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quinta-feira, 31 de março de 2016

PROFETA ISAIAS E A SANTIDADE...


                                           PROFETA ISAIAS E A SANTIDADE...
Foi no ano em que o rei Uzias morreu que o profeta Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Perguntamo-nos a nós mesmos se isto foi mera coincidência ou será que o momento foi escolhido por Deus? Foi planejado por Deus e por um propósito. O contraste entre o Senhor e o rei Uzias e entre o Senhor e Isaías era grande demais para ser medido.

O POTENTADO

A soberba precede a ruína ( Pv 16.18).

Uzias é chamado de Azarias no Livro de Reis. Cogita-se que Uzias fosse seu nome de entronização e Azarias o nome pessoal. Reinou por 52 anos em Judá, a partir dos 16 anos, entre 791 a 740 a.C.

O nome Uzias significa “O Senhor é a minha força”, enquanto Azarias significa “A quem o Senhor ajudou”.

Ele foi um rei notavelmente bem-sucedido em Jerusalém, guerreiro e administrador competente, hábil em organizar e delegar. Teve êxito na guerra e na paz, no planejamento e na execução de seus projetos em terra e mar; em edificar cidades e desenvolver a agricultura e pecuária.

Suas realizações lhe trouxeram a grande fama, pois chegou a expandir as terras de seu reinado a ponto dela ser igualada ao tamanho geográfico do tempo em que Salomão reinava. Teve vitórias sobre as nações ao seu derredor, contando com a ajuda do ministério do profeta Zacarias e um exército altamente treinado e fiel portando equipamento bélico de ponta para a sua época.

Depois da morte de Zacarias, demonstrou fraqueza ao dar lugar ao pecado do orgulho, superestimou sua importância ao considerar as grandes conquistas que obteve. Vendo todas as coisas que empreendeu e que deram certo, presunçoso, aos poucos deixou a soberba dominar seu coração e lhe cegar. Ao acumular os atributos do rei e dos sacerdotes ao mesmo tempo, que era proibido aos hebreus, daí por diante sofreu de uma contagiosa doença da pele.

Como rei, segundo a Lei de Moisés não poderia adentrar no Templo e queimar incenso no altar de incenso, que ficava no Lugar Santo (Êx 30.1-8; Nm 3.10).

Falhou feio, pois Deus não lhe havia designado a função do sacerdócio. Além disso, deixou de remover muitos dos símbolos de idolatria na terra. (2 Re 15.4).

Parte do orgulho de Uzias também veio da sua falta de gratidão. Os cronistas dos Livros de Reis, capítulo 15.1-7, e Livros de Crônicas, 26.1-23, não fizeram nenhum relato de que ele tenha mostrado algum apreço a Deus pelas maravilhosas dádivas que recebeu. Ele não reconheceu que seu sucesso proveio do favor de Deus, que lhe deu saúde e tino certo para governar, e através das pessoas que estavam em sua volta e o ajudaram (2 Cr 26.5, 8, 11-13).

Mesmo na morte e no sepultamento o rei Uzias permaneceu isolado. Em vida ele conheceu períodos de grande glória, mas por não dar crédito a Deus por suas vitórias, e com soberba profanar o Templo, passou ao ostracismo total e irreversível, se tornando leproso e morando em local isolado até morrer. Em geral, o corpo do rei era depositado no sepulcro real como última homenagem, mas ele ao ser enterrado não recebeu a honra de ser sepultado junto aos outros reis de Israel.

A chamada do Profeta Isaias

O Senhor é superior ao soberano de Judá. Como também, ao profeta Isaías.

A visão que Isaías recebeu foi oportuna, pois ele viu a majestade do Senhor. A visão da magnificência do Senhor levou Isaías a ver a sua própria insignificância. A pureza do Senhor fez com que Isaías reconhecesse a podridão do seu próprio coração.

Isaías admitiu que era “um homem de lábios impuros”. A sua linguagem era poluída, a sua conversa impura, as suas palavras não sadias e de caráter duvidoso. Além de ser um homem de lábios impuros, ele vivia no meio dum povo de lábios impuros.

O profeta viu o Senhor vivendo numa cena absolutamente pura e perfeita e entre seres angelicais que jamais pecaram e que pelas suas ações e postura reverente demonstravam grande respeito para com o Ocupante do Trono celestial.

Os serafins no céu nunca pecaram. Anjos podem pecar e alguns já pecaram, mas os que continuam no serviço do Senhor não pecaram. O Deus que Isaías viu é Santo, é-Lhe impossível pecar.

Antes de receber a visão, Isaías tinha prazer em denunciar os outros. Capítulo 5 registra os “Ais” de denúncia de Isaías. Porém, ele reconheceu que para transmitir a mensagem divina, ser enviado da parte de Deus é absolutamente necessário que os lábios do profeta sejam purificados.

Isaías ouviu a voz dos serafins dizendo que “Deus é três vezes Santo” e viu o seu efeito. Os batentes das portas tremeram e o Templo ficou cheio de fumaça. A fumaça aqui não foi a nuvem de glória que pousava por sobre o Tabernáculo.

A palavra empregada aqui é associada com “ira”, “fogo” e “julgamento”. Não é de se admirar que Isaías denunciasse a si mesmo: “Ai de mim! Estou perdido!”. Quão grande é a graça e a misericórdia de Deus, pois o fogo não consumiu Isaías, mas a brasa viva do altar purificou os seus lábios.

1. Isaías recebeu sua visão inaugural a cerca de 742 a.C., por ocasião da morte do Rei Uzias, Vs. 1, "No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo".

2. O Rei Uzias, era também conhecido por Azarias, e talvez, este fosse o seu nome original, 2 Rs 14.21, "E todo o povo de Judá tomou a Azarias, que já era de dezesseis anos, e o fizeram rei em lugar de Amazias, seu pai".

3. O Reino próspero de Uzias (52 anos), 2 Rs 15.1-3, "1 No ano vinte e sete de Jeroboão, rei de Israel, começou a reinar Azarias, filho de Amazias, rei de Judá. 2Tinha dezesseis anos quando começou a reinar, e cinqüenta e dois anos reinou em Jerusalém;

e era o nome de sua mãe Jecolias, de Jerusalém. 3 E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Amazias, seu pai", produziu entre o povo de Judá um sentimento falso de segurança.

4. Com a morte do Rei, a estrutura da Nação, foi abalada. Isaías contristado sobe ao Templo para adoração. A passagem envolve:

I - UMA PROFUNDA EXPERIÊNCIA COM DEUS

1. "Vi o Senhor", Vs. 1. Talvez, esta expressão fosse figurada, mas podemos analisar os detalhes da visão:

a. Visão do trono:

a.1. Sl 10.16, "O Senhor é Rei eterno; da sua terra perecerão os gentios". Rei se assenta no trono.

a.2. 1 Rs 22.19, "Então ele disse: Ouve, pois, a palavra do Senhor: Vi ao Senhor assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda".

b. Visão das "Abas da vestes de Deus" - Vestido inteiro.

c. Visão dos Serafins. Os Serafins são seres abrasadores. Eram assistentes, ou servidores do trono celestial. Não são mencionados em nenhum outro lugar das Escrituras.

2. Outros homens tiveram este tipo de visão, antes de suas chamadas ao serviço de Deus:

a. Moisés, Êx 3.1-6, "1 E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe.

2 E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.

3 E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima.

4 E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui.

5 E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.

6 Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus".

b. Jeremias, Jr 1.4-9, "4 Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 5 Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. 6 Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino. 7 Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás.

8 Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o Senhor. 9 E estendeu o Senhor a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca".

c. Saulo, At 9.3-6, "3 E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.

4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?

5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.

6 E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer".

3. Nem todos os chamados precisam ser através de experiências sobrenaturais, mas todos necessitam de uma experiência com o Senhor! Exemplo - Saulo e Barnabé, At 13.1-3, "

1 E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, Cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.

2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

3 Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram".

4. Se você se julga chamado por Deus e não teve uma experiência com Ele, reavalie sua posição.

II - UMA POSIÇÃO DE HUMILDADE EM RELAÇÃO AO PECADO

1. Muito cuidado com o chamado orgulho espiritual, ou seja, você se julgar "mais santo", "melhor de todos", Jo 13.12-16, "12 Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?

13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 16 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou".

2. Isaías sentiu seu pecado, seu quadro de miséria diante de Deus: "Ai de mim", "estou perdido".

3. Talvez, Isaías, tivesse sentido mais o seu quadro de pecador diante do fato de poder ver a glória de Deus tão próxima, Êx 33.20, "E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá". Ninguém podia ver a face de Deus e continuar vivo, Êx 19.21, "E disse o Senhor a Moisés: Desce, adverte ao povo que não traspasse o termo para ver o Senhor, para que muitos deles não pereçam".

4. Reconheceu seu pecado diante do Senhor, Vs. 5, "Sou um homem de lábios impuros...".

5. É através da fraqueza, que Deus suscita força. Fraqueza aqui, significa admitir a existência do pecado, que deve ser confessado e perdoado:

a. 2 Co 12.10, "Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte".

b. Êx 3.11, "Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?"

c. Êx 4.10, "Então disse Moisés ao Senhor: Ah, meu Senhor! eu não sou homem eloqüente, nem de ontem nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua".

d. Jr 1.6, "Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino".

6. Se você deseja ser usado pelo Senhor, admita suas limitações.

III - UMA DISPOSIÇÃO PARA O SERVIÇO

1. A pergunta de Deus sugere uma resposta de escape, ou de entrega: "A quem enviarei, quem há de ir por nós?"

2. Dentro da pergunta, está subentendida a necessidade da Obra, Lc 10.2, "E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara".

3. A disposição de Isaías é inquestionável e notável: "Eis-me aqui, usa-me a mim".

4. Muitos homens de Deus, têm tido no passado, este comportamento diante da chamada divina:

a. Abraão, Gn 12.1-4,

"1 Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

2 E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.

3 E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. 4 Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã".

b. Eliseu, 1 Rs 19.19-21, "19 Partiu, pois, Elias dali, e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele, e ele estava com a duodécima; e Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele. 20 Então deixou ele os bois, e correu após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei. E ele lhe disse: Vai, e volta; pois, que te fiz eu? 21 Voltou, pois, de o seguir, e tomou a junta de bois, e os matou, e com os aparelhos dos bois cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram; então se levantou e seguiu a Elias, e o servia".

c. Os Discípulos, Mc 1.16-20,

"16 E, andando junto do mar da Galiléia, viu Simão, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.

17 E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.

18 E, deixando logo as suas redes, o seguiram.

19 E, passando dali um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes, 20 E logo os chamou. E eles, deixando o seu pai Zebedeu no barco com os jornaleiros, foram após ele".

5. Coloque-se à disposição de Deus nesta noite.

A chamada do profeta Isaias se dera no capítulo 1 do seu livro sem, contudo ser mencionado por ele; já no 6º capítulo ele recebe a confirmação de sua chamada. Nós consideramos que ali foi uma consagração superior já que ele já profetizara anteriormente.

Mas pra que isto viesse a ocorrer Deus retirou uma das coisas mais primordiais da vida dele que foi o seu primo e Rei de Judá Uzias.

Quem sabe se a exemplo do que ocorreu com ele e Abraão Deus não está retirando algo que mais lhe agrada para que você possa desfrutar de maiores bênçãos e aproximação da sua presença?

Que Deus nos ajude a passar pelas dificuldades da vida quando então poderemos desfrutar das suas grandiosas bênçãos para a glória do seu nome. Amém...

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

quarta-feira, 30 de março de 2016

COMIDAS IMPURAS SERÁ?

                                                    COMIDAS IMPURAS SERÁ?

I TIMÓTEO 4:1-5

“Mas o espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência de alimentos que deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; porque tudo o que deus criou é bom, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças; porque pela palavra de deus, e pela oração, é santificada”.

É muito comum algumas pessoas se apegarem a esta passagem da Bíblia para justificarem o fato de que, segundo elas, a "nova aliança" (ou "dispensação" para os mais "chiques") não exige mais obediência aos princípios alimentares do Antigo Testamento (cf. Lev. 11).

Mas... é isso mesmo?
Alimentos declarados como imundos na Bíblia são purificados pela oração?

Há dois problemas com esse tipo de interpretação:

1o. A contradição com outras passagens da Bíblia:


·                     Isa. 66:17 - “os... que comem carne de porco, coisas abomináveis e rato serão consumidos, diz o Senhor”.
·                     Salmo 89:34 - “...não alterarei o que saiu dos Meus lábios”.
·                     2Cor. 6:17 - “...não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei” (Isa. 52:11; Deut. 14:8).
·                     Apoc. 18:2 - “...babilônia, ...esconderijo de toda ave imunda e detestável”.
2o. Muito dificilmente os defensores dessa posição comeriam, mesmo com muita oração, certos animais. Teríamos também que admitir a prática do canibalismo, se os canibais apenas orarem antes de comer. Absurdo!!!!

Analisando o texto

“Mas o espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência de alimentos que Deus criou para os fieis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; porque tudo o que Deus criou é bom, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças; porque pela palavra de deus, e pela oração, é santificada” (grifos acrescentados).

1. Apostasia da fé, doutrina de demônios, mentira - podemos dizer que as orientações bíblicas sobre alimentação são de natureza “apóstata”, “demoníaca” ou “mentirosa”? É claro que não!


·                     Em Lev.11 é onde estão as leis sobre animais limpos e imundos, e o texto começa com a expressão “disse o Senhor a Moisés...”.
2. Proibir casamento - os que gostam de criticar a Igreja Adventista por defender os princípios de saúde do AT ficam com uma grande dificuldade aqui, pois a IASD não pratica o celibato.

3. Quais os alimentos que Deus criou para os fieis que conhecem a verdade?


·                     Gên. 6:9 diz que Noé era justo, íntegro e andava com Deus. Noé era um fiel e foi o primeiro (mencionado na Bíblia) a conhecer a verdade sobre os animais limpos e os imundos (7:1-2).
A Bíblia faz separação entre os alimentos dos fieis e dos infiéis


·                     Deut. 14:21: “não comereis nenhum animal que morreu por si. Podereis dá-lo ao estrangeiro [infiel], que mora nas vossas cidades, ou vendê-lo ao estranho. Mas vós sois povo santo [fiel] ao Senhor vosso Deus”.

4. Tudo o que Deus criou é bom? Sim, mas nem tudo se come!


·                     Prov. 16:4: “O Senhor fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade”.

Sendo assim, Deus fez tudo bom:

·                     Os vegetais - para alimento, antes do dilúvio (Gên. 1:29).
·                     Certos animais - para alimento após o dilúvio (Gên. 9:3), por tempo de terminado.
·                     Outros animais - para ornamentação, cargas, limpeza, equilíbrio ecológico, etc. (mas não para alimentação).
5. Oração e ação de graças

Em 1Tess. 5:18 somos admoestados a dar graças a Deus por tudo.

Algumas mudanças operadas pela oração:

·                     Êx. 15:23-25 - águas amargas ficaram doces.
·                     Êx. 17 - da rocha jorrou água.
·                     2Reis 2:19-22; 4:38-41 - o veneno da sopa e das águas foi neutralizado.
·                     Marcos 16:18; Atos 28:3-6 - o veneno de serpentes e em bebidas perdeu o efeito.
Mas não há NENHUM relato na Bíblia que nos faça crer que, pela oração, um animal imundo, vivo ou morto, tenha sido transformado em animal limpo. Só se for em escritos apócrifos...

Na visão simbólica de Pedro em 
Atos 10 (também muito usado pelos que gostam de comer todo tipo de alimentos imundos), não são os animais, mas os gentios (que eram considerados como animais pelos judeus) que são purificados (v. 28).

A que Paulo, então, se refere em 1Tim. 4:1-5?

Houve uma heresia grega que floresceu no seio do cristianismo primitivo, chamada de gnosticismo, que entre outras coisas afirmava ser a matéria (corpo) algo mau.
Sendo assim, alguns renegavam a tudo o que fosse material, como certos alimentos (para eles eram criados por uma divindade inferior), e o casamento. Simpatizantes destes pensamentos gnósticos chegaram a afirmar até que Jesus não tinha um corpo, apenas “parecia ter”, caso contrário Ele não poderia ser considerado um perfeito Messias.

Outros se entregavam às mais degradantes práticas, por crerem que não importava o que fizessem com o corpo, pois isso não afetaria seu espírito.


Portanto, o que Paulo estava atacando era este movimento filosófico que tentava impor regras de vida para as pessoas, não como tentativa de adoração ao Senhor, mas sim como meio de “maltratar” e subjugar a carne – o corpo.

Nada tinha que ver com os alimentos imundos descritos em todo o restante das Escrituras.

Por mais que os descrentes (e até alguns "crentes") desejem justificar seus maus hábitos alimentares, jamais poderão usar a Bíblia para isso, pois ela sempre defendeu o uso de uma alimentação saudável, equilibrada e livre de artigos condenados pelas leis divinas...

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

terça-feira, 29 de março de 2016

IGREJA DE CRISTO E A SEXUALIDADE...


                                    IGREJA DE CRISTO E A SEXUALIDADE...
Muitos já ouviram falar desse espírito maligno e de seus males contra a Igreja do Senhor Jesus. Outros sequer ouviram falar de tal coisa. No entanto, o que exatamente isso tem a ver com nossas vidas? Estudando sobre o assunto, cheguei à conclusão que isso afeta a primeira congregação que Deus estabeleceu: a família. Se você quer se casar, ou já é casado, e quer ter um relacionamento saudável à luz da Palavra de Deus, você precisa ler esse artigo! 

Bom, vamos começar esclarecendo que tal espírito imundo é uma potestade que atua a nível mundial, não se restringindo ao Brasil apenas. Em Ef. 6:10 e ss. Paulo nos ensina que existe uma hierarquia no reino do inimigo. Um estudo das palavras gregas escritas no original explica que principados (arche) governam territórios, potestades (exousia) governam sistemas, dominadores (kosmokrator) governam indivíduos, e, hostes espirituais (poneria pneumatikos) da maldade são ‘soldados rasos’, por assim dizer, que cumprem ordens, e são tão terríveis quanto os de maior hierarquia. 

Este espírito maligno atua no sistema religioso buscando corromper a Igreja de Cristo, principalmente impedindo o fluir do Poder do Espírito Santo, a operação dos dons, especialmente o de profecia, já que não havendo profecia o povo se corrompe (Pv 29:18). Por isso o ódio homicida que esta entidade tem contra os profetas do Senhor. 

A essa altura você pode estar pensando: “Mas eu não sou profeta. O que eu tenho com isso?”. É bem provável que você seja e não saiba vez que a presente geração é uma geração de atalaias da última hora (quem sabe até minutos...). 

Em Ap 19:10, as Escrituras afirmam que “o testemunho de Jesus é o Espírito da profecia”. Assim se você já aceitou a Jesus Cristo, você é uma testemunha de Cristo, pois possui o Espírito da Profecia, Aquele que ressuscitou a Cristo dos mortos habitando dentro do seu espírito. O profeta não é só aquele que profetiza, é, em síntese, “a boca de Deus na Terra”, e Deus fala através de várias maneiras, sonhos, visões, nosso testemunho como cristão, e, principalmente pela Sua Palavra. 

Também quero deixar claro que, antes da vinda do Senhor Jesus a esta terra, houve uma voz que clamava no deserto e preparou o caminho para o Senhor: João Batista, que detinha a mesma unção que estava sobre Elias (e Eliseu também), veja as seguintes referências Is 40:3; Mt 3:3, Mc 1:3, Lc 3:4, Jo 1:23 e Mal 4:5 e 6. Essa última passagem diz o seguinte: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.” Assim, da mesma forma como João Batista detinha a mesma unção que estava sobre Elias para preparar o caminho de Jesus, nós, a geração da última hora, possuímos a mesma unção que estava sobre Elias para preparar o caminho de Jesus, agora na Sua volta. 

Logo, se você pensava que não tinha um chamado profético se enganou muito! Tenho certeza que você tem caso contrário não estaria lendo este artigo. 

Agora que você sabe do seu chamado profético, voltemos ao assunto principal deste artigo. 

Vemos que a atuação dessa potestade pode ser observada através da vida da rainha pagã escolhida por Acabe para governar Israel ao lado dele: Jezabel. Daí o “nome”, ou melhor, a referência à Jezabel dada a essa potestade. 

O quadro pintado no Antigo Testamento, o qual envolve Elias, Acabe e Jezabel, se repete no Novo Testamento com João Batista, Herodes e Herodias. 

Se você achar interessante o que será exposto a partir desse trecho, principalmente no que tange à família, sugiro a você o seguinte material: 

Vamos às características das “personagens”: 

A) Elias/João Batista: são os profetas do Senhor, os quais procuram viver e andar no Espírito, crucificando sua carne. Têm, dentre muitas outras característica, as seguintes: 

1) Tem por missão apontar o caminho do Senhor ao povo; 

2) Apresenta Jesus; 

3) Sabe lidar com o tratamento de Deus para sua vida; 

4) Não tolera religiosidade (que nega o poder e a intimidade com Deus), mas expõe e prega o arrependimento de pecados com amor e justiça, prepara o caminho do avivamento (Lc 3:4-6); 

5) Promove a restauração familiar e a quebra da rebelião (tem que ser do meu jeito) (Lc 1:15-17); 

6) Não teme a intimidação de Jezabel; 

7) Anuncia a Verdade sem restrições ou maquiagens; 

8) Não aceita lisonjas porque sabe que o Poder e a Glória são do Senhor. 

Infelizmente, estão faltando pessoas assim na Igreja hoje. 

B) Acabe/Herodes: é o espírito maligno que alimenta Jezabel com insegurança, carência e fraquezas de ordem moral. É a face obscura do espírito de Jezabel. Fermento de Herodes. 

1) A pessoa afetada sempre ocupa uma posição de liderança e se caracteriza pela autopiedade (sou um “coitadinho”). 

2) O espírito de liderança dessa pessoa é dependente (não de Deus), doentio e controlador. A pessoa é um manipulador passivo, emocional, como uma criança mimada. Sabe “ganhar perdendo”, é sempre a vítima e exagera seus problemas. Faz das suas fraquezas um poderoso instrumento de manipulação. Manipula sendo manipulado. 

3) A pessoa influenciada por este espírito de Acabe também tem por característica a insensatez, imaturidade, temendo mais aos homens do que a Deus. Vale tudo para manter a aparência. 

4) Adora uma lisonja e sua posição, e, não sabe exercer a autoridade dada a ele por Deus em virtude dessa posição que ocupa. E o espírito de Jezabel se aproveita disso. 

5) Muitas vezes a pessoa tem consciência que o Senhor é com o profeta (Herodes ouvia as palavras de João Batista, mas não queria crescer, queria continuar na carência, no erro e na inconstância, embora temesse o profeta – Mc 6: 14-28), mas prefere servir ao espírito de Jezabel porque ela satisfaz seus caprichos, inclusive sexuais (no caso da rainha pagã imoral Jezabel, Herodias, a dança de Salomé, etc.), o que denota seu egoísmo e egocentrismo. 

6) Concilia Religiosidade, Ética e Imoralidade. 

7) Amigo do Evangelho, mas não abandona o pecado. 

C) Jezabel/Herodias: as características desse espírito que podem ser observadas nas pessoas por ele possuídas e/ou influenciadas são: 

1) Manipulação por excelência. Pessoa dominadora e autoritária. Ao contrário do Acabe, que é um “manipulador passivo”, ou seja, manipula através da autopiedade, Jezabel é uma “manipuldora ativa”, vale dizer, ela mesma arma o esquema, é ousada para fazer o mal. Ela “controla os fantoches” 

2) Principais características: a intimidação, o engano, a rebelião, a religiosidade e o oculto. 

3) Busca títulos e posições. Esse espírito influencia diretamente a liderança (marido, gerente, pastor, etc.) em virtude do espaço que a própria liderança lhe confere, e isso em virtude da sua insegurança e carência. Herodias e Jezabel levavam, respectivamente, Herodes e Acabe “na palma da mão”. Faziam tudo que eles queriam. Concordavam e apoiavam tudo que eles faziam mesmo se estivesse muito errado. Assim, usam a autoridade alheia para atingir seus objetivos malignos. 

4) Usa o desprezo como arma. Pisa nos fracos e nos indefesos para se sobressair, inclusive ressaltando a falha dos outros para poder aparecer. Se alimenta das fraquezas da pessoa que ocupa uma posição de autoridade. 

5) Tendência para imoralidade, sensualidade (imoralidade latente), desprezando a família. Tem por objetivo destruir a família (Herodias abandonou seu marido para se unir a Herodes, porque este tinha posição de autoridade, e expôs a própria filha à imoralidade ao próprio Herodes e aos que estavam à mesa com ele, só para ter a cabeça do profeta. A religião de Jezabel incluía cultos à imoralidade com todo tipo de orgia sexual). Herodias tem sua própria filha debaixo de seu jugo. Também Herodias tem Herodes debaixo de seu jugo, de tal forma que ele dá um presente para Herodias no seu próprio aniversário (ver Mc 6:21-28). 

6) Sutileza. Sabe jogar com as pessoas. Proporciona um ambiente de falsa paz mesmo vivendo no pecado. Consciência cauterizada.

7) Adora agir sorrateiramente, inclusive usando artimanhas religiosas como o jejum apregoado para acusar Nabote, o qual morreu “em nome de Deus”, acusado pelos anciões da época de “blasfemar”, pois Acabe queria roubar sua herança. Note que ainda assim o nome de Jezabel não apareceu, mas era ela quem estava por trás de tudo. 

8) Age no oculto e no escondido. Uma das principais ferramentas para se manter oculta é o engano, a imitação, a falsa profecia, o torcer da Verdade. Aqui também vale tudo para manter a aparência. 

9) Odeia os profetas porque eles a expõe e tiram dela esse manto de ‘invisibilidade’, do oculto, do escondido. Seu intento é matá-los. 

10) Seu principal propósito é tirar as pessoas da sua posição conforme a Palavra de Deus. Age entre pais e filhos. Marido e esposa. Líderes e liderados, etc. 

Importante apontar que Jezabel não vive sem um Acabe. Um “se alimenta” do outro. Um depende do outro, em uma espécie de relação de simbiose doentia e maligna. Estamos diante de dois espíritos malignos (o de Jezabel e o de Acabe) que se unem para se “auto-nutrir”, e têm por fim matar os profetas do Senhor e corromper o povo de Deus. 

Interessantíssimo colocar que este espírito de controle (Jezabel) atua sobre (tem como plataforma) a autoridade ilegítima, ou, a autoridade legítima utilizada de forma abusiva ou minimizada/passiva. 

Sabe o que mais me impressionou? É que este esquema é aplicado pelo diabo em nossas famílias, onde o marido não toma sua posição como líder, sacerdote, protetor e provedor do lar. Ele se omite. Um verdadeiro Acabe. E isso ocorre muitas vezes por imaturidade, pelo homem não se desligar dos pais, por falta de experiência e de busca para com Deus, etc. 

Daí a esposa se sente insegura, pois a mulher precisa da segurança do marido que é a cabeça do casal. Deus fez assim. E, em virtude dessa insegurança, a esposa toma à frente das situações, pois o marido não o faz. E, aos poucos, temos uma inversão de valores e papéis, a saber: um marido “banana” que não é o sacerdote da casa, que não sabe tomar decisões, que não protege sua esposa e filhos, que se omite em buscar a Deus, etc., e uma mulher que manda no marido, toma as decisões da casa e, é, por vezes, a sacerdotisa do lar, já que o marido não tem comunhão com Deus. 

Quanto a isso não me entendam mal. A mulher deve busca ao Senhor, deve assumir sua posição como sacerdotisa do Deus vivo, mas a responsabilidade de ser o sacerdote da casa é do marido e não da mulher, e quando isso não ocorre, a mulher acaba ocupando essa posição, e ocorre uma distorção do plano de Deus para a família. 

Esse é o retrato de muitas famílias, inclusive dentro da Igreja. 

Hoje a sociedade está tão impregnada disso, que o que mais se tem são crianças sem a figura do pai, as quais crescem sem a referência da paternidade, seja pela ausência física e/ou emocional. Mulheres que lutam sozinhas para criar seus filhos, sem qualquer apoio ou segurança de um homem. 

Eu não quero ser machista aqui. Não é esta minha intenção. Contudo, quero chamar a atenção para um quadro demoníaco bastante sutil que vem sendo pintado na sociedade já há anos. 

Por favor, pare por um momento e pense: em qual desses três perfis traçados anteriormente você se enquadra? ... Perguntinha difícil né... É... Quando essas informações chegaram até mim também fiz essa pergunta, e cheguei à conclusão que é preciso ter coragem para enfrentar a realidade, e também a Verdade. 

O modelo biblicamente correto seria uma família onde o pai é o sacerdote, aquele que tem comunhão (de preferência absoluta) com o Espírito de Deus, o líder, protetor e provedor, repassando a segurança e o amor de Deus para sua família, onde a esposa o auxilia, inclusive espiritualmente, cada um com seus ministérios, que se completam e se fundem, e os filhos obedecendo aos pais, os quais têm a responsabilidade de orientá-los para um caminho santo com Jesus, e protegê-los do mal. 

Embora essas não sejam minhas áreas, é interessante apontar o que alguns estudos da psiquiatria, psicologia e até pedagogia expõe: as meninas se apoiam muito nos pais, enquanto têm a mãe por exemplo de mulher. Já os meninos se apoiam muito nas mães, enquanto têm o pai como exemplo de homem. Isso é comprovado cientificamente, porém não temos espaço para tecer maiores comentários a respeito do tema. 

Agora, se a figura paterna se ausenta, as meninas ficam sem apoio (segurança) e os meninos não têm em quem se identificar, gerando pessoas que crescem em crise de identidade. 

O diabo conseguiu inverter tanto os papéis, não só no casamento, mas na sociedade em geral, de forma que a mulher está tomando cada vez mais a posição do homem e, o homem cada vez mais toma a posição da mulher. O extremo dessa situação é o crescimento assustador do homossexualismo e do lesbianismo. 

Mais uma vez quero ressaltar a necessidade de equilíbrio. Não quero dizer aqui que a mulher deva deixar de trabalhar, estudar, ou que não tenha ministério, inclusive profético, na Palavra, nas inúmeras manifestações do Espírito Santo. Não. Quero apenas apontar para esse engano sutil do maligno que tem passado despercebido durante anos dentro das igrejas. Quero ressaltar apenas que as irmãs não devem deixar seus papéis de esposa e mãe. Glória a Deus! Pois o Senhor tem levantado homens e mulheres compromissados com Ele e com Sua Palavra para combater essa distorção. 

Por fim, você sabe como a Bíblia nos ensina a destruir isso? Destruindo o Acabe. 

Se você tentar enfrentar Jezabel diretamente é bem provável que ela te fulmine, mas se você retirar o apoio dela (o Acabe), você a destrói, porque ‘ela’ não vai ter mais quem parasitar. 

Veja os exemplos bíblicos: Jezabel só foi morta por Jeú (Rei de Israel) após a morte de Acabe (ver I Re 22:31-40 e II Re 9:30-37). Também depois que Herodes morreu ferido por um anjo do Senhor, Herodias não teve mais poder e sucumbiu, pois a Bíblia nos diz que a Palavra de Deus crescia e se multiplicava depois desses acontecimentos (At 12:21-24). 

Assim, essa potestade perde sua força quando os homens tomam seus lugares diante de Deus, conforme a instrução bíblica, seja na família, seja na Igreja, etc. Lembrando que a mulher também deve se colocar em sua devida posição. 

É importante deixar claro que esses espíritos malignos de Jezabel e Acabe não têm sexo. São entidades demoníacas que atacam, preferencialmente, mulheres e homens respectivamente. 

Existem casos de homens que são possuídos ou influenciados por um espírito de Jezabel. Aqui a intimidação pode ser vista com mais intensidade, onde o homem é extremamente autoritário e agressivo (até violento), machista e impositivo, anulando e/ou esmagando a esposa, e a mulher, mesmo sabendo da situação (como traições, violência por parte do marido), simplesmente não consegue reagir. Alguns exemplos bíblicos de homens possuídos e/ou influenciados por esse espírito de Jezabel são Balaão e Absalão. 

Por fim, gostaria de apontar que, geralmente são os profetas que expõe esses espíritos malignos, como Elias, Eliseu e João Batista fizeram, mas quem deve removê-los são as pessoas que detém autoridade da parte de Deus, e não os profetas. 

Foi Jeú, Rei de Israel, quem matou Jezabel, depois que Acabe morreu. No caso de Herodias, foi um anjo do próprio Deus quem matou Herodes e, por conseq6uência, sua rainha foi removida. E, em Apocalipse 2:18-29, Jesus escreve ao pastor da Igreja de Tiatira, que era a pessoa que detinha a autoridade de Deus para remover Jezabel da Igreja. 

O objetivo desse artigo foi apenas expor uma situação que acomete a Igreja hoje. Nosso intuito é que, através do Poder do Espírito Santo e da renovação das nossas mentes pela Palavra do Senhor Jesus, nós possamos vencer, pois o desejo de Deus é que vençamos, como disse um certo pastor em uma de suas visitas à nossa congregação. Essa declaração foi algo que me marcou muito, pois Deus não quer que você e eu sejamos derrotados, mas sim, mais que vencedores em Cristo Jesus! 

E que Deus continue nos abençoando ricamente com Sua Presença, em nome de Jesus! 

Muita gente não sabe, mas hoje o espírito de sensualidade tem abalado muitas Igrejas e Ministérios. Ele é a arma mais utilizada pelo diabo ultimamente.
A partir desses últimos dias, principalmente líderes, pastores, missionários e ministros, devem ficar de olhos BEM ABERTOS. Talvez, tudo pareça bem, mas seu ministério está sendo destruído pelo espírito de sensualidade.

É uma resenha pequena, mas são diferenças GRITANTES entre o amor de DEUS e o espírito de sensualidade.

Analise. Essas diferenças podem ser usadas pelo SENHOR para salvar seu lar e seu Ministério.

Estas são as quatro dimensões do amor: largura, comprimento, altura e profundidade. Elas podem ser compreendidas em 1ª Coríntios 13:7, quando Paulo, se referindo à suprema excelência do amor, diz: "Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". Este amor NUNCA falha.

Portanto, resumindo, podemos apontar as quatro dimensões da sensualidade em contraste com o verdadeio amor que expressa toda a plenitude de Deus.

1. O verdadeiro amor tudo sofre. A sensualidade não suporta as falhas de outra pessoa nem os problemas do relacionamento.
2. O verdadeiro amor Tudo crê. A sensualidade não crê nas promessas de Deus e desconfia cronicamente da sinceridade da outra pessoa, pois enxerga a sua própria infidelidade nos outros
3. O verdadeiro amor Tudo espera. A sensualidade é impaciente e interesseira. Não espera as provisões de DEUS para o relacionamento.
4. O verdadeiro amor Tudo Suporta. A sensualidade não persevera, pois é contra a vontade de DEUS. O amor sensual sempre falha, produzindo o abandono irresponsável. E volátil, pois não é amparado pelo compromisso, sendo substituído por profundas feridas e traumas.

Que o AMOR VERDADEIRO DO SENHOR esteja em seu coração, e a partir de agora, tome mais cuidado, pois o diabo ruge como leão buscando a quem possa tragar...

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da religião Dr. Edson Cavalcante.

segunda-feira, 28 de março de 2016

RISPA UMA MÃE ANGUSTIADA...


                                            RISPA UMA MÃE ANGUSTIADA...
2Sm.21:10
Introdução: A atitude desta mulher marca este texto sagrado, que acabamos de ler. Das 34 vezes que Rispa é citada na Bíblia, ela é citada como uma das concubinas de Saul...Mas nesta passagem ela não passa despercebida...Rispa era uma mulher esquecida no anonimato...
Rispa nunca foi à esposa de Saul, ela foi a concubina... e concubina, não se oferecia, era escolhida pelo rei para ir ao palácio e ser um objeto do rei...não desfrutava de nenhuma regalia, era totalmente diferente da esposa...era um quebra galho
Nunca poderia chegar na presença do rei, sem que ele a mandasse chamar... Poderia ser morta por ordem do rei... Jamais poderia ter um contato direto com a esposa do rei...
A concubina, não possuía heranças do rei... Era rejeitada, não tinha vontade própria... Rispa vivia uma vida de sofrimento, catastrófica... Era uma forte candidata a uma doença que aflige muitas pessoas a depressão!!!
Os Gibeonitas eram um povo heveu protegido por Deus... Foram estes gibeonitas que usaram de astucia quando Josué estava conquistando toda a terra de Canaã... Para não serem morto com os demais povos, vestiram-se de mendigos e se sujeitaram a servidão de Israel....
Deus castigou a Israel por três anos e meio, sem derramar uma gota de chuva, causa disso, se não chove não tem comida...houve fome!!! Davi consulta ao Senhor e Deus fala a Davi que aplacaria a sua ira depois que o pecado provocado por Saul, que quase dizimou aquele povo com a sua sede de sangue...
A reparação é terrível... Quando se peca o ser humano, não esta nem ai pelas consequências que o pecado vai causar... Na hora do ato pecaminoso, é bom, maravilha, se revira ate os olhos... Mas quando vem a consequência, ai o cenário muda... Parece que o céu da nossa alma se escurece e em quanto não haja um conserto, com Deus, uma reparação, uma retratação.. Deus não muda o quadro... Mesmo assim, Deus perdoa, mas a consequência você vai sofrer!!
Foi o que aconteceu aqui neste texto sagrado... Davi manda chamar os representantes do gibeonitas para uma audiência e pergunta o que eles querem, para reparar o pecado cometido por Saul... eles não queriam derramar sangue inocente, nem lutar, pelejar contra Israel... eles queriam sete filhos de Saul...
Davi pouparia somente a Mefibosete (filho de Jonatas), mas manda seus soldados buscar os cinco filhos de Merabe, filha de Saul e dois filhos de Rispa... eu imagino como foi a chegada dos soldados na casa de Rispa...imagino o olhar daquela mulher, triste por natureza, que não herdara nenhum dos bens de Saul a não ser os seus filhos que para ela era a maior herança... quando ela houve o rei mandou que levemos seus filhos, para serem enforcados pelos gibeonitas.... não sei qual foi a reação dessa mulher...se ela chorou, se gritou, se despediu..não sei...deve ter sido horrível...
Os gibeonitas não queriam simplesmente matar os descendente de Saul...matar seria fácil....eles queriam mais que isso....ele queriam humilhar, envergonhar...aqui eu faço uma pausa....satanás não quer somente a sua morte...matar não adianta nada para satanás...primeiro ele vai envergonhar... a queda dos justos é o prazer de satanás...ele quer a tua derrota, a tua queda e a tua vergonha...ele veio matar(o seu espírito) roubar(a sua salvação) e destruir(sua alma)... Ele te humilha perante o Senhor!!!
A morte por enforcamento era humilhante, vergonhosa... Somente aos hereges, apostatas e não para aqueles príncipes, que querendo ou não eram príncipes, eram filhos de um rei, a saber, Saul... Esta era a sentenças dadas pelos gibeonitas.... o que eles conseguiram foram envergonhar os príncipes diante do povo.... Sete príncipes todos mortos no mesmo dia e na mesma hora... Os súditos passavam e uns diziam aos outros vejam: não são estes os filhos de Saul? Ei este ai não era crente, pregador, não era aquele cantor fulano de tal...É isso que satanás faz...vergonha, humilhação...
Alguém já viu uma pessoa morta por enforcamento? Eu já, certo dia um vizinho se suicidou enforcado, fui La ver a horrível cena....o rapaz estava com a sua língua quase toda fora de sua boca com os olhos esbugalhados e o seu rosto todo azulado....
Imaginem os filhos daquela mulher, que cena macabra....mas a atitude desta mulher, o amor materno que ela sentia pelos seus filhos...o caso de Rispa é o mais dramático da literatura universal... Após a execução, todos voltaram para suas casa, mas Rispa não...ela continuou La, junto dos seus filhos...mortos!!! diz o texto que Rispa pega um pano de cilício (pano de saco) estendeu-o sobre uma penha(rocha) e ali ficou desde o principio da sega, ate a chuva..seis meses...por seis meses Rispa ficou ali guardando os restos mortais de seus filhos e dos cinco príncipes... Corpos humanos em decomposição... é horrível, terrível...o mal cheiro é insuportável...não somos nada...nossa carne não fale nada... Imaginem, aquela mulher... Que situação, não dormia: a noite vinham os chacais, os coiotes e ela não deixavam que se aproximassem daqueles cadáveres, durante o dia ela espantava os corvos, os urubus...
Existe situações que ate após a morte alguém tira proveito...são os urubus, os corvos....os caluniadores, os santarrões...Os semideuses, que nunca pecam... Basta alguém, cair em pecado para os urubus começarem a voar... Basta alguém morrer espiritualmente para o falatório começar... sai urubu, aqui não!!!! Olhar a desgraça dos outros é fácil... Ver enforcamento dos outros é fácil... O difícil é conviver com cadáveres que estão por ai... O difícil é cuidar deles... É aguentar a protefação deles...não estou entendendo, vai entender agora... faça como Rispa, cuide dos cadáveres, espanta os coiotes, os corvos, os urubus...mas esta morto é só cadáver...Jesus é exper. em ressuscitar morto, ressuscitar cadáveres(Lazaro já estava sepultado em estado de decomposição) Jesus disse assim Sai para fora e Lazaro ressuscitou....
PR não tem mais jeito, meu filho não tem mais jeito, vai morrer, esta jurado de morte....Jesus da jeito... Jesus não enrola ninguém... A macumba enrola, o pai de santo, te enrola, a mãe dina te enrola, a cartomante te enrola, a cigana te enrola, o budismo te enrola, santa vó rosa te enrola, espiritismo te enrola... SHEISO NO YE te enrola... Iemanjá te enrola....Jorge guerreiro, te enrola..... Jesus não, ele desenrola qualquer problema, qualquer situação!!!
Alguém passava e dizia Rispa, sai daí, você esta louca, já estão mortos...o problema que aquela mulher não podia sepultar os seus filhos..veja a extensão da vergonha e humilhação...os filhos eram prêmios dos gibeonitas...era lei... Mas ela não desistiu..mas não tinha mais nada a se fazer por aqueles príncipes...Rispa era determinada ela sabia que nada traria os seus filhos de volta, mas queria pelo menos sepultar os seus restos mortais dignamente... para com isso, isso não vai dar certo, Rispa ainda tinha que ouvir os pessimistas... tem um monte de pessimista por ai que já sepultaram os sonhos deles e querem sepultar os seu também...deixa de ser coveiro..seja profeta... Deus não vai enterrar os seus sonhos..mas ele vai ressuscitá-los....não desista, vá em frente, persista, insista...faça como Jose....não concorde com a derrota... aprenda com Rispa!!!
A noticia chega até o rei Davi... ”Rispa a concubina de Saul esta há seis meses, cuidando dos corpos de seus filhos, desde que foram enforcados...” com esta noticias Davi fica comovido e com a atitude de Rispa... Rispa conseguiu o que aos olhos humana era impossível...ela conseguiu chamar a atenção do Rei para a sua atitude....então o rei ordena que os servos preparasse o seu cavalo e uma comitiva sai a frente gritando...ai vem o rei(a quatro km a frente da 2ª)
tanto os filhos dela como também os filhos de Merabe, e os ossos de Saul e seu filho Jonatas, são resgatados para um sepultamento digno...
Se ate agora você não entendeu esta mensagem, vais entender agora...uma atitude sua pode mudar o rumo de sua vida... a atitude de Rispa contribuiu para a recuperação dos restos mortais dos filhos, e Saul e Jonatas...Hoje Deus esta tirando os teus sonhos da forca, aquilo que parecia impossível, o que estava morto, hj Deus esta tirando da forca
O teu casamento, o teu filho, a tua filha, os teus sonhos, a tua saúde, o teu emprego, a tua salvação... Deus esta resgatando nesta noite vidas das garras do inferno... o que parecia ser uma humilhação, uma vergonha... Hoje é só vitoria, vitoria, vitoria...
Pague o preço, pague o preço....insista, persista....faça como Rispa...não saia de perto dos seus sonhos, mesmo que eles estejam mortos....
Rispa montou acampamento em cima da Rocha(penha)...ele fez a casa em cima da rocha...Jesus disse a Pedro assim...tu ES pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja....aquela penha simboliza Cristo...a rocha de beribá...Rispa uma anônima, sem herança, sem filhos...foi esperta montou acampamento na rocha....quem esta na rocha, tem esperança, quem esta na rocha, alcança vitoria...quem esta na rocha não desiste.....
Ei fica na rocha, faça a tua casa na rocha...quem esta na rocha tem esperança, tem vitoria...

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

domingo, 27 de março de 2016

ESSES VÍCIOS TEM ESFRIADO A IGREJA DE CRISTO SÃO OS TAIS: FOFOCAS, CALÚNIAS, DIFAMAÇÕES, INJURIAS E MENTIRAS...


ESSES VÍCIOS TEM ESFRIADO A IGREJA DE CRISTO SÃO OS TAIS: FOFOCAS, CALÚNIAS, DIFAMAÇÕES, INJURIAS  E MENTIRAS...
“Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente.” 1 Pd 3:10 

O sentimento maior que deve existir em nossa vida é o amor a Deus (“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” Mt 22.37). Quando O amamos verdadeiramente, somos constrangidos pelo Espírito Santo a uma vida de santidade e pureza, os frutos produzidos são dignos de honra e capaz de revelar ao próximo a comunhão que possuímos com o Eterno, nestas vidas está o prazer do Senhor; são abençoadas e bem-sucedidas, transbordante do poder de Deus, cheias de autoridade e capacitadas a pisarem sobre a cabeça do inimigo; são vitoriosas! De suas bocas procedem as palavras que edificam e abençoam.
Oh Senhor! Quão lamentável é enxergarmos dentro de muitas igrejas, que o amor já se apagou por completo nos corações; e, levados por toda sorte de desejos produzidos pela carne, tornaram-se frios e desprovidos de misericórdia, duros como a pedra. Com as palavras tocam no próximo promovendo a desarmonia. É o velho homem que renasce com muita força, repleto de antigos sentimentos que são comuns aos filhos das trevas. As conseqüências são as brechas abertas nos “muros” que protegem o povo de Deus, possibilitando a ação do inimigo.
Nesta mensagem quero abordar quatro aspectos do uso inconseqüente da língua, são eles:
 1-Fofoca; 2- Calunia; 3- Difamação e 4- Mentira.
Devemos fazer uma profunda reflexão sobre como temos usado a língua, a usamos para bem ou para o mal?  Se o uso não é bênção, necessitamos rever o nosso proceder e nos empenharmos num processo de mudança, com o fim de moldar nosso agir, tomando a forma do Senhor Jesus e imitando-O. A santidade deve envolver todo o ser, inclusive o falar.
1 - Fofoca / Mexerico (intriga, bisbilhotice). 

Quão lamentável, mas este mal está dentro das igrejas, numa freqüência muito maior do que imaginamos. É o “disse que me disse”, que tem levados muitos a servirem aos propósitos maléficos, verdadeiros instrumentos do diabo. Queridos irmãos, vigie o vosso falar, para que não incorram no erro e sejam considerados por todos como fofoqueiros e indignos de confiança. Não fale mal dos irmãos e ou dos líderes. Esta prática é condenada pelo Senhor em Sua palavra, veja os textos abaixo.

Lv 19:16 “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo teu próximo. Eu sou o SENHOR.”
Pv 11:13  “O mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de espírito o encobre.”
Pv 20:19  “O mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios.”
1 Tm 6:20  “E tu... evitando os falatórios inúteis...”
2 Tm 2:16  “Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior...”
Tg 1.26  “Alguém está pensando que é religioso? Se não souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e ele está enganando a si mesmo.”
2 - Calúnia (Falsa imputação (a alguém) de um fato definido como crime. Mentira, falsidade, invenção.)

Meu Senhor! Infelizmente esta prática é relativamente comum dentro do arraial, frutificando a desarmonia e uma série de conseqüência, através das quais o corpo é enfraquecido e o inimigo exaltado. Povo de Deus é tempo de estarem vivendo em Espírito, e não permitam que as más ações encontrem terreno propício e finque raízes. Se tens alguma queixa contra outrem, seja espiritual e procure a pessoa, numa conversa franca e ungida resolva as pendências. Não permita que o diabo use da ocasião para afastá-lo da comunhão com o Eterno.

2Tm 3.1-3  “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas... desafeiçoados... caluniadores...”
Tt 3. 2  “Aconselhe que não falem mal de ninguém, mas que sejam calmos e pacíficos e tratem todos com educação.”
Sl 50. 20  “Estão sempre acusando os seus irmãos e espalhando calúnias a respeito deles.”

3 - Difamar  (Tirar a boa fama ou o crédito a; desacreditar publicamente; infamar, detrair; Imputar a (alguém) um fato concreto e circunstanciado, ofensivo de sua reputação, conquanto não definido como crime. Falar mal; detrair)

O ato de difamar, lamentavelmente, é visível entre os crentes. A satisfação de muitos é observar a  vida alheia e destacar os erros, é prazeroso para estes falar da vida do próximo. Falam do pastor, dos presbíteros, diáconos, dos irmãos mais simples, bem como, dos que são afortunados; falam também dos políticos, do patrão e muitos mais. Enfim, tudo é motivo para apontar e falar. Estes semeiam a discórdia entre irmãos e são dignos de condenação eterna.
Irmão tens queixa contra o pastor? Converse com ele, em muitos casos o problema está numa má interpretação de alguma ação; haja assim para com todos os irmãos. Pastores amados, não use o púlpito para tocar numa vida, se tens alguma queixa, sente-se com ela e converse como espirituais que devem ser.

2Tm 3.1-5 “Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.”
Tg 4.11 “Meus irmãos, não falem mal uns dos outros.”1Pe 2.1 “Portanto, abandonem tudo o que é mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas.”
Sl 101.5  “Destruirei aqueles que falam mal dos outros pelas costas...”
Pv 16:28  “O homem... difamador separa os maiores amigos.”

4 - Mentira (Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade)

O velho pecado da mentira está muito atuante entre os aqueles que se professam crentes em Deus. O diabo tem plantado a idéia que é muito mais fácil falar inverdades, a fazer uso da palavra reta. A sociedade atual tem a mentira como uma necessidade no dia-a-dia, nós como servos jamais devemos compactuar com esta visão distorcida implantada pelo diabo. Nossa palavra deve ser sempre verdadeira, esta condição se aplica em todos os aspectos da vida; seja profissional, pessoal e ou religioso. Há um conceito errôneo que a mentira tem tamanho, mas, para o povo de Deus seja qual for o tamanho, constitui-se em pecado, passível, portanto de condenação.
As advertências deixadas por Deus na Bíblia quanto a este pecado são claríssimas, portanto, injustificável o seu uso, veja:
Sl 34.13  “Então procurem não dizer coisas más e não contem mentiras.”
Sl 52:3  “Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente.”
Pv 14:5  “A testemunha verdadeira não mente, mas a falsa se desboca em mentiras.”
João 8:44  “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”
Ef 4:25  “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.”
1Pe 3.10 “Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem quiser gozar a vida e ter dias felizes não fale coisas más e não conte mentiras.”

Irmãos amados a finalidade desta mensagem não é acusar e tão pouco julgar, sim, um instrumento usado pelo Espírito Santo para falar a muitos corações que por inobservância dos preceitos bíblicos se deixa levar pelas coisas aparentes desta vida. Afinal, fomos resgatados das trevas para a luz, a fim de sermos servos puros e santos.

1Jo 3:8  “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo...”
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


sábado, 26 de março de 2016

VIDA, MORTE E VIDA...


                                                  VIDA, MORTE E VIDA...
“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” (Fil. 1.21-23)
A experiência da morte é uma realidade para todos. Os cristãos, mesmo depois de terem sido justificados pela graça de Deus, quando receberam o Senhor Jesus pela fé, e assim terem garantida a sua salvação, não são poupados da morte física, consequência do pecado original. Os filhos de Deus por adoção (os crentes) certamente passam pela morte, muito embora os que estiverem vivos quando o Senhor Jesus voltar  fisicamente a Terra não morrerão, mas serão transformados (1 Cor. 15.51-52). Apenas dois homens na história humana foram poupados da morte, tendo sido transformados em corpos glorificados e elevados (arrebatados) ao céu; e isto aconteceu antes mesmo da primeira vinda de Cristo. Esses foram Enoque (Gen. 5.24) e o profeta Elias (2 Rs. 2.11). Podemos entendê-los como exceções à regra, casos especiais.
Nós, os demais, assim como os filhos de Deus que já se foram desde o começo da história, inclusive os primeiros apóstolos e os mártires, iremos com certeza morrer e ressuscitar, “em carne e osso” no dia do retorno do nosso Senhor. Mas, o que acontece com nossa alma, depois da morte, no período entre a morte até a ressurreição?
Quando o cristão morre, sua alma fica num estado de sonolência ou vai direto para Deus e fica consciente?
A morte é a interrupção temporária da vida no corpo e a separação da alma do corpo. Quando o cristão morre, embora o corpo permaneça na terra e seja sepultado, no momento da morte, a alma (ou espírito) vai imediatamente para a presença de Deus, consciente e cheia de alegria. Quando o apóstolo Paulo pensava em sua morte, ele afirmou: “Preferindo deixar o corpo, e habitar com o Senhor” (2 Co 5.8). Deixar o corpo é estar com o Senhor Jesus. Ele também diz que o seu desejo é “partir e estar com Cristo” (Fp. 1.23). Jesus também disse ao ladrão que estava morrendo ao lado dele na cruz: “Hoje estarás comigo no paraíso[1]” (Lc 23.46). “Estarás comigo” indica que, desde aquele dia, aquele bandido que se arrependeu e reconheceu que Jesus é o Filho de Deus está com Jesus, consciente, gozando de sua presença. Outro texto bíblico que indica fortemente o estado de consciência depois da morte e antes da ressurreição é Apocalipse 6.9-11. Ali está uma referência clara a mártires que foram assassinados e que JÁ DESFRUTAM da bênção de estar na presença gloriosa de Deus, conscientes, antes da ressurreição de seus corpos.
A Bíblia não ensina a doutrina do “sono da alma”. O fato de que a alma dos cristãos vai imediatamente para a presença de Deus também significa que a doutrina do sono da alma é um erro. Essa doutrina ensina que quando os cristãos morrem, eles entram em um estado de existência inconsciente e que voltarão à consciência somente quando Cristo voltar e ressuscitá-los para a vida eterna. Essa doutrina tem sido ensinada eventualmente por alguns na história da igreja, inclusive alguns anabatistas da época da Reforma e alguns seguidores de Edward Irving na Inglaterra no século XIX. Um dos primeiros escritos de João Calvino foi um folheto contra tal doutrina, a qual nunca teve ampla aceitação na igreja. Hoje em dia, os Adventistas do Sétimo Dia são praticamente os únicos a adotarem esta doutrina.  O certo é que quando Cristo ou Paulo dizia que um morto “dormia” (I Tess.) estava usando uma metáfora, uma figura de linguagem, referindo-se ao corpo morto, que irá ressuscitar e, portanto, quando morto, fica por algum tempo como se estivesse dormindo.
A Bíblia também não ensina a existência de um purgatório. O fato de que a alma do cristão vai imediatamente para a presença de Deus nos leva indubitavelmente a concluir que não existe algo como o purgatório. Na doutrina católica romana, o purgatório é o lugar onde a alma do cristão é purificada do pecado até que esteja pronta para ser aceita no céu. De acordo com esse pensamento, os sofrimentos do purgatório são dados a Deus como substitutos do castigo pelos pecados que os cristãos mereciam ter recebido, e não receberam. Não consta em nenhum dos evangelhos bíblicos que Jesus tenha ensinado que no mundo espiritual há um lugar em que as almas dos cristãos ficam sendo punidas, para depois irem para a presença de Deus. Ao contrário, quando contou a estória conhecida como parábola do Rico e Lázaro (Lucas 16.19-31), Jesus afirma que ambos morreram e que Lázaro foi imediatamente para “O seio de Abraão” (símbolo da presença de Deus). Lázaro estava consciente, gozando da presença de Deus e não passou por nenhum “purgatório”. Não recebeu punição alguma depois de morrer e antes de ir para a presença de Deus. Não precisava mais de orações por parte dos vivos, porque já estava com Deus. Paulo, o apóstolo, em nenhuma de suas cartas constantes no Novo Testamento, ensina ou sequer menciona tal purgatório. Mesmo reconhecendo-se “o maior dos pecadores” (1 Tim. 1.15) sabia e escreveu, por inspiração divina que, logo ao partir desta vida, estaria com Cristo (Fil. 1.23); não passaria por nenhum “purgatório”.
Este ensino do purgatório entra em contradição com o ensinamento de Jesus na parábola do Rico e Lázaro e com a certeza de Paulo de que partir é “Estar com Cristo”. Aliás, a doutrina do purgatório não é ensinada em nenhum livro bíblico. Ela encontra algum fundamento no livro de II Macabeus (12.44-45), que ensina que se deve orar pelos mortos. E os dois livros de Macabeus, que constam no Antigo Testamento católico, fazem parte dos livros que Jerônimo (o tradutor da Vulgata Latina — a versão da Bíblia em Latim aprovada pela Igreja Católica-Romana) chamava de apócrifos, e que constavam em algumas coleções de livros do Antigo Testamento traduzidos do hebraico para o grego, mas não constam na Bíblia Judaica (o Antigo Testamento original) em hebraico. Os judeus nunca reconheceram este livro como Escritura (escrito inspirado por Deus). Os chamados “pais da igreja” (líderes da igreja dos séculos II ao IV) se dividiam quanto à inspiração divina dos livros que contavam na versão grega do Antigo Testamento e não constavam no Antigo Testamento original (hebraico). Os dois maiores eruditos em Bíblia dentre os “pais da igreja” — Jerônimo e Orígenes — eram claramente contrários ao “acréscimo grego” do Antigo Testamento. O bispo católico mais influente no Concílio de Niceia — Atanásio — relacionou os livros canônicos do Antigo Testamento (em 367) e não incluiu nenhum dos livros considerados apócrifos por Jerônimo e que constam hoje no Antigo Testamento católico. A polêmica aumentou quando Lutero (no século XVI) decidiu pelo cânon hebraico e fez uma tradução da Bíblia para a língua alemã que trazia os apócrifos do Antigo Testamento numa parte separada dos demais livros, e explicava que aqueles livros, embora tivessem valor histórico, não tinham autoridade de escritura sagrada. No entanto, tais livros foram incorporados ao Velho Testamento da Igreja Católica Romana no Concílio de Trento (1546), ocorrido alguns anos depois da Reforma Religiosa (1517), com o principal intuito de combatê-la. Já estudamos e sabemos porque esses livros chamados hoje de “apócrifos” pelos evangélicos e de “deuterocanônicos” pelos católicos não fazem parte da revelação de Deus e não podem servir para estabelecer nenhuma doutrina cristã (ver o post “O Canon Bíblico“).
Se não existe o “sono da alma”, para onde vai imediatamente a alma de um incrédulo, depois que morre?
A Bíblia nunca nos incentiva a pensar que haverá segunda chance de aceitar a Cristo depois da morte. Na verdade, o quadro é exatamente o oposto. A parábola do rico e de Lázaro nos ensina que o rico foi imediatamente para o Hades (Sheol em Hebraico), para o lugar de tormentos, e não dá esperanças de que seja possível passar de lá para o paraíso depois da morte, apesar de ter o rico clamado no Hades: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”. Abraão, entretanto, respondeu: “Há um grande abismo entre nós e vós, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem.” (Lc. 16.26b NVI). Lamentavelmente, a alma dos descrentes vai imediatamente para o lugar de tormentos e lá aguardará até o juízo final, quando será lançada no fogo eterno (inferno). Não há segunda chance. A chance de receber o Senhor Jesus é aqui na terra. E você, já recebeu Jesus como seu único Senhor e Salvador?
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Questões para reflexão e aprofundamento
1.    Uma vez que sabemos que a alma não fica em uma espécie de “sono”, mas que iremos (os que já recebemos o Senhor Jesus) imediatamente para junto dele no céu, qual deve ser a nossa atitude para com a nossa própria morte?
2.    Se o cristão sabe que a alma do crente vai imediatamente gozar da presença do Senhor espiritualmente, depois de sua morte, por que se entristece quando um crente morre?
3.    De acordo com o ensinamento da parábola do rico e de Lázaro (Lucas 16.19-31), bem como o de Hebreus 9.27 e  Filipenses 1.22-23, existe uma segunda chance para uma pessoa ser salva depois da morte?
4.    Se uma pessoa pudesse pagar pelos seus próprios pecados num “purgatório” ou mesmo por sofrer nesta vida, a morte de Jesus Cristo teria sido ineficaz, pois ele morreu para salvar a todo aquele que nele crê (João 3.16; 5.24). Você concorda com isto? Comente.

[1] O Paraíso ou “Seio de Abraão” (Lucas 16:19; 23.43) é um lugar intermediário de felicidade, onde as almas dos salvos aguardam conscientes (Lucas 16:26) até o dia da ressurreição, quando, então, os seus corpos ressuscitarão para reinar com o Senhor na Terra. A palavra Grega Hades no Novo Testamento tem conotação semelhante à palavra Hebraica Sheol usada no Antigo Testamento, e significam o mundo dos mortos — um estado intermediário, que possui dois lados; um, de tormentos, para onde vão os ímpios; o outro — o “Seio de Abraão”, ou o Paraíso, para onde vão os salvos, assim que morrem. Esses dois estados ou lugares (o Paraíso e o Lugar de Tormentos) são separados entre si por um abismo intransponível. Os filhos de Deus (crentes em Jesus Cristo), quando morrem, vão diretamente para o Paraíso “Estar com Cristo” (Filip. 1.23; 2 Cor. 5.8, Lc. 23.43). Os os não-salvos, assim que morrem, vão para o Lugar de Tormentos, para lá aguardarem o Grande Trono Branco(juízo final), que acontecerá depois do Reino de Mil Anos de Jesus na Terra (Milênio), quando, então, irão de lá para o inferno (lago de fogo), juntamente com Satanás e seus anjos (Apoc. 20.5; 20;11-15). Quando Cristo morreu, e enquanto não havia ressuscitado, Pedro afirma em Atos 2.27 que ele foi ao Hades — ao mundo dos mortos. O texto de Atos dá a entender que Hades ali significa morte ou sepultura, pois Pedro cita o Salmo 16: “Pois não deixarás a minha alma no Hades (ou Sheol), nem permitirás que o teu santo veja a corrupção.” O que Pedro afirma, em Atos, é que o corpo de Jesus não ficou morto, mas ressuscitou. Em Atos 2.27, portanto, Pedro não afirma que Jesus foi ao inferno. Ele simplesmente diz que o corpo de Jesus esteve na sepultura, morto. Já a passagem de 1 Pe. 3.18-20 é mais difícil de interpretar. O texto parece afirmar que Jesus, antes de ressuscitar, foi ao Lugar de Tormentos do Hades, e proclamou (gr. ekéruksen) aos “espíritos em prisão”. Não é possível hoje sabermos ao certo o que Pedro queria dizer na passagem. Pode significar que Jesus foi ao lugar de tormentos no Hades declarar a sua vitória às pessoas que haviam morrido durante o dilúvio, nos dias de Noé. O teor dessa proclamação de Cristo aos “espíritos em prisão” também não nos é claro, porém, considerando os ensinamentos do próprio Jesus, de Paulo, e dos demais apóstolos sobre a salvação, esta proclamação de Jesus não pode ter sido uma “segunda chance” de salvação, pois está escrito claramente que isto não existe (Hb. 27.9)...
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da religião Dr. Edson Cavalcante.