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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

FAMÍLIA TESOURO AS VEZES PERDIDO NA PRÓPRIA CASA...


                           FAMÍLIA TESOURO AS VEZES PERDIDO NA PRÓPRIA CASA...
Lucas 15:8-10

Introdução
Os maiores tesouros que temos estão dentro da nossa própria casa. As maiores alegrias que temos estão dentro da nossa casa. Às vezes, inúmeras pessoas buscam a felicidade em tantas outras coisas (trabalho, dinheiro, títulos, etc.) e negligenciam o convívio familiar. Entretanto, aquele que não é feliz em casa não poderá ser feliz em lugar nenhum. As maiores. Definitivamente, as maiores alegria que alguém pode experimentar está dentro do seu próprio lar. Isso se deve porque os maiores tesouros que temos estão dentro de casa – nossa família.
O contrário também é verdadeiro. As dores mais agudas são provocadas dentro da nossa casa. Os maiores sofrimentos que temos ocorre no seio familiar. Exemplos disso são as perdas que sofremos em nossa família. A perda de um filho, a perda do marido, a perda do pai ou mãe e mesmo a perda de um ente familiar querido. Não há nada que produza mais sofrimento à alma humana do que dores que tem sua origem na família.
O texto em questão fala sobre uma perda. Jesus conta uma parábola cuja protagonista é uma mulher. A trama que envolve a história gira em torno de uma dracma perdida. O texto afirma que ela tinha dez dracmas e, por descuido, perdeu um deles. A dracma era uma moeda muito preciosa nos dias de Jesus. Entretanto, o dracma tinha mais que um valor monetário. Alguns comentaristas afirmam que o conjunto de dez dracmas formavam um colar que simbolizava o compromisso da mulher com seu cônjuge. Os dez dracmas eram o símbolo visível de uma aliança invisível e eterna. Portanto, havia um valor sentimental, espiritual e familiar. Por isso, o texto discorre a preocupação da mulher ao perder uma única dracma, mesmo ainda tendo outras nove.
Outro fato importantíssimo a ser destacado diz respeito ao local onde aconteceu a perda. A Bíblia afirma que a mulher perdeu a dracma dentro de sua própria casa. Não foi na rua nem nos arredores. Trata-se de uma perda dentro de casa. A psicologia afirma que a perda tem a forte tendência de nos paralisar. Muitas pessoas ficam simplesmente estáticas. Não sabem o que fazer. Não vêem saídas. Entretanto, o texto afirma que essa mulher teve outra postura. Ela não ficou paralisada e nem mesmo deu lugar ao desespero. Essa mulher torna-se um paradigma para achar tesouros perdidos dentro de casa. A parábola nos ensina que devemos tomar três atitudes para recuperar nossos tesouros:
1 – Buscar direção

O texto afirma que a primeira atitude dessa mulher quando notou a ausência de uma dracma foi acender uma candeia. As casas na Palestina eram escuras, sem luz e quase sem janelas. Ela, então, chega à conclusão de que é impossível encontrar algo no escuro. Se há algo perdido precisamos buscar direção em:
a) Jesus. O próprio Cristo afirmou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8:12). Jesus é a luz que precisamos para recuperar aquilo que foi perdido. Apenas a presença iluminadora de Jesus poderá nos dar uma direção clara. Acenda uma luz na sua casa! Essa luz é Jesus. Peça o SENHOR para trazer luz onde há escuridão. 
b) Palavra de Deus. O salmista percebeu que a Palavra de Deus é poderosa para guiar nossos passos em segurança. Caminhar no escuro é difícil. Por isso precisamos de luz, para que possamos pisar em lugares seguros. Assim, ele conclui: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz, para os meus caminhos” (Sl 119:105).
2 – Esforço

O texto afirma que após acender uma candeia, a mulher logo providenciou uma vassoura e passou a varrer a casa. Sua atitude desencadeou num grande esforço. Levantou a poeira que estava posta sobre sua residência. Tirou os móveis do lugar. Agachou-se para procurar. É possível perceber que essa mulher realizou uma verdadeira faxina em sua casa. Isso nos ensina que devemos nos esforçar grandemente na busca daquilo que foi perdido. Thomas Edson disse que “a fórmula do sucesso é 90% de transpiração e apenas 10% de inspiração”. Se você deseja vencer, deve estar disposto a suar a camisa.
Há uma tendência humana em fugir de problemas. Constantemente evitamos tratar de determinados assuntos, porque para elucidá-los será necessário lançar mão de grandes esforços. Contudo, não podemos empurrar a sujeira para debaixo do tapete. Devemos nos esforçar grandemente com o intuito de resgatar as perdas que sofremos.
3 – Busca diligente
O evangelista Lucas diz que a mulher “procurou diligentemente até encontrar”. É possível destacar três fatores que a influenciaram para que ela fosse bem sucedida na sua busca:
a) Busca incansável. Ela não descansou enquanto não achou a dracma. Ela não mediu esforços para alcançar o seu objetivo. Lançou mão de todos os meios e recursos que estavam à sua disposição.
b) Busca meticulosa. Ela buscou em todos os cômodos da casa, observando cuidadosamente cada parte.
c) Busca perseverante. Ela só parou quando encontrou aquilo que procurava. Só uma coisa parou essa mulher: a vitória. Ela não desistiu enquanto não a alcançou. A palavra perseverança pode ser definida assim: “continuar sempre e nunca desistir”.
Conclusão
Essa parábola está inserida num contexto muito particular do discurso de Jesus. Jesus conta três parábolas seguidas cujo objetivo era o mesmo: discorrer acerca da Salvação. Perceba a dinâmica das três parábolas:
1 – A parábola da ovelha perdida (vv. 3 – 7);
2 – A parábola da dracma perdida (vv. 8 – 10);
3 – A parábola do filho pródigo ou filho perdido (vv. 11 – 32).
Na primeira parábola uma ovelha está perdida. Na segunda parábola uma dracma está perdida. Na terceira parábola um filho está perdido. Em todas as parábolas acontece o reencontro. O pastor deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da única ovelha que havia se perdido. A mulher não leva em conta que ainda tinha nove dracmas, mas busca incansavelmente a única dracma que havia se perdido. E o pai, embora ainda tivesse o filho primogênito dentro de casa, não descansou enquanto seu outro filho voltasse para casa.
O que a mulher faz quando encontra a dracma? Diz o texto “E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido” (v. 9).
O que acontece quando o pastor encontra sua ovelha? Assim afirma a Escritura: “Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida”. (vv. 5 – 6). 
O que acontece quando o pai reencontra o seu filho? O evangelista narra: “O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos seus pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos”. (vv. 22 – 23).
Nos três casos acontece uma grande festa. E o próprio Jesus afirma que essas histórias exemplificam o que acontece no céu. “Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (v. 10). Jesus conclui a parábola no verso 10 e, esse verso, torna-se a chave hermenêutica para se compreender a moral da história. Nós somos a dracma perdida. Da mesma maneira, somos a ovelha perdida e filho perdido.
Deus não mediu esforços até que nos resgatou. Deus não descansou até garantir a nossa salvação. Assim, você é personagem nessa parábola.
Nesse sentido, o próprio Deus tornou-se modelo para nós. Se desejamos reencontrar tesouros perdidos dentro da nossa própria casa, então, devemos buscar direção, esforçar-nos e buscar diligentemente.
Qual tesouro você perdeu dentro da sua casa? Possivelmente, alguns dracmas possam estar perdidos em sua família:
- O respeito dos filhos
- O carinho do cônjuge
- Fidelidade conjugal
- Fidelidade ao SENHOR
- O diálogo
- A vida devocional
- O prazer pela casa de Deus
- O prazer pela oração e leitura da Palavra.

Você precisa identificar qual dracma você perdeu. E, assim que identificar, iniciar a busca por ele. Nada é mais urgente do que restaurar as bases da nossa casa...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião. Dr. Edson Cavalcante.

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