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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

CRISTÃOS PEREGRINOS E FORASTEIROS EM BUSCA DO CÉU...


                     CRISTÃOS PEREGRINOS  E FORASTEIROS EM BUSCA DO CÉU...

1- “Forasteiros e peregrinos no mundo”: a nossa condição neste mundo e a nossa verdadeira casa.

Encontramos “forasteiros e peregrinos” em I Pedro 2:11. Aí lemos:
I Peter 2:11
“Amados, exorto-vos (peço-vos), como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências da carne, as quais combatem contra a alma;”
O Palavra de Deus diz-nos que somos forasteiros e peregrinos neste mundo. Isto significa que este mundo não é a nossa casa. Não pertencemos a este mundo. Para compreender isso melhor vamos ver um exemplo: digamos que embarcaste num avião para um país estrangeiro e desconhecido para ti e, hipoteticamente vais permanecer neste país. Tu és um estrangeiro e um estranho naquele país. Não entendes a língua que as pessoas falam. Não compreendes o que está escrita nos jornais deles. Ligas a TV mas rapidamente desligas porque não compreendes nada. É tudo estranho para ti. Tu és um estrangeiro e um estranho naquele país. A Palavra de Deus diz-nos a mesma coisa acerca da nossa condição na terra. Se, no entanto, e continuando com o mesmo exemplo, começas a falar a mesma língua que se fala no país, ouvires as notícias deles e vires os mesmos programas da TV, falas dos mesmos assuntos que eles e a fazes o mesmo que eles, já não és mais um estranho ou estrangeiro neste país, acabas por estar integrado naquele país e tornas-te parte dele. O mesmo se passa connosco, Cristãos. A Palavra de Deus diz-nos que somos estranhos e estrangeiros neste mundo. Não é suposto que nos conformemos (moldemos) a este mundo, que partilhemos os mesmos interesses do mundo, que nos comportemos da mesma maneira que o mundo se comporta, vimos o que eles vêem, tenhamos a mesma visão e os mesmos interesses que o mundo tem. Somos estranhos e estrangeiros aqui e não estamos aqui para nos conformar, ajustar, condizer, resignar ou integrar neste mundo. (Romanos 12:2) isto é: ter a mesma “forma” que o mundo tem. (é isto o que significa “conforma”). Nós vimos de um outro mundo, de uma outra casa. Onde está essa casa? Aqui estão alguns versículos que respondem a essa questão:
Filipenses 3:20
Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo”
Colossenses 1:12-13
“dando graças ao Pai que vos fez idóneos para participar da herança dos santos na luz, e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado;”
Irmãos e irmãs, nós somos cidadãos dos céus. Lá e não neste mundo é a nossa casa. De facto, já fomos cidadãos deste mundo e do seu reino, o reino da escuridão. Mas já o não somos mais. Fomos libertados deste reino e agora somos cidadãos do Reino do Filho de Deus e como consequência somos estrangeiros e estranhos neste mundo.

2. O Problema

É triste mas muitos de nós não se consideram ser assim. Muitos de nós têm investido tanto no mundo e estão tão interessados no que está a acontecer no mundo que, a frase “estrangeiros e estranhos” lhes parece… estranha. Não digo isso para condenar ninguém, mas para afirmar como um facto o que eu vejo. Como a Palavra de Deus diz em Romanos 8:6
Romanos 8:6
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Seguir Cristo é vida e paz. Se fores Cristão e ainda não sentires a vida e a paz que acompanha a vida em Cristo, se te sentes vazio e fatigado é porque te focalizas nas coisas erradas. Tu estás convencido que segues Cristo da melhor maneira que consegues, mas não como tua primeira prioridade. Outros assuntos apareceram no teu caminho e eles têm implícita ou explicitamente uma prioridade mais alta ou igual para ti. Mais uma vez: não me compreendas mal. Não te critico. Eu apenas realço o que eu verifico ser o caso de muitos Cristãos. Precisamos conhecer o problema e a sua causa para poder aplicar a solução correspondente. Ignorando o problema pensando que “tudo está bem desde façamos o que os outros fazem” (isto é: ir com a corrente) não faz desaparecer o problema. Igualmente permite-me dizer com clareza, que Deus ama todos os seu filhos, independente do seu desempenho. Deus ama-te tanto como ama o Seu Filho Jesus Cristo e isto não tem nada a ver com o teu desempenho. Digo isto porque muitos Cristãos que se sentem vazios e fatigados podem pensar que Deus esteja zangado com eles porque eles não “agem bem”. O amor de Deus por vós, irmãs e irmãos, não depende do vosso desempenho.

3.A causa do problema

Voltando à Palavra de Deus. Ela descreve claramente certas coisas que cansam e pesam no coração e tornam a semente da Palavra estéril, infértil, isto é, embora a semente esteja lá não consegue criar os frutos que supostamente deveria produzir. Eis o que o Senhor Jesus disse em Lucas 21:34:
Lucas 21:34
Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço.
Há certas coisas que causam um grande peso ao nosso coração, isto é, tornam-no pesado e exausto, duro, indiferente e frio. Apesar de muitos de nós não terem problemas com “sofreguidão e embriaguez” (por qualquer forma, estes pecados são condenados pela maioria de Cristãos e frequentemente por não-Cristãos também) que tal “os cuidados (assuntos) da vida”? O que o Senhor nos está aqui a dizer é que os assuntos da vida quotidiana, o “fazer pela vida”, o sobreviver, pode endurecer e tornar pesado o coração se estiveres ansioso; se todo o teu esforço estiver na preocupação de como vais sobreviver hoje; ou se estiveres demasiado ocupado com a vida e seus afazeres.
Para além disso, o Senhor disse na parábola do semeador quanto à terceira categoria de pessoas que ouviram a Palavra:
Marcos 4:18-19
Outros ainda são aqueles que foram semeados entre os espinhos; estes são os que ouvem a palavra; mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e a cobiça doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, e ela fica infrutífera.
Como o Senhor torna evidente: as preocupações com os afazeres deste mundo, os afazeres desta vida, mais o engano das riquezas e o prazer noutras coisas são inimigos para a semente da Palavra e tornam-na estéril e sem produzir frutos. Por outras palavras, os afazeres desta vida, as riquezas e os desejos de outras coisas NÃO podem co-existir com a Palavra de Deus no teu coração. Um dos dois tem de ir embora. É um ou outro. Não ambos. Isto também se ajusta com aquilo que Deus diz relacionado com “dinheiro”.
Mateus 6:24
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Não podes servir a dois senhores ao mesmo tempo. Se quiseres seguir Deus, se quiseres vida e paz, se quiseres que a semente da Palavra cresça e dê frutos, então deves libertar-te das preocupações e dos afazeres com o dinheiro e outras coisas porque a Palavra não pode crescer em ti juntamente com estas coisas. Não podes ser um estrangeiro e estranho deste mundo e ao mesmo tempo fazer parte do sistema deste mundo. Não é possível! Se de alguma maneira julgas poder gerir as duas coisas juntas então estás a enganar a ti próprio. Talvez digas: “Oh meu irmão, não compreendes a minha situação!” Eu compreendo te! Eu também tenho um emprego e uma família com 3 crianças pequenas. E, o que escrevo é fruto da minha experiência. Não é apenas conhecimento intelectual para mim. Não posso trabalhar 12 horas diárias e esperar crescer dedicando matinalmente 10 minutos à devoção e ir ao sermão dos Domingos de manhã. Não vai acontecer de forma alguma! Não precisamos só de tempo de qualidade com o Senhor (e vamos ser sinceros: não é possível ter apenas 10 minutos de “qualidade” com o Senhor enquanto nas restantes 16-18 horas que estás acordado a tua mente estiver constantemente ocupada com outras coisas). Também precisamos tempo em quantidade. Precisamos que o ensinamento da Palavra nos alimente. Precisamos de mudar o nosso interesse no mundo para a Palavra. Então o crescimento acontece como acontece aos bebés recém-nascidos ao beber o seu leite. Como diz a Palavra:
I Pedro 2:2
desejai como meninos recém-nascidos, o puro leite espiritual, a fim de por ele crescerdes para a salvação,
Se não beberes do leite da Palavra e, ao contrário te alimentas com o lixo do mundo, não te admires que não cresças e te sintas fraco e exausto. Só a Palavra de Deus pode trazer crescimento.

4. A solução

A boa nova é que tudo pode mudar e podemos começar a crescer e dar frutos novamente. Tudo o que é preciso é deixar de nos preocupar com coisas do mundo, dinheiro e outros desejos e começar a focar a nossa atenção em Deus e na Sua Palavra. De facto eu creio que é ao contrário: assim que começares a libertar espaço para Deus e a Sua Palavra perdes o interesse no dinheiro, ambições e assuntos mundanos. Estes interesses vão desaparecer à medida que começares a beber do leite da Palavra de Deus e focares a tua atenção em Deus como tua primeira prioridade. Ao proceder assim, o crescimento, a vida e a paz vão voltar novamente. Precisas saciar-te na Palavra e nos ensinamentos da Palavra, desejando “o leite da palavra” em vez de desejar outras coisas. Porém, para seres capaz de fazer isto talvez precises fazer alguns ajustes. Por exemplo, talvez seja necessário abrandar o trabalho e colocar limites. Deixa-me ser claro aqui: não estou a dizer que o trabalho seja mau. Ao contrário e como diz a Palavra “se alguém não quer trabalhar não coma” (II. Tessalonicenses 3:10). Trabalhar como forma de ganhar o pão não é condenável de maneira nenhuma. De facto é alguma coisa que é muito abençoado. No entanto o que penso ser um problema é - aparte não trabalhar mesmo - trabalhar muito para além do que precisamos para ganhar o pão, ao ponto que não há espaço para mais nada na nossa vida. Isto é: trabalhar é uma bênção mas ser um dependente do trabalho(workaholic) é um problema. Talvez também precises fazer uma melhor gestão do tempo, abdicando do tempo em que vês TV, surfas na Internet ou passatempos em excesso. Se te deslocas para o trabalho precisas encontrar bons ensinamentos da Palavra para ouvir (não falo de ensinamentos religiosos que se auto denominam “Cristãos”, sendo apenas ensinamentos religiosos e sem vida). Este é um site que me alimentou bastante http://www.awmi.net e tem centenas de MP3 gratuitos. Precisas de mudar. E repito, eu vivi aquilo de que estou a falar. Não é apenas conhecimento teórico. Nos dois últimos anos estava de tal forma ocupado que o meu tempo com Deus se resumia a 10 minutos “devocionais” da manhã, entre outras coisas mais. Quando alguém me perguntava “como estás?” eu respondia “ocupado”. O outro lado costumava responder a mesma coisa. Irmãos e irmãs, Isto não é bom. Estar ocupado com afazeres e outras coisas não é bom. Não foi de admirar que, ao terminar o meu contrato de trabalho, me sentisse tão esgotado. Então passei um par de meses sem trabalhar antes de procurar um novo emprego. Durante este período descobri o site do Andrew Wommack a que me referi atrás. Fiquei muito feliz ao ver que continha tantos bons ensinamentos da Palavra de Deus e que todo o material era gratuito (como deveria ser para um site cristão). Muitas coisas aí ensinadas eu já conhecia mas devido à minha “ocupação” elas tinham desaparecido. Eu saciei-me então com a Palavra. Isto mudou realmente a minha vida. A secura desapareceu e na sua vez, a vida, paz e poder voltaram. No meio disso, de forma sobrenatural, Deus arranjou-me um emprego que fica a 100 km do lugar onde vivo. Eu aceitei pela fé, porque Ele disse-me que este emprego era para mim. Questionava-me sobre o tempo de viagem pois precisava diariamente 4 horas para ir e vir do emprego, (o meu último emprego ficava a 1 milha e eu ia a pé!). Mas adivinha: o melhor tempo do dia veio a ser o tempo passado nas viagens de comboio. Eu andava em carruagens meio vazias, abria o meu notebook e escrevia artigos como este ou trabalhava no meu site e ao mesmo tempo continuava a encher-me com o leite da Palavra lendo ou escutando os ensinamentos da Palavra. Ao encher-me com a Palavra, todos os desejos que tinha por outras coisas que tinham absorvido o pouco tempo livre que antes me restava, desapareceram. Realmente sou um homem diferente do que era há um ano atrás e devo isso a Deus e à Sua Palavra. Quero ver uma tal transformação em ti, e é por isso que escrevo este artigo.
Voltamos ao nosso tema: a semente da Palavra que se tornou infértil, um cristão sem produzir frutos é exactamente o contrário daquilo que Deus, declaradamente, deseja de nós. Ele diz:
João 15:16
Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça...
Nós fomos escolhidos para produzir frutos. Mas como já dissemos, isso não vai acontecer se permitirmos que a semente da Palavra seja sufocada pelos espinhos da riqueza, os desejos de outras coisas e os afazeres desta vida. O Senhor tratou dos assuntos dos afazeres e das riquezas noutros versículos que ainda não vimos. Aqui temos um novo versículo revelador:
Lucas 12:15-31
Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, nem quanto ao corpo, pelo que haveis de vestir. Pois a vida é mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário. Considerai os corvos, que não semeiam nem ceifam; não têm despensa nem celeiro; contudo, Deus os alimenta. Quanto mais não valeis vós do que as aves! Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? Porquanto, se não podeis fazer nem as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras? Considerai os lírios, como crescem; não trabalham, nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se, pois, Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais vós, homens de pouca fé? Não procureis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, e não andeis preocupados. Porque a todas estas coisas os povos do mundo procuram; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.
Não te preocupes com a tua vida, com o que vais comer, com o teu corpo, com o que vais vestir. Deus vai tomar conta de ti, irmão e irmã. Não precisas preocupar-te com tais coisas nem com as riquezas e outras coisas. As pessoas no mundo dão importância a tais coisas. A atenção deles concentra se em como vão ganhar o dia e se isto estiver assegurado pensam em como ficar ricos e como obter mais coisas. Mas nós somos diferentes. Nós pertencemos a um reino distinto. Nós temos o nosso maravilhoso Deus e Pai que toma conta de nós. Para nós, a primeira e maior prioridade não é saber como vamos ganhar a vida, como sobreviver, como enriquecer ou como ter um carro ou casa mais luxuosos. Em vez disso a nossa primeira e maior prioridade é, e deve ser, Deus e o Seu Reino. “Procura o Reino de Deus e todas estas coisas te vão ser dadas” diz a Palavra. Se porém, em vez de estares preocupado com a Palavra continuas preocupado com os afazeres deste mundo, com as riquezas e os desejos de outras coisas, atirando algumas migalhas para Deus (5 minutos de devoção na missa aos Domingos e mais algumas notas para pacificar a tua consciência) então a semente que foi semeada no teu coração vai secar e juntamente com ela tu vais secar também. E isto não deverá acontecer.
Como já dissemos, a preocupação com os afazeres deste mundo tem o mesmo efeito que têm as riquezas e os desejos de outras coisas sobre nós. Realmente não compreendo porque tantos perseguem as riquezas, chamando-as “prosperidade” enquanto a Palavra diz:
I Timóteo 6:7-10
Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar; tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes. Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
Irmão e irmã: tens alimento e vestuário? Se tiveres dá te por satisfeito!! Não precisas mais nada!! Mas se desejas de ser rico, se cobiçares coisas, então estás a entrar numa armadilha. Vais precisar de acumular bens e riquezas. Não és daqui e não vais levá-los contigo. Tu apenas precisas que as tuas necessidades estejam satisfeitas e para tal não precisas preocupar-te. Deus fez-te uma promessa: primeiro procura o Reino de Deus e a sua justiça e o que tu precisas te será dado.

5. Conclusão

Resumindo: nós somos estrangeiros e estranhos neste mundo. Este mundo não é a nossa casa como diz uma canção. Somos cidadãos do céu chamados por Deus para ir adiante e produzir frutos. No entanto a Palavra que foi semeada no nosso coração tem um inimigo subtil e mortal que a pode tornar estéril. É chamado “afazeres da vida, perseguir riquezas e desejos de outras coisas”. Muitos de nós estamos preocupados com estas coisas e apesar de ver a secura e a fraqueza como resultado, não as associamos à nossa preocupação com as coisas erradas. Mesmo a igreja não parece condenar isto explicitamente (especialmente a sobrecarga dos afazeres). Por esse motivo muitos Cristãos que enchem a igreja aos Domingos de facto estão secos e fracos uma vez que o problema não está a ser abertamente revelado e a solução não está a ser oferecida. Mas isto não precisa de continuar assim. A vida cristã significa paz e vida. Por favor lembrem-se da alegria, da paz e da vida que tiveram quando começaram a acreditar no Senhor. Tudo isso era suposto permanecer convosco para sempre! E se não estiver convosco pode voltar! A única coisa que precisam de modificar é alterar as preferências e procurar Deus como vossa maior prioridade. Deus e a Sua alegria não mudaram. Vocês mudaram e por isso desapareceu a alegria. Deus não é a variável. Nós somos a variável. Precisamos de ser alimentados com a Palavra, diariamente e com dosagens altas, entregar te à Palavra em vez de te entregares aos afazeres, riquezas e desejos por outras coisas. Então aí a transformação vai acontecer e vai ser muito rápida.
Para terminar este artigo vamos ver Hebreus 11:13. Aí, depois da Palavra falar acerca de alguns santos do Velho Testamento que caminharam em fé, a Palavra diz:
Hebreus 11:13-16
“Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela donde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade”
Nós, tal como eles, somos estrangeiros e estranhos na terra. Para nós como para eles existe um pais natal que é diferente do pais do nosso passaporte. Há uma mansão edificada para nos no céu. Vamos produzir tanto mais frutos quanto for possível nas nossas vidas porque o tempo é escasso (a nossa vida seja ela de 70,80 ou 90 anos, passa muito rapidamente. Se tiver mais que 40 talvez compreenda melhor do que estou a falar). Deixemos que o fim das nossas vidas nos encontre como Paulo, dizendo:
II. Timóteo 4:7-8
“Combati o bom combate, acabei a [minha] carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.”
E João 14:2-3
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O CRISTÃO E A SEXUALIDADE...


                                                  O CRISTÃO E A SEXUALIDADE...
Por muito tempo era tabu falar sobre a sexualidade na igreja evangélica. Muito se avançou neste sentido, mas sabemos que o assunto ainda é necessário e precisa ser desenvolvido com propriedade e seriedade
Pessoas mal resolvidas na sua sexualidade podem ter sérios problemas conjugais. É importante desconstruir a ideia de que o sexo é pecaminoso. Uma das características do presente século é a promiscuidade e a perversão sexual. Diariamente, as famílias são bombardeadas por orientações sexuais ilícitas e estímulos à práticas sexuais antibíblicas, principalmente através da mídia. Por isso, faz-se necessário estudarmos sobre a sexualidade à luz da Bíblia.
I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA “SEXUALIDADE” E “SEXO”
O Aurélio define a palavra sexualidade como: “qualidade de sexual. O conjunto dos fenômenos da vida sexual. Sexo”. Já o termo “sexo” por sua vez, significa:“conformação particular que distingue o macho da fêmea, nos animais e nos vegetais, atribuindo-lhes um papel determinado na geração e conferindo-lhes certas características distintivas”. À luz da Bíblia, sexo são “as características internas e externas, que identificam e diferenciam o homem da mulher”.
II – O SEXO FOI CRIADO POR DEUS
Quando criou o ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez sexuados: “homem e mulher os criou” (Gn 1.27). A benção do Senhor estava sobre aquele casal heterossexual e Deus lhes deu a seguinte ordem: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). O sexo dentro do casamento não se constitui pecado, pois este e outros textos nos revelam que foi Deus quem o criou (Ec 9.9; Pv 5.15-19; Hb 13.4). Logo, a natureza do sexo em si não é pecaminosa nem má, como acreditam e defendem alguns de forma equivocada (I Tm 4.1-3). O sexo fez parte da constituição física e emocional do ser humano, no momento da sua criação (Gn 1.27). Assim, à luz da Sagrada Escritura não é correto ver o sexo como coisa imoral, feia ou suja, pois Deus não fez nada ruim: “e viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).
III - QUESTÕES SOBRE A SEXUALIDADE
 3.1 Fornicação é pecado. Não querendo Deus que o homem vivesse só, deu-lhe uma esposa (Gn 2.18). Por isso, o Cântico dos Cânticos de Salomão exalta o relacionamento sexual não entre solteiros, mas entre um homem e uma mulher devidamente casados (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Isso significa que o sexo antes ou fora do casamento desagrada a Deus. E quem vive na prática deste pecado não herdará o Reino de Deus (Ef 5.5). Deus criou o sexo para ser feito apenas entre um homem e uma mulher se forem casados (Gn 1.27, 28; Lv 18.22; Pv 5.18,19). A Bíblia condena a fornicação (sexo antes do casamento), quer entre pessoas do mesmo sexo quer entre pessoas de sexos diferentes (1Co 6.18). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe 2.2,18).
3.2 A intimidade e interação sexual é privativa dos casados. Muita gente acha que o relacionamento sexual entre marido e mulher tem como único objetivo a procriação. Isso é um erro. Na Bíblia, encontramos vários textos que incentivam o casal a desfrutar das alegrias conjugais. Em Provérbios 5.18-23, os cônjuges são exortados a usufruírem da intimidade matrimonial. Por outro lado, o homem é advertido contra “a mulher estranha”, a adúltera. Em seguida, é incentivado a valorizar a união matrimonial e santa, exaltando sempre a monogamia, a fidelidade e o amor (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9). A relação sexual está destinada a ser desfrutada apenas entre pessoas devidamente casadas e nunca a solteiros (Hb 13.4; Gn 2.24; Cantares de Salomão 4.12; 1Ts 4.3-5; Cl 3.5-6; 1Co 6.15-20; 1Tm 5.22; 2Tm 2.22).
IV - O VALOR DA PUREZA SEXUAL ANTES DO CASAMENTO
4.1 Pureza sexual no Antigo Testamento. A Bíblia exalta a pureza na vida de um jovem e adolescente (Sl 119.9-11). Aliás, esse texto é indispensável a todo servo de Deus. As leis sobre a castidade eram rigorosas no AT. Se uma jovem, por exemplo, tivesse relações sexuais antes do casamento era apedrejada até à morte (Dt 22.20,21), e o sacerdote só poderia se casar com uma jovem virgem (Lv 21.13,14), demostrando que em Israel, a virgindade era necessária e valorizada por todos (Gn 34.7). No plano original divino, a ordem de crescer e multiplicar-se foi dada a um casal casados (Gn 1.28). As páginas veterotestamentárias nos mostram claramente que somente nesta condição o ato conjugal é aceito e aprovado por Deus (Gn 2.24); pois, é por meio do casamento que marido e mulher tornam-se “uma só carne” (Gn 2.24), segundo a vontade de Deus. Em Cantares de Salomão, vemos a exaltação do amor conjugal entre os casados, e não entre solteiros (Ct 4.1-12). Portanto, os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados (Pv 5.15-19: Hb 13.4).
4.2 Pureza sexual no Novo Testamento. Doutrinando os coríntios sobre a fidelidade a Cristo, Paulo faz alusão ao valor da virgindade: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2Co 11.2). Por conseguinte, a pureza sexual em o NT é tanto para o rapaz quanto para a moça. Ambos devem manter-se castos e virgens até o casamento. O fornicário não entrará no céu (Ap 21.8; Gl 5.19 e 1 Co 6.18). Relação sexual com pessoas que não são seus cônjuges (Mt 5.27; Mc 10.9 e Rm 13.9), é grave e desastroso pecado (Pv 5.1-5). O NT preservou as atitudes judaicas do AT quanto ao sexo. Jesus condenou não só as práticas sexuais fora do casamento, como também o “simples” olhar com intenção impura para uma mulher (Mt 5.2-32).
V - O SEXO QUE A BÍBLIA CONDENA
5.1 A prática do homossexualismo. A Bíblia condena, pois é abominação ao Senhor (Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18). Deus destruiu cidades por causa disso (Dt 23.17). Não entram no Reino de Deus os que praticam tais atos (1Co 6.9,10). No princípio, o Criador não uniu dois “machos” nem duas “fêmeas” (Gn 1.27; Gn 2.18). Tais passagens mostram que Deus criou apenas dois gêneros bem distintos: homem e mulher. Isto significa que o homossexualismo é pecado. Não resta dúvida! É um pecado de tal forma abominável que até mesmo o dinheiro proveniente de tal prática não deve ser introduzido na Casa de Deus (Dt 23.18). Cumpre ressaltar, aqui, que não se admite qualquer tipo de violência contra os homossexuais, mesmo porque, cumpre-nos ganhá-los para Jesus (1Co 6.11). Embora a Bíblia desaprove as práticas homossexuais, ela não apoia a homofobia ou o ódio aos homossexuais.
5.2 A prática do a prostituição. Muitos, erroneamente, acreditam que prostituição ocorre somente quando uma pessoa paga ou recebe dinheiro para fazer sexo. Porém, aos olhos de Deus, quando um jovem solteiro mantém um relacionamento sexual, está se prostituindo e seu relacionamento está manchado (1Ts 4.3; 2Tm 2.22). O sexo entre pessoas solteiras é chamado fornicação e na Bíblia, tal prática é tida como uma impureza sexual. Quem se entrega a tal prática não herdará a vida eterna (Ap 21.8). O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14). Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21).
5.3 A prática da imoralidade e da impureza sexual. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; 8.6). Tudo que significa intimidade e carícia mundanas fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3).
VI - O QUE FAZER QUANDO SE TOMAM DECISÕES PRECIPITADAS 
 6.1 Arrependa-se. O pecado sexual traz graves consequências, mesmo que não sejam sentidas de imediato. Alguém sempre sai ferido quando há uma relação sexual ilícita ou fora do casamento (Mt 5.28; 1Jo 1.9; 1Jo 1.7). Deus valoriza a castidade e quando. Ele nos diz que devemos nos resguardar sexualmente até o casamento, ele não planeja nos punir ou castigar. Na verdade, Ele (Deus) está nos poupando de problemas físicos e emocionais advindos de uma sexualidade precoce. A ordem divina não apenas nos poupa desses problemas, mas igualmente de doenças sexualmente transmissíveis e de planos frustrados, como deixar de concluir os estudos por força de uma gravidez fora de hora e as responsabilidades da maternidade e paternidade não planejados. Portanto, vale a pena esperar em Deus e ter uma vida casta (Dn 1.8).
6.2 Afaste-se do pecado. Sejamos vigilante, resistamos à tentação sexual. Deus perdoa os nossos pecados por causa de sua fidelidade, mas o pecado sexual tem a tendência de perseguir aqueles que uma vez já cederam aos seus desejos (1Jo 1.9). Por isso é tão importante que corte os vínculos com qualquer situação que o exponha a essa prática, ou certamente entraremos em um círculo vicioso de pecado, arrependimento e busca pelo perdão divino. É importante, na busca do perdão de Deus, confessar o pecado e abandoná-lo (Pv 28.13).
6.3 Obedeça a Deus. Quando nos guardamos sexualmente até o casamento, estamos obedecendo a Deus no tocante à pureza do nosso corpo. O que recebemos em troca por manter nosso corpo e mente puros? Somos honrados por Deus. O Senhor tem um compromisso com aqueles que o honram e obedecem aos seus mandamentos. Mais que apenas conhecer a Deus, Ele valoriza a obediência aos seus preceitos. Não adianta conhecer a Deus e desprezar suas orientações (1Sm 2.22; 1Sm 2.30). O adolescente cristão deve rejeitar o descompromisso ou "ficar" (Pv 5.18; Ml 2.1-14); evitar intimidades físicas resultantes de tentações, supostas provas de amor ou prova de virilidade, imprudência, carnalidade, etc. (1Ts 4.3-7), e fugir do sexo pré-conjugal (Gn 2.24; 1Co 7.9; 2Co 11.2).
6.4 Mantenha a castidade sexual. Uma pessoa casta policia seus pensamentos, a forma como se veste, como fala e como se relaciona com o próximo, para não despertar desejos sexuais indevidos em outras pessoas. O jovem e a jovem que temem a Deus não devem despertar desejos sexuais que não poderão ser satisfeitos fora do casamento. Castidade é mais que abstinência do sexo; é um estilo de vida que demonstra respeito não apenas a Deus, mas também por si mesmo, para que seu corpo não seja visto como um objeto a ser descartado depois de ter dado prazer a alguém. Intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por DEUS (Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Muitos descobrem tarde demais o valor real da castidade. A perda dela muitas vezes é trágica. Como a Bíblia declara, as consequências da imoralidade podem ser como um veneno, “tão amargo como o absinto” (Pv 5.3, 4)
6.5 Não cedamos à cultura do mundo. A cultura de nossos dias ensina que a vida sexual antes do casamento é benéfica, e que se uma pessoa não está satisfeita com seu namorado, pode buscar o prazer com outra pessoa, mas, não é isso que a Bíblia ensina (2Co 11.2; Tt 2.5; 1Ts 4.4; 1Pe 3.2). Esse é um pensamento satânico e fere o princípio dado por Deus por meio do casamento (1Co 6.16). Seja solteiro(a), seja casado(a), se uma(a) adolescente busca o prazer sexual fora dos limites ordenados por Deus, não pode esperar ser abençoado(a) por Ele nessa área. A chave para se manter a castidade é resguardar o coração (Pv 4.23; Dt 6.5; Mc 12.29,30).
CONCLUSÃO 
Já vimos que o sexo foi criado por Deus com propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o ser humano. No entanto, desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27). O adolescente crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2), pois a  intimidade sexual é limitada ao matrimônio e somente nesta condição ela é aceita e abençoada por DEUS (Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

ESTUDO SOBRE HUMILDADE...


                                                    ESTUDO SOBRE HUMILDADE...
Humildade
Uzias tinha somente 16 anos quando seu pai foi assassinado e ele subitamente se tornou rei de Judá, no oitavo século antes de Cristo. A história de seu reinado, que é registrada em 2 Crônicas 26, ensina uma lição poderosa sobre a importância da humildade. Uzias começou bem. Ele respeitava o Senhor e sua palavra, e Deus o abençoou abundantemente. O reino se expandiu e o rei fiel conseguiu dominar seus inimigos de todos os lados. Sua reputação se espalhou a outros países. Uzias se fortaleceu.
Então, tudo mudou. "Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" (2 Crônicas 26:16). Uzias era um homem especialmente escolhido por Deus para conduzir seu povo. Durante muitos anos, Uzias serviu o Senhor fielmente. Porém não estava autorizado a entrar no templo para queimar incenso. Esse papel estava reservado para outros homens escolhidos por Deus, os sacerdotes, que serviam no templo. Uzias, não estando mais contente com o desempenho do papel que Deus lhe havia dado, tentou assumir uma função extra e foi fortemente repreendido por seu erro.
O sacerdote Azarias e 80 outros sacerdotes seguiram Uzias até o templo e desafiaram seu ato presunçoso. Uzias enraiveceu-se e Deus respondeu imediatamente ao seu erro. O rei ficou leproso ali mesmo no templo diante dos olhos dos sacerdotes. Eles imediatamente o atiraram fora do templo, e Uzias correu da casa de Deus, percebendo que o Senhor tinha punido sua arrogância. Seu filho assumiu os negócios do Estado e deixou o leproso Uzias isolado em sua casa pelo resto de sua vida. A vida abençoada de um grande homem foi arruinada por um ato de desobediência. Uzias, como o primeiro rei de Israel (veja Samuel 15:17-23), foi derrubado por seu próprio orgulho.

Humildade:
Fundamental para nossa comunhão com Deus

Quando Jesus pregou o sermão que define o caráter do verdadeiro discípulo, suas palavras iniciais foram diretas ao coração: "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus"(Mateus 5:3). Ele continuou a pregar durante mais três capítulos, mas muitos ouvintes não o ouviram porque nunca passaram da linha de partida. Mesmo hoje, a maior parte da mensagem do evangelho cai em ouvidos surdos de homens e mulheres arrogantes que não querem mesmo reconhecer a posição de Jesus como Senhor.
Mas Jesus não reduziu os padrões. Ele não abriu uma porta extra para entrarem os arrogantes ou os "quase" humildes. Ele manteve intacto o seu requisito fundamental porque ele reflete a exigência eterna de Deus. Deus nunca aceitou o homem cheio de orgulho que pensava fazer as coisas a seu próprio modo. Ao contrário de toda a sabedoria dos homens carnais, tendentes a adquirir poder e posição, Deus aceita exclusivamente os humildes. Uma geração depois de Uzias, o profeta Miquéias pegou perfeitamente a idéia quando ele citou as palavras de Deus: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus" (Miquéias 6:8). As Escrituras deixam perfeitamente claro que não há  outra maneira de caminhar com Deus. Ou andamos humildemente com nosso Deus, ou não andamos de modo nenhum com ele!
Jesus andou no meio de homens carnais e enfrentou tremendo desafio. Como poderia ele capturar seus corações para moldá -los como os servos humildes que o Pai quer? Não foi uma tarefa fácil. Ele falava freqüentemente de humildade, e mostrava em sua vida de serviço o que significa elevar os outros acima de nós mesmos. Quem poderia exemplificar melhor a humildade voluntária do que o próprio Deus, que deixou sua habitação celestial para servir e mesmo morrer pelos homens pecadores? (Esta é a essência do apelo irresistível de Paulo em Filipenses 2:3-8).
Dois exemplos mostram claramente como Jesus ressaltava a humildade para seus apóstolos. O primeiro está em Mateus 18:1-4. Os apóstolos freqüentemente disputavam entre si sobre a grandeza. Dois deles uma vez foram tão ousados a ponto de pedir que fossem colocados acima de seus colegas no reino. Jesus respondeu à atitude deles chamando uma criança. Enquanto estes homens crescidos olhavam, Jesus começou a pregar um sermão memorável: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mateus 18:3-4).
O segundo exemplo, ainda mais tocante, é registrado em João 13:1-17. Quando se preparavam para partilhar a refeição da Páscoa, Jesus aproveitou o momento para ensinar uma lição necessária. Os apóstolos jamais esqueceriam esta noite, e Jesus não perdeu a oportunidade para ensinar. Ele tomou uma toalha e  água e foi, de discípulo em discípulo, lavando seus pés. Isto era, por costume, serviço dos servos mais humildes, mas aqui o Criador do universo estava se humilhando diante de simples galileus. Quando terminou, ele voltou-se para os apóstolos e perguntou? "Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes" (João 13:12-17).
Não é de se admirar que outros homens inspirados falassem da importância da humildade. Tiago disse: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós... Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:6-10).
Como a arrogância impede a salvação
Podemos tirar algumas conclusões claras e importantes do ensinamento da Bíblia, mostrando o porquê a falta de humildade impede a salvação. Considere como o orgulho é absolutamente oposto às qualidades e comportamentos que Deus quer que demonstremos.
  • Sem humildade, não serviremos outros como deveríamos, porque aqueles que são arrogantes e egoístas querem ser servidos, e não servir.
  • Sem humildade, não seremos seguidores. Os orgulhosos querem ser chefes e cobiçam a posição e a influência de outros. Este foi o problema que Arão e Miriã tiveram em Números 12, e o mesmo pecado que custou as vidas de quase 15.000 pessoas, em Números 16.
  • Sem humildade não buscaremos realmente a verdade. O homem orgulhoso pensa que já conhece as respostas, e não quer depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus. A arrogância também impede nosso entendimento da verdade. Se não queremos admitir a necessidade de mudança, ou não queremos aceitar o fato que alguma outra pessoa sabe mais do que nós, nosso orgulho será um bloqueio fatal para o estudo eficaz da Bíblia.
  • Sem humildade, não reconheceremos nossos próprios defeitos. Somos até capazes de enganar nossos próprios corações para não vermos nosso próprio pecado. Saul fez isto quando defendeu sua desobediência na batalha contra os amalequitas. Ele argumentou que tinha obedecido o Senhor e que o povo tinha errado (1 Samuel 15:20-21). Deus não aceitou esta desculpa esfarrapada, e não aceita a nossa.
  • Um outro problema relacionado com a arrogância é a dificuldade em aceitar a correção. Provérbios 15:31-33 mostra a conseqüência de tal orgulho: "Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra." Provérbios 12:1 é mais direto: "Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido."
  • O outro lado deste problema é que a pessoa arrogante também não perdoa o erro dos outros. O orgulho é inerentemente egoísta, e nos torna facilmente ofendidos e lentos a perdoar. Isto cria uma tremenda barreira para a salvação. Jesus ensinou claramente que a pessoa que não perdoa não será perdoada por Deus (Mateus 6:12,14-15).
A última linha é muito clara. Se não aprendemos como ser humildes, não entraremos no céu. Deus rejeita os orgulhosos e exalta os humildes (Tiago 4:6,10).
Como desenvolver a humildade
Uma vez que a humildade é obviamente essencial à nossa salvação, deveremos estar preocupados em acrescentar esta qualidade a nossas vidas. Aqui estão umas poucas sugestões simples que nos ajudarão:
1. Devemos procurar o melhor nos outros, e buscar servir os outros como Jesus fez (Romanos 12:10; Efésios 4:2-3; Filipenses 2:3-4).
2. Não devemos pensar que somos importantes (Lucas 17:10). Cada um deve usar sua capacidade, porém não devemos pensar que somos melhores do que outros (Romanos 12:3-8).
3. Não devemos esperar que outros nos humilhem. A chave da obediência é nossa humildade voluntária (Tiago 4:10), não a humilhação forçada.
4. Sempre que estivermos tentados a pensar que somos grandes e importantes, devemos parar para contemplar a grandeza e a majestade de Deus. Comparados com o Criador e Sustentador do Universo, somos débeis e insignificantes. O Salmo 8, especialmente nos versículos 3, 4 e 10, nos faz descer ao nosso tamanho rapidamente!

"Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:10).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

domingo, 28 de janeiro de 2018

PRÍNCIPES OU GAFANHOTOS...


                                                 PRÍNCIPES OU GAFANHOTOS...
PRÍNCIPES OU GAFANHOTOS...
Livro de Números Capitulo 13, Versículos 31 ao 33
Não basta espiar a terra. É preciso conquistá-la.
Saindo do Egito, os israelitas dirigiram-se ao deserto. Canaã ficava bem perto e poderia ser alcançada em poucos dias, mas o povo precisava, antes disso, receber a lei do Senhor. Ficaram, portanto, junto ao monte Sinai durante dois anos, ao fim dos quais partiram para a Terra Santa. Existe um tempo apropriado para todo propósito (Ec 3). Não podemos antecipar ou atrasar, mas precisamos de uma direção de Deus e sabedoria para discernir a ocasião propícia.
Canaã, embora tenha sido prometida, precisava ser conquistada. Assim acontece com muitas promessas de Deus que envolvem o esforço humano em sua concretização.
Ali chegando, nas imediações de Cades-Barnéia, Moisés escolheu doze homens, um de cada tribo, para entrarem em Canaã numa missão de reconhecimento (Nm 13).
Aqueles homens eram a elite de Israel, doze príncipes, líderes das tribos, pessoas especiais. Sua convocação foi uma grande honra. Todos aceitaram e atenderam ao chamado. Naquele momento, todos os espias pareciam iguais, podendo ser considerados como exemplos de coragem. Entretanto, passariam por um teste, como acontece a todo servo de Deus em todos os tempos. O teste haveria de revelar o caráter de cada um.
Moisés colocou diante deles um desafio: entrar na terra, observá-la e sair, trazendo algumas amostras do seu fruto. Todos os que são chamados e escolhidos por Deus encontrarão desafios em seu caminho. Estes não vêm para nos destruir, mas para nos fazer crescer. Desafios são, quase sempre, oportunidades, degraus para alcançarmos novos patamares na vida. Aqueles doze homens estavam diante de uma grande chance. Moisés não poderia espiar a terra sozinho. Surgiu então a oportunidade para que os novos líderes pudessem despontar. Daquele grupo sairia o sucessor de Moisés.
Não devemos fugir dos desafios que podem nos fazer avançar rumo ao propósito que Deus estabeleceu para nós, mas provocações inúteis ou contrárias devem ser rejeitadas. As tentações também podem vir em forma de desafio, como aquelas que Jesus enfrentou (Mt 4), mas ele não precisava provar nada para o inimigo. O desafio que Cristo aceitaria seria a cruz.
Não devemos orar pedindo que Deus evite ou elimine todos os problemas das nossas vidas. O que precisamos pedir é sabedoria para enfrentar e vencer as adversidades. Encontraram-se grandes problemas em nosso caminho, eles serão oportunidades para grandes realizações e até milagres. Golias desafiou o exército de Israel. Davi aceitou e venceu o desafio. Aquele episódio foi um importante degrau para sua ascensão ao trono.
Quem foge dos estudos, do trabalho, das dificuldades e dos problemas acaba passando para outros as chances de êxito e crescimento. Não devemos criar problemas, mas enfrentar os que surgem diante de nós.
Os doze espias obedeceram a Moisés e cumpriram a missão, mas aquele era apenas o início de um longo processo. O próximo desafio seria muito maior, mas nem todos estavam dispostos a aceitá-lo.
Depois de 40 dias, os emissários voltaram com um relatório que pode ser assim resumido: “Em Canaã tudo é muito grande, mas nós somos muito pequenos”. Descobriram que a terra era habitada por gigantes, entre os quais estavam os terríveis enaquins, filhos de Enaque. Os frutos também eram gigantescos. Trouxeram um cacho de uvas que precisava de dois homens para carregá-lo, além de alguns figos e romãs.
Todos viram o mesmo cenário, mas os observadores dividiram-se em dois grupos: dez incrédulos e dois crentes. Dez espias disseram que não poderiam conquistar a terra, porque seus moradores tinham grande estatura. Dois espias, Josué e Calebe, declararam que poderiam conquistar com a ajuda de Deus.
Os incrédulos estavam firmados em sua visão física. O que viram foi determinante na condução de suas decisões. Os outros dois estavam firmados na fé em Deus e na promessa. Acontecia ali o conflito entre ver e crer. O relatório pessimista era baseado na razão e na lógica humana. O relatório da fé estava fundamentado na palavra de Deus.
Aqueles homens eram príncipes, mas viam-se como gafanhotos (Nm 13.33). Seria humildade? Não. Era um caso de autodepreciarão em virtude da incredulidade. Aí está o problema da autoimagem negativa, que pode anular o potencial do indivíduo e do povo. Entretanto, a fé e a sabedoria podem superar a incapacidade humana. Quem pode deter uma nuvem de gafanhotos, quando vem sobre a lavoura? O fato de serem numerosos e unidos torna-os poderosos. Os filhos de Enaque não poderiam resistir aos filhos de Deus, mas aqueles dez espias não pensavam assim. A incredulidade destrói muitas qualidades. Eles não se lembraram que sobre os cananeus estava a maldição de Cão, enquanto sobre os israelitas estava a bênção de Sem, e de Abraão, Isaque e Jacó.
A maioria nem sempre está certa, mas quase sempre prevalece. Foi o que aconteceu. O povo foi influenciado por aqueles 10 líderes incrédulos e as consequências foram terríveis. Naquele mesmo dia, os dez espias foram mortos pelo Senhor, e o povo foi condenado a andar errante pelo deserto durante 38 anos (pois 2 anos já haviam passado) (Nm.14).
Josué e Calebe também tiveram que passar todos aqueles anos no deserto, mesmo sem merecimento, pois Deus tinha um plano para toda a nação e não apenas para dois indivíduos. Muitas coisas podem acontecer em nossas vidas sem que mereçamos, mas por uma necessidade, por um propósito superior.
Havia uma palavra de Deus para aquele povo, mas a palavra humana prevaleceu naquele momento. Embora houvesse uma predestinação nacional, o livre-arbítrio determinou a situação individual. Aqueles que disseram que não poderiam conquistar a terra não a conquistaram. Os que declararam que poderiam, tomaram posse da terra muito tempo depois. Entretanto, a palavra maligna que os pais disseram a respeito dos filhos não se concretizou (Nm 14.3). Vemos, portanto, que as palavras têm poder, mas existe um limite para isso. Deus abençoou as crianças e os jovens que saíram do Egito (Nm 14.31). Muitos deles, talvez milhares, entraram em Canaã, e não apenas Josué e Calebe, conforme muitos afirmam (Nm 32.11-12). Além dos já citados, entraram também aqueles que nasceram no deserto. Deus sempre tem um plano para a nova geração, de modo que os nossos filhos possam fazer e conquistar muito mais do que nós.
Depois de 38 anos, Josué e Calebe tiveram a oportunidade de comprovarem, na prática, sua fé e suas palavras. Chegou o dia de enfrentarem o novo desafio: os gigantes de Canaã. Conforme os registros do livro de Josué, o povo de Deus venceu os cananeus e tomou posse da Terra Santa.
Aquela história deve servir como estímulo aos filhos de Deus hoje. Não podemos passar a vida espiando. Não seja um eterno namorado, mas prossiga para o casamento. Não seja um eterno desempregado ou estagiário, mas consiga um emprego ou abra uma empresa ou torne-se um profissional liberal. Não seja um eterno crente de banco, mas assuma o seu ministério. Precisamos tomar posse de tudo o que Deus tem para nós. É possível e necessário passar ao próximo nível. Não podemos viver no deserto. Não fomos chamados para ser beduínos. Que o deserto seja apenas um local de passagem, mas não a nossa morada.
Os dez espias não foram derrotados pelos gigantes, mas por sua própria incredulidade, medo e covardia. Foram vencidos antes do combate.
Hoje, é muito fácil criticar aqueles homens, mas será não teríamos feito o mesmo? Precisamos enfrentar nossos “gigantes”. Não podemos nos contentar com um cacho de uvas, alguns figos e romãs. O que temos experimentado é apenas uma amostra do que Deus tem para nós. Precisamos enfrentar nossos desafios pela fé e crescer, não por uma questão de cobiça ou egoísmo, mas para a glória de Deus.
Ainda que sejamos pequenos, podemos enfrentar os gigantes porque grande é o nosso Deus. “Maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo...”
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sábado, 27 de janeiro de 2018

COMO VENCER O SOFRIMENTO...


                                               COMO VENCER O SOFRIMENTO...
A Bíblia afirma que (…) há tempo para todo o propósito debaixo do céu (Ec 3.1). Não há acasos; Deus tem um propósito para cada acontecimento. Sendo assim, nós não podemos imaginar que Deus não tem propósitos para o sofrimento. Nem mesmo o sofrimento humano acontece por acaso.

1 – PROPÓSITOS DO SOFRIMENTO ENTRE OS ÍMPIOS
Manifestar o caráter santo de Deus Salmo 107.17 – Esse texto afirma que os ímpios serão afligidos por causa dos seus pecados. As dores e as angústias sobrevêm aos incrédulos como conseqüência das suas transgressões. Há pessoas que vivem com o coração longe de Deus, se afundam nas suas iniqüidades e que, quando sofrem, perguntam-se: “Por que eu tenho sofrido tanto?” Deus, por causa de Sua própria santidade, além de abominar o pecado não pode ficar impassível diante de práticas pecaminosas. Assim, Ele age permitindo o sofrimento àqueles que vivem na prática do pecado.
Promover a prática da justiça
Is 26.9 – O sofrimento que Deus permite aos ímpios tem por objetivo levá-los a aprender a viver uma vida reta. Uma das maneiras de se levar uma pessoa ímpia a viver uma vida correta é aplicando-lhe uma penalidade. A manifestação da justiça de Deus tem um efeito saudável dentro da sociedade, pois as pessoas começam a andar em retidão pelo medo da “punição”.
2 – PROPÓSITOS DO SOFRIMENTO ENTRE OS CRISTÃOS
Levar o crente de volta ao caminho correto Pv 3.11-12 – A dor é o “megafone” que Deus usa para fazer o “surdo” ouvir o que Ele tem a dizer. Quando estamos enfrentando dores e sofrimentos, devemos pedir a Deus para nos mostrar o caminho correto a seguir, para ajudar-nos em nossa conduta, fazendo-nos voltar para o caminho da retidão. Além do mais, é necessário compreender que esse tipo de ação permissiva de Deus (dor e sofrimento) não é sinal de que Ele nos abandonou. Pelo contrário, é sinal de que Ele nos ama, desejando nos levar a andar no melhor caminho: o caminho da vida.
Desenvolver uma capacidade de compaixão pelos outros
II Co 1.4-5 – Esse texto nos ensina algumas verdades acerca do sofrimento: É Deus quem nos conforta no sofrimento – No mundo, nós, que somos cristãos, sempre vamos passar por tribulações (Jo 16.33). Todavia, com Deus esse estado de miséria é aliviado. Por essa razão, no verso 3 Deus é chamado de “o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação”. Deus está sempre disposto e é totalmente poderoso para nos consolar e nos confortar em nossos momentos de angústia e dor.
É Deus que nos capacita para confortar no sofrimento de outros – O sofrimento é uma excelente escola, onde aprendemos a consolar e confortar as pessoas da mesma maneira como Deus o faz. Nós, seres humanos, somos diferentes de Deus: Enquanto Ele conhece todas as coisas sem nunca as ter experimentado, nós só conseguimos aprender a fazer algo através da experiência. Nunca aprenderemos a confortar pessoas a menos que passemos pelo sofrimento e recebamos o conforto divino. Se o próprio Jesus teve de aprender a obedecer pelas coisas que sofreu, tendo de experimentar o sofrimento e a tentação para poder socorrer os que são tentados (Hb 2.8), quanto mais nós temos de aprender na prática sobre a consolação divina para podermos consolar os que estão sofrendo.
Deus enviou Cristo para que a nossa consolação transborde por meio dEle – Paulo também aprendeu a glorificar o merecedor de todas as graças que recebemos de Deus. Como recebemos a capacidade de consolar, temos de aprender a glorificar a Cristo, porque toda a nossa capacidade de confortar é transbordada por meio de Cristo.
Confirmar o valor da fé 

1 Pe 1.6-7 – O sofrimento é um meio que Deus usa para fazer o crente crescer na sua fé. Pedro diz que o sofrimento é comparado à ação do fogo – A ação do fogo é múltipla. Ele destrói, consome, aniquila; mas a Escritura cita o fogo aqui como um elemento purificador, um elemento que torna o objeto aprovado, aperfeiçoado, confirmado. O processo de confirmação de nossa vida em fé é comparado ao processo da depuração do ouro pelo fogo.

Pedro diz que a confirmação da fé vem por uma gama de sofrimentos – O fogo é sinônimo de sofrimento causado pelas provações: passamos por ele e por meio dele somos confirmados em nossa fé. Os destinatários da carta de Pedro estavam sendo provados com aflições. Não haveriam de sofrer por muito tempo, mas estavam sofrendo para que o valor da sua fé fosse confirmado. O sofrimento tem várias manifestações: Deus permite várias formas para causar crescimento no meio do seu povo. Por essa razão, Pedro diz que os crentes seriam contristados (entristecidos) “por várias provações”. Esse teste de fé está longe de ser uma experiência agradável.
Pedro diz que o sofrimento para a confirmação da fé vem quando necessário – Nem todos os cristãos que passaram pelo mundo experimentaram os sofrimentos dos quais Pedro falava. Por essa razão ele diz: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações (…)”. A conclusão que se pode tirar dessa passagem é que nem todos sofrem, porque não é necessário que haja crescimento ou confirmação da fé somente por meio do sofrimento. O sofrimento não é algo inevitável ou necessário.
Pedro diz que o sofrimento para a confirmação da fé não é longo – Mesmo que em certas ocasiões o sofrimento possa vir sobre os crentes, ele não permanece para sempre. Pedro diz que os crentes são contristados “por breve tempo”. O sofrimento é de duração limitada. Aliás, não podemos nos esquecer de que a duração curta da provação está em contraste com a alegria de que vamos desfrutar amanhã. Mesmo que o sofrimento dure a noite inteira, a alegria vem pela manhã.
Aperfeiçoar o caráter cristão
Rm 5.3-4 – Nesse texto, Paulo afirma que o sofrimento é um meio que Deus usa para aperfeiçoar o caráter dos cristãos. Mas, diferentemente da versão Revista e Atualizada da Sociedade Bíblica Brasileira, há outras versões da Bíblia que traduzem o texto de uma forma diferente. A palavra “tribulações” é traduzida como “sofrimentos”, “perseverança” é traduzida como “paciência” e “experiência” é traduzida como “caráter provado”. Assim: Paulo diz que os sofrimentos produzem perseverança – Na língua grega, a palavra “perseverança” pode também ser traduzida por paciência, persistência, constância. Essas são algumas características que se apresentam no homem maduro, que se mantêm leal à sua f
é e aos seus propósitos mesmo quando está debaixo das maiores tribulações ou sofrimentos. Em geral, não crescemos quando estamos em plena calmaria de problemas. Em todos os ramos, o desenvolvimento aparece em hora de crise ou sofrimento.

Paulo diz que a perseverança produz experiência – Essa é parte da reação em cadeia. Assim como os sofrimentos produzem a perseverança (ou paciência, ou constância, ou persistência), esta produz experiência. Na língua grega, a palavra “experiência” pode ser traduzida por “caráter provado”. A idéia é a de alguém que foi testado e saiu vitorioso no teste, tendo desenvolvido um caráter amadurecido pelos sofrimentos.
Paulo diz que a experiência produz esperança – O sofrimento do cristão o conduz à perseverança, à firmeza, à constância e à paciência porque eles são conectados à esperança. Há alguma coisa no final que os faz levantar os olhos e crer na mudança dos acontecimentos. Para o cristão, o sofrimento é o ponto em que o poder da esperança fica cada vez mais claro, ligando o nosso presente ao futuro de vitória, porque para o cristão “os sofrimentos do tempo presente na são para comparar com a glória a vir ser revelada em nós” (Rm 8.18).
Conclusão
Quando você estiver sofrendo pelas mais variadas razões, lembre-se de que você não é um desafortunado, mas um amado de Deus. Os sofrimentos pelos quais você tem passado são maneiras belamente estranhas de Deus fazer bem à sua vida.
– Ele tem levado você de volta ao caminho dele, que é o caminho da vida, endireitando as suas veredas tortuosas. Se Deus não lhe houvesse mostrado o seu amor disciplinador, onde você estaria ainda? 
– Ele tem ensinado você a ter compaixão dos outros que sofrem. 
– Ele tem confirmado o valor da sua fé, por meios das tribulações pelas quais você passa. 
– Ele tem aperfeiçoado o seu caráter.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

ESTUDO SOBRE O PECADO...


                                                    ESTUDO SOBRE O PECADO...
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8). A maneira de ele devorar é nos levando a pecar; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. O salário do pecado é a morte.
Viva uma vida santa, uma vida leve. Não há nada melhor do que viver de maneira leve. Quem é cheio do Espírito é como o vento, tão leve, não sabe para onde vai, não sabe de onde vem. Por isso, se una ao Senhor. A vida é bela para aqueles que têm o Senhor.
Amado (a), tudo na vida é uma escolha, então, escolha viver em santidade. Podemos passar um dia inteiro sem pecar, uma semana, um mês sem pecar. Tudo é uma escolha. O santo não é aquele que não se suja, o santo é aquele que sempre se limpa.
Pecar é basicamente errar o alvo. Muitas vezes as pessoas acham que pecado é somente aquele que é grande, uma mentira enorme, que existe “pecadão” e “pecadinho”. Porém, não existe um único pecado que não tenha sido a causa de Jesus ser crucificado. E não existe um único pecado que o sangue que Ele derramou não tenha o poder de purificar, perdoar e restaurar.
Todo pecado não confessado e abandonado traz consequências. Arrependimento não é desculpa, é uma mudança de atitude. É experimentar o avivamento. Muitos imaginam que avivamento é algo epidérmico, ou seja, ir a um culto e pular, chorar. Mas avivamento, basicamente, é sermos a cada dia mais santos, mais parecidos com Jesus. Avivamento é viver e permitir que a vida do Senhor se manifeste na nossa vida de um modo intenso. Avivamento é vivermos o sonho de Deus aqui na Terra. É trazermos a glória do Senhor em tudo o que fizermos. É vivermos todos os princípios de uma família, sermos testemunhas da verdade das Escrituras. Avivamento é tomarmos posse das promessas de Deus. É encarnarmos os mandamentos do Senhor. No avivamento repousa esta verdade: não pecar. Nossa autoridade vem da nossa santidade.
Todo pecado traz consequências que destroem, como podemos ver na oração de Davi, Salmo 51. Arrependimento não é sentir tristeza pelo pecado, arrependimento é mudança. É como uma pessoa que caminha em uma direção e dá meia volta, abandona aquele caminho e toma outra direção. A vontade do Senhor é que cada um possa viver uma vida santa, pura, leve.
O pecado é um peso, a pessoa perde a alegria, a saúde, o prazer. Quando alguém peca passa a viver numa situação de carnalidade e por conta disso, perde o próprio sentido de existir.
O Salmo 51 é uma oração de agonia, oração de um homem que experimentou tanto a graça do Pai, mas, logo depois de um pecado terrível, perdeu a alegria. Davi, vivendo um momento delicado, clamou quando o peso, a angústia e as lágrimas o dominavam. Ele dizia: “Restitui-me a alegria da tua salvação”. Uma pessoa vivendo em pecado não sente alegria e sempre achará desculpa para o seu pecado. A nossa força está na alegria, sabermos que o nosso nome está escrito no Livro da Vida, e que somos filhos do Senhor. Na sua angústia Davi pediu: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova dentro de mim um espírito inabalável”. Que nada possa tirar, roubar esta convicção do nosso coração.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante