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quinta-feira, 16 de julho de 2015

ESTUDO AS CICATRIZES DE UM GUERREIRO VALENTE...

                            ESTUDO AS CICATRIZES DE UM GUERREIRO VALENTE...
“Depois dele, Eleazar..., entre os três valentes que estavam com Davi..., ele se levantou e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar pegada à espada...” (II Samuel 23:9,10)
Davi foi um homem segundo o coração de Deus. Como guerreiro, conquistou territórios e não experimentou derrota – “... E o senhor dava vitórias a Davi, por onde quer que ia” (II Sm.8:6). Mas, ao seu lado, teve homens que lhe apoiavam o tempo todo. Outrora foram homens sem perfil algum. Quando fugia de Saul, Davi os encontrou na caverna de Adulão: “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; eram com ele uns quatrocentos homens”. (I Sm.22:2). Davi se tornou chefe deles e os formou. Tornaram-se valentes debaixo de uma liderança forte. 

Eles se sobressaíam, eram homens valorosos – “Tinham por arma o arco e usavam tanto da mão direita como da esquerda em arremessar pedras com fundas e em atirar flechas com o arco... Dos gaditas passaram-se para Davi à fortaleza no deserto, homens valentes, homens de guerra para pelejar, armados de escudo e lança; seu rosto era como de leões, e eram ligeiros como gazelas sobre os montes... Estes, dos filhos de Gade, foram capitães do exército; o menor valia por cem homens, e o maior, por mil” (I Cr.12:2, 8, 14). 


Todo valente é reconhecido e tem uma marca. Todos aqueles que se destacam têm um sinal em sua vida. Os valentes são chamados para conquistar e nunca se intimidam.

Davi tinha uma equipe que se sobressaía como guerreira. A respeito de alguns foi registrado o que fizeram. Eleazar foi um deles e a seu respeito se registrou: “Feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar pegada à espada” (II Sm.23:10). Eleazar tinha algumas características, pelas quais ficou conhecido como um dos três maiores valentes de Davi.
Fidelidade

“... Entre os três valentes que estavam com Davi...” (v.9). Eleazar não era um problema, mas uma solução. Antes de se encontrar com Davi, sua situação era crítica, mas depois se tornou uma bênção. Isto é ser discípulo. Ele estava com Davi. Um dos segredos para a vitória e que destaca um valente é a fidelidade ao seu líder. Muitos são ingratos, desprezam o que receberam, e cedo se esquecem de quem eram. Alguns dizem: “Eu te amo, mas não quero mais andar com você”, como se isso tivesse algum cabimento. Eleazar tinha uma aliança com Davi e uma gratidão por ter sido Davi um instrumento de Deus para resgatá-lo da situação que vivia. Fidelidade é característica de alguém fiel, digno de fé. Ele era confiável. A pior insegurança para um líder é a infidelidade ou deslealdade. Quando temos uma aliança com Deus, honramos nossos líderes e passamos estar com eles. A conquista de Davi se deu por ter se cercado de homens valentes, não apenas fortes, mas fiéis.
Disposição para se cansar

Eleazar cansou a mão – “... Até lhe cansar a mão...”. Não existe guerra que não canse. Alguns ainda pensam que podem se tornar guerreiros e vencedores sem qualquer cansaço. O cansaço físico é natural naqueles que se esmeram, se envolvem e se dedicam ao trabalho. O valente não tem preguiça, não se esconde, não foge, não escapa quando vê algo por fazer. O valente não fica preso dentro de sua casa preocupado com suas próprias coisas. Paulo diz a Timóteo: “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou” (I Tm.2:4). Ele dá tudo de si, não tem “tempo ruim”. Tem uma mente excelente, uma visão de conquista; sabe qual é a sua função e não se desvia nem para a direita nem para a esquerda. 

Fomos chamados para uma conquista. Davi é uma figura de Jesus. Os que se acham em aperto, endividados, amargurados de espírito... são chamados à restauração para uma conquista. Quando Davi entendeu que fora Deus quem o tirou de detrás das malhadas e o colocou como príncipe sobre Israel, deu o melhor de si (II Sm.7:8). Seus discípulos seguiram seu exemplo, porque era modelo de valente.  Cansaço físico não é nada de mais. Noites mal dormidas e outras renúncias são comuns aos valentes. Mas a recompensa sempre vem, e estes colherão seus frutos.
Perseverança

“... Até lhe cansar a mão e ficar pegada à espada”. Eleazar não parou. Lutou tanto que a espada se tornou a sua própria mão. Que tremendo! Não desistir é outra característica do valente. Ele persevera, não pára, vai até o fim, custe o que custar. De vez em quando ouço alguns dizerem que querem “dar um tempo”. Dizem que estão cansados, pretendem descansar um pouco para retornar mais tarde. Este é um dos maiores enganos de Satanás! Jesus nunca parou, por mais difícil que fossem as circunstâncias. Um atleta não pode parar de correr, pois perderá o ritmo e não chegará ao final. Diminuir a marcha é possível, mas parar, nunca! Paulo diz: “... Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (I Co.15:58). A constância na guerra é um desafio para todos nós, mas é o que nos garante a vitória.
Apega-se à espada

Sua mão não se separou mais da espada. Paulo nos ensina que devemos tomar a espada do Espírito nessa guerra espiritual. É a palavra de Deus (Ef.6:17). Ele se apegou à espada, de tanto lutar! Ler e meditar na palavra, simplesmente, não surte efeito e não nos faz valentes. Valente é aquele que vive a palavra e a usa contra o inimigo. Ele profetiza, evangeliza, ensina, fala em tempo e fora de tempo. A espada derrota o inimigo sempre. De tanto usá-la, fica pegada à mão. A mão fala de nossas ações e atitudes. O valente tem a palavra de Deus como estilo de vida. Ele considera os princípios e tem temor de Deus. Eleazar não conseguia mais abrir a mão e soltar a espada. Sua mão ficou pegada à espada. 

Todo valente tem a espada, que é a palavra de Deus, pegada a sua mão e sua mão pegada à palavra. Dela não se desvia nem para direita nem para a esquerda. Pela palavra profética as trevas se dissipam, os demônios fogem, as maldições são quebradas, a salvação brota, a vida se estabelece... Paulo diz: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm.2:15). Manejar bem é ser adestrado na espada, saber responder com sabedoria e usar a palavra com autoridade.
Toma a causa de todos

Eleazar, o valente de Davi, guerreou como se tudo dependesse dele. Essa é a postura de um guerreiro. Ele sabe que cada um tem sua parte, que somos uma equipe; tem consciência de que somos um corpo e que a conquista é sempre coletiva, porém não descuida de sua parte. Eleazar lutou como se tudo dependesse dele e, ao mesmo tempo, tudo dependesse de Deus. Assim pensa e age um valente. Ele não espera pelos outros, mas age, tem iniciativa, assume sua responsabilidade, independente da atitude dos outros. 

“... E o povo voltou para onde Eleazar estava somente para tomar os despojos” (v.10). O valente disponibiliza os recursos, dá alimento, pensa na coletividade e não em si mesmo. Todos puderam usufruir do despojo, pois o valente é altruísta e não egoísta. 

Aquele foi um dia de grande livramento do Senhor. O Senhor honrou a atitude de Eleazar. Ele fez a sua parte, Deus fez a dEle. Foi porque Eleazar não desistiu, não parou, perseverou até o fim, que o livramento se manifestou. Muitos querem livramento sem guerra, sem esforço, sem dedicação. Livramento é a resposta de Deus a um coração cheio de fé, convicto de que vale a pena lutar.
Só os libertos são valentes e alcançam o livramento. Libertação acontece no interior, livramento é exterior. Os libertos já alcançaram, pela fé, a vitória; tomam a causa da coletividade e combatem até alcançar o livramento! 
Conclusão
Deus levantou Davi para tomar o lugar de Saul. Saul havia falhado como rei e por isso foi rejeitado. Era preciso retomar o propósito da conquista. Davi foi chamado para conquistar. Por ser valente, sua equipe era valente. Só valentes conquistam. A escolha é nossa.  Permaneceremos em nossas limitações e mediocridade, ou avançaremos para novas conquistas? Como Igreja, vamos continuar sendo apenas evangélicos, ou vamos transformar uma nação? Tudo depende da visão que temos do reino – “... O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt.11:12). É tempo de renunciar o medo, a covardia, a passividade, a letargia... 

O Senhor está selecionando os Seus valentes. Jesus escolheu doze valentes; estes revolucionaram o mundo. Agora é nossa vez. Está tudo em nossas mãos. Nossa postura determinará o que seremos como cidade e nação nos próximos anos.
Que registro ficará da sua existência? Qual feito extraordinário marcará sua trajetória de vida aqui na terra? Os valentes estão sendo gerados. É a sua vez. Valentes nasceram para vencer, conquistar e fazer história. Amém...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.



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