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sexta-feira, 31 de julho de 2015

ESTUDO MANSO COM AS POMBAS E PRUDENTES COMO AS SERPENTES.


             ESTUDO MANSO COM AS POMBAS E PRUDENTES COMO AS SERPENTES.
Provérbios 1.1-4, onde Salomão inicia identificando-se: "Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel; para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência. Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade; para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso"... Para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso... Há uma diferença entre o simples e o prudente; e a palavra de Deus nos ensina qual é essa diferença... Simples, no caso de nós, crentes, é uma pessoa sem convicção bíblica, sem convicção própria, uma pessoa levada por todo o vento de doutrina. E o prudente é aquele dotado de cautela, que é uma virtude, a qual nos faz prever e evitar os erros e perigos. Então, aqui temos um homem dizendo: "Jovens, vocês têm de sair da sua posição de simples para a de prudente".
Em 1 Samuel, o pai de Salomão agia com prudência, capítulo 18.5: "E saía Davi aonde quer que Saul o enviasse e conduzia-se com prudência, e Saul o pôs sobre os homens de guerra; e era aceito aos olhos de todo o povo, e até aos olhos dos servos de Saul". Davi era um homem prudente, pois, não podia sair à guerra sem a convicção das Escrituras, sem se aperceber dos perigos que certamente surgiriam. E essa cautela bíblica nos livrará de muitas situações constrangedoras. Continuando no Livro de Provérbios, 2.11: "O bom siso te guardará e a inteligência te conservará". O prudente tem bom siso, sabe discernir as situações; ele não anda com a mente vazia, é cauteloso e previdente.
Em provérbios 10.13, está escrito: "Nos lábios do entendido se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento". Vemos aqui novamente que Salomão mede as palavras, e de que, as suas palavras têm um peso eterno. O simples fala o que lhe vem à mente, e muitas vezes, impensadamente ele machuca as pessoas, e condenar-as.
Outra característica do prudente em relação aos simples está expressa no cap. 14.8: "A sabedoria do prudente é entender o seu caminho, mas a estultícia dos insensatos é engano". Vemos que o prudente tem algo de vida, não vive aleatoriamente; ele procura entender os caminhos de Deus, buscando-O na oração, e assim, saber o plano de Deus para a sua vida.
No Cap. 15.15, Salomão continua a mostrar os problemas em se ser simples: "Todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre é um banquete contínuo". O prudente sabe resguardar o gozo dele no Senhor, a alegria dele não é baseada nas circunstâncias, como o simples se baseia, e ele não anda de "vento em polpa", porque ele sabe que os seus dias estão nas mãos de Deus.
Cap. 20.3: "Honroso é para o homem desviar-se de questões, mas todo tolo é intrometido". Outra característica é que ele não entra em confusão, pois a prudência nos livra de muitas situações desgostosas e as vezes trágicas; devido à orientação do Espírito Santo, diante da face de Deus, ele desvia-se de contendas, em confusões e disputas onde não é chamado.
Cap. 22.3: "O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando". O prudente, guiado pela palavra e pela vontade de Deus, discernindo as situações, não julgando mas discernindo, ele sabe prever o mal... Muitas vezes irmãos, entramos em confusões porque nos comportamos como simples; e deixamos de ser cautelosos como a palavra nos ordena que sejamos. Se buscarmos a sabedoria de Deus, certamente nos resguardaremos de muitos problemas, e de muitas situações embaraçosas e tristes.
Cap. 27.12: "O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena".Aqui é uma repetição do mesmo provérbio; Salomão repete o mesmo provérbio e nos diz que o prudente evita se expor, não dá os seus sentimentos a qualquer um, ele guarda os seus segredos com Deus... Quantas vezes consultamos a carne e o sangue, enquanto Deus está falando conosco: "Olha para mim primeiro!". Às vezes, Deus coloca projetos em nossos corações, e com a alegria e empolgação procedemos como simples, e entregamos diretamente a outros homens os tesouros que Ele nos tem dado... Irmãos, somos chamados sempre, e desde o princípio, a sermos prudentes.
Provérbios 8.5: "Entendei, ó simples, a prudência; e vós, insensatos, entendei de coração". Novamente temos o mesmo chamado de Deus: entender a prudência.
Provérbios 14.15: "O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos"... O simples dá crédito a cada palavra... Aqui o ensinamento não tem nada a ver com estudo, posição, status, profissão, nem mesmo o dom da igreja; mas o de que o simples não tem convicção própria, nem convicção bíblica; e Deus nos exorta a não se dar crédito a cada palavra, a examinar e discernir com crítério, com sabedoria, tudo o que nos é dito.
Este versículo tem conexão com 1 Jo 4.1-3: "Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo". Então, vemos que o simples dá crédito a toda palavra, sem o pré-julgamento de Deus; mas aqui o apóstolo João nos diz para sermos prudentes, e vermos se as palavras procedem de Deus.
1Co 2.15: "Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido". O homem espiritual é prudente, ele distingue todas as coisas, usando o dom de discernimento do espírito, julga as intenções e evita contendas; e não é discernido por ninguém. Ele não é o melhor, mas não é simples, ele está a par da verdade; porque, estando com a verdade, estamos com tudo, porque Cristo é a verdade. Amém,irmãos!
O prudente tem o estilo de atrair as pessoas. Provérbios 14.18: "Os simples herdarão a estultícia, mas os prudentes serão coroados de conhecimento". Dá gosto estar do lado de um prudente, é um conhecimento sem soberba, sem arrogância, não é um conhecimento que está acima de nós; ele compartilha, é um braço amigo; e graças a Deus isto acontece aqui no corpo local, onde temos muitos irmãos prudentes, e isto é prazeroso para nós, nos traz gozo e a edificação da igreja.
Provérbios 19.11: "A prudência do homem faz reter a sua ira, e é glória sua o passar por cima da transgressão". Esta pessoa se torna longânime, ela não julga, não critica e está sempre aberta a nos ouvir. Em 19.22: "O que o homem mais deseja é o que lhe faz bem; porém é melhor ser pobre do que mentiroso". Nós desejamos pessoas que nos façam bem, porque Deus colocou esse desejo no nosso coração de buscarmos ao prudente, porque a pessoa carregada de sabedoria é uma pessoa saborosa... a raiz da palavra sabedoria vem da palavra sabor, e uma das características da sabedoria é o sabor, dá gosto estar próximo de um sábio...
Outra característica maravilhosa do prudente é que ele tem o dom da privacidade. Ao contrário do simples que sai contando tudo o que ouve a torto e a direito, fofocando, o prudente não sai contando de nossa vida, nem fazendo intrigas. Provérbios 10.12: "O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados"; completando com Provérbios 12.16: "A ira do insensato se conhece no mesmo dia, mas o prudente encobre a afronta"... Sabe aquele saborzinho que o simples tem em espalhar notícias, em mexericar e maldizer, o prudente não tem. Ele se nos resguarda ama, nos acolhe.
Em Eclesiastes 1.8: "Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir". O simples olha para todos os lados, ele não controla o seu olhar, dá crédito a toda palavra; os olhos nunca se contentam, assim como a carne nunca se contenta, mas o prudente ele se concentra em Deus, ele olha para Deus, amém irmãos! Hebreus 12.2 fala que o prudente olha para Jesus, o autor e consumador da nossa fé; o simples anda com a mente vazia, olhando para todo lado, flertando com o pecado.
Em Jó 31.1: "Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?". Ele não olhará para outra donzela; ele era prudente, não olhava com o olhar para cair no laço da simplicidade, fora da prudência de Deus.
Voltando a Eclesiastes 1.13: "E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar". Versículo 14: "Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito". Quando não disciplinamos os nossos olhos, ficamos com o espírito aflito, agimos como simples, olhando para todo o lado, e então, a aflição do espírito nos toma.
Versículo 17: "E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito". Isso é correr atrás do vento, ficar com o espírito angustiado; e Salomão sentencia finalmente no versículo 18: "Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor".
Oh, como eu prefiro a prudência dos caminhos de Deus, permanecer em Sua prudência, passar como um bobo mas ser feliz com Cristo! Amém!...Ao invés de buscar aumentar a ciência, a filosofia, os diplomas, andando atrás das coisas mundanas e rebaixar o valor da palavra de Deus.
Devemos estar atentos para não cairmos no engano... "Tampouco apliques o teu coração a todas as palavras que se disserem, para que não venhas a ouvir o teu servo amaldiçoar-te" (Ecl 7.21). Quantas vezes Deus, na Sua divina providência, debaixo da Sua presciência tem nos poupado de ouvir todas as coisas, pois não suportamos todas as coisas... então, não apliques o teu coração a todas as coisas. Não se preocupe com as notícias dos jornais pela manhã, antes de fazer o seu devocional; esqueça o noticiário da noite e os filmes, se você não concluiu a sua leitura bíblica diária... não se encha das mensagens do mundo, mas antes buscai a prudência na edificação da palavra de Deus. Não aplique ao seu coração todas as coisas... Quantas vezes trocamos as delícias da palavra de Deus por notícias as quais não edificam e não nos levam a nada. O apóstolo João nos alertou de que o mundo jaz no maligno. Não é vantagem conhecer todas as coisas; é vantajoso ser prudente e conhecer a vontade de Deus em nossas vidas.
Em Lucas 13.1-3, alguns contemporâneos do Senhor Jesus queriam desviar-lhe a atenção com o noticiário da época. Jesus havia acabado de dar sentenças eternas, carregadas de prudência divina, e as pessoas tencionavam, com a simplicidade das notícias, distraí-lo. Não é o que nos acontece hoje, quando muitas pessoas desejam tirar a nossa atenção de Deus com a simplicidade das notícias dos homens? "E, naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis".Este era um fato que estava no auge à época, uma história que estaria na primeira página dos jornais, e nas chamadas de tv, se houvesse mídia. E esses homens pretendiam desviar a atenção do Senhor Jesus, que promulgara uma sentença tão importante; mas Ele percebeu um espírito de autocomplacência naqueles homens; e respondeu-lhes, revelando saber não só aquela notícia, mas muito mais. E de que o intento deles jamais O demoveria de cuidar das coisas de Deus; mostrando-lhes qual era a real notícia, aquela com a qual eles deveriam se preocupar e guardar as suas atenções e mentes... o Senhor manda-os aterrizar, e não se contentarem por estar livres do crime de Pilatos.
Aqueles galileus julgavam que, por não terem morrido pela espada dos soldados romanos, de terem escapado da morte, era o sinal de que Deus os aprovava em suas vidas pecaminosas. Mas Cristo, respondendo-os, no versículo 2, mostra que tantos aqueles galileus mortos como eles eram igualmente pecadores diante de Deus, e de que não estariam livres da sentença divina.
Os simples estão completamente enganados em relação à providência de Deus, e à vida, mas os prudentes compreendem que uma calamidade particular não é medida nem sinal de culpa específica dos que a sofrem.
Os simples pensam que os acontecimentos na vida dos outros são juízos, esquecendo-se de que também estão no meio do caminho. Os galileus queriam mostrar a Jesus que aquele fato isolado era geral, provando assim que eles eram bons, que por isso não tinham morrido debaixo da sentença de Pilatos; mas o Senhor mostrou-lhes que não eram menos pecadores do que os que haviam perecido nas mãos dos romanos.
O prudente não fica alheio... No versículo 4, Jesus dá-lhes outra notícia da época: "E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis". O simples julga sem conhecimento real da sua situação, o prudente discerne, não trocando o eterno pelo passageiro, visualizando a urgência da hora, medindo as palavras. Jesus revela àqueles homens que Ele não era alienado; deu-lhes outra notícia, revelando-lhes a atemporalidade das Suas palavras, enquanto eles, como simples, davam crédito às coisas temporais.
Irmãos, quantas vezes julgamos irmãos, crendo que estão trilhando caminhos errados, e procedemos como simples, sem conhecer o propósito de Deus, confundindo o discernimento de espírito com julgamento, tentando descobrir o que há na mente das pessoas?
Sabemos que nos capítulos 6 a 9, Jesus pronunciou a iminente destruição de Jerusalém 40 anos depois; e muitos dos que estavam ali diante do Senhor, tentando desviar a Sua atenção, foram mortos e tiveram o seu sangue misturado pelas tropas de Tito.
O simples julga sem saber da sua situação, ele quer tirar a urgência da palavra de Deus, mas Cristo revela que o prudente não é alienado.
Provérbios 19.25: "Açoita o escarnecedor, e o simples tomará aviso; repreende ao entendido, e aprenderá conhecimento". Jesus feriu o simples com as Suas palavras, para que eles aprendessem.
Mateus 10.16: "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas". Jesus nos chama a um estágio além, de que não sejamos simples, mas capazes de discernir os lobos, os espíritos... seja portanto prudente como as serpentes e inofensivo como as pombas. Inofensivo no sentido de ser prudente, mas sem orgulho. Cuidado, irmãos! Porque quanto mais cuidado, mais será exigido. Paulo nos diz em Romanos: amai o debil da fé. Independente do grau de maturidade que ele tenha, devemos amá-lo.
Para terminar, provérbios 12.23: "O homem prudente encobre o conhecimento, mas o coração dos tolos proclama a estultícia". O prudente oculta o conhecimento, ele é inofensivo como pomba, não é orgulhoso, não sai exibindo aquilo que tem, nem esnobando, mas oculta o conhecimento, resevando as suas energias para gastá-las com os necessitados...
Irmãos, temos de ser prudentes na urgência do tempo, não jogar pérolas aos porcos; não sermos soberbos nem vaidosos, mas amarmos os fracos na fé; servindo a Deus na prudência bíblica, para louvor e honra e glória d Seu santo nome...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 30 de julho de 2015

A SUTILEZA DE SATANÁS NO FINAL DO TEMPO...


                                       A SUTILEZA DE SATANÁS NO FINAL DO TEMPO...
“E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas.
Porque, ainda que esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito estou convosco, regozijando-me e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.
Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele,
Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças.
Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;
E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade;
No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo;” Colossenses 2:4-11
INTRODUÇÃO
Desde os tempos bíblicos, Satanás vem usando os seus agentes a fim de levar o povo de Deus a desacreditar na Bíblia, na divindade e na obra redentora de Cristo. Temos de estar devidamente preparados para detectar e desmascarar suas sutilezas. Sem dúvida, esse é um dos maiores desafios da Igreja de Cristo nestes últimos dias.
I. OS ARDIS DE SATANÁS
1. Seus disfarces.
Desde a fundação da Igreja, os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se “vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). A Bíblia classifica os tais como “falsos apóstolos” e “obreiros fraudulentos”, identificando-os como agentes de Satanás que se transfiguram “em ministros da justiça” (2 Co 11.13-15). Devemos, por isso, acautelar-nos deles.
2. Suas estratégias.
Os expositores sectários preocupam-se com a aparência, pois costumam apresentar o seu movimento como um paraíso perfeito (2 Tm 4.5). Infelizmente, muitos são os que caem nessas armadilhas. Uma vêz  fisgados por eles, dificilmente conseguem libertar-se, uns por causa da lavagem cerebral que recebem, outros, em razão do terrorismo psicológico e da pressão que sofrem de seus líderes. Seus argumentos são recursos retóricos bem elaborados e persuasivos, para convencer o povo a crer num Jesus estranho ao Novo Testamento (2 Co 11.3).
II. A PERÍCIA DOS HERESIARCAS
1. “Palavras persuasivas” (v.4).
Os falsos mestres, a quem o apóstolo se refere, estavam envolvidos com o legalismo judaico: circuncisão (Cl 2.11), preceitos dietéticos e guarda de dias (Cl 2.16). Há também várias referências ao gnosticismo (Cl 2.18, 23). O verbo grego paralogizomai, “enganar, seduzir com raciocínios capciosos”, descreve com precisão a perícia dos falsos mestres na exposição de suas heresias. O nosso cuidado deve ser contínuo para não nos tornarmos presas desses doutores do engano.
2. O Jesus que recebemos (v.6,7).
O apóstolo insiste que devemos andar de acordo com o evangelho, a fim de ficarmos arraigados, edificados e firmados na Palavra de Deus. Entretanto, a mensagem dos agentes de Satanás é sempre contra tudo o que cremos, pregamos e praticamos. Às vezes, há alguns pontos aparentemente comuns entre nós e eles, e nisso reside o perigo, visto que é por onde tais ensinos se introduzem.
3. A simplicidade do evangelho.
A mensagem do evangelho é simples e qualquer ser humano, independentemente de seu preparo intelectual e origem, é capaz de entender; basta dar lugar ao Espírito Santo, que convence o homem “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). A conversão ao cristianismo não é resultado de estratégia de marketing, nem de técnicas persuasivas (l Co 2.4). Não é necessário, portanto, um “curso de lógica” para alguém ser salvo ou entender os princípios da fé cristã.
III. AS SUTILEZAS DO ERRO
1. “Ninguém vos faça presa sua” (v. 8a).
O significado de “presa” revela o que acontece, ainda hoje, com os adeptos das seitas. O verbo grego sylagõgeõ, “levar como despojo, prisioneiro de guerra, seqüestro, roubo”, descreve o estado espiritual dos que seguem os falsos mestres. Um dos objetivos dos promotores de heresias é escravizar as suas vítimas para terem domínio sobre elas (2.18; Gl 4.17). Hoje, muitos estão nos grilhões das seitas como verdadeiros escravos.
2. “Por meio de filosofias” (v. 8b).
Não há indícios de que o apóstolo esteja fazendo alusão às escolas filosóficas da Grécia. O estoicismo e o epicurismo eram as filosofias predominantes do mundo romano na era apostólica e são mencionadas em o Novo Testamento (At 17.18). As “filosofias” de que Paulo trata são conceitos mundanos, contrários à doutrina e à ética cristã. Qualquer sistema de pensamento, ou disciplina moral, era, naqueles dias, chamado de “filosofia”.
3. “Vãs sutilezas” (v. 8c).
Engano e sutileza, nesse contexto, significam a mesma coisa. A palavra grega usada para sutileza é apatë, isto é, “engano” (Ef 4.22), “sedução” (Mt 13.22). É usada para referir-se a pessoas de conduta enganosa e embusteira que levam outras ao engano. É mediante tais recursos que os mestres do erro conduzem suas vítimas ao desvio. Tais sutilezas impedem as pessoas de verem a verdade e, como conseqüência, tornam-se cativas das astúcias de Satanás.
4. “Segundo a tradição dos homens” (v. 8d).
Não é a tradição apostólica nem judaica, mas um sincretismo de elementos cristãos, judaicos e pagãos: angelolatria e ascetismo, por exemplo.Eram práticas que se opunham ao evangelho. Trata-se de tradição humana, ao passo que o evangelho veio do céu (Gl 1.11, 12).
IV. OS RUDIMENTOS DO MUNDO
1. O significado de “rudimentos” (v. 8).
A expressão “rudimentos do mundo”, literalmente é: “elementos do universo”, ou “rudimentos do mundo”, em nossas versões. A palavra stoicheion, “fundamento, elemento”, aparece na filosofia grega para os quatro elementos da natureza: terra, água, ar e fogo que, segundo ensinavam os físicos gregos, compõem a totalidade do mundo (2 Pé 3.10, 12). Para outra escola filosófica da Grécia, significava “elementos espirituais”, ou “espírito vivo”, que se difundia por toda a natureza como força vivificante.
2. O apóstolo se refere a que “rudimentos”?
Essa palavra é usada, também, com o sentido de “princípio básico” (Hb 5.12) e de “elementos judaicos” ou “adoração cósmica” do sincretismo helénico (Gl 4.3, 9). O termo deve ser analisado à luz do contexto e, aqui, mostra que são uma referência aos poderes demoníacos que se opunham a Cristo. Veja que o apóstolo contrapõe esses rudimentos a Cristo: “segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”.
3. A deidade de Cristo em jogo.
Cristo é superior a todos os poderes (Ef 1.21). Os crentes, portanto, não precisam dos stoicheia, ou poderes demoníacos, apresentados pelos falsos mestres. As vãs filosofias são oriundas dos homens e do reino das trevas e não de Cristo. Há uma diferença abissal entre Cristo e os rudimentos do mundo. Não se trata, por conseguinte, de um demiurgo dos gnósticos, nem dos poderes cósmicos dos adeptos da Nova Era (v. 9).
4. O significado de “toda a plenitude da divindade” (v.9).
Temos, neste contexto, o Deus verdadeiro com toda a sua plenitude. O sentido de “divindade”, no texto original, é “deidade”. Um conceituado dicionário de grego afirma: “deidade, difere de divindade, como a essência difere da qualidade ou atributo”. Na Tradução do Novo Mundo, as Testemunhas de Jeová diluíram o v. 9, traduzindo-o por “qualidade divina”, para adaptar à Bíblia as suas crenças, atitude própria dos falsos mestres.
O povo de Deus vive em constante batalha espiritual. O inimigo sempre trabalhou para desviar os crentes da vontade divina, induzindo-os a crenças falsas e práticas que desonram ao Criador. Por isso, devemos estar atentos quando um movimento religioso apresenta-se com persuasão e argumentos aparentemente convincentes. Trata-se, geralmente, de alguém que pretende mostrar-nos algo que não está de acordo com a Palavra de Deus.
Muitos fiéis e estudiosos voltam sua atenção de um modo muito especial (e peculiar) para o último livro da Bíblia, o Apocalipse. João, servo de Deus, recebeu de um anjo revelações sobre o tão falado fim dos tempos. “Bem-aventurados os que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.” (Apocalipse 1:3)
João cita suas visões tais e quais as teve, cheias de simbolismos e alegorias, em uma linguagem altamente metafórica. E justamente aí vem uma grande confusão por parte de intérpretes da Bíblia: enquanto uns defendem que tudo é falado simbolicamente, outros defendem que o conteúdo tem de ser levado ao pé da letra – o que não diz respeito somente ao Apocalipse, mas a toda a Palavra Sagrada.
Há em Apocalipse a figura do anticristo, um líder mundial que, alegando querer manter a ordem, seria carismático a ponto de desviar os fiéis de Deus. O mesmo texto fala da “marca da besta”, uma distinção dada a todos os adoradores do reino do mal. Independentemente da raça ou da classe social, a citada nova ordem mundial impõe algo a todos os seres humanos, “… faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte…” (13:16) Tal marca seria obrigatória entre os conscientes e inconscientes seguidores da besta, com o aval da figura de autoridade do anticristo. A identificação seria usada como uma espécie de documento oficial, “para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca…” (13:17)
O chip subcutâneo
Ultimamente, com o advento de aparatos tecnológicos que só existiam na ficção científica de pouco mais de 100 anos para cá, tem sido muito discutido o chip de identificação subcutâneo, um dispositivo eletrônico menor que um grão de arroz que, sob a pele, traz todas as informações de seu portador. O chip funcionaria mais ou menos como hoje funcionam os demais documentos convencionais: carteira de identidade, cartões de crédito e débito, crachás para entrada em empresas e instituições, entre outros. Mas também teria caráter de localizador: com o Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System – o famoso GPS), toda pessoa poderia ser localizada via satélite.
Os cientistas que elaboram o chip, que já está inoculado em algumas pessoas e animais para testes, alegam que ele seria muito útil para fins de resgate, por exemplo. Ao digitar o código do chip, o satélite mostraria onde está seu portador em meio a uma grande mata, ou mesmo em um centro urbano.
Chips em documentos
Na documentação tradicional, o microchip também já chegou. Cartões bancários e documentos de identidade já são elaborados com as pequenas peças de silício com todas as informações necessárias. Em alguns meses, começarão a ser distribuídas no Brasil as novas carteiras de identidade eletrônicas, com as informações escritas, como nas convencionais, com foto, mas também com o histórico do cidadão em um chip na sua extremidade.
Motivo de alarme?
Cristãos de todo o mundo veem no chip subcutâneo e nas identidades com chip sinais de que seriam as tão faladas “marcas da besta” do Apocalipse. Muitos pensam, inclusive, em evitá-los. A série de filmes em longa-metragem “Deixados para Trás”, lançada pelo circuito independente norte-americano e muito popular no mercado de vídeo brasileiro, mostra o fenômeno sobrenatural do arrebatamento e a obrigatoriedade da implantação do chip, a ponto de que quem se recusasse a ele fosse preso pelas autoridades. Os filmes chegam a mostrar agentes do FBI aprisionando simples cidadãos que se negam a ter o chip sob a pele.
Especula-se que o aparelho funciona melhor no dorso da mão, ou na testa, o que até agora não foi oficialmente comprovado.
Parecer teológico
Segundo alguns teólogos sistemáticos, não há qualquer indício na Bíblia de que os chips, em qualquer forma, sejam a tal “marca da besta” – pelo menos até agora. Acontece que o Apocalipse é um livro confuso até mesmo para os maiores estudiosos dos textos sagrados, cheio de enigmas e metáforas – como referido no início da matéria.
Eles explicam que muito dessa confusão se dá pelas diferentes correntes de estudiosos. “Enquanto um grupo, mais moderno, defende que muito na Bíblia está em forma de metáfora, de simbolismo, outra corrente mais tradicional afirma que tudo deve ser interpretado ao pé da letra”, esclarece o teólogo. Explica que nas décadas de 20 e 30 do século passado, os liberais, que preferem a interpretação metafórica, ganharam destaque. Para contrariá-los, os fundamentalistas, mais tradicionais, defendem a literalidade dos textos bíblicos. Para completar o imbróglio, há também correntes que, embora não sejam liberais, aceitam a interpretação baseada no simbolismo.
Há quem ache realmente, mesmo nos círculos evangélicos, que os quase onipresentes chips de silício são o falado selo do anticristo. Outros defendem que a tal marca citada em Apocalipse não seria física, mas espiritual.
No tocante a ambas as interpretações, vale salientar que nada está comprovado e que qualquer informação não passa de especulação, embora estudos bastante sérios estejam em andamento.
Desde os tempos bíblicos, a marca que distingue o verdadeiro cristão está tanto em suas atitudes quanto em seu coração. Quem busca verdadeiramente a Deus tem seu futuro garantido, nestes tempos ou mesmo no fim deles.
De qualquer modo, uma dica final de João no próprio Apocalipse resume tudo o que foi dito no livro final da Bíblia: “… Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (22:17)...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

ESTUDO BÍBLICO SOBRE O PROFETA NAUM...


                                         ESTUDO BÍBLICO SOBRE O PROFETA NAUM...
I - Nome - Praticamente nada se sabe do profeta, com exceção do seu nome e, mesmo assim, esse nome não é mencionado em nenhuma outra parte da Bíblia, exceto na genealogia de José, o suposto pai de Jesus (Lucas 3:26). Como muitos outros profetas, Naum é apenas uma voz. Sem dúvida o nome que ele levou tem a sugestiva significação de um “Consolador”.

II - Lugar de Nascimento - Ele é apresentado como “Naum, o elcosita”, frase que, provavelmente, tem como base designar o seu local de nascimento. Compare-se com “Elias, o tesbita” (1 Reis 17:1)
 
III - Seu tempo - A data de Naum é indicada com bastante clareza em Naum 3:8-10, versos que tratam da queda de No-amón, isto é, Tebas, no Alto Egito, conforme já verificado, e de Nínive, como coisa preste a se realizar. A primeira foi capturada por Assurbanipal, em 663 a.C., e a última por Nabopalassar, em 606 a.C., ou então, conforme foi recentemente descoberto, em 612 a.C. O período do profeta, portanto, estaria dentro desses limites.

Assurbanipal era extremamente cruel. Ele até se jactava de sua violência e de suas atrocidades, como arrancar os lábios e os membros dos reis, tendo forçado três governantes de Elam, capturados, a puxar seus carros pelas ruas, compelido um príncipe a levar pendurada ao pescoço a cabeça decapitada do seu rei, e de como ele e sua rainha comiam no jardim com a cabeça de um monarca caldeu, a quem obrigara a suicidar-se, pendurada numa árvore sobre eles. 
Nenhum outro rei da Assíria se jactava de barbaridades tão desumanas e atrozes. Conta-se que ao rumar para o Egito em uma de suas expedições, vinte e dois reis lhe tributaram homenagem. Ali chegando, tanto em Memfis, capital do Baixo Egito, como em Tebas, capital do Alto Egito, eles foram roubados e cruelmente castigados. 
O pobre povo de Judá e Jerusalém foi expectador de todas essas barbaridades. Em verdade eles já haviam presenciado, por várias gerações, uma sucessão interminável de invasões assírias à Palestina. Salmanasser II, em 842 a.C.; Tiglate-Pilesser, em 734 a.C.; Salamasser IV e Sargão II, em 724-722 a. C.; Senaqueribe, em 701. Esaardon, em 672, e agora Assurbanipal. E parecia que o pior ainda estava por vir. Parecia que Naum e seus compatriotas em Jerusalém estavam atados e impotentes nas mãos de um inimigo cruel e tirano (Naum 1:15-2:2). 
Nínive ainda se achava no ápice da glória (Naum 3:16,17). Pelo tom da profecia, podemos deduzir com razão que a destruição de Tebas era um evento relativamente recente e que a queda de Nínive ainda não havia acontecido, embora profeticamente próxima. Por isso a data exata do ministério de Naum provavelmente não foi antes de 650 a.C.

Se assim foi, na certa o profeta exibiu um ousado vôo de fé, declarando a segura destruição de Nínive, quando a nação ainda não mostrava sinal algum de declínio. Outras datas propostas para as atividades de Naum, tais como a do reinado de Ezequias, ou Joaquim, ou Zedequias, não estão seguramente atestadas pelos eventos históricos. Porém, seja qual for a data correta do profeta, os anais assírios não deixam dúvida de que por toda a história da nação os assírios sempre foram cruéis, violentos e bárbaros, sempre jactando-se de suas vitórias, regozijando-se de que “já não havia espaço para tantos cadáveres”, de que “fizeram pirâmides de cabeças humanas” e de que “cobriam colunas com as peles de seus rivais”. Foi sobre um povo assim que Naum foi ordenado a pronunciar a destruição inexorável.
 
IV - Nínive - A cidade ficava no lado oriental do Tigre, em frente à moderna povoação de Mosul. Foi fundada por Ninrode de Babilônia (Gênesis 10:11) e dedicada especialmente à deusa Istar. Era a capital dos reis da Assíria, de 1100 até 880 a.C., e em seguida, novamente, depois que Senaqueribe tornou-se rei, em 705 e seguintes a.C. Era considerada, de fato, como a cidade principal do império.

Nínive era três vezes fortificada por muros e fossos, fortalezas e torres, tendo seus muros 12 Km de circunferência, sendo tão largos que sobre eles podiam trafegar 3 carros, lado a lado. Era essa Nínive a capital da raça de homens provavelmente mais sensuais, ferozes e diabolicamente atrozes que já existiram no mundo inteiro. Eram grandes sitiadores de homens, gritando continuamente: “sítio, sítio, sítio!” Contudo, Naum declara que esses mesmos sitiadores do mundo seriam no final sitiados (Naum 3:1 e seguintes). As ameaças de Naum foram cumpridas de maneira extraordinária. Esaradon foi o último rei de Nínive. Os medos com os babilônios e outros derrubaram em primeiro lugar todas as fortalezas existentes ao redor da cidade (Naum 3:12) e em seguida sitiaram a cidade. Os ninivitas proclamaram um jejum de cem dias, tentando apaziguar os seus deuses (Ver Jonas 3:15), mas apesar disso, a cidade caiu. Kitesias descreve como a cidade sitiada passou sua última noite em orgias e bebedeira, seguindo o exemplo do rei efeminado (Naum 1:10; 2:5). Para precipitar a catástrofe, o Tigre transbordou, abrindo brechas nos muros, quando o rei, ao constatar a iminente ruína da cidade, queimou-se vivo dentro do palácio (Naum 3:15-19) e a cidade foi saqueada de todos o seu rico despojo, em seguida (Naum 2:10-14). Nínive caiu em cerca de 611 a.C. Sua destruição foi completa. Na atualidade nada mais resta da antiga cidade, além das grandes montanhas chamadas Konyunjik e Nebi-Yunis. Tão completa foi em verdade a ruína de Nínive que Alexandre, o Grande, por ali passou “sem saber que um império universal estava sepultado sob os seus pés”. Luciano escreveu: “Nínive pereceu e não ficou um rastro sequer de onde existira antes”.

IV - Conteúdo - As profecias de Naum correspondem naturalmente a três grandes divisões: 1. - Capítulo 1 - Um canto de triunfo sobre a queda iminente de Nínive, um canto sublime. 2. - Capítulo 2 - O juízo que virá: “a guarda dos leões” da cidade será destruída; a defesa é impossível. 3. - a iniqüidade da cidade: sua crueldade e avareza, sua diplomacia desonrada, sura prostituição e sua traição. Por isso, diz o profeta, Nínive há de cair totalmente, sob os aplausos das nações, nada restando para a consolar. O poeta parece regozijar-se muito com essa destruição.
 
V - Forma poética - Conforme sua estrutura poética o livro pode ser dividido em oito versos de tamanho quase igual.
1. - Capítulo 1:2-6 - Uma descrição de Javé vingador, o qual não deixará impune o crime.
2. - Capítulo 1:7-12 - Para ser fiel ao seu povo, Javé precisa destruir Nínive.
3. - Capítulo 1:13 a 2:2 - O livramento prometido a Judá e o juízo prometido a Nínive.
4. - Capítulo 2:3-8 - Uma serie de brilhantes descrições da captura da cidade; fora, os inimigos brandindo gloriosamente suas armas, carros correndo pelas ruas, brilhando como relâmpagos. Contudo, ai, ai, ai, tarde demais! As portas foram abertas e seus guerreiros deram as costas, fugindo às pressas. A rainha foi feita cativa e suas donzelas se lamentavam, batendo no peito.
5. - Capítulos 2:9 a 3:1 - Os habitantes se enchem de grande terror: de “joelhos trêmulos”. A cidade sanguinária, antes cheia, agora é saqueada.
6. - Capítulo 3:2-7 - Novos carros correm contra a cidade condenada. Nada os atrapalha, exceto as montanhas de cadáveres que enchem as ruas da cidade. A desavergonhada rameira está prostrada e desnuda.
7. - Capítulo 3:8-13 – Assim, No-amón se rendeu; assim também terá de fazê-lo Nínive. Não há como escapar.
8. - Capítulo 3:14-19 - A resistência será em vão. Como a locusta devoradora, virão os inimigos de Nínive. De fato, seu rei já pereceu e o seu povo se encontra esparso como ovelhas sem pastor. Ao ver a sua queda, as nações se regozijam.

Quanto à forma poética, o livro de Naum é um dos mais lindos de todo o Velho Testamento. Nenhum outro profeta, exceto Isaías, pode-se dizer que se iguala a Naum em arrojo, ardor e sublimidade. Suas descrições são sumamente vivas e impetuosas. Sua linguagem é forte e brilhante, seu ritmo tem o estrondo do trovão, saltando e brilhando como um relâmpago, quando ele descreve os homens a cavalo e os carros. Por consenso geral, Naum é considerado um dos mestres do estilo hebraico. Sua excelência suprema não é a emoção, mas o poder de descrição, o qual, pelo seu indômito vigor e cor resplandecente, pelo expressivo e dramático de sua fraseologia, jamais foi superado.
 
VII - Mensagem - O profeta realmente resume a sua mensagem em Naum 1:7-9. Ele é preeminentemente um profeta que tem uma só idéia - a destruição de Nínive. Convencido de que Javé, mesmo sendo tardio a irar-se, não deixará de se vingar dos seus adversários, Naum projeta a luz do governo moral de Deus sobre Nínive, entoando o canto fúnebre do opressor maior do mundo. É o castigo do Senhor, por tanto tempo adiado, mas que é seguro e será completo e final.

Naum se diferencia notavelmente dos seus predecessores, bem como dos seus contemporâneos - Jeremias e Sofonias - os quais visavam primeiramente a reforma de Israel. Em vez disso, o estribilho ou refrão de sua mensagem é uma certa forma de ardente indignação, expressando os sentimentos reprimidos dos seus compatriotas, os quais têm sofrido perseguições durante gerações, sentimentos que agora crepitam como chamas de fogo sobre o inimigo nacional de Israel. 
É a humanidade ultrajada que desperta e pede vingança. Duas vezes se escuta o refrão que diz: “Eis que eu estou contra ti, diz o SENHOR dos Exércitos, e queimarei na fumaça os teus carros, e a espada devorará os teus leõezinhos, e arrancarei da terra a tua presa, e não se ouvirá mais a voz dos teus mensageiros” (Naum 2:13 e 3:5)...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


quarta-feira, 29 de julho de 2015

AQUELE QUE SEMEIA A CONTENTA/INTRIGA - Pv 6:17...


     AQUELE QUE SEMEIA A CONTENTA/INTRIGA - Pv 6:17...
Finalmente, chegamos ao sétimo e mais grave item desta lista exemplificativa de provérbios 6:17, que trata sobre o que semeia contendas entre irmãos. Este último item da lista apresentada, diz o próprio texto bíblico, que o que o Senhor abomina. Todos os demais ele aborrece, contudo, este ele abomina, ou seja, tem muito maior indignação. Vejamos rapidamente o motivo. Incentivamos aos leitores que leiam em suas Bíblias, os textos bíblicos citados para uma melhor compreensão e aproveitamento da meditação.
Mais uma vez vemos aqui o uso errado da língua. Contendas são obras dos maldizentes (Pv 26:20,21), e, portanto, não deve ser prática entre os cristãos.
O semeador de contendas é aquele que pega uma fofoca, alguma informação ainda que verídica e, mergulhada na má intenção, sai a semear esse fato, lançando as fofocas e informações nos corações das pessoas que ele encontra pelo caminho, exatamente como um agricultor semeia sua plantação pelo campo. O semeador de contendas escolhe os corações produtivos, altamente capazes de frutificar e reproduzir em grande escala a contenda que deseja semear. Tudo isso para gerar divisão do corpo de Cristo, para jogar um irmão contra o outro. O semeador de contendas é também um fofoqueiro, mexeriqueiro (Pv 11:13; 15:18; 16:28; 10:12; 17:9; SL 15:3; SL 101:4,5; CL 4:6 e Lv 19:16). Cabe um alerta a todos nós: se as pessoas sempre nos procuram pra contar/semear alguma fofoca em nosso coração, devemos desconfiar, pois é um forte indício de que somos um bom terreno pra germinar e divulgar essa fofoca. Assim como nenhum bom agricultor semeia no asfalto, onde nada nasce, nenhum semeador de contendas semeará em um coração que não produz, não cultiva e não da continuidade na fofoca.
Em contrapartida, o coração do crente fiel, do que está vivendo para promover a paz entre os irmãos, pode até ouvir uma fofoca, pois isto de certo modo é inevitável, contudo, imediatamente ele tenta apaziguar, não dar prosseguimento no que ouviu, e até mesmo, tenta ajudar o irmão a parar de semear contendas. No coração do crente que tem a motivação correta, a semente da contenda não germina., ele faz a contenda morrer ali mesmo, com ele. Na verdade, este bom crente assemelha-se a um bombeiro e não, a um incendiário.
O que fazer então para evitarmos o assédio do semeador de contendas (se é que nós mesmos não temos sido um)? Provérbios 20:19 nos responde, dizendo-nos para evitarmos tal companhia. Quem anda com o fofoqueiro, aprende a fofocar e quem fofoca, gera contendas e aborrece ao Senhor profundamente, além de causar dano a si mesmo e ao próximo. Aqueles que pensam que ganham mais confiança e amizade daquele a quem compartilhou a fofoca está profundamente enganado. É justamente o contrário que acontece. Quem desejará contar um dia, algo pra mesma pessoa que acabou de fofocar? Pois, se o fofoqueiro semeou contenda com a informação de outros, porque não fará o mesmo conosco amanhã? Vemos então que é claro que a fofoca divide e afasta os grandes amigos também. O certo é que Deus abomina tanto a contenda que em Romanos 1:29, ele registra também esse pecado, num contexto terrível onde Ele entregou as pessoas para cometerem os piores pecados.
E, a causa da contenda é a soberba (Pv 13:10 e 17:9). Isto, porque um coração soberbo não vê problemas em causar divisão porque não se preocupa com a Palavra de Deus e, consequentemente, com o bem-estar dos irmãos. O soberbo pensa que pode falar o que quiser e não se importa com o que a Palavra de Deus diz. Tenhamos em mente, que uma contenda é fácil de começar, porém, difícil de ter fim. Como um pequeno buraco numa barragem facilmente sai do controle da pessoa que o fez, uma pequena contenda cresce de tal maneira que ninguém consegue freá-la (Pv 17:14). Odiamos este pecado? Amamos a Deus e aos irmãos ao ponto de evitar a contenda?
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


terça-feira, 28 de julho de 2015

CREIA SOMENTE...


                                                                  CREIA SOMENTE...
Marcos 9.14-29
Lc 18.8 – Certa vez, Jesus ensinava aos discípulos sobre orar sempre e nunca desistir. Ao terminar, Ele fez uma pergunta: “Contudo, quando vier o filho do homem, achará, porventura, fé na terra?”
Pergunte para um pai de família que perdeu o emprego e que, há muito tempo, não consegue encontrar trabalho. Ele mais uma vez retorna para casa, depois de andar por horas e horas, e sem qualquer boa notícia de emprego. No seu coração, ele vai tendo aqueles diálogos interiores: “Até quando, meu Deus? Será que eu vou ficar assim para sempre? Será que vale a pena continuar vivendo? Eu não acredito mais que eu vá conseguir”. Ele chega a casa e liga a televisão em busca de notícias melhores e só ouve sobre guerras, recessão, aumento do número de desempregados, demissão em massa, miséria em diversas partes do país etc. Dentro do seu coração, continuam os diálogos interiores: “Está vendo? A situação só piora. Nada vai mudar. Não adianta. Você deve é desistir de tudo mesmo”.
Então ele ouve a esposa dizendo que o casamento da irmã acabou. O marido foi embora e se juntou com outra, deixando-a sozinha com dois filhos pequenos. O marido, simplesmente, abandonou a família depois de tanto tempo. Então ele se levanta e vai para o quarto a fim de dormir. Ele deita na sua cama, cansado, e começa a ouvir a discussão dos vizinhos. Mais uma vez o marido chegou bêbado em casa e agrediu a esposa. Ela começa a gritar. Os meninos pequenos começam a chorar. Ele ouve barulhos de objetos quebrando. E no seu coração, continuam os diálogos: “Provavelmente, mais uma noite de tumulto. Eu não vou conseguir dormir. Que vida difícil. Eu não vou aguentar. Nada vai melhorar na minha vida. Tudo está ficando cada vez pior. Em que eu vou acreditar?”.
É muito claro e terrível perceber de que maneiras o inimigo trabalha na sociedade. Como ele tem conseguido disseminar as suas ideias de destruição e pessimismo. É impressionante como as notícias da mídia e do dia-a-dia trabalham para destruir a fé no coração das pessoas. São apenas notícias de desgraça, de miséria, de corrupção, de doenças, de epidemias, de fome, de impunidade, de derrota. Sutilmente, essas notícias vão manipulando a mente das pessoas e roubam o ânimo dos corações. As pessoas pensam então, que essa sucessão de acontecimentos apenas segue a ordem natural das coisas. Elas vão perdendo a esperança e acham que nenhuma mudança é possível. O lema dessas pessoas acaba se tornando a lei de Murphy que diz: “Se alguma coisa pode dar errado, ela dará”.
Essa, sem dúvida, é uma estratégia diabólica. O diabo deseja destruir a fé em nossos corações e nos deixar desanimados. É ele quem quer roubar de dentro de nós a esperança. É ele quem quer nos fazer imaginar que não precisamos confiar em Deus para viver. É ele quem quer nos fazer olhar apenas para as circunstâncias. É ele quem sopra nos nossos ouvidos palavras de dúvida e de incredulidade. É ele quem nos encoraja a criticar e murmurar ao invés de louvarmos ao Senhor por todas as coisas. É ele quem tenta destruir a fé de nossos corações. E nós precisamos dizer basta!
Leia no livro de Marcos, capítulo nove, versículos 14 a 29. O contexto maior dessa passagem são a incredulidade e dúvidas. É de falta de fé e de incompreensão. As pessoas não criam, e por isso, não conseguiam compreender as coisas que Deus estava realizando.
No início do capítulo nove, a Bíblia fala sobre a transfiguração de Jesus, e é possível identificar que os discípulos Pedro, Tiago e João, não entenderam muito bem o que estava acontecendo. Tanto que no versículo cinco, Pedro dá uma sugestão absurda a Jesus, exatamente porque ele não estava entendendo nada. Ele não sabia o que dizer diante daquela manifestação tão gloriosa da presença de Deus. Logo em seguida, Jesus fala de João Batista, mostrando que ele era Elias, aquele que as Escrituras Sagradas afirmavam vir para preparar o caminho. Mas, as pessoas também não conseguiram enxergar isso. Elas estavam cegadas. Elas não compreendiam nem mesmo as Escrituras. Nos tempos de Jesus, também havia essa nuvem de incredulidade. As pessoas não tinham fé. Elas não criam que as coisas poderiam ser diferentes. Elas eram cheias de dúvidas. Elas não conseguiam compreender muitas coisas. A visão delas era muito limitada.
Esse é um dos retratos da sociedade dos dias de hoje. Caos para todo lado, recessão, miséria, desigualdade social, famílias destruídas, casamentos falidos, rumores de guerra, corrupção etc. Esse, da mesma maneira, era o clima nos tempos de Jesus.
Voltando aos versículos 14 a 29, vemos a história de um jovem que, desde a infância, estava possesso de um espírito mudo. Por diversas vezes, quase havia morrido. No testemunho do pai, ora o demônio o lançava na água, ora no fogo, para matá-lo. Uma vida sofrida tanto para o menino quanto para os pais. O menino não podia ter sonhos ou aspirações por causa da sua situação. E há tempos, nada de novo acontecia. Certamente, ele já havia tentado muitas coisas. E, por isso, ele estava ali para mais uma tentativa.
E, de repente, aquele homem se encontra com os discípulos de Jesus. A fama de Jesus e de seus discípulos era grande por causa dos muitos milagres que eles já haviam realizado. Mas quando pede aos discípulos que façam alguma coisa, nada acontece. O pai do menino então recorre a Jesus, dizendo: “Mas, se o senhor pode, então nos ajude. Tenha pena de nós”. A resposta de Jesus foi simples: “Se eu posso? Tudo é possível ao que crê”. O pai do rapaz poderia simplesmente ter pensando que aquela seria mais uma tentativa frustrada de salvação, mas, não foi essa a postura. O pai não somente respondeu, como gritou: “Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda!”. Jesus interveio, e então, o menino foi liberto.
Tudo é possível ao que crê. Se cremos que a solução dos nossos problemas estão em Cristo, então é possível acreditar que nem tudo está perdido. Se cremos em Jesus, então é possível acreditar que há esperança, por mais desanimadoras que as coisas pareçam. Deus é o Deus do impossível! Foi Ele quem libertou o jovem da opressão maligna, quando há anos a família vinha sofrendo com o problema.
Se o mundo, as situações da vida, as pessoas que te cercam, tentam desanimá-lo, diga basta! Afinal, tudo é possível ao que crê...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


segunda-feira, 27 de julho de 2015

UM POUCO SOBRE A VIDA DO APOSTOLO LUCAS...


                                    UM POUCO SOBRE A VIDA DO APOSTOLO LUCAS...
Sempre gostei do Lucas. Isso é engraçado porque um dos meus personagens bíblicos preferidos não é muito citado. Só existem três referências rápidas a ele no Novo Testamento. Mesmo assim, continuo a admira-lo. Lucas é autor do terceiro evangelho e do livro de Atos. No inicio do evangelho que leva seu nome, ele diz que não foi testemunha ocular dos fatos que escreveu. O evangelista entrevistou pessoas que viram as obras de Jesus Cristo. Com base nisso, decidiu escrever um evangelho contando os fatos da vida do nosso Salvador. Ultimamente venho estudando bem a história de Lucas. Pense em escrever um romance contando a história dele. Seria um privilégio ter Lucas como tema do meu primeiro romance publicado. Talvez alguma editora Cristã se interesse pelo livro (e peço que você orem para que isso aconteça). Baseado tudo o que eu estudei até agora, vou escrever um rápida biografia de Lucas. A Daniella, que gosta de biografias, deve gostar.

Nascimento e Adolescência

Lucas não era hebreu e sim gentio. Não há dados preciso sobre sua vida. Segundo a tradição, era natural de Antióquia (cidade situada hoje em território pertencente a Síria). Ele viveu no século I d.c., mas desconhecemos a data exata so seu nascimento e da sua morte. Na Adolescência, Lucas estudou artes e ciências. Particularmente retórica e medicina. Há quem afirme ter sido um hábil pintor. Paulo chama Lucas de médico amado e os versados em grego afirmam que o autor do evangelho de Lucas e do livro de Atos era alguém de uma cultura refinada.

O discípulo fiel

Depois de convertido ao cristianismo e tornou-se discípulo e amigo de
 Paulo de Tarso. Paulo o chamava de colaborador e de médico amado. Segundo o Atos dos Apóstolos e asCartas de Paulo, Lucas acompanhou o apóstolo Paulo em sua segunda viagem missionária de Trôade a Filipos, onde permaneceu por seis anos seguintes. Depois novamente acompanhou Paulo, desta vez numa viagem de Filipos a Jerusalém (57-58) [9]. Também esteve presente na prisão do apóstolo em Cesaréia e o acompanhou até Roma [10] Com a execução do apóstolo e seu mestre (67), deixou Roma e, de acordo com a tradição cristã, enquanto escrevia seu Evangelho, teria pregado em Acaia, na Beócia e também na Bitínia, onde teria morrido (70).

Detalhes da sua vida

Lucas possuía sólida cultura cientifica e literária. Nunca se casou e nunca teve filhos. Escreveu o seu evangelho na língua grega. Possivelmente a pedido de
 Paulo (que pregava aos gregos). Lucas certamente conversou com a Maria (mãe de Jesus), Zaquel, Maria Madalena, e muitos outros personagens que só ele cita ou dá detalhes que os outros evangelistas passaram por cima.

Morte

A única "certeza" é que ele morreu com 84 anos.
 Alguns manuscritos referem que Lucas morreu em Tebas, capital da Beócia no ano 70 d.c. São Jerônimo foi que afirmou essa hipótese. Já Nicéforo conta que o evangelista morreu mártir, vitima da perseguição dos romanos ao Cristianismo, tendo sido enforcado pelos pagãos. Alguns afirmam que ele foi martirizado em Patras. Outros dizem Roma. Outros ainda dizem que sua morte ocorreu na Bítinia.

Fontes que registram Lucas

A primeira referência a Lucas encontra-se em Filemon 1:24. É mencionado também emColossenses 4:14. Por último, Paulo o cita em II Timótio 4:11. A segunda menção mais antiga a Lucas encontra-se no "Prólogo Anti-Marcionita ao Evangelho de São Lucas". É um documento que, apesar das controvérsias, é datado do século II. Diz o seguinte:
Lucas é um Sírio de Antioquia, Sírio pela raça, médico de profissão. Tornou-se discípulo dos apóstolos e mais tarde seguiu a Paulo até ao seu martírio. Tendo servido o Senhor com perseverança, solteiro e sem filhos, cheio da graça do Espírito Santo, morreu com 84 anos de idade...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


domingo, 26 de julho de 2015

JESUS E A FIGUEIRA...


                                                        
E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente. Mateus 21:19
Muitos vivem atrás de figueiras sem frutos a espera de que um dia nasça ali um figo para servir como alimento. Como o ser humano é acomodado naquilo que convém, muitas das vezes opta por ficar ao lado de uma árvore infrutífera só para não perder a sombra dos seus galhos secos.
Porém o exemplo que Cristo nos passa é muito interessante, pois afinal Ele sendo o próprio Deus, o Messias que transforma água em vinho, multiplica pães e peixes, bem que poderia dar um novo fôlego de vida a tal figueira. Mas não foi isso o que aconteceu. Na minha lógica vejo que a mensagem que Cristo quer nos passar aqui vai muito mais além dos frutos de um cristão, e sim, é na verdade uma comparação com a igreja que temos hoje. Talvez você se pergunte, porque? eu lhe respondo: se acompanharmos a história vemos a forma com a qual igreja se estabeleceu. Grandes e corajosos homens de Deus: Paulo, Pedro, João, Lutero e assim por diante. Estes e outros foram figueiras muito frutíferas, foram o inicio de uma obra que acima de tudo tem como objetivo não acumular frutos para si, e sim alimentar os famintos. Mas assim como a maioria das árvores, o tempo vai pesando e estas vão aos poucos morrendo. Os frutos já não tem mais o mesmo sabor, e com o andar da carruagem nem frutos mais essas árvores produzem.
Assim estamos nós como igreja. Construindo contos para alimentar a nossa própria crendice. Árvores que a cada dia estão mais secas. A questão que preocupa é quando não há mais nenhum fruto na figueira, pois ai vemos o que Cristo disse:”Nunca mais nasça fruto de ti”. Tendo em vista que quando um cristão não produz mais nada, só resta uma coisa a fazer com ela… queimar no fogo!
Não quero ser sensacionalista. Eu não sei em baixo de qual figueira você esta, e também não sei que tipo de figueira você é. Mas por mais que você esteja secando aos poucos, saiba que ainda há como você voltar a ser frutífero, basta seguir os passos de Jesus Cristo. Talvez você não produza mais porque esta aguardando que a figueira na qual você espera lhe de alguma coisa. Saiba que o tempo é precioso, não perca tempo, seja você a figueira que Jesus quer...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.