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terça-feira, 31 de maio de 2016

CONTROLE SEU ESTRESSE...


                                                   CONTROLE SEU ESTRESSE...
"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti" "E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco."

O estresse! Açoite da vida moderna, gerador de exaustão, conflitos, e doenças, depressões… Contudo, o estresse não é uma fatalidade. 
Nós, cristãos, temos de meditar no exemplo que o Senhor Jesus nos deixou. 
Ao lermos os evangelhos a maravilhosa calma que irradia de Sua Pessoa nos chama atenção. Teve tempo para falar com tranquilidade a uma mulher que encontrou perto de um poço. Quando lhe trouxeram umas crianças, e os discípulos quiseram impedir, o Senhor Jesus lhes disse: “Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim” (Mateus 19:14). 
Teve tempo para as crianças e para todos os que se aproximavam dEle.
O sucesso da nossa vida não se deve ao que fizemos ou conquistamos, 
mas da qualidade do que construímos. 
E isso depende de nosso relacionamento com Aquele que nos confiou tais coisas. 
Para nos livrarmos do estresse podemos nos apoiar em Deus e confiar no Senhor Jesus. Então aprenderemos a ser mansos, humildes e ativos. 
Porque de acordo com a parábola do semeador, 
as inquietações e preocupações também nos cansam e impedem que frutifiquemos.
Notemos que às vezes sofremos mais por causa de nossas reações 
do que por aquilo que as motiva. 
Ao buscar em oração as causas ocultas do cansaço que enfrentamos, recebemos de Deus uma paz que reina tanto nos momentos de descanso quanto nos de intensa atividade...
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


EM MEIO AS LUTAS APENAS ADORE AO SENHOR...


                            EM MEIO AS LUTAS APENAS ADORE AO SENHOR...
Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças.
 - Marcos 12:30; NVI

Deus quer você por inteiro.
Deus não quer apenas uma parte de sua vida. Ele pede todo o seu coração, toda a sua alma, toda a sua mente e toda a sua força. Deus não está interessado em um comprometimento tímido, em uma obediência parcial ou em sombras de seu tempo e dinheiro. Ele deseja sua total devoção, e não pequenos pedaços de sua vida.
Uma mulher samaritana certa vez tentou ponderar com Jesus sobre o melhor momento, lugar e forma de adorar. Jesus respondeu que essas questões externas não tinham importância. Onde você adora não é tão importante quanto por que você adora e o quanto de si mesmo você oferece a Deus quando adora. Existe a forma certa e a forma errada de adorar. A Bíblia diz: Sejamos agradecidos, e adoremos a Deus de um modo que o agrade (Hebreus 12:28).

O tipo de adoração que agrada a Deus tem quatro características.

Deus se agrada quando nossa adoração é precisa. As pessoas freqüentemente dizem "Eu gosto de pensar em Deus como...", e então contam sobre que tipo de Deus gostariam de adorar. Mas só não podemos apenas criar nossa própria imagem de Deus, confortável e politicamente correta, e adora-la. Isso é idolatria.

A adoração deve ser baseada na verdade das Escrituras, e não em nossas opiniões a respeito de Deus. Jesus disse à mulher samaritana: Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura (João 4:23).
"Adorar em verdade" significa adorar a Deus tal como ele é verdadeiramente revelado na Bíblia.
Deus se agrada quando nossa adoração é autêntica. Quando Jesus disse que você deveria "adorar em espírito", ele não estava se referindo ao Espírito Santo, mas ao seu espírito. Feito à imagem de Deus, você é um espírito que habita em um corpo, e Deus concebeu esse espírito para que se comunicasse com ele. Adoração é seu espírito correspondendo ao espírito de Deus.
Quando Jesus disse Ame o Senhor, o seu Deus, de todos o seu coração, de toda a sua alma, ele queria dizer que a adoração deveria ser genuína e sincera. Não é apenas uma questão de utilizar as palavras corretas; você deve querer dizer o que diz. O louvor sem sentimentos não é em absoluto louvor! Não vale nada e é um insulto a Deus.

Quando adoramos, Deus olha para além de nossas palavras para ver a postura de nossos corações. A Bíblia diz: O homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração (1 Samuel 16:7).
Visto que adoração envolve regozijar-se em Deus, ela mobiliza as emoções. Deus lhe deu emoções para que pudesse adorá-lo com intensidade - mas essas emoções devem ser genuínas, não fingidas. Deus odeia a hipocrisia. Ele não quer exibicionismo, fingimento ou falsidade na adoração. Ele deseja o seu amor sincero e verdadeiro. Podemos adorar a Deus de modo imperfeito, mas não podemos adora-lo sem sinceridade.
Logicamente, só a sinceridade não é suficiente, você pode estar sinceramente errado. É por isso que tanto o espírito como a verdade são necessários. A adoração deve ser precisa e autêntica. A adoração agradável a Deus é profundamente emocional e profundamente doutrinária; usamos tanto o coração como a cabeça.

Hoje em dia, muitas pessoas comparam estar comovido com uma música a ter sido tocado pelo Espírito Santo, mas não é a mesma coisa. A verdadeira adoração acontece quando seu espírito responde a Deus, e não a alguma melodia musical. Na verdade, algumas canções introspectivas e sentimentais impedem a adoração, pois retiram a evidência de Deus e a transferem para nossos sentimentos. Sua maior distração na adoração é você mesmo - seus interesses e preocupações com o que os outros pensam a seu respeito.

Os cristãos discordam amiúde (repetidas vezes) sobre a forma mais apropriada ou genuína de louvar a Deus, mas essas discussões normalmente refletem apenas as diferenças de formação e personalidade.
Muitas formas de louvor são mencionadas na Bíblia, entre elas, confessar, cantar, postar-se em honra, ajoelhar-se, dançar, fazer ruídos de alegria, testificar, tocar instrumentos musicais e erguer as mãos (Hebreus 13:15; Salmos 7:17; Esdras 3:11; Salmos 149:3; 150:3; Neemias 8:6). O melhor estilo de adoração é aquele que mais genuinamente representa o seu amor por Deus, baseado na formação e na personalidade que Ele lhe deu.
Muitos cristãos parecem estar emperrados em uma via de adoração, em uma rotina insatisfatória, em vez de terem uma empolgada amizade com Deus. Eles se obrigam a utilizar métodos devocionais ou estilos de adoração exclusiva que Deus lhes deu.

Podemos refletir: Se Deus propositadamente nos fez a todos diferentes, por que deveríamos todos amar a Deus da mesma forma? Lendo obras cristãs clássicas e entrevistando crentes maduros, assim descobrimos que os cristãos têm utilizado caminhos variados há dois mil anos para desfrutar de intimidade com Deus. Esses caminhos passam por estar ao ar livre, estudar, cantar, ler, dançar, criar obras de arte, servir as outras pessoas, ser solidário, desfrutar da comunhão e participar em dezenas de outras atividades.

Não há uma abordagem "tamanho único" para adorar e desenvolver amizade com Deus. Uma coisa é certa: você não glorifica a Deus tentando ser alguém que ele nunca quis que você fosse. Deus quer que você seja você mesmo. Este é o tipo de pessoas que o Pai está buscando: os que são simples e honestos consigo mesmos perante Ele em sua adoração.

"Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores" (João 4:23).

Apostolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

domingo, 29 de maio de 2016

A IGREJA DE GELO DO SECULO 21, ONDE EXISTE MAIS VAIDADE E MENOS DEUS...


A IGREJA DE GELO DO SECULO 21, ONDE EXISTE MAIS VAIDADE E MENOS DEUS...


Amados, não há como fugir da situação ou fingir que nada está acontecendo. Sim, a profecia está se cumprindo uma a uma.

Não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo. Pouco notamos o verdadeiro arrependimento e conversão a Deus acontecendo, poucos oram e buscam a Deus verdadeiramente. O verdadeiro Evangelho poucos são os que Pregam.

O tempo do fim se aproxima, e para muitos, os assuntos como futebol, novelas, noticiários, afazeres diários, planos para o futuro, por exemplo, estão mais interessantes que a Palavra de Deus.

Nunca houve tantos torcedores de determinados times indo á loucura por jogos e campeonatos. Entretenimento de todas as formas que nos afastam lentamente do nosso tempo precioso com Deus.

A fé foi banalizada e transformada numa filosofia vazia. Em muitos lugares, Igreja perdeu a sua alma.

"Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá."
Efésios 5:14

Viver em santidade ficou no passado ou é coisa de “crente fanático”. Satanás sabe que somente com o encontro REAL com Deus, os olhos de pessoas são abertos, haverá arrependimento pelos pecados da qual mudará radicalmente suas vidas, por isso, ele quer afastar a cada dia mais a Verdade da Igreja de Cristo. Sim, estou escrevendo para pessoas que conhecem a Deus e Sua Verdadeira Palavra, ou já conheceram um dia.  

                                             
                                           
                             Adoração A Deus ou Show Gospel?

Templos com verdadeiro culto a Deus sendo raridade. Igrejas de hoje com variedade de shows gospel. Povo acaba se esfriando, a presença de Deus ficando cada vez mais ausente, sem amor ao próximo, sem temor a Deus.

Dormem e se cansam na hora da Palavra, mas na hora do “louvor” vibram (Isso quando há Palavra em muitos lugares).

Louvor a Deus? Hipocrisia dizer, pois estão esperando muitos instrumentos musicais e uma música que seja agitada com letra emocionante e ótima para cantar. Agradam a carne, mas o Espírito permanece o vazio.

Letras que edificam o homem, não glorificam a Deus, só pedem coisas para Deus, impõe o que Deus "Tem que fazer".

Muitos se emocionam por causa dos instrumentos musicais ou pela linda voz de quem canta. Pular, correr, “tirar o pé do chão”.

A Bíblia nos ensina que devemos fugir das obras da carne e dos desejos da mocidade.
(Gálatas 5:19 e II Timóteo 2:22)

O Evangelho é um só e deve ser dita a Verdade. Está sendo ensinado que é necessário cantar bem e tocar bem os instrumentos musicais, agradando a Homens. Os dons, talentos e a sabedoria vem de Deus. Ele nos deu para que possamos devolver a Ele em LOUVOR e ADORAÇÃO A ELE. Onde está a Glória PARA Deus nesses locais?

Deus é Santo e a casa onde se reúnem a Igreja de Deus deve ser Santa.




                                             Idolatria

Idolatria podemos dizer aqui de muitas coisas, mas vou pegar um determinado assunto aqui. Pesquise uma capa de CD antiga, ou LP (disco de vinil). Agora pesquise uma atual. O que era louvor, agora é música. O que era servo de  Deus, agora é cantor Gospel.

A Igreja Cristã verdadeira não pode ser enganada. “Cantores” com agenda de shows, pôster, dão autógrafos, cadernos com imagens deles, e tudo chamando atenção para sua própria imagem. "Cantores e artistas gospel" cobram fortunas para darem seus shows e pregar. Tiram fotos com os “artistas” e colocam em redes sociais. A Igreja precisa ser alertada. Shows do mundo e “Gospel” são iguais!

Outra idolatria: Só vou se “fulano” pregar, pois é cheio de unção. Não sabem que a unção quem dá é Deus e todos que falam da Palavra verdadeira e genuína possuem esse dom e sabedoria dado pelo próprio Deus?

"Só prego pra muita gente". Só vou em “tal” lugar por causa “disso”. Deus é SANTO. Virá buscar Sua Igreja. É preciso estarmos preparados e revestidos da armadura de Deus para suportarmos o que está por vir. Fuja da Idolatria.



                                                   
                                       Vaidade e Sensualidade

É uma desigualdade e uma vaidade tão grande. Gastam muito com eles mesmos sem necessidade e a Missão foi ficando coisa do passado.

Homens caem em adultério, pois a mulher está vulgarizando dentro da própria igreja através das vestimentas segundo o padrão do mundo. Missão sendo esquecida, pois a mídia insiste que você precisa viajar e relaxar. Tudo conforme a mídia e o padrão manda.

Existem pessoas lá fora que precisam de nós. Não tem o que comer, vestir e o pior, não tem a Salvação. Prosperidade é enviada ao Cristão para suas necessidades básicas e para Missão! Compras de folhetos evangelísticos, Bíblias, cestas básicas, água, pois para muitos nem encanamento e saneamento básico tem, passagens e suprimentos para missionários e obras assistências. O homem se apegando pelas coisas do mundo.

"Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes."
Mateus 25:35-40



                                    Mau uso dos dízimos e ofertas.

Dízimo e as Ofertas são Bíblicos. Porém, a Palavra de Deus foi destorcida e tão banalizada que muitos ficam repugnados somente em falar desse assunto. Todo dinheiro de dízimos e ofertas são para o sustento da obra do Senhor segundo a palavra de Deus. Assistência social, toda despesa e sustento do templo e evangelismo em geral. Mas esse verdadeiro Evangelho foi deturpado com o tempo com atos que não preciso acrescentar aqui, mas de todas as coisas, irão todos prestar contas a Deus.

"Quem era ladrão não torne a roubar, antes trabalhe seriamente por realizar o bem com as suas próprias mãos, para ter com que socorrer os necessitados."
Efésios 4:28

                         
                                      Falsa Felicidade.

Muitos dizem que ser cristão é chato e triste. Pois há “regras” e não há liberdade.

Quando conhecemos Jesus e somos selados com o Espírito Santo vemos as coisas diferentes. Nada mais é igual. Nos é fundamental o resgate das almas do inferno, a Salvação.

Queremos conhecer mais a Deus e Sua vontade, levar esse amor, humildade e fidelidade. O que vemos hoje em dia é que a Igreja está buscando a felicidade, assim como o mundo, de forma paliativa.

Coisas materiais, carreira profissional e posição social se assemelhando á modelos de artistas. Isso é falso! É preciso a Igreja se voltar ao Primeiro Amor. Amor pelas almas que sofrem e buscam solução de forma que não agrada a Deus.

O mundo está deixando as pessoas tão ocupadas, estudam demais, trabalham demais, cuidam demais do corpo e da casa, compram demais, querem curtir a vida e... Esqueceram da missão. Estamos na correria do dia-a-dia, mas estamos correndo para onde e pra que?




                                     Desvio, setas malignas na Igreja.

O inimigo tem usado muitas coisas do mundo para nos afastar de Deus.

TV – Quantos programas desnecessários e satisfazem a carne. Pais fazem da TV de babá, pois distrai seu filho. Desenhos bonitinhos? Já viu que tipo de desenho é esse? Crianças sendo transtornadas pelo poder da televisão.

Os jovens estão assistindo coisas que não acrescentam em nada! Novelas, futebol, maior armadilha do inimigo para prender o cristão. E ainda dizem, eu SOU “nome do time”. Pense melhor.  Jogos que saem palavrões, brigas, disputas, violência. Sem falar na falta de honestidade e corrupção envolvente oculta.

E em muitas Igrejas os Pastores acompanham os jogos durante os cultos, comentam com as ovelhas o placar, enfim, total falta de respeito com a Palavra do Senhor. Fico a pensar se Jesus faria isso ou fez algo semelhante quando esteve pregando aqui na terra. Aí podemos notar, abrir os olhos e perceber a tamanha seta maligna que há por detrás dessas práticas. E ainda dizem "não é bem assim..."

Pense bem se Deus está nisso. Famílias não sentam mais juntos á mesa para se alimentar, e ainda deixam a TV ligada, nem ninguém assistir.

Jogos em geral - A família está por horas á ficar jogando "joguinhos"? O que está por trás dessa diversão toda? Filhos transformados para o mal. Seu filho está agitado demais? Como está o comportamento dele? Só pensar um pouco.

Rádio – Cristão ouvindo música do "mundo"? Primeiro, deixa-me esclarecer que ao me referir música do "mundo", são músicas imorais e que não agradam a Deus. É, o inimigo ainda deixa parecer que não tem nada demais, mas ele sabe que tem. O que diz a letra da música que você ouve? Afastando assim da família e da missão proposta. Nos afasta da presença de Deus e da nossa comunhão com o Pai.

Internet – O cristão tem falado de Deus ou de si mesmo? Vemos a pessoa falar do seu time, seu artista favorito, já contou pra todo mundo sua viajem dos sonhos, sua profissão ou falando que é necessário que o pecador se arrependa dos seus pecados e busque a Deus verdadeiramente para que possa ter a vida eterna junto a Deus. Todos terão vida eterna, mas ONDE PASSARÃO ESSA ETERNIDADE? No céu, ou no inferno?

Mostrou para todo mundo sua foto em diversos lugares e países em diversão, ou mostrou o que Jesus fez por nós para que tenhamos a salvação e vida eterna?

Está fazendo curso de línguas para aumentar seu currículo, ou para ir à missão á outros países? Sua profissão é para o louvor a Deus? Orou ao Senhor para saber qual é a vontade Dele para a sua vida?




                       Falta de amor ao próximo. Egocentrismo.


Cada dia que passa, podemos notar o quanto a falta de amor invade a vida das pessoas. Basta olhar nos olhos.
A falta do perdão está tão presente em nossos dias!
Pessoas ferem, ofendem, machucam, matam...

O caráter começa a ser moldado para a maldade por conta disso. Desconfiando mais e mais das pessoas, afastando delas, há tristeza, esfriamento, e com diversas consequências desse mal chamado "falta de perdão"... ou AUSÊNCIA DE AMOR. OPA!!! Percebeu que são sentimentos de ímpios, ou seja, de não convertidos tais práticas?

Tão fácil dizer "Eu te amo" para quem não te fere, só te faz o bem... Mas e para quem faz o contrário?

"Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete."
Mateus 18:21-22

Se alguém faz algo, você diz que perdoa e logo quando lembra e fala sobre o assunto já vem aquele sentimento de raiva contra a pessoa e sempre lembra daquilo? Então, esse não é o verdadeiro perdão!

"E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;"
Mateus 6:12

NA ORAÇÃO DO PAI NOSSO, PEDIMOS O PERDÃO DE DEUS E GARANTIMOS A ELE QUE PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES.

Será que conseguimos perdoar com facilidade quem roubou nosso amor, nossa paz, nossa dignidade, nossa confiança? Quem nos "deve" carinho, afeto... Uma palavra... Olha, se olhar para dentro de você e ver que não consegue perdoar, é muito importante rever sua conversão e voltar-se a Deus totalmente e verdadeiramente.

"Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas."
Mateus 18:32-35

"Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram."
2 Coríntios 5:14

"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;"
1 Coríntios 13:4-8

"Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna."
2 Timóteo 2:10


A falta do perdão vai moldando as pessoas fazendo-as um ser humano mais frio e egoísta. Não pensam mais no próximo, e a Bíblia nos alerta:


"E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará."
Mateus 24:12

O que é INIQUIDADE?
- Grave injustiça, crime, pecado...

Não havendo perdão, arrependimento é onde mora o PERIGO.

QUAL A ESTRATÉGIA DO INIMIGO?
DEIXAR VOCÊ SEM TEMPO PARA FAZER SUA MISSÃO, SEM AMOR, SEM FÉ, SEM NADA ESPIRITUAL....
ELE QUER TE DEIXAR COM COISAS TERRENAS, POIS ELE SABE QUE VOCÊ SE AGRADA DISSO E MAIS, ELE NÃO DEIXA VOCÊ DIVIDIR COM NINGUÉM! "OS OUTROS QUE SE VIREM", "EU TRABALHEI POR ISSO"... ASSIM, ELE LEVARÁ AO INFERNO O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE PESSOAS.

"Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?"
Romanos 10:14


                         CORRA PARA DEUS ENQUANTO HÁ TEMPO!

Nesse momento há pessoas se suicidando por pensarem que não há perdão para os pecados e erros delas, por sentirem o vazio profundo que nada consegue preencher. E o pior, não sabem nada de Deus.

Nossa vida é para o louvar a Deus. Somos verdadeiramente felizes quando trabalhamos para Deus.
E o melhor, o Espírito Santo nos dá o conforto, o descanso e a paz que precisamos.

Stress e depressão se cura viajando e curtindo a vida? Certamente não!

"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti."
Isaías 26:3

Muitos não se ajoelham mais, porque disseram para ela que "Deus ouve de todas as formas".
Muita teologia fria. Falsos “mover do Espírito”, doutrinas, ensinamentos, amuletos da sorte, fé sendo substituída, “música gospel” anti-bíblica, famílias se afastando, amor se esfriando, homem perdido e desiludido, uns matando os outros com mortes físicas, com palavras, irmãos que fofocam, sem união, sem amor...

Não tem necessidade de ter uma “atração” na igreja para atrair almas. As pessoas estão hipnotizadas. É preciso tirar a venda da Igreja e não aceitar nada fora do Evangelho.

Deus cobrará de nós cada sangue, cada alma não alcançada e isso é sério. Temos pouco tempo, é tempo de agir e o tempo é agora!

Não fomos cheios do Espírito Santo para ficarmos parados vendo as coisas acontecerem!!!

Estamos nos últimos dias e essa é nossa última chance para mudar. É preciso preparar a Igreja para subir. É preciso orar mais, buscar mais a Deus, vigiar e buscar santidade.

Deus está chamando agora seus escolhidos para a luta! Não estou falando de "placa de Igreja", estou falando de todos nós, a Igreja de Cristo!!!!

Há remanescentes!!
Ainda há Pastores Pregando a Verdade! São poucos, mas existem!
Há pessoas que querem honestamente a Cristo, Sua Palavra e serem transformadas.
Há Homens que se dedicam de corpo e alma ao serviço de Deus.
Há pessoas piedosas, devotadas a Cristo, com todos os seus defeitos, que estão contribuindo para o crescimento do Reino de Deus.
Há ainda aqueles que têm compaixão pelos que estão se perdendo.
Há aqueles que não se renderam. Não se venderam. Permanecem fieis com a Palavra do Senhor, Cristocêntricos.

Você que está lendo esse artigo que é grande, mas esse assunto te atraiu. Você que saiu de alguma denominação porque não se rende a essas mentiras e não quer participar dessa corrupção. Por favor, recorra a Cristo. Leia as Escrituras, a resposta está lá! Ore, jejue, volte-se a Deus, se arrependa dos seus pecados. Ore a Deus para te mostrar pecados ocultos. Busque a Deus, clame, rogue. Nosso tempo está se findando, corra para Cristo!

Agora não é hora para desanimar, entristecer, não! Agora é tempo de lutar!
Não consegue mais orar? Persevere! Ajoelhe, peça ajuda de Deus, fale com Ele sobre suas dificuldades. A Palavra diz que "Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis." (Romanos 8:26)

Perseverando na oração todo o tempo, você verá que suas orações estarão diferentes. Continue. Não pare agora!

Sei que é difícil recomeçar, mas ore a Deus pedindo a Ele direção para frequentar e ser membro de uma Igreja Verdadeiramente Bíblica. Não se isole, por favor. Há muitos como você está agora, você não é o único!

Volte a ler as Escrituras, volte! Falta pouco, vamos chegar lá! Rumo á Cidade Celestial!

DEUS É TUDO O QUE TEMOS!

"Mas, buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."
Mateus 6:33

"Sabe porém isto; que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te."
II Timóteo 3:1 a 5

"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós."
1 João 1:9-10


“Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.”
Efésios 4:14...
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor m Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


sábado, 28 de maio de 2016

BLASFÊMIA CONTA O ESPÍRITO SANTO NÃO HÁ PERDÃO...


                BLASFÊMIA CONTA O ESPÍRITO SANTO NÃO HÁ PERDÃO...
“Na verdade eu vos digo: tudo será perdoado aos filhos dos homens, os pecados e todas as blasfêmias que tiverem proferido. Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, jamais será perdoado: é culpado de pecado eterno. Isso porque eles diziam: Ele está possuído por um espírito impuro”. (Marcos 3: 28 a 30).

     A blasfêmia contra o Espírito Santo é um dos temas que mais preocupa os cristãos atuais, principalmente os jovens, e muitos vivem angustiados e até atormentados pela culpa e pelo medo de um dia terem cometido esse "pecado". Devido a isso, considero de extrema importância fazer uma completa abordagem sobre o assunto, focando em uma reflexão direcionada às pessoas que se sentem culpadas e com medo, a fim de ajudá-las a se livrarem desse trauma religioso sem fundamento. O texto ficou um pouco longo e alguns trechos podem parecer repetitivos, mas foi proposital a fim de enfatizar alguns pontos e falar de forma aberta e informal com quem realmente está precisando de ajuda.
     Há várias interpretações no meio cristão sobre o que seria essa blasfêmia. Alguns afirmam que é o suicídio ou o adultério, enquanto outros, dizem que é a rejeição da divindade de Cristo ou do Evangelho. Há ainda quem diga que é a cauterização da consciência humana diante de uma vida pecaminosa. Enfim, o único consenso é o reconhecimento de ser algo imperdoável, como Jesus disse. Mas, para chegarmos a uma conclusão, devemos analisar o contexto dessa passagem bíblica e devemos ter vários conceitos em mente. Vamos por partes:
     Mateus, Marcos e Lucas relatam de forma diferente o acontecimento. Mateus diz que Jesus fez essa afirmação após curar um endemoniado cego e mudo e os fariseus atribuírem esse milagre a Satanás (Belzebu); Marcos não menciona a cura, apenas essa acusação feita pelos escribas (capítulo 11); Lucas fala da cura e da blasfêmia separadamente (capítulo 12). De qualquer forma, tanto Mateus quanto Marcos, relata que Jesus citou o pecado imperdoável após alguns religiosos hipócritas da época afirmar que Cristo expulsava os demônios através do próprio demônio (Marcos 3:30).
     A partir disso podemos fazer algumas observações:

1 - Esse "pecado sem perdão", se é que foi cometido, ocorreu entre os escribas e fariseus (aqueles que conheciam profundamente as escrituras e, teoricamente, a Deus) na presença de Jesus. Curar um endemoniado cego e mudo era, na tradição judaica, visto como um sinal de que ali estava o Messias. Portanto, diante desse sinal inegável, eles (os que mais conheciam essas revelações) estavam não apenas rejeitando malevolamente o Cristo, mas também atribuindo esse "sinal messiânico" ao demônio (Belzebu). Eles não estavam fazendo por ignorância e sim, por maldade. Estavam "diabolizados" a tal ponto de negar suas próprias convicções de fé (com um nível tão alto de compreensão e na presença do próprio Deus encarnado) a fim de manterem-se com suas tradições, benefícios e caprichos. Eles propositalmente tentavam "derrubar Jesus" e acabar com Ele através dessas acusações. Você, portanto, não se enquadra aqui, leitor, pois Jesus já morreu, já ressuscitou e já "subiu ao céu" em um corpo glorificado. Você não está na presença física dEle (está apenas em termos espirituais) e Ele não está dando evidências messiânicas para que você possa fazer o mesmo que os escribas e fariseus. Só por aqui já poderia dizer: "você não tem como blasfemar contra o Espírito Santo!"

2 - Reparou que eu me referi à blasfêmia dizendo "se é que foi cometido"? Pois é. Digo isso pois, mesmo eles estando diante do Filho de Deus, em carne e osso, mesmo conhecendo profundamente a Lei de Deus e mesmo tendo atribuído à satanás aquele sinal milagroso do Espírito Santo que estava em Cristo, Jesus em momento algum disse que eles blasfemaram ao ponto de não terem mais perdão. Jesus afirma que "aqueles que cometerem tal pecado não tem perdão". Aliás, acredito sinceramente que mesmo com toda a gravidade, a injustiça e a maldade das acusações feitas, eles não tenham chegado ao ponto de cometer esse "pecado imperdoável". Deus conhece o coração do homem e sabe até onde ele pode chegar. Nosso Pai sabia que Jesus seria duramente condenado, injustiçado e acusado e mesmo assim, o seu amor é tão grande, que todos tiveram (e tem) a oportunidade de tomar consciência e posse do perdão que Ele nos concede, até mesmo aqueles que o crucificaram. Penso eu que, caso essa acusação fosse a famosa "blasfêmia contra o Espírito Santo", Jesus os teria alertado antes dela ocorrer, dando mais uma oportunidade a esses indivíduos maus de não cometerem este erro, afinal, a escritura diz que a vontade de Deus é que ninguém se perca (II Pedro 3:9). Podemos dizer que foi um alerta de Jesus para eles e para outros que porventura estivessem com o mesmo pensamento, a fim de mostrá-los que estavam entrando num caminho de morte, de condenação. Era um último aviso, pois estavam se "diabolizando", negando por maldade extrema o que dentro deles era convicção. Estavam buscando um afastamento de Deus e isso é condenação da alma. Mas novamente digo: se você está preocupado ou se assume dentro de si que jamais desejaria esse afastamento de Deus, é mais uma evidência que você não blasfemou, não importando o que tenha feito ou dito.

     O amor e a graça de Deus são tão grandes que para o homem não receber perdão é uma tarefa humanamente impossível. Podemos quase dizer que, em vida, não existe "pecado imperdoável". Paulo diz em Romanos 5:8-10:

"Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele! Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliadosseremos salvos por sua vida!"

     Repare que nossa reconciliação com Deus precede qualquer ação humana. Não depende de nós; depende da Cruz! Por isso é Graça (favor imerecido). Não é porque você acha que fez algo abominável que será rejeitado por Deus. Você nunca merecerá a salvação e a reconciliação com o Pai, por mais "bonzinho" que seja nesse mundo. Se você foi reconciliado e salvo, acredite: não foi por méritos seus e sim, por méritos de Jesus. Sendo assim, pare de pensar que você é quem determina sua salvação. Descanse no que foi feito em Cristo. Somos chamados à fé (crer no que já foi feito e consumado), ao arrependimento (que significa "mudança de mente" e "expansão de consciência"), a fim de usufruirmos a salvação nos dada por Graça.

Em I João 1:7 lemos:
"Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de TODO pecado." 
     Então porque você acha que algo que você fez é exceção a esse "TODO pecado"? O admirável apóstolo Paulo (que, embora tenha sido o principal apóstolo em termos de divulgação e de aprofundamento  teológico na Palavra de Deus, era um ser humano que também sofria, que errava e que era tão pecador quanto você) disse que Cristo veio salvar os pecadores, entre os quais ele era o pior! (I Timóteo 1:15). O pecado seu é pior que o meu, que o de Paulo ou que o de qualquer outra pessoa? Claro que não! Somos todos iguais, afastados de Deus pelo pecado, porém reconciliados em Cristo. Mas você às vezes se acha menos digno do que um estuprador ou um assassino. O que lhe atormenta é apenas fruto de não compreensão da Palavra de Deus e fruto de um trauma religioso. Alguém lhe passou um conceito equivocado sobre Deus, sobre pecado e sobre salvação e agora você fica nessa situação. Não é fácil quebrar paradigmas e desconstruir conceitos já assimilados, mas vamos com calma.

     Pergunto a você, leitor, que está angustiado por ter feito algo que considera abominável aos olhos de Deus: essa angústia toda que possui, caso fosse colocá-la em um pacote, você a colocaria em um pacote chamado "céu" ou em um pacote chamado "inferno"? Imagino que sua resposta será "inferno", pois viver assim, se é que podemos chamar de vida, realmente é um inferno. E Deus não apenas nos tira do inferno, mas também tira o inferno de nós. Precisamos crer nisso e vivermos pacificados.
    Imagine a pior pessoa que já passou pela Terra. Não sei em quem você pensou, mas vou dar um exemplo de homem que dizia "conhecer a Deus" e que era um "diabo" em vida: Hitler! Vou lhe dizer uma coisa com total sinceridade e convicção: Se viesse um anjo do céu me dizendo que Hitler blasfemou contra o Espírito Santo eu diria a ele: "Tem certeza? Pois inicialmente não consigo acreditar em você!". (Estranhou por quê? Paulo também falava que se viesse um anjo do céu anunciando uma mensagem diferente do Evangelho, era para rejeitá-lo! - Gálatas 1:8). Mas por que digo com tanta certeza? Pois cada vez que assumimos uma blasfêmia contra o Espírito Santo praticada por alguém, limitamos o poder e o amor de Cristo na Cruz. Jesus se entregou pelo homem justamente por Ele ser mau, depravado, caído, desligado de Deus (pecador). Ele fez o que ninguém poderia imaginar: perdoou o homem, reconciliando-o consigo. Do Hitler a mim e a você. Todos tivemos nossos pecados perdoados na Cruz (e antes que alguém me chame de "universalista", adianto que rejeito esse rótulo. Não estou dizendo "onde" e "como" Hitler passará a eternidade, pois jamais poderia fazer esse tipo de julgamento. Apenas creio que todo homem foi reconciliado na Cruz, embora eu não creia em universalismo, pois o conceito de salvação vai muito além disso, mas não cabe discutir aqui). E veja bem: Pecado não é meramente uma atitude imoral que eu pratico. Pecado é o que eu sou. É minha tendência a fazer o mau, é minha inclinação para longe de Deus. E é esse pecado que somos que foi resolvido na Cruz. O que chamamos de "pecados" (atos imorais) são apenas consequências dessa nossa natureza. Enquanto estamos neste mundo, neste corpo corruptível, estamos sujeitos aos reflexos dessa nossa natureza pecaminosa. Porém, ao mesmo tempo, estamos reconciliados com Deus em Cristo, sendo portanto contados como justos perante Ele. Agora quando dizemos que uma atitude de alguém chegou ao ponto de nem o sangue de Cristo (perdão de Deus) ser capaz de cobrir, estamos limitando o poder da Cruz. É como se a capacidade do homem pecar fosse maior que a capacidade divina de perdoar. Que "deus" pequeno é esse que não supera nem um mísero homem? O Criador é mais fraco que a criatura?
     Quem vive nessa angústia geralmente alega que sente dentro de si uma batalha, como se parte dessa pessoa quisesse o bem (algo dizendo para fazer o que é correto) e parte quisesse o mal (algo dizendo para fazer algo ruim). Esse conflito é humano e todos vivemos em maior ou menor intensidade. Temos uma natureza má, pecaminosa e ao mesmo tempo, o poder da ressurreição de Cristo atua em nós, agindo em nosso ser, pelo Espírito Santo.
     O apóstolo Paulo falou sobre esse conflito interno que todos sentimos: Nos primeiros capítulos da carta aos romanos é esse o tema. Ele fala que todo homem é pecador, afastado de Deus, mas que algo dentro dele age de forma contrária a isso. Ele chega a dizer: "o bem que desejo, não pratico; o mau que não desejo, esse eu faço" (Romanos 7:18,19). Todos somos assim. Quantas vezes fazemos algo e depois pensamos: "Eu não deveria ter feito ou dito isso". Mas isso complica quando não lidamos bem com essa situação e ficamos culpados e amedrontados. Acredite: você tem uma natureza má, mas ao mesmo tempo o Espírito de Deus habita em você, indicando a você o Caminho que conduz à vida. Fique pacificado, sabendo que não importa o que faça Ele não abandona você. E sabendo disso, procurará viver conforme o amor dEle, com consciência, em amor, amando você mesmo, amando seu próximo e amando a Deus. Esses atos tolos que considera blasfemos afetam apenas você, pois lhe deixam culpado, angustiado e com medo. Mas Deus continua sendo o Deus que ama você incondicionalmente.
     Se algo lhe incomoda e lhe mostra a necessidade de mudar de mente (arrepender-se), é o Espírito Santo fazendo isso, pois Ele habita em você (mais uma prova que você não blasfemou contra Ele, pois blasfemar implicaria em um afastamento total e definitivo de Deus). Se você xingar Deus ou o Espírito Santo com vários palavrões, não irá cometer essa blasfêmia imperdoável. Será apenas um ato ingênuo e de pura tolice de sua parte, pois não tem o mínimo sentido. Se você virar ateu, se negar Deus e fazer todo tipo de ofensa a Ele, é a mesma coisa. Pura tolice e ingenuidade.
     Sabia que um dos maiores teólogos de todos os tempos, C.S. Lewis, por muito tempo foi ateu? Ele negava veementemente Deus e do meio de sua vida em diante transformou-se em uma das maiores mentes em relação à defesa da fé cristã. Se negar Deus (ateísmo) fosse blasfemar, Ele nunca teria "se convertido". Blasfemar contra o Espírito Santo é desligar-se completamente e definitivamente dEle e não me pergunte como isso é possível, pois eu diria que é humanamente impossível. Esse é um dos mistérios de Deus que jamais saberemos nessa vida, mas fato é que você deve ser sincero consigo mesmo: você acha que Jesus Se entregaria na Cruz para reconciliar o homem com Deus, o perdoaria, o salvaria e deixaria você de fora apenas por ter pensado, dito ou feito algo contra Ele? A escritura é clara ao dizer que o Cordeiro de Deus (Jesus) foi imolado antes da fundação do mundo e você acha que é capaz de aqui, na história, fazer algo que invalide algo que é eterno? Todos os homens falam e/ou fazem algo contra Deus todos os dias. Jesus disse em Mateus 25 (parte final) que quando vemos um necessitado e não ajudamos, estamos ignorando e não ajudando o próprio Deus, pois servir a Deus é servir ao nosso próximo. Se fosse para colocar em uma escala de gravidade, muito pior seria ter condições e, em vez de ajudar, passar reto por um morador de rua, fingindo que não o viu, do que xingar Deus de todo tipo de "palavrão" ou de dizer que Ele não existe.
     Talvez alguém pergunte: então o que determina a blasfêmia é a consciência ao negar Deus? Não! Não é simples assim. Por exemplo, em relação ao ateísmo: será que os ateus negam Deus sem consciência? Claro que não! Eles negam com convicção e já dei o exemplo de C.S Lewis. Ele negou totalmente consciente e depois de sua conversão, fez o inverso: defendeu sua fé em Deus totalmente consciente também. Não é meramente a consciência que determinaria essa blasfêmia e sim, uma escolha consciente, convicta, maldosa na direção não de negação de Deus, mas de, mesmo O reconhecendo, querer profundamente se afastar dEle. O indivíduo dentro de si "resiste" ao Espírito Santo (que por ser amor, não obriga, não oprime, embora "persiga de forma amorosa para se revelar". Sei que alguns discordarão desse ponto por divergirem teologicamente, mas não irei me ater a isso). É como se Deus insistisse com ele para parar com essa maldade extrema e tola de viver fora de Deus e essa pessoa cravasse: "suma daqui, Deus, não quero você. Sei que você é real, mas eu sou o meu Deus, quero inferno, quero morte, não quero nada divino". Diferentemente de um ateu, que quando ateu mesmo, aposta com sinceridade na "inexistência de Deus" esse ser é como se quisesse extirpar Deus de si, a fim de satisfazer seu Ego ou seus interesses sombrios. É algo, pra falar a verdade, que sequer cabe em minha mente, pois não acredito que nem Hitler (uso ele como exemplo por ser um estereótipo de maldade histórica) tenha sido tão "diabo" assim pra chegar a esse ponto. Mas não cabe a mim afirmar categoricamente, pois somente Deus sonda o interior de cada um.
     Você, leitor, é apenas uma pessoa sincera em busca de uma compreensão, lutando contra um trauma, uma culpa e um medo de algo que foi colocado em sua mente como sendo essa blasfêmia. Como disse, se eu, nem em um momento de maior raiva, conseguiria condenar você por falar coisas pesadas a Deus, você acha que o Deus que é amor faria isso? Jesus disse que veio salvar o homem e não, condenar. Ele veio salvar pessoas como eu e como você, pecadoras e angustiadas. Ele veio para que tenhamos vida em abundância, paz, alegria e liberdade. Essa culpa e medo seus são frutos de distorções religiosas e não, do Evangelho. Conforme você se aprofundar nessa consciência da Palavra de Deus, isso irá perder espaço. Daqui a algum tempo você lembrará dessa angústia toda, irá sorrir e pensar: "não acredito que eu me preocupava com algo tão pequeno diante do meu Deus". 

     De qualquer forma Jesus Se entregou na Cruz não apenas para perdoar esses "pecados" (atos imorais) nossos; Jesus Se entregou para perdoar o pecado que nós somos, perdoar a nossa inclinação para o mal, como já disse anteriormente. Volto a repetir: essas atitudes pecaminosas (imorais, tolas, ingênuas) são apenas sintomas de uma doença que afeta a todos: o pecado. As nossas atitudes portanto, não determinam nossa relação com Deus, mesmo as piores delas. Nossa relação com Deus depende da Cruz, que resolveu definitivamente o problema do pecado, ou seja, do nosso afastamento de Deus. Eu procuro viver como Jesus ensinou e a fazer o bem não para ir para o céu ou por medo da condenação de Deus. Enquanto houver medo de Deus é sinal que não conhecemos Deus. Ele é amor, de forma que todos os atributos dEle estão condicionados ao amor. Jesus veio, como Ele mesmo disse, não para condenar, mas para salvar. E o Evangelho é justamente isso: o anúncio que apesar de eu ser pecador, imperfeito, falho, Ele me amou, me perdoou, me reconciliou, me salvou. Não importa o que eu faça, estou reconciliado. E por ter sido tão amado, de forma incondicional, sem merecer (isso é Graça) eu vou viver de forma grata e coerente com isso, que é amando a Deus, a mim mesmo, o meu próximo e fazendo o bem como posso. Jamais serei movido por medo do inferno ou por interesse pelo "paraíso". Jesus veio para nos salvar e "salvar" não significa "ir para o céu" e sim, ser perdoado, abraçado por Deus e ser transformado a cada dia à imagem de Jesus, sendo que essa transformação será plena e perfeita na eternidade, onde estaremos com Ele. Não há motivo algum para medo. Eu aceito esse sacrifício por fé, sou levado ao arrependimento e vivo pacificado.
     Acredite, na minha adolescência passei por períodos de medo e de culpa também (muitos passam, mas poucos assumem), por achar que blasfemar era xingar Deus. E todos já ouviram falar que o homem tem tendência a fazer ou desejar o que é proibido, certo? Ou seja: quanto mais proibições existem, mais pulsões dentro de nós surgem para transgredir essas restrições. Isso é natural do ser humano. Se eu disser: "não pense em um cavalo branco". A primeira coisa que você pensou foi em um cavalo branco, com certeza. Se uma mãe diz à criança: "não coloque o dedo aqui na tomada". A criança curiosa virá colocar quando ela virar as costas... Então, sem desejar, eu xingava mentalmente Deus de algum palavrão (mesmo eu não falando palavrão na vida real. Nunca gostei disso) e então ficava tentando pensar em outras coisas para desviar o pensamento e parar com isso. Em seguida vinha uma culpa, um medo enorme de ter blasfemado, pois eu era batizado, tinha atividades na denominação religiosa que eu frequentava, eu amava a Deus e tudo o que eu não queria era ser rejeitado por Ele. Mas à medida em que fui compreendendo a Palavra de Deus e a grandeza dEle, percebi o quão tolo eu era e isso foi desaparecendo. Nunca mais teve lugar em mim esse tipo de angústia ou de desejo infantil de falar coisas que não desejo a Deus. Até porque, eu entendi que se um dia eu pensasse isso, seria mero conflito psicológico meu, mas meu perdão estava garantido na Cruz.
     Talvez você ainda esteja com dúvida: "Será que Deus me perdoa mesmo"? Claro que Deus perdoa você (na verdade Ele já perdoou na Cruz não meramente o pecado que você comete, mas principalmente o pecado que você é)! Quando aos atos, ele perdoou os do seu passado, os que está cometendo agora e até aqueles que você ainda cometerá durante a vida. Creia! Você está perdoado! O problema não é entre você e Deus (isso foi resolvido em Cristo) e sim, entre você e você mesmo! Deus lhe perdoou, agora creia, confesse a Ele (e a seus irmãos quando necessário e possível), arrependa-se e tome posse desse perdão já lhe oferecido por Graça. O Evangelho é justamente esse anúncio! Por isso é BOA NOTÍCIA! Não depende de você, pois é GRAÇA! Se Deus em algum momento foi "tirano", isso ocorreu justamente nesse momento de derramar Seu amor pela criação. Está perdoado e nada pode mudar isso. Não depende de você. O que depende de você é sua experiência diante disso. Se acha, por exemplo, que por ter sido reconciliado e perdoado você pode viver na "gandaia" é um sinal que não entendeu absolutamente nada do que Cristo fez por você. É um atestado de falta de fé, de falta de compreensão, de falta de amor e de falta de arrependimento. Mas esse já é assunto para outro momento.
     Enquanto tiver em sua mente culpa e medo, terá essas "recaídas" (não importa se o seu problema seja com atos ou com pensamentos). Quando você confiar genuinamente (não é "da boca para fora"), aceitar que está perdoado incondicionalmente e entender que essas coisas todas não passam de ingenuidade e imaturidade sua, isso vai desaparecer. Digo isso por experiência própria. Isso nunca mais me atormentou e nesse exato momento em que escrevo este texto, pensarei algo ruim em relação a Deus de propósito (para reforçar a você que blasfêmia não é nada disso). Pronto, pensei. Sabe o que vai acontecer? Nada! Pois esse "deus" melindroso, que fica magoado com essas bobeiras de mentes humanas fragilizadas e que por isso resolve castigar, não existe. É um "deus" que criamos em nossa cabeça. E se existisse, seria um diabo e não, Deus! Ele sonda meu coração e sabe que a minha essência reconhece Ele como senhor absoluto, eterno e soberano sobre minha vida; o que eu faço contra a minha essência que foi e que continua sendo trabalhada pelo Espírito Santo são frutos da minha insignificância e incapacidade de fazer sequer apenas o que eu realmente desejo. Sou falho, pecador e foi por um serzinho como eu que Ele decidiu, por amor, se doar. Sou eternamente grato e sou diariamente constrangido em amor a viver o mais próximo que posso da vontade de Deus. Não por medo de condenação e nem por interesse de salvação. Procuro seguir a Cristo por consciência, por amor e por gratidão. Isso é que é a base dos ensinos de Jesus.
     Quando alguém me procura desesperado com medo de ter blasfemado contra o Espírito Santo e, com isso, enfrentar o "tormento eterno" no inferno, a reposta é clara, com todo amor e temor: você não "vai para o inferno" por causa disso, amigo (a). Se sua preocupação é essa e vive angustiado pois deseja estar com Deus, fique em paz. Você, embora diga que é cristão, ainda não entendeu o significado da Cruz. Na eternidade você estará nos braços do Pai e eu estarei lá com você. E se eu lhe conhecer "lá" (não importa "onde" seja o Paraíso, pois onde Deus reina, aí é Paraíso), direi: "não lhe falei, amigo (a)?" Agora pense: Se eu que sou mau e pecador perdoaria você mesmo que esses atos ruins, xingamentos ou pensamentos fossem direcionados a mim, quanto mais Deus que tem um amor além de nossa compreensão... Acha que ele condenará uma pessoa como você, que está sofrendo de angústia por sincera culpa de ter feito algo que O desagrada?
     Essa ideia de que temos que "ser bonzinhos para ir para o céu" e de que "se pecarmos iremos queimar o inferno" é uma forma de manipulação religiosa dos fiéis, a fim de mantê-los sob controle. Afinal, quem iria arriscar a dizer: "seja sim uma pessoa boa, fuja do mal, das imoralidades ("pecados"), mas não para fugir do inferno e sim, por gratidão por ter sido reconciliado com Cristo"? É arriscado, né? E se o povo resolver "mergulhar no pecado" e "cair na gandaia"? E era justamente esse o ensino de Paulo (que não depende de nós para alcançarmos o perdão e a reconciliação) e muitas pessoas o acusavam de dizer que "a pessoa poderia pecar à vontade então, já que não faz diferença". E ele desmente isso falando aos romanos e aos gálatas. Quem foi alcançado pelo Espírito Santo jamais terá prazer em uma vida corrompida, pois os frutos do Espírito brotam naturalmente nele. O Espírito Santo gera arrependimento nesse indivíduo, de forma que é ilógico cogitar essa possibilidade de "então farei o que eu quiser da minha vida". É o que Paulo disse: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém".
     Os meus "pecados" (imoralidades) me afetam e me causam dano, pois sou humano e sujeito às consequências deles e também prejudicam meu próximo. Jesus ensina que a vontade de Deus é que amemos a Deus e o próximo como a nós mesmos. Ou seja, se amamos a Deus, desejaremos andar o mais próximo dEle, fazer o que Ele deseja que façamos. Não que dependamos disso para que Ele nos ame e sim, que não desejaremos viver contra Ele sabendo do quanto Ele nos ama. É como uma mãe (embora Deus ame infinitamente mais) que ama o filho bandido e ama o filho trabalhador e carinhoso. Ela ama ambos, pois é mãe. Cabe ao filho retribuir esse amor, não como condição para ser amado, mas por gratidão, por reconhecimento e por amor a ela. Lembra da parábola do filho pródigo? O pai nunca deixou de amar o filho rebelde. Quando ele "caiu em si" e retornou, antes mesmo dele dizer qualquer coisa, o Pai correu até o rapaz, o abraçou, ofereceu perdão, roupa, comida, moradia e fez uma festa. Ele merecia? Claro que não. Mas Deus não despreza um coração quebrantado e contrito. Agora seja sincero: depois desse amor supremo demonstrado por esse pai, você acha que esse filho cairia novamente na vida depravada? Com certeza não. Como dizia Paulo, o amor constrange.

     Você que está angustiado lendo este texto só está fragilizado e buscando um rumo na vida, um entendimento maduro e uma espiritualidade sadia. Não acredito nem que os fariseus diante de Jesus tenham blasfemado, quem dirá uma pessoa sincera como você, amigo. E todos esses conflitos afetam sua saúde, seu corpo, sua parte física também. A questão espiritual está intimamente ligada ao nosso corpo, então essas "doenças da alma" afetarão em maior ou menor grau até o seu corpo. Jesus veio nos trazer vida, eterna e em abundância. Não veio para que você vivesse assim nesse estado infernal. O Evangelho é poder de Deus para a libertação e para a salvação de todo aquele que crê. O Evangelho é o anúncio de que você está perdoado, religado a Deus em Cristo, mesmo que uma parte de você lute contra isso. Creia e será salvo desse conflito. E crer é não apenas acreditar; crer é ter isso lá no profundo da consciência e viver pacificado com essa certeza, com fé que você não é nada, mas em Cristo, tem tudo. É viver sem medo, sem culpa, sabendo que se pensar "bobeiras", será apenas imaturidade sua, pois Deus no máximo olhará para você e dirá: "Meu filhinho tolinho, pra que viver se torturando assim? Eu chamei você para a liberdade e não para a escravidão desses sentimentos". Ele continuará olhando para você com amor. Você está perdoado. Está liberto dessa culpa e quem tem fé, não tem medo. A penas precisa tomar consciência disso. É como um prisioneiro acorrentado a uma pedra. Vem alguém e abre o cadeado, mas ele não percebe e fica com as correntes frouxas no pé achando que está preso. Viva, meu amigo! O mesmo vale para um equívoco de alguém ao julgar um acontecimento (por exemplo, um "milagre") como sendo "obra do diabo". Digamos que seja um milagre divino e essa pessoa diga por algum motivo que é de satanás. Ela não blasfemou, apenas fez um julgamento hipócrita, errado e precipitado! Se Deus levasse em conta nossos equívocos, ninguém de nós se salvaria. Mas não somos salvos por nossos méritos ou deméritos e sim, pelos méritos de Cristo, na Cruz. Não depende de você, nem do que você fala ou pensa em algum momento, depende dEle. Se você se sente culpado é porque você sabe que na verdade não gostaria de ter feito o que fez. E se nem você consegue acreditar na veracidade e na sinceridade dessa sua suposta blasfêmia, acha que Deus acreditará, meu amigo? Não apequene Deus! Ele conhece você melhor que você mesmo!
     Se você entender e crer realmente, verá como isso nunca mais lhe incomodará e toda sua vida será diferente. Você que falou alguma coisa ruim a Deus ou de Deus, fique em paz. Leia os Evangelhos, as cartas apostólicas, ore a Deus e peça ajuda ao Espírito Santo para que sua mente saia dessa imaturidade. Você não blasfemou. Tenho não só certeza, mas convicção. E se isso for lhe confortar e para que perca esse medo, uma coisa lhe digo: "que Deus me leve para o mesmo lugar que você for passar a eternidade!" Essa é a fé que tenho, no Deus que creio. Um Deus que procura motivos fúteis (como palavras feias ditas em um insignificante idioma de um mero país, de um planeta do imenso universo) para condenar, não é Deus, é diabo! Fique em paz. Você crê em Cristo e está protegido na sombra da Cruz. Deus deve olhar pra você e dizer: "viva com essa consciência, filhinho. Creia nisso e será liberto." Não há motivo algum para viver nesse sofrimento. Agora depende de você! Se quiser continuar se auto-flagelando, não posso fazer mais nada. Deus fez tudo por você. Agora creia e tome posse do que lhe foi garantido sem merecimento algum de sua parte.
     Eu costumo ainda dizer: "se você se sente incomodado, é mais uma prova que não blasfemou, afinal, quem blasfema terá prazer em ter feito isso e afastar-se definitivamente é o que mais deseja." O Espírito Santo convence o homem do pecado, de forma que se você se reconhece como um pecador dependente da graça divina, é sinal que Ele atua em você.

     A blasfêmia contra o Espírito Santo considero que seja um dos mistérios que um dia nos será revelado, na eternidade. Não é, ainda, totalmente claro. Em Jesus temos a garantia do perdão de TODO pecado, porém Jesus alerta os escribas e fariseus sobre essa possibilidade de escolha deliberada e diabólica. Mas é na Cruz que descansamos, pois ela nos garante que não há pecado nosso que Deus não possa perdoar, afinal o verdadeiro pecado não é o que praticamos e sim, o que somos e Deus nos perdoou em Cristo.
     Se há uma blasfêmia contra o Espírito Santo que condena o homem, essa é a decisão deliberada e "diabólica" de viver em afastamento total de Deus, mesmo perante todo o amor divino sendo oferecido a ele. Lembre-se que isso não tem nada a ver com um genuíno ateísmo. É como se um ateu se convencesse que estava errado e que Deus realmente está ali para acolhê-lo e ele como um "diabo" negasse esse abraço de Deus. Ou seja: essa pessoa, mesmo tendo sido reconciliada em Cristo, não foi salva e sim, condenada e portanto não tem esperança de perdão. Mas como disse anteriormente, não consigo imaginar um ser humano, por pior que seja, alcançar esse nível de diabolização do ser. Ao mesmo tempo, as escrituras em diversos momentos demonstram que há pessoas sim que são condenadas. Essas portanto, seriam aquelas que blasfemaram contra o Espírito Santo.
      O que temos a fazer é reconhecer que todas as nossas ações tem origem em nossa natureza má e pecaminosa. É de nosso coração mau que procedem nossos maus pensamentos e atitudes condenáveis. A questão é essa! Ninguém escapa! Nem o "melhor" entre nós deixa de ser passível de condenação pela perfeição da Lei divina (pois a lei exige que sejamos perfeitos). Reconheça isso e poderá mergulhar com fé no Evangelho, que anuncia: "Você é pecador e incapaz de cumprir a lei de Deus em sua totalidade, portanto, mereceria a condenação - afastamento definitivo de Deus. Porém Jesus Cristo assume o seu lugar, cumpre a Lei de Deus por você e lhe salva por Graça". Se dependesse de seus méritos, leitor, estaria perdido (e eu também). Mas depende dEle, exclusivamente. Descanse na sombra da Cruz e viva em paz, sabendo que jamais terá méritos algum. Tudo é fruto do amor de Deus por você, que deseja salvá-lo em todos os aspectos e para isso, "persegue" você todos os dias com Seu imenso amor, revelando-se a você e lhe tocando para que você viva com essa consciência, seguindo a Cristo.
     Sei que estou sendo repetitivo e até prolixo novamente, mas concluo dizendo: se você está receoso e preocupado de ter blasfemado contra o Espírito Santo, procurando um lugar pra comentar, relatar seu caso específico e perguntar se blasfemou ou não, entenda: VOCÊ NÃO BLASFEMOU! "Ah, mas você não tem ideia da coisa absurda que fiz!" - você dirá. Não preciso ter ideia, pois não importa o que seja, você não blasfemou contra o Espírito Santo. Se cogita a possibilidade de perguntar, é porque tem receio e isso é uma prova para você mesmo que nunca desejou esse malévolo afastamento definitivo de Deus. Sequer tem consciência profunda de quem é Deus e da suprema capacidade de perdão da Cruz (por isso tem medo), então como poderia blasfemar? Você teria que conhecer a Deus tão profundamente quanto um anjo de luz e ser tão diabo quanto Satanás para chegar a esse ponto. Não importa se o que fez foi consciente ou não, se foi maldoso ou não. Blasfemar contra o Espírito Santo está muito além desses conflitos, ingenuidades e maldades que você pratica. E isso será o que responderei caso alguém pergunte se blasfemou, pois sempre ouvirá um "não". Essa foi a resposta que dei a TODAS as centenas de pessoas (sem exagero) que me procuraram atribuladas e desesperadas. Só muda o caso, mas o contexto e o conflito é o mesmo. Então mesmo não havendo lugar específico aqui para deixar sua pergunta, fique em paz. Quem blasfemou sequer lerá esse texto e tampouco pensará em comentar ou questionar nada. Procure desenvolver a consciência na Palavra de Deus, abandonando essa espiritualidade doentia que implantaram em você. E se após compreender isso tudo ainda continuar em conflitos, digo com todo amor: procure ajuda médica (psiquiátrica). E não pense que estou insinuando que você é "louco" e sim, que tem que considerar a possibilidade de ter algum transtorno (como algumas moldagens de personalidade, alterações de pensamento e até mesmo o famoso TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo) que precisa de tratamento médico. Todos estamos sujeitos a isso e reconhecer nossa fragilidade é o primeiro passo. Não se acanhe e não se intimide. Procure ajuda profissional e ficará livre desses incômodos. Não entre em desespero, pois tenho plena convicção que você não blasfemou contra o Espírito Santo. E cuidado com o que lê pela internet, pois raramente se achará alguma coisa relevante, com conteúdo de qualidade e bem fundamentado. Atualmente todo mundo quer falar, mas pouca gente tem maturidade, responsabilidade e boa fundamentação para embasar o que fala...
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


sexta-feira, 27 de maio de 2016

VOZ QUE CLAMA DO DESERTO...


                                              VOZ QUE CLAMA DO DESERTO...
A profecia aponta para a obra de preparo feita por João.  Ele é a voz do deserto clamando: "Preparai o caminho do Senhor" (Isaías 40:3).  Malaquias disse que João haveria de preparar "o caminho diante" do Senhor (Malaquias 3:1-2).  O preparo espiritual de João é um indício da natureza espiritual do reino.

João começa a sua obra identificando-se.  "Eu não sou o Cristo " (João 1:20), disse ele.  Ele é aquela voz que prepara o caminho do rei (João 1:23).  Um anjo resumiu a obra de João:  "Irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado" (Lucas 1:17).

1. O preparo para a vinda do reino foi feito por meio da proclamação de advertência e da necessidade de arrependimento.  João advertiu os fariseus e os saduceus:  "Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo" (Mateus 3:10).  Multidões escutavam o apelo de João:  "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mateus 3:2).  Os que atendiam ao chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado produzindo "frutos dignos de arrependimento" (Mateus 3:8).  Muitos foram batizados por João no rio Jordão.  Uma geração de víboras rejeitou a mensagem, ao passo que outros permitiram que o mensageiro de Deus os preparasse.

João Batista veio com a disposição e o poder de Elias (Lucas 1:17).  Em nenhum lugar isso é mais claro do que na descrição de Lucas 3:18-19:  "Assim, pois, com muitas outras exortações anunciava o evangelho ao povo; mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele, por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito". O preparo para o reino espiritual que estava por vir exigia uma obra de escavação.  Os vales tinham de ser preenchidos, e os montes tinham de ser rebaixados.  Assim como Elias fez o que pôde para tirar a idolatria, o assassínio e a desonestidade (1 Reis 18, 19), também João opôs-se aos pecados da nação e os desmascarou.  Entre esses pecados estavam "todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito".

2. O caminho do rei foi preparado por João, mostrando especificamente a mudança que deve ocorrer na vida dos homens.  João não só condenava o mal, mas salientava a mudança que Deus espera das pessoas perdoadas.  Os publicanos, os soldados e o povo em geral perguntavam:  "Que havemos, pois, de fazer?".  A Voz exigia generosidade (Lucas 3:11), honestidade (Lucas 3:13) não-violência e contentamento (Lucas 3:14).  A preparação feita por João foi para um caminho de santidade, e o povo de Deus deve andar nesse caminho (Isaías 35:8-10).

3. João preparava para o reino vindouro referindo-se ao rei do reino. Não bastava advertir a nação judaica para que fugissem da ira de Deus (Mateus 3), nem instruí-los com respeito ao procedimento esperado por Deus (Lucas 3), mas era essencial que o rei que estava por vir fosse identificado.  João tinha estado batizando em Betânia e, no dia seguinte, quando viu Jesus se aproximar dele, exclamou:  "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29).  Jesus era visto por João como aquele tipificado no cordeiro pascal, e como aquele cordeiro que "foi levado ao matadouro" pelo pecado do homem (Isaías 53).

A eficácia da obra de João é exemplificada no primeiro capítulo do livro de João.  "No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse:  Eis o Cordeiro de Deus!  Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus" (João 1:35-37).  Ao levar esses dois discípulos ao rei do reino espiritual de Deus (João 18:36-37), João havia desempenhado bem a sua função.  Dois homens preparados estavam prontos para se tornar discípulos de Cristo, e mais tarde seriam parte do fundamento do reino, no qual todos os santos seriam cidadãos (Efésios 2:18-22)...

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

QUERES MORRER POR AMOR AO EVANGELHO, CONHECENDO AO DIÁCONO ESTEVÃO.


QUERES MORRER POR AMOR AO EVANGELHO, CONHECENDO AO DIÁCONO ESTEVÃO.
Estevão é bastante conhecido simplesmente porque foi o primeiro mártir após a ascensão do Senhor Jesus Cristo. Estevão é, com quase certeza, um dos setenta escolhidos e enviados pelo Senhor em Lucas 10:1-10, e que O acompanhou sempre, a partir do batismo de João (Atos 1:21-22). Podemos concluir isso, devido ao fato de ele exercer dons atribuídos exclusivamente aos apóstolos e estes homens (At 6:8).

Por causa da atividade cristã de Estevão havia homens que se colocavam contra ele. Não conseguiam derrotá-lo em nenhum tipo de discussão, pois estava cheio do Espírito Santo e da sabedoria espiritual. Então, contrataram homens perversos e desonestos para dizer mentiras sobre ele, levaram-no perante o conselho e o acusaram de blasfêmia contra Deus e contra Moisés.

Estevão poderia ter ficado muito preocupado em se defender e tentar provar sua inocência, mas tinha outra responsabilidade. Aqui, perante ele, havia centenas de seus compatriotas que haviam pecado contra Deus e precisavam da mensagem da Bíblia. Tal mensagem os enfureceria, mas, mais tarde, levaria muitos para o Senhor.

Estevão optou por não se livrar da culpa mas ser fiel a Deus, falou então sobre os pecados de Israel continuamente pela história. Ele os fez lembrar de como haviam se rebelado contra Moisés, Elias, Jeremias, Isaías. e como tinham matado os profetas de Deus e se voltado para os ídolos.

Eles o odiaram por dizer-lhes a verdade sobre eles. Não parece que as pessoas apreciariam isso? Elas dificilmente apreciariam, e os homens perversos, nunca. Arrastaram Estevão para fora da cidade e o apedrejaram até a morte e, enquanto estava morrendo, orou por seus assassinos. Testemunhou também que vira Jesus de pé à direita do Pai pronto para receber seu espírito.

Eis lá, um jovem consentindo o assassinato de Estevão. Recolheu as capas dos homens que apedrejaram Estevão. O nome desse jovem era Saulo. Mais tarde foi gloriosamente salvo e tornou-se o grande Apóstolo Paulo.

Quem era Estevão?

Estêvão foi um dos sete homens escolhidos pelos discípulos pouco depois da ressurreição de Cristo para cuidar da distribuição da assistência às viúvas da igreja, a fim de que os próprios apóstolos pudessem ficar com o tempo mais livre para as sua tarefas espirituais. Estevão era um desses diáconos e era alguém que se destacava dos demais na fé, na graça, no poder espiritual e na sabedoria.

Ele era alguém que realizava muito mais do que a obra especial que lhe fora designada, pois salientava-se entre os principais na operação de milagres e na pregação do Evangelho. Por causa de todo esse comprometimento com Cristo, logo se tornou alvo dos judeus, que o levaram perante o Sinédrio sob a acusação de blasfêmia (At. 6:9-14).

Ele responde as acusações, fazendo uma rememorização da história de Israel e com muita intrepidez, faz um ataque aos judeus que se apegavam as tradições de seus pais e que haviam assassinado o Messias prometido (At. 6:15 - 7:53). Isso atraiu contra ele a fúria dos membros do Sinédrio, e, quando Estevão afirmou que Jesus estava de pé à mão direita de Deus, foi agarrado e apedrejado até morrer.

Vejamos seis características que esse servo de Deus possuía:

I. Ele era um servo cheio da Palavra de Deus:

Ele era um profundo conhecedor não só das Escrituras, como também da história do povo de Israel. Na sua defesa ele passa em revista toda a história de Israel. No capítulo 07, do versículo 01 até o 53, ele faz uma retrospectiva sobre o povo de Israel. Em seu discurso, ele não responde diretamente às acusações que encontramos em At. 6:11-14.

A sua defesa apresenta o universalismo do Evangelho que marca o meio termo entre Pedro (que baseou sua pregação aos judeus) e Paulo (que pregou especificamente aos gentios). Alguns argumentos vão irritar profundamente os seus acusadores: Deus não limita seus encontros com os homens/mulheres ao templo de Jerusalém; Ele mostra também que as primeiras e grandes revelações de Deus ocorreram em terras estranhas (Ur, Harã, Egito, Sinai).

Por isso Estevão limita a sua narração da história gloriosa de Israel entre Abraão e Salomão, que construiu o templo; Estevão vai mostrar também que o povo de Israel sempre foi rebelde, rejeitando os profetas e finalmente crucificando o Cristo.

Em toda a sua argumentação, Estevão mostra ser um profundo conhecedor das Escrituras. Alguém que conhecia os grandes feitos de Deus na vida do povo de Israel. Isso lhe trazia autoridade, mas trazia também a fúria daqueles que não conseguiam enxergar o nascimento de um novo jeito de adorar a Deus; De um novo jeito de viver, não mais pela lei, mas pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo, unicamente!

Eu gostaria de convidar você a seguir o exemplo de Estevão, e ser cada vez mais um conhecedor da Palavra de Deus!

II. Ele era um servo cheio do poder do Espírito Santo:

E isso fica bem claro no versículo 55, quando o texto nos diz que ele cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus, que estava a sua direita.

Fica muito claro para todos nós nessa noite, que diante das perseguições, a Trindade Santa sustenta o crente fiel. É nesse momento que o espírito Santo, o nosso consolador, nos auxilia; é nesse momento que o Espírito Santo nos enche com sua paz; É nesse momento que o Espírito Santo ministra sobre a nossa vida.

Quando mantemos intimidade com a Trindade, temos a oportunidade de sentir o transbordar do Espírito sobre as nossas vidas, nos capacitando para enfrentar as situações mais adversas da nossa vida. É nesse momento também que a glória de Deus se manifesta sobre a nossa vida, trazendo firmeza no testemunhar.

Testemunhamos, declarando que a nossa fé está no nome daquele que todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus, o Cristo, é o Senhor! O mesmo Jesus que de pé, exaltado, abre os céus para receber aquele que fora fiel, se colocando como sua testemunha ou advogado em sua defesa diante do Pai; Para receber aquele que não se omitiu.

Eu gostaria de convidar você a seguir o exemplo de Estevão e ser alguém cheio do poder do Espírito Santo, e realmente fazer diferença na vida das pessoas!

III. Ele era um servo cheio de esperança e amor:

Os versículos 56 e 60 nos dão essa idéia. Primeiramente Estevão era um servo cheio de esperança. Alguém, que no momento mais crucial da sua vida, coloca todas as suas esperanças no seu Senhor. É nesse momento que Estevão vê os céus abertos e o Filho do Homem em pé a destra de Deus. Interessante notarmos que esse título dado a Jesus, como Filho do Homem, por Lucas, só é usado pelo próprio Cristo.

Esperança era a palavra de ordem para Estevão e também para nós nesta noite! Com esperança conseguimos ver os céus abrirem; Conseguimos ver a Jesus e sermos servos comprometidos com a mudança da vida daquelas pessoas que estão vivendo num mundo de trevas.

Quando a esperança toma conta da nossa vida, conseguimos ser bênção para outras pessoas; Quando a esperança toma conta de nós, podemos ser uma igreja para o mundo. Sem esperança não há condições de realizarmos a obra que o próprio Cristo nos confiou. Sem esperança perdemos o gosto pela vida! Porém, se a esperança tomar conta de nós, mudaremos o nosso mundo e assumiremos o papel de comunidade da esperança.

Afinal de contas somos um povo que crê na esperança! O exemplo de Estevão para nós nesta noite diz respeito a isso. De sermos uma igreja com esperança! De sermos uma igreja que faça diferença nesse mundo tão cheio de desesperança.

Mas Estevão não era cheio somente de esperança, ele era cheio também do amor que havia transformado a sua vida. Ele demonstrou muito amor aos seus opositores, aquelas testemunhas que o levaram ao Sinédrio, e que agora deveriam apedrejá-lo até a morte.

É nesse momento de martírio e sofrimento que Estevão invoca ao seu Senhor e clama para que Jesus receba o seu espírito. Como Jesus, Estevão clama em alta voz: Senhor não lhes impute este pecado! Ele morreu como Cristo, o seu exemplo!

Paulo nos dá uma dica em relação a este tema: "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor" (I Co 13:13). E o próprio Senhor Jesus nos convida "a amarmos uns aos outros, como ele mesmo nos amou".

Esperança e amor! Eu gostaria mais uma vez de convidar você a seguir o exemplo de Estevão e ser alguém cheio de amor e esperança. E que esse amor e que essa esperança possa inundar o seu coração para que você seja feliz; Para que você seja canal de bênção para aqueles que vivem em desesperança e desamor.

IV . Bastante corajoso

Quando o trabalho de Estêvão ficou conhecido, algumas pessoas se levantaram contra esse servo (leia Atos 6:8-14). Discutiam com ele, mas não conseguiam resistir seu ensinamento. Estêvão pregava a verdade, mas esses homens não tinham a humildade bastante para admitir seus próprios erros. Ao invés de aceitar e apoiar o trabalho desse servo, os homens usaram táticas desonestas para opô-lo. Subornaram falsas testemunhas para provocar uma reação popular contra Estêvão.

Como vamos ver ainda em nosso estudo, Estêvão não desistiu quando enfrentou esses desafios e as táticas carnais de homens. Ele continuou pregando a mesma mensagem, independente do custo pessoal. Os homens podiam prender e até matar o servo, mas jamais venceriam o Senhor dele.

Do exemplo dele, compreendemos melhor a importância de ser corajosos em manter convicções baseadas na palavra de Deus. Não devemos defender nossas próprias opiniões ou preferências, mas nunca devemos abandonar a verdade para agradar a homens (Romanos 14:19; Gálatas 1:10-12).

Qualquer pessoa que se mostra fiel no reino de Deus sofrerá perseguição (2 Timóteo 3:12). Não devemos nos estranhar quando homens carnais criticam ou procuram destruir o nosso trabalho. Ao mesmo tempo, não devemos imaginar que estejamos certos somente porque outros nos perseguem. A perseguição, por si só, não prova que alguém esteja servindo ao Senhor.

Falsos professores, também, podem ser rejeitados e maltratados. O único padrão que podemos usar para avaliar nosso próprio trabalho ou o trabalho de qualquer outro é a palavra revelada por nosso Deus nas Escrituras. É essa palavra que nos julgará (João 12:47-50).

V. Um jovem com convicções fortes

Um jovem chamado Saulo participou quando Estêvão foi morto. Ele mostrou, nos dois capítulos seguintes, que também tinha convicções fortes. Ele opunha tudo que Estêvão defendia, achando que os cristãos realmente mereciam a morte. Não entraremos na história da conversão de Saulo, mas anotaremos um ponto importante. O fato de alguém ser convencido e zeloso não é prova de que esteja certo.

Estêvão e Saulo eram igualmente convictos de suas respectivas doutrinas, mas um dos dois estava totalmente errado. Pela graça de Deus, Saulo não morreu no mesmo dia. Pela longanimidade do Senhor, a ele foi concedido tempo suficiente para aprender a verdade e se arrepender.

VI. UM CRISTÃO PREPARADO

Não fossem as condições espirituais de Estêvão, ele jamais suportaria as afrontas de seus algozes. Devemos dar graças a Deus porque Ele conhece a fragilidade humana, SI 103: 14, e, por isso, dá meios ao cristão para enfrentar as perseguições. Não pense você que ser crente consiste apenas em possuir uma carteira de membro de igreja. Ser cristão é estar preparado para os momentos mais difíceis desta vida.

Por que Estêvão venceu a perseguição?

a) Era cheio Espírito Santo, 6: 3. Sua boa reputação perante a comunidade era resultado das qualidades que possuía. O Espírito Santo capacitou e encorajou Estêvão para enfrentar até mesmo a morte. Veja o que Deus pode fazer em nossas vidas, tomando como exemplo o apóstolo Pedro. Compare o homem tímido que negou a Jesus, Mt 26: 69-75, com o ousado e corajoso Pedro, cheio do Espírito, que enfrentou autoridades, At 4: 20;

b) Era cheio de sabedoria, 6: 3, 10. Estêvão era um homem sábio na exposição da Palavra. Não se trata de uma sabedoria humana, mas da sabedoria que vem de Deus para ensinar as verdades do Evangelho. Deus concede sabe¬doria, mas usa o conhecimento da Palavra que se adquire pelo estudo e pelo esforço pessoal. Na hora da pregação ou de precisar defender a fé, essa sabedoria é a arma de que o cristão dispõe;

c) Era cheio de graça e poder, 6: 8. Por ser um homem de fé, sinais e maravilhas aconteciam através de sua vida. Quando todos se levantaram contra ele com pedras e ameaças, manteve-se firme. Mas por quê? Porque a vitória que vence a perseguição é a fé, I Jo 5: 4 e Ap 2: 10.
Os temas da defesa

A defesa de Estêvão em Atos 7 é uma das mais belas pregações relatadas no livro de Atos. Sua beleza não está em palavras suaves. Estêvão não lisonjeou seus ouvintes, nem contava piadas ou histórias pessoais para os divertir.

A beleza dessa mensagem vem da sua fidelidade à verdade em responder com a verdade às idéias erradas dos ouvintes. Estêvão não ganhou nenhum concurso de pregadores que mais agradam às pessoas, mas ele pregou a palavra habilmente.

Mesmo quando sua vida estava em jogo, Estêvão não perdeu tempo com defesas pessoais. O seu Senhor era muito maior do que o humilde servo, então ele defendeu o evangelho de Jesus. As acusações contra Estêvão atingiram dois pontos doutrinários: a importância do santo lugar (o templo em Jerusalém) e
 a posição da lei do Antigo Testamento depois da morte de Jesus.

Em ambos os casos, eles distorceram a mensagem que ele pregou, mas abriram a porta para o evangelista esclarecer a verdade sobre a salvação em Cristo. Além dessas acusações, houve mais uma questão implícita na controvérsia: eles estavam rejeitando um servo escolhido por Deus.

Estêvão, guiado pelo Espírito Santo, tratou desses três temas no desenvolvimento de sua mensagem. Ele mostrou que a comunhão com Deus não dependia de lugar, assim respondendo às acusações sobre o templo. Ao mesmo tempo, ele mostrou que Deus mantinha comunhão com várias pessoas que não guardavam a lei dada aos israelitas no monte Sinai.

Nos exemplos que ele citou, Estêvão mostrou que muitos homens rejeitados pelos homens foram escolhidos por Deus, assim reprovando o tratamento de Jesus e dele mesmo pelo povo de Jerusalém.

Quando o servo de Deus responde às perseguições, ele deve sempre aproveitar a oportunidade para ensinar sobre a palavra de Deus. As perguntas e até as acusações de homens abrem portas para ensinar sobre nosso Senhor e Salvador (1 Pedro 3:13-17).
Os exemplos citados
Na sua defesa, Estêvão seguiu o mesmo princípio que percebemos no trabalho de Jesus, Pedro, Paulo e outros grandes pregadores. Ele começou onde os ouvintes estavam, e procurou trazê-los à verdade. Jesus pregava assim.

Com a samaritana, ele começou com água (João 4:1-30). Com os saduceus, ele trabalhou dentro dos livros que eles reconheciam, os primeiros cinco livros do Velho Testamento (veja, por exemplo, Mateus 22:23-33). Pedro começou com profecias do Velho Testamento (Atos 2:16) e com Abraão, Isaque e Jacó (Atos 3:13).

Filipe começou com Isaías, onde o eunuco estava lendo (Atos 8:35). Paulo começou com as imagens dos atenienses (Atos 17:22-23). Semelhantemente, Estêvão pregou aos judeus (pessoas que seguiam a lei dada no monte Sinai) usando diversos personagens do Antigo Testamento. Cada exemplo serviu para reforçar seus temas principais.

Uma vez que Estêvão citou todos esses exemplos históricos, a conclusão foi óbvia. Da mesma forma que outros servos escolhidos por Deus foram rejeitados no passado, os judeus em Jerusalém haviam rejeitado Jesus.

Na conclusão da defesa, Estêvão não procurou se justificar, nem tentou agradar aos ouvintes. Ele falou a verdade, custa o que custar: "Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.

Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos, vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a guardastes" (Atos 7:51-53). Como o Senhor morreu, o servo também chegou ao fim da vida aqui. Estêvão foi apedrejado.

O exemplo de Estêvão nos desafia ainda hoje. Numa época que até muitos cristãos fogem de qualquer crítica, a coragem de Estêvão serve para nos encorajar. Quando temos convicção da verdade, devemos falar e defender o nome do nosso Senhor.

 O CRISTÃO E SUA COROA

Afirmar que a perseguição e o sofrimento por causa do evangelho são motivo de alegria e de glória para o cristão (veja I Pedro 4: 13-16) parece ser uma mensagem que não encoraja a ninguém. Mas é isso que vemos na vida de Estêvão e de todos os homens que entregaram suas vidas por amor a Jesus. Fizeram isso com alegria, apesar da dor. Há uma coroa de glória para aquele que perseverar até o fim, Mt 24: 13. Estêvão recebeu o seu prêmio, At 7: 56.

a) Estêvão confessa a Jesus, At 7: 54. Mesmo diante de uma atitude de revolta e agressão, Estêvão teve forças para dizer: "Senhor, lhes imputes este pecado", v. 60. Ele estava confessando Jesus diante dos homens, Mt 10: 32 e Mc 8: 38;

b) Jesus recebe-o diante do Pai, At 7: 56. Ao partir para a eternidade, Estêvão exclama: "Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, em pé à destra de Deus". Jesus dá as boas-vindas ao primeiro mártir da história do Cristianismo, que morria por amor a Ele.

CHAMADO À PERSEGUIÇÃO

Depois da morte de Estêvão, desencadeou-se uma gran¬de perseguição contra a igreja. Quem seria o próximo a morrer por amor a Jesus? Naqueles dias, homens e mulheres eram presos e açoitados, e muitos foram mortos, At 8: 2; 22: 19, 20; 26: 10, 11. Era o início de uma perseguição que atravessaria os séculos e chegaria até nossos dias. Deus usou a perseguição daqueles dias para dar impulso à obra missionária, 8: 4. A igreja precisa conhecer, pelo menos, três grandes verdades a respeito da perseguição:

a) Designados para a perseguição, I Ts 3: 3. tribulação, perseguição e aflição são fatos que fazem parte da vida cristã. Deus não nos chamou para uma vida de mar de rosas, mas para sofrermos o restante das aflições de Cristo, Cl 1: 24.

b) Os bem-aventurados. Em Mateus 5: 1-12 encontramos a lista dos bem-aventurados. No verso 10, Jesus promete o Reino dos céus àqueles que forem perseguidos por causa da justiça, Mt 6: 33. Nessa palavra está implícita a glória do cristão que é a sua coroa, Tg 1: 12, Ap 2: 10, 3: 11 eIITm4: 8;

c) O preço de uma vida piedosa, II Tm 3: 12. Quanto mais o cristão procura santificar-se, pregar a Palavra, orar, jejuar, contribuir com a obra Senhor, parece que as lutas mais aumentam. Uma vida piedosa e consagrada a Deus tem como preço as perseguições, problemas e dissabores.

Temos poucas informações sobre a vida de Estêvão. Um homem bom e dedicado perdeu a sua vida por causa do evangelho. Mas desse pequeno relato, podemos aprender muito. Considere estas lições da vida e da morte de Estêvão: Deus sempre é o mesmo. Deus sempre quer a fé obediente. Homens maus rejeitam Deus e seus servos. Devemos pregar Jesus crucificado (1 Coríntios 2:2).
 Devemos pregar o que os ouvintes precisam, não o que eles querem ouvir (2 Timóteo 4:1-5).

Estêvão nos mostra que a palavra de Cristo é mais importante do que a nossa própria vida, ilustrando bem o princípio que Jesus ensinou: "Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á" (Mt 10:39).

A Bíblia nos aconselha à fidelidade até a morte quando então receberemos a coroa da glória. E que o Senhor nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor em nome de Jesus, amém...

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.