2).


Seu filho único, também chamado Agripa, passou a governar alguns dos territórios que haviam pertencido a seu pai. Suas duas filhas Berenice (At 25.13) e Drusila (At 24.24), foram outras pessoas sobreviventes de sua família.



5. Agripa, filho de Herodes Agripa (nº 4 acima). Era jovem demais para assumir a liderança, após o falecimento do seu pai. Mais tarde recebeu o título de rei da parte de Cláudio, e passou a governar o norte e o nordeste da Palestina. Mais tarde Nero aumentou os seus territórios. De 48 a 66 D.C., ele exerceu autoridade de nomear os sumos sacerdotes dos judeus. Procurou, com grande empenho, evitar o conflito entre os judeus e os romanos (66 D.C.), mas fracassou na tentativa. Permaneceu fiel a Roma. Nas páginas do N.T. ele é conhecido devido ao seu encontro com o apóstolo Paulo, segundo está registrado em Atos 25.13 – 26.32). 

No trecho de Atos 26.28, lemos: “por pouco me persuades a me fazer cristão”, embora alguns pensem que a verdadeira tradução seria algo como: “Com bem pouca persuasão pensas em fazer-me cristão?” Ou então: “estás apressado a persuadir-me a fazer de mim cristão!” Portanto Herodes, evidentemente, proferiu essas palavras em tom de muchocho, e não seriamente. Ele morreu sem filhos, em cerca de 100 D.C.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante