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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

PODE O CRISTÃO FAZER TATUAGEM, EM APOCALIPSE DIZ QUE JESUS TINHA UMA TATUAGEM NA COXA?


PODE O CRISTÃO USAR TATUAGEM, EM APOCALIPSE DIZ QUE JESUS TINHA UMA TATUAGEM NA COXA?
Há muitas pessoas que interpretam o texto de Apocalipse 19.16, "em no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" como se o texto bíblico descrevesse um "Jesus tatuado". Já ouvi, inclusive, alguém dizer certa vez: "Galera, Jesus era um dos nossos! Ele também tinha uma 'tatoo' na sua coxa!". Tal equívoco interpretativo se deve a três causas principais:
a) ao desconhecimento do texto grego original do Novo Testamento, bem como, de suas regras gramaticais;
b) às traduções existentes em português que, com uma rara exceção, dão margem para que esse tipo de interpretação equivocada seja feita;
c) à conveniência, pois algumas pessoas interpretam convenientemente um Jesus tatuado em Ap 19.16, porque, ao fazerem isso, estão encontrando um apoio "bíblico" que legitima o uso de tatuagens por parte destas mesmas pessoas.
Particularmente, creio que o problema todo esteja principalmente nos dois primeiros itens. De qualquer forma, depois de receber vários emails de pessoas questionando sobre a hipótese de Apocalipse 19.16 descrever Jesus “tatuado”, resolvi escrever esse artigo a fim de tentar esclarecer o significado deste verso tão mal compreendido nos dias de hoje, principalmente pelos jovens. Vejamos, então, Ap 19.16 do ponto de vista lingüístico, teológico e cultural.
I – O PONTO DE VISTA LINGÜÍSTICO
O texto grego original de Ap 19.16 diz o seguinte: kaì échei epì tò himátion kaì epì tòn meròn autou ónoma gegramménon. Basileùs basiléon kaí kýrios kyríon. Se traduzirmos este verso ao pé da letra, ele ficará dessa forma: "e tem sobre a veste e sobre a coxa dele um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores".
No que diz respeito ao aspecto linguístico, observa-se no texto grego que a primeira e a sexta palavras do versículo (sublinhadas) são as mesmas. Trata-se da conjunção "kaì" que normalmente é traduzida como "e" ou "também", de acordo com o contexto em que ela aparece. Todavia, embora o primeiro "kaì" de Ap 19.16 possa ser traduzido como "e", ou seja, "e tem sobre a veste (...)", o segundo "kaì", por outro lado, pode ser entendido como um "kaì" epexegético ou explicativo. Em outras palavras, o segundo "e" do versículo, "(...) e sobre a coxa dele" deveria ser traduzido de forma explicativa, como, por exemplo, "ou seja", "isto é", "a saber”, "quer dizer" etc. Sendo assim, a tradução mais apropriada para Ap 19.16 seria: "e tem sobre a veste, isto é, [que está] sobre a sua coxa um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores".
George Ladd, que concorda com a interpretação que estamos dando, oferece uma tradução ligeiramente diferente: "no seu manto, isto é, onde ele cobre sua coxa”. Ladd ainda acrescenta que "não é mencionada nenhuma razão por que o nome estaria escrito na coxa". Além de Ladd, Henry Alford também concorda com a nossa interpretação e faz o seguinte comentário:
"A maneira usual de tomar as palavras é supor o kaí epexegético ou definitivo das palavras anteriores, "sobre Sua veste", e que parte dela [da veste] está cobrindo Sua coxa".
Some-se a estes autores ainda a opinião de Champlin, segundo quem, entre outros significados, o texto também pode ser traduzido como "...sobre vestes, a saber, sobre sua coxa...", o que se harmoniza com o significado que entendemos ser o mais correto para esse texto.
Infelizmente, de todas as versões bíblicas em português que consultei, apenas uma traduz Ap 19.16 refletindo o seu significado de forma mais correta. Trata-se da Edição Contemporânea de João Ferreira de Almeida. Ela traduz Ap 19.16 assim: "No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores".
Portanto, a partir da perspectiva linguística podemos assegurar que a frase “Rei dos reis e Senhor dos senhores” de Apocalipse 19.16 não está "tatuada" na "coxa" de Jesus. Muito pelo contrário, estes dizeres estão escritos na “veste” (ou “manto”) de Jesus, a qual, por sua vez, cobre a sua coxa.
II – O PONTO DE VISTA TEOLÓGICO
Antes de entrarmos no ponto de vista teológico em si, devemos dizer aqui que o livro de Apocalipse foi escrito aproximadamente na metade da década do ano 90 d.C. Isto quer dizer que ele foi escrito por João cerca de 50 a 60 anos depois da morte e ressurreição de Jesus. Portanto, Jesus já possuía (havia mais de meio século) um "corpo glorificado", imaterial, quando João escreve as linhas de Ap 19.16.
Já no que se refere ao aspecto teológico, Ap 19.16 está inserido dentro do contexto de uma visão que João teve (cf. Ap 19.11), devendo ser entendido, portanto, de forma "simbólica", isto é, "não-literal". Apesar de alguns comentaristas compreenderem Ap 19 à luz da queda da Babilônia – símbolo de Roma – conforme Ap 18, contudo, Ap 19 aponta para algo bem maior, a saber, a vitória escatológica completa de Deus e do Seu povo sobre o mal em geral, vista sob a perspectiva contextual mais ampla de Ap 19.11-21.8.
Assim, o título "Rei dos reis e Senhor dos senhores" escrito na "veste" de Jesus, se entendido corretamente de forma "simbólica", era aplicado, segundo a tradição judaica, ao próprio Deus, o qual era visto como Rei suserano que governava acima de todos os reis da Terra. Isto quer dizer que, Jesus, ao receber em Ap 19.16 o mesmo título majestoso que Deus recebia no judaísmo, estava se igualando a Ele em Sua glória e divindade.
Além do mais, se entendermos Ap 19.16 como uma referência literal à "coxa tatuada" de Jesus (se este fosse realmente o caso, o que não é), teríamos que entender literalmente também outra visão de João na qual Jesus é descrito como tendo: "cabelos brancos como a lã branca, olhos como chama de fogo, pés como latão reluzente, voz como a voz de muitas águas, boca da qual saía uma espada afiada e rosto como o sol" (cf. Ap 1.12-17), o que seria bastante complicado.
Enfim, sob a perspectiva teológica também podemos afirmar que Jesus não tinha uma "tatuagem" feita em sua "coxa".
III – O PONTO DE VISTA CULTURAL
Por fim, sob o ponto de vista cultural, creio que sejam bastante apropriadas as palavras de Champlin sobre Ap 19.16. Este autor nos fornece as seguintes informações:
"(...) havia um antigo costume de gravar o nome do artista sobre a coxa de uma estátua. (...) A arqueologia tem encontrado figuras assírias com inscrições gravadas sobre ela, bem como nas vestes que encobrem seus corpos. Também é verdade que os cavalos, entre os gregos, traziam sinais identificadores sobre suas pernas traseiras".
Porém, Keener explica que "na antigüidade romana, os cavalos e as estátuas eram às vezes marcados com ferro na coxa, mas as pessoas não". Aliás, esses exemplos fornecidos por Champlin e Keener, note-se, são extraídos de um contexto "pagão" (assírio e greco-romano), e não "judaico" ou "judaico-cristão"! Vale citar aqui as palavras de Alfred J. Kolatch, segundo quem,
"Foi proibido aos judeus fazerem isto [isto é, tatuagens ou incisões no corpo] não só porque era sinal de idolatria, mas também porque vai contra as proibições bíblicas de derramar sangue e maltratar o corpo que Deus deu ao ser humano".
Tendo esses dados em mente, seria, então, simplesmente impensável imaginar um judeu dos tempos bíblicos tatuados (e Jesus era judeu!). Tal fato seria o cúmulo do sacrilégio!
Portanto, do ponto de vista cultural também não é correto afirmar que Jesus possuía uma "tatuagem" em sua "coxa". Tal prática seria totalmente estranha à cultura (judaica) da qual ele, Jesus, fazia parte.
CONCLUSÃO
Concluindo, um dos grandes problemas que ocorre na interpretação da Bíblia é que nós, muitas vezes, a fazemos partindo do nosso próprio contexto vivencial. Dito de outra maneira, muitas vezes nós projetamos para dentro da Bíblia nossas experiências pessoais, vivências, pressuposições e ideologias – o que é chamado no campo da interpretação bíblica de "eisegese", em vez de buscarmos extrair do texto bíblico aquilo que ele próprio quer nos dizer – o que é conhecido como "exegese".
Bem, de qualquer forma, cada um é livre para fazer o que quiser do "seu" corpo (o qual, na verdade, não é "seu", mas de Deus, quem o criou e, portanto, detém direitos sobre ele). Porém, se alguém for fazer qualquer tatuagem no corpo, fique à vontade. Só não vá, entretanto, sair dizendo por aí que você está fazendo isso porque a "tatuagem" que Jesus tinha em sua "coxa" te autoriza a proceder dessa forma..
BISPO/JUIZ.MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE

ANO NOVO SIGNIFICA ODRES NOVOS, VIDA NOVA...


                            ANO NOVO SIGNIFICA ODRES NOVOS, VIDA NOVA...
Marcos 2.18-22
Jesus estava na casa de Mateus, seu mais novo discípulo, escolhido enquanto trabalhava na coletoria de impostos. Junto a Jesus estavam outros discípulos, além de uma série de publicanos e pecadores. Os Fariseus, vendo aquela cena, censuram duramente Jesus por compartilhar a mesa com pecadores. Jesus, ouvindo-os, responde que veio para chamar pecadores e não justos.Em seguida, esses mesmos fariseus, juntamente com os discípulos de João, indagaram a Jesus por que seus discípulos não jejuavam, como eles. Jesus sabia claramente que a Lei de Moisés, padrão moral dos judeus, somente requeria, como lei, um jejum anual, feito do dia da Expiação (Lv. 16.29-34). Sabia também que era costume dos judeus fariseus jejuarem duas vezes por semana. Com tudo isso em mente, Jesus afirma categoricamente que aquela não era hora de Jejum, pois os discípulos estavam perante o noivo, em celebração; quando o noivo se retirar, ai sim era tempo de jejum. A presença de Cristo era sinal de festa e não de lamento e contrição.Por fim, após essas duas arguições, Jesus faz uma desconcertante afirmação via parábola. Jesus fala categoricamente que os fariseus estavam tentando impor panos e vinho novo em roupas e odres velhos. Jesus está falando que os judeus daquele tempo ainda não tinham enxergado que, em Jesus, um novo tempo se instaurava: um novo momento de vida, novidade pra vida, que não podia ser acomodada em sistema ritualístico e costumeiramente antigo. Por não saberem “ler” o seu tempo, os fariseus não conseguiam entender Jesus e seu movimento.Esse ensinamento de Cristo é valioso para esses dias. Vivemos num mundo em constante transformação. Todo dia, em todas as áreas de nossa vida, “novidades” se põem diante de nós. Como lidar com o “novo” que está diante de nós. Jesus nos ensina preceitos a respeito.
1)         Não devemos ser resistente àquilo que é novo• Temos, principalmente os cristãos, certa resistência a novidades.•   A bíblia nos afirma categoricamente que nossa vida em Cristo é uma nova vida.•    Resistência ao novo gera atraso, estagnação.
2)         Não de pode desfrutar do novo se nossa estrutura é velha•     Um pano novo, numa roupa velha, gera mais estragos na roupa, pois conforme o retalho novo encolhe mais rasga a roupa.•          Vinho novo em odre velho se perde, pois, conforme o vinho se fermenta, expande gases. Como o odre velho não possui mais capacidade de dilatação se arrebenta e todo vinho se perde.• Estruturas velhas não comportam novidades.  Em muitas áreas de nossa vida, perdemos a grande oportunidade de crescermos, desenvolvermos, desfrutarmos novas coisas na vida, pois queremos continuar como somos, não aceitamos as mudanças.•            Jesus fala claramente: É IMPOSSIVEL DSFRUTAR DO NOVO SEM ABANDONAR VELHAS ESTRUTURAS. Essas estruturas podem ser:- Jeito antigo de ver a vida; -Doutrinas humanas;-Costumes-Forma de trabalhar,
•          Para desfrutar das novidades, precisamos criar novas estruturas na vida. Mas como?-        Rm. 6.4: De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. -          Rm. 7.6: Mas agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito e não na velhice da letra. -     2 Co. 5.17: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.-         A própria vida cristã é considerada, nas Escrituras, como nova vida.-            Por que então não continuamos a nos renovar? Tradicionalismo; Acomodação.•    Jesus está pronto para nos renovar, dando oportunidade de desfrutarmos das novidades que Deus tem para cada um.-            Permitamos que Ele faça isso hoje, em nossas vidas...

BISPO/JUIZ. MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

LEMBRE SE QUE MESMO DESVIADO, MAS DEUS NÃO DESISTIU DE VOCÊ...


              LEMBRE SE QUE MESMO DESVIADO, MAS DEUS NÃO DESISTIU DE VOCÊ...
...e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. Apocalipse 2:3
INTRODUÇÃO – Não é Fácil
A Bíblia ao longo de suas páginas sempre exalta os valores e as atitudes ligadas a “perseverança”.
Ou seja, a atitude de continuar firme em algum propósito é sempre muito bem vista, louvada e apreciada aos olhos dos escritores bíblicos e também porque não dizer aos olhos do próprio Deus.
Contudo, cá entre nós, nem sempre é fácil continuar firme. Existem tempos da vida em que tudo o que queremos é a doce sensação de desistir. Há momentos em que desistir parece ser a melhor atitude a se tomar. Vejamos algumas:
→É difícil não desistir quando uma doença nos assola há muitos anos.
→É difícil não desistir quando eu oro há muito tempo e nada muda em minha casa.
→É difícil não desistir quando tudo parece estar contra mim.
→É difícil não desistir quando estou passando por privações financeiras.
→É difícil não desistir quando todos prosperam menos eu.
→É difícil não desistir quando o testemunho da vitória não vem.
→É difícil não desistir quando já estou cansado de lutar
→É difícil não desistir quando sou incompreendido.
→É difícil não desistir quando o caminho estreito está quase sem passagem.
→É difícil não desistir quando os sonhos insistem em não se tornar realidade
Nestes momentos tudo o que queremos é parar de lutar e entregar os pontos, é aliviar a carga da nossa alma, do cansaço e da lida da vida.
Por que não desistir?
Por que continuar como continuou o Missionário Inglês que no principio do século dezenove trabalhou por vinte cinco anos em uma base missionária na África. Ele e sua esposa foram para aquela base ainda jovens e ali envelheceram. Durante aqueles vinte cinco anos de trabalho missionário, apenas cinco almas estavam convertidas e firmes no evangelho. Certo dia receberam uma carta de seu pastor na Inglaterra os convidando para passar uma temporada em sua igreja. Eles foram e ficaram um período congregando e comungando com seus irmãos. Um dia seu pastor os convidou a seu gabinete e lhes disse: Meus amados sabem que vocês deram seus melhores anos em nossa base missionária na África e poucas conversões aconteceram ali. Nossa congregação hoje lá conta com sete pessoas: vocês e mais cinco africanos; queremos honrá-los pelo tempo de sua vida que entregaram ali na obra do Senhor e lhes dar todo conforto aqui na Inglaterra, casa, um bom salário, e uma posição de honra em nossa igreja, querem jubila-los entre nós.
Aquele missionário respondeu a seu pastor: Pastor, quando fui para aquela obra o Senhor nosso Deus me disse que ali acabariam meus dias. Se o senhor me permite abro mão de tudo que estão nos oferecendo e quero voltar para lá. Seu pastor permitiu que voltassem. Nos dias posteriores ao retorno deles para a base missionária aquele irmão estava furando uma cisterna em seu quintal e de repente sentiu uma presença olhando para ele de cima do buraco. Quando ele virou os olhos para cima viu um cavalo que o olhava congeladamente e rapidamente ao lado daquele cavalo apareceram dois homens que disseram: (Grande homem que tem o livro de nossa história, queremos te servir.) Rapidamente aquele missionário saiu do buraco e os chamou para dentro de sua casa para conversarem. Aqueles homens nativos contaram para o missionário: Há quatro dias nosso Pajé (guia espiritual) nos ordenou a sairmos correndo pela mata atrás deste cavalo e só pararmos onde ele parasse. Onde esse cavalo parasse estaria o homem que tem o livro. – O missionário respondeu realmente eu sou o homem, (naqueles vinte cinco anos, ele fez toda a tradução do Pentateuco e os evangelhos das línguas originais para o dialeto daquele povo.) Ele foi com aqueles homens para sua tribo e levou as traduções. Chegando lá contou para eles a história da criação do mundo, e o plano de salvação de JESUS CRISTO. Naquele mesmo dia todo aquele povo se converteu a JESUS CRISTO.
Na semana seguinte aquele missionário mandou carta para seu pastor, pedindo que enviasse novos obreiros. Sua congregação estava com mais de doze mil pessoas.
Hoje quero falar de alguém que teve tudo para desistir, mas não o fez: José do Egito.
Sua história foi marcada por sonhos, mas também pela longa jornada até eles se concretizarem.
Ao olhar para a sua história extraímos princípios muito importantes e poderosos que devemos ter em nossa mente e em nosso coração na hora em que pensarmos em desistir.
1° Deus esta Sempre com Você
Isto é a coisa mais importante que você tem que se lembrar nos momentos difíceis: Deus está sempre com Você!
A Bíblia faz questão de deixar claro por várias vezes essa verdade na vida de José:
Gênesis 39:3 Vendo Potifar que o SENHOR era com ele e que tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em suas mãos,
Gênesis 39:23 E nenhum cuidado tinha o carcereiro de todas as coisas que estavam nas mãos de José, porquanto o SENHOR era com ele, e tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava
Na vida de José vemos que Deus continuou com ele em vários momentos e também está conosco em situações semelhantes
Deus está com você mesmo que você cometa erros
Jose teve seu sonho cedo - aos 17 anos. Foi quando teve visões de Deus de que, um dia. Seus irmãos e até seu pai se curvariam diante dele. Jose, no mesmo instante, compartilhou essa notícia com sua família, e isso o colocou em apuros. Mas o fato não o deteve.
O inicio de um sonho muitas vezes gera mais entusiasmo do que sabedoria. Dizemos coisas que não devíamos dizer e fazemos coisas que não devíamos fazer.
Como José, por vezes a nossa largada não e muito boa. Mas, diferente de José, tantas vezes desistimos de nossos sonhos nos primeiros estágios quando eles são mais frágeis.
José encoraja-nos a recapturar o sonho que abandonamos e, mais uma vez, o declararmos como sendo o nosso sonho.
Deus está com você mesmo que sua família não esteja
A Bíblia diz que quando Jose contou o sonho que teve para sua família, seu pai respondeu: "Que sonho e esse que tiveste? Acaso, viremos, eu e tua mãe e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra?" (Gn 37: 10).
A resposta de seus irmãos foi pior:
“E dizia um ao outro: Vem lá o tal sonhador! Vinde, pois, agora, matemo-lo e lancemo-lo numa destas cisternas; e diremos: Um animal selvagem o comeu; e vejamos em que lhe darão os sonhos”. Gênesis 37:19,20
José não contava com o apoio de nenhum membro de sua família.
Talvez muitos se encontrem da mesma forma, sem apoio do marido ou filhos em um propósito. E estes podem ser os mais variados: Oração, clamor por cura de um parente, busca da santidade, estudos, curso, concurso, trabalho, economia no lar, aquisição de um novo bem.
Realmente é muito difícil manter-se firme em um propósito quando sua família deseja que ele seja esquecido. Mas quando esta vontade vem de Deus, você deve renovar as suas forças e continuar na luta.
Olhe para o exemplo de Ana, descrito em 1 Samuel 1. Ana era estéril e tudo o que ela queria era ter um filho para alegrar o coração de seu marido Elcana, para isso ela orava e buscava a Deus. Contudo, ela foi rechaçada, perseguida e zombada por Penina (concubina de seu marido) pois esta era fértil e dava filhos, enquanto Ana não; Ser estéril era motivo de risos e provocações dentro de sua própria casa. Elcana seu marido lhe desincentivou a continuar querendo ter um filho (1 Samuel 1:8); O sacerdote Eli a acusou de embriaguez enquanto ela orava no templo (1 Samuel 1:13).
Mesmo sem ter o apoio de sua família Ana permaneceu firme, e a palavra diz que Deus “lembrou-se dela” 1 Sm 1:19, e ela concebeu a deu a luz a Samuel (profeta, juiz e sacerdote de Israel)
Deus está com você mesmo que a jornada seja cheia de surpresas
Só porque as coisas não saem como o planejado, não ha razão para desistir. Observe as surpresas pelas qual José passou e como ele reagiu:
Mal interpretado por sua família - Desistir?
Vendido como escravo por seus irmãos - Desistir?
Vivendo em um país estrangeiro distante de casa - Desistir?
Favor concedido na casa de Potifar - Continuar!
Acusado sem razão pela esposa de Potifar - Desistir?
Lançado na prisão - Desistir?
Colocado para cuidar de todos os presos - Desistir?
Esquecido pelo copeiro-chefe - Desistir?
Permaneceu na prisão por dois anos - Desistir?
Interpretou o sonho de Faraó - Continuar!
Tornou-se o segundo a comandar o Egito - Continuar!
Por que Jose não desistiu? Afinal, como você e eu, ele teve o dobro de opções para desistir do que para continuar.
Todo sonho, todo proposto, toda jornada, contem surpresas negativas que podem desanimá-lo muito. Como José teve força para não desistir de seu sonho?
Toda vez que se deparava com um momento de desistir na vida, ele percebia que o Senhor estava com ele! Era isso o que importava.
Quando a jornada lhe trouxer imprevistos lembre-se de coisas como:
Deus é bom demais para querer o nosso mal, e Deus é sábio demais para errar.
Quando não consigo achar sua mão, sempre posso confiar em seu caráter.
Deus está com você mesmo que jornada seja longa
Cerca de vinte anos se passaram desde o momento em que José teve seu sonho até o seu cumprimento.
Quarenta anos Moisés pastoreou cabras antes de libertas o povo de Israel. E mais quarenta anos de deserto até entrarem na terra.
Noé pregou por muitos anos sobre uma chuva que viria.
Nós nunca sabemos qual será o tempo de Deus, mas seja qual for ele, creia que Deus nunca se atrasa. Ele é Senhor do tempo.
Ele continua com você por mais longa que seja a jornada.
2° Cresça Nos Momentos de Desânimo
Sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. (Tiago 1:3-4)
Ao olharmos para a vida de José vemos que ele passou por diversos momentos de difíceis, de perseguição e injustiça.
Mas o importante não foi o que ele falou nestes instantes, o importante foi o que ele não falou!
Não há uma só palavra de reclamação de José escrita em todo relato de sua vida. O autor bíblico jamais menciona José praguejando contra as pessoas ou as circunstâncias. Não se ouvi de sua boca murmurações contra Deus.
Em nossa vida também somos perseguidos, humilhados, expostos, injustiçados, mas é nestes momentos que devemos crescer na fé.
O caminho da perseverança só pode ser trilhado se suportarmos a prova.
Tiago 1:12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam
Só aprenderemos a perseverar no dia em que o desânimo chegar. Pois perseverar em que se vai tudo bem?
Quando a história da vida apertar creia que Deus está trabalhando e quer que você cresça e se torne um servo ainda mais fiel, ainda mais aprovado, ainda mais cheio do espírito santo.
Quando você se vir em “apuros” pergunte a Deus: “O que o Senhor está querendo me ensinar?”
Não murmure! Não reclame! Não se apavore! Ao invés disso cresça.
Como Tiago diz: ... Para que sejamos perfeitos e íntegros, em nada deficientes.
3° A Auto Promoção Jamais Substitui a promoção Divina
Ao longo da vida somos tentados a dar uma “forcinha” para Deus. Caímos no ledo engano de tentar acelerar as coisas, para que consigamos o que queremos logo.
Toda vez que José tentou se autopromover isso funcionou contra ele:
→ Foi assim quando contou o sonho para seu pai (foi repreendido)
→ Foi assim quando contou o sonho para seus irmãos (foi lançado na cisterna)
→ Foi assim quando pediu para o copeiro chefe lembrar-se dele (foi esquecido)
Poderia ainda citar outros casos como o de Sara, que não aguentou esperar e quis autopromover o filho da promessa, pedindo para Abraão se deitar com sua serva, Hagar.
O resultado foi Catastrófico. Brigas, intrigas, ciúmes e uma guerra entre povos que dura até hoje entre os descendentes de Ismael e Isaque.
Em José eu aprendo que a única mão que pode governar nossas histórias é a mão de Deus. Se “colocarmos a mão” o tempero desanda.
José teve que aprender a esperar pacientemente na prisão, até que fosse o momento de Deus promovê-lo.
Ao final de sua vida José parecia ter aprendido a lição, aí então ele pode dizer:
Gênesis 50:20 Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.
José atribui sua espera, sofrimento, angústia, provação, posição, sua conquista e sua vitória não aos seus méritos, mas à Deus.
Aprenda a esperar a ação de Deus em sua vida. Aguarde ele lhe colocar onde ele quer.
Bem aventurados são aqueles que esperam no Senhor.
Isaías 64:4 Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.
Por que não desistir? Porque um dia espero ouvir da boca do meu senhor: “e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer”. Apc 2:3...

BISPO/JUIZ. MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE

domingo, 29 de dezembro de 2013

A ESPADA DA JUSTIÇA E DO ESPÍRITO...


                                          A ESPADA DA JUSTIÇA E DO ESPÍRITO...
A ARMADURA
O cinturão da verdade é a sustentação da armadura. Jesus é verdade. O compromisso com Ele e com a sua Palavra é o que sustenta a armadura. Esse compromisso com a Verdade não é apenas uma espécie de assentimento, de concordância intelectual. Cingir-se da verdade é viver a vida tendo a verdade como norteadora de suas atitudes. A Verdade precisa invadir seus negócios, seus estudos, sua família, suas amizades, seu casamento e onde mais você estiver. Esse é o ponto de partida das batalhas.
A couraça da justiça é forma de proteger seu relacionamento com Deus. Para vesti-la, eu preciso antes retirar a minha couraça de pano podre feita na base na tentativa de troca de favores com Deus. Couraça de pano podre não protege, mas a couraça da justiça de Deus sim! Quando pela fé eu compreendo o quão distante estou de Deus, reconheço minha incapacidade de controlar a vida e decido confiar em Jesus para me conduzir de volta para perto do Pai. Ele me declara justo. Precisamos tirar de cima dos ombros nossa justiça própria para que a Graça do Senhor nos guarde. Ai, justificados por Deus, poderemos enfrentar a batalha.
As sandálias do evangelho da paz. As sandálias do soldado romano eram de couro. Na armadura de Deus as sandálias são de paz. O evangelho da paz são as boas notícias de que Deus, através de Jesus, reconciliou o mundo consigo mesmo. Assim podemos ter paz com Ele e paz com nossos irmãos e companheiros de batalha. Não podemos sair para a batalha descalços, olhando para o chão. Precisamos calçar as sandálias do evangelho da paz. Primeiro, paz com Deus. Depois, paz com a criação de Deus. Aí, de cabeça erguida, poderemos enfrentar o combate.
Nenhum soldado romano iria para a guerra sem seu escudo. Nenhum cristão deve encarar a luta espiritual sem o seu escudo da fé. Usar o escudo da fé não é ser crédulo. A fé bíblica não é irracional, mas está apoiada no caráter e nas promessas de Deus; Não é ser autoconfiante. A autoconfiança não suporta as altas temperaturas da batalha. Também não se parece com auto-suficiência, (reinado do EU). Precisamos usar o escudo da fé e cultivar a confiança prática, no caráter do Deus criador do universo. Ele nos proteger contra as flechas incendiárias que o inimigo lança sobre nós sempre que uma dificuldade aparece.
O capacete da salvação é feito da esperança que há em Cristo Jesus. Seu principal componente é a convicção na suficiência da cruz para nos levar de volta ao Pai. Quando olho para cruz, minha mente fica protegida das ciladas astutas do inimigo. Quando olho para a cruz, sou protegido do egoísmo; quando olho pra cruz, a avareza não faz sentido. Quando a cruz de Cristo se faz lembrança constante, a arrogância perde o valor. Protegidos pelo capacete da Salvação, podemos ir para as batalhas com a certeza de que resistiremos aos ataques do inimigo no dia mau, venceremos tudo e permaneceremos inabaláveis.
A Espada do Espírito
Chegamos a ultima peça da armadura. Hoje completamos a armadura, que Deus nos deu para enfrentarmos a luta espiritual, na qual todos estamos envolvidos: A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.
Quando o apóstolo Paulo escreveu sua carta aos cristãos da cidade de Éfeso e falou sobre a armadura de Deus, ele tinha em mente os mais modernos equipamentos de guerra que um soldado poderia ter. Por isso, não poderia faltar a melhor espada que existe, a Palavra de Deus.
A armadura de Deus não foi dada para atacar o inimigo, mas para nos defendermos dele. Paulo afirma que a armadura é para que possamos resistir no dia mau. Cada peça é usada para defesa. A espada do espírito também deve ser usada como arma de defesa contra as estratégias de destruição engendradas por principados e potestades.
Infelizmente, muitas pessoas não usam a espada do Espírito de acordo com a estratégia de Deus, mas por conta própria; usam não para se proteger, mas para atacar inimigos pessoais. Com a espada do Espírito pessoas são controladas, dominadas e humilhadas, culturas inteiras são aniquiladas, acusações mútuas são feitas e igrejas são despedaçadas. Por incrível que pareça, a espada do Espírito tem sido usada em brigas e disputas internas para ferir companheiros de batalha. Quem usa a palavra com esse propósito, se esqueceu quem é o verdadeiro inimigo que está enfrentando.
A Espada é do Espírito
O soldado romano se destacava pela sua habilidade em combate. Não era pra menos, apenas para poder ser admitido no exército ele passava quatro meses em um implacável treinamento onde, entre outras coisas, ele aprendia a proteger-se com o escudo e a manusear sua espada. Eles treinavam com escudos que pesavam o dobro do escudo de batalha e com pesadas espadas de madeira que faziam com que as armas de guerra parecessem muito leves. Depois de treinado, o soldado recebia sua espada.
Mas o legionário romano não recebia a espada de presente. Na verdade, do seu soldo ele pagava pela roupa que vestia, pela barraca em que morava e pelas as armas. Percênio, líder de um motim contra o imperador Tibério no ano 14 d.C, reclamava que além disso o soldado ainda tinha que pagar suborno aos superiores para se livrar de encargos muito pesados.
(A) Na armadura de Deus, a espada não é propriedade do soldado; ela pertence ao Espírito de Deus e é usada como Ele quer. O profeta Isaías escreve o seguinte:
assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. (Isaías 55:11 ARA)
Esse entendimento é muito importante. Quando você se deparar com a Palavra de Deus, não tente torcê-la, ajustá-la ao seu gosto ou usá-la para o seu interesse. A espada do Espírito será sua proteção na luta espiritual, se você permitir que ela cumpra os propósitos de Deus em sua vida. Deixe que ela fale ao seu coração.
(B) Não há como comprar a compreensão e a eficácia da Espada do Espírito. A palavra nos foi entregue graciosamente pela inspiração do Espírito Santo de Deus e o próprio Jesus afirmou que é o Espírito quem nos ensina e nos faz lembrar a palavra em meio à batalha.
Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito. (João 14:26 ARA)
Não há barganhas, não há trocas, não há favores. Compreenda isso, meu irmão: não há vida cristã sem a intervenção do Espírito de Deus em seu dia-a-dia através da Palavra. Você recebeu a espada do Espírito para sua proteção e essa proteção se torna real quando o Espírito de Deus tem liberdade para lhe ensinar a Palavra e quando você está atento para ouvir a Sua voz no meio da batalha.
Protegidos contra o que?
Não é demais lembramos novamente o epicentro da batalha espiritual em que estamos envolvidos.
Principados e potestades têm trabalhado arduamente por milênios para que o Senhor não receba a glória e o reconhecimento que lhe são devidos. Por isso, a atuação dessa forças espirituais rebeldes é voltada para desacreditar e enxovalhar o caráter de Deus diante da sua criação.
Foi assim no Éden. A serpente plantou no coração do primeiro casal a dúvida a respeito da bondade de Deus e do interesse Dele pelo bem estar da sua criação. Com um breve argumento, Lúcifer replicou no coração deles as mesmas inquietações que lhe consumiram e os induziu a tomar a mesma decisão: voltar as costas para Deus.
A ação da serpente foi rápida e certeira. Seu objetivo era claro: não permitir que o primeiro casal pudesse conhecer suas próprias limitações, nem tampouco dar tempo para que eles conhecessem o caráter de Deus.
Principados e potestades sabem que quando o ser humano conhece o caráter do Deus eterno (seu poder, sua bondade, seu amor, sua justiça e sua misericórdia), e quando nossos pecados e limitações são revelados diante de nós, a atitude é mesma para todos: prostrar-se diante do Senhor com temor e o coração cheio de gratidão.
(A) Na armadura de Deus, a espada do Espírito nos protege em meio a luta espiritual porque ela testifica a respeito de Deus. É pelas escrituras que conhecemos o caráter de Deus. Quando lemos as histórias de homens e mulheres comuns e a maneira como eles viveram suas caminhadas de fé em direção ao coração de Deus, podemos aprender sobre quem é o Deus a quem adoramos.
As histórias de Abraão, Isac, Jacó, José, Moisés, Josué, Davi, Ester, Jeremias, Isaías, Rute, Noé, Oséias, Raabe, Daniel, João Batista, Pedro, Paulo, Lídia, Onésimo, Lucas e tantos outros não são apenas belas histórias, elas forma registradas para que nós possamos compreender melhor quem é o Deus a quem adoramos.
Jesus apresenta isso em forma de um conselho firme e sábio:
Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim; (João 5:39 ARA)
O conhecimento crescente de Deus nos torna mais íntimos Dele e isso faz nascer em nós a confiança que nos leva a amá-lo e nos deixa protegidos contra os falsos argumentos do inimigo.
(B) Na armadura de Deus, a espada dos protege em meio a luta espiritual, porque ela revela quem realmente somos. Essa é outra área em que todos enfrentamos grandes lutas.
A negação de quem somos nos coloca em uma armadilha terrível, por que o ponto de partida para as transformações que Deus quer operar em nós é a nossa realidade. Deus quer nos transformar à imagem do seu filho Jesus Cristo, mas esse processo começa com a admissão dos nossos pecados e limitações.
O Salmista diz:
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno. (Salmos 139:22-24 ARA)
Mas é o escritor de Hebreus que esclarece como isso acontece:
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. (Hebreus 4:12 ARA)
A espada do Espírito e o instrumento que Deus usa para livrar da nossa ignorância sobre nós mesmos. É interessante que o escritor da carta aos Hebreu fez questão de ressaltar que a Palavra de Deus se parece com uma espada de dois gumes.
O gume é a parte cortante da espada. A maioria das facas e facões usados em casa têm apenas um gume. Mas a Palavra de Deus é tão poderosa para discernir a alma humana, tão simples e clara em sua apresentação de quem somos, que a sua eficácia é comparada a uma espada de dois gumes.
Hoje se fala muito saúde emocional. É não é por menos! Vivemos dias em que multidões estão presos em si mesmos. Escravos do medo, angústia, da ira, da falta de perdão, do orgulho, da ansiedade, das preocupações com o futuro e de tantos outras cadeias.
Milhões estão acorrentados à busca da perfeição pelo esforço próprio, da aceitação pelos méritos pessoais e de um modo de ver a vida que parece uma conta bancária como débitos e créditos de acordo com a boa ação de cada um.
Só a espada do Espírito pode libertar. Porque ela revela de forma confrontadora quem eu sou, mas me apresenta a graça de Deus, que me acolhe como eu estou. Assim, a espada do Espírito me protege de mim mesmo e me guarda debaixo do amor e da graça de Deus.
Como usar?
A bíblia não nos deixa sem instrução sobre como usar a espada do Espírito. O exemplo mais completo talvez seja com o próprio Jesus, quando foi tentado no deserto.
1Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. 2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. 3 Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. 4 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. 5 Então o Diabo o levou ã cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, 6 e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. 7 Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. 8 Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; 9 e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. 10 Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. 11 Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram.
(A) Mergulhado na Palavra. Perceba que a luta travada por Jesus não teve efeitos pirotécnicos nem foi transformada em um espetáculo circense para toda a cidade. Jesus estava só e fragilizado no deserto. O bom soldado está sempre atento, mas quando estamos sós e nos sentido fracos, envolvidos em nossos pensamentos, a atenção precisa ser redobrada e a espada do Espírito precisa estar desembanhada.

Jesus foi tentado quando à sua confiança no suprimento de Deus. Foi provocado sobre sua confiança quanto ao amor e ao reconhecimento do pai e por fim foi tentado a assumir o controle da própria vida e virar as costas ao pai em troca de poder.
A cada tentativa do inimigo de abalar a confiança de Jesus em Deus, ele respondia sacando a espada do Espírito, a Palavra de Deus. O Senhor Jesus tinha sua mente mergulhada na palavra de Deus. Por isso, ele pode identificar cada tentação e responder à altura do argumento de satanás.
Para usarmos com eficácia a espada do Espírito nossa mente precisa está cheia da Palavra. Nossa maneira de ver o mundo precisa está influenciada pela Palavra ao ponto de nos tornarmos aptos para discernir as ciladas do inimigo.
(B) Confiante na Palavra. O Senhor não respondeu aos argumentos de satanás com argumentos humanos. A frase era a mesma: está escrito. Os argumentos podem ser lógicos e agradáveis aos ouvidos, podem até parecer sensatos, mas… está escrito outra coisa.
Jesus não fugiu ao debate, pelo contrário, ele foi conduzido pelo Espírito para esse momento. Mas, os argumentos sagazes do inimigo viravam cinza frente ao simples está escrito de Jesus. Mas isso revela o quanto Jesus amava e se submetia à Palavra de Deus.
A espada do Espírito precisa ser usada com submissão e obediência a Deus. Está escrito, disse Jesus. Quando a qualidade da própria espada é questionada, quando sua eficácia passa a ser motivo de dúvida, ela deixa de ser útil para a luta espiritual.
CONCLUSÃO
Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo ensina que todos devemos manejar bem a espada do Espírito.
Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2 timóteo 2:15 ARA)
Jesus conhecia o poder da Palavra de Deus. Ele o havia experimentado em sua própria vida. Por isso, ao orar pelos seus discípulos, Ele pediu ao Pai:
Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. (João 17:17 ARA)
Se a espada do espírito for abandonada, você vai sofrer duros golpes durante a batalha; Por isso não largue a sua espada por nada. Ela é a sua proteção.
Se a espada do espírito estiver enferrujada e cheia de poeira em cima da estante da sala, você vai se decepcionar quanto tentar usá-la e perceber que na verdade não sabe como fazer; Por isso não perca tempo, pegue a espada, tire a poeira, limpe a ferrugem e comece a praticar.
Nenhum soldado pode contar a espada do outro no calor da batalha. A palavra precisa ser aplicada por você e para a sua vida. É bom conhecer a experiência dos outros, mas nas substitui nossa própria experiência na luta espiritual.
Concluindo a Série
Durante oito semanas estivemos junto aprendendo sobre a Luta espiritual e as batalhas do dia-a-dia. Vimos a bondade de Deus ao nos presentear com uma armadura capaz de nos protegem dos ataques do inimigo.
Vimos o quanto cada peça da armadura é imprescindível para a enfrentarmos as batalhas e que não adianta nada se elas estiverem guardadas no armário.
Vimos que a armadura é um presente de Deus a todos os que um dia aceitaram a Jesus como seu Senhor e Salvador. Uma armadura invisível para uma luta invisível, mas uma armadura real para uma luta real.
Hoje vamos concluir com um momento de oração. Quem quiser colocar sua vida diante de Deus após esse tempo de estudo e reflexão sobre a Luta e as batalhas do dia-a-dia, poderá fazê-lo agora.
(13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (Efésios 6:13-17 – RA)...

BISPO/JUIZ. MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE

sábado, 28 de dezembro de 2013

VAI CAIR FOGO DO CÉU PARA TE ABENÇOAR...


                                        VAI CAIR FOGO DO CÉU PARA TE ABENÇOAR...
Reis 18.18-40
 INTRODUÇÃO
Estou trazendo para esta noite uma mensagem bem pentecostal. O tema é: “Vai Chover Fogo do Céu!”
Blaise Pascal, um filósofo francês, disse a partir da declaração de outros teólogos: “Há um vazio com a forma de Deus no coração de cada homem, que só Deus pode preencher, através do Seu Filho Jesus Cristo.”
 Isso é uma verdade absoluta. O ser humano vive em busca do preenchimento desse vazio.
 E procura encher esse vazio inventando modas, fazendo viagens, praticando esportes, adquirindo vícios, experimentando religiões, ou fazendo qualquer coisa que possa preencher este espaço...
 Mas tudo em vão... ninguém consegue ficar satisfeito com coisa alguma, porque o vazio é da forma de Deus e só pode ser preenchido por Deus mesmo.
 É que fomos criados por Deus... o sublime propósito da nossa existência é adorar a Deus.
Sabe, nós somos como altares de adoração... fomos criados para oferecer a Deus uma oferta agradável, um culto racional.
 Somos como o altar que Elias levantou... sobre a nossa vida deve chover fogo do céu, fogo de Deus, como sinal de aprovação.
 Porém, existem algumas atitudes que são necessárias para que o fogo de Deus chova sobre o altar.
Nesse livro dos Reis de Israel, temos então, a história de um profeta de Deus que travou uma grande luta com 450 profetas de Baal.

Dessa história, nós podemos aprender algumas atitudes importantes que precisamos ter a fim de vermos cair fogo do céu.
 ...a primeira atitude, amados, é esta:
É Necessário Você Definir Qual é o Senhor da Sua Vida
Lemos no v.21: “Elias chegou perto do povo e disse: – Até quando vocês vão ficar em dúvida sobre o que vão fazer? Se o Senhor é Deus, adorem o Senhor; mas, se Baal é Deus, adorem Baal! Porém o povo não respondeu nada”.
Essa é a primeira grande atitude que precisa tomar: o homem tem que definir qual é o Senhor da sua vida.
 Não poderá adorar a ídolos, porque Deus não divide a Sua glória.
 Mas, muitos querem “viver” com Deus, sem renunciar aos outros deuses da sua vida. Não pode.
Em Mateus 16.24, Jesus falou para renunciarmos até a nós mesmos  se queremos seguí-Lo.
 Deus não reconhece nenhum Senhor acima dEle, porque simplesmente não existe. Deus é Deus e não há nenhum outro.
Por isso que temos de renunciar nossas riquezas, e entregá-las nas mãos de Deus.
Devemos renunciar nossos desejos carnais.
Devemos renunciar o pecado.
 Somente Deus deve ser admitido como Senhor da nossa vida.
 Foi isso que o profeta Elias propôs ao povo, v.21: escolher entre Deus e Baal.
Ter muitos senhores da nossa vida não é da vontade de Deus... Elias até falou do povo ficar coxeando entre dois pensamentos...
 E, Jesus declarou que não é permitido servir à dois senhores.
 Irmão, você quer mesmo ver o fogo do céu cair sobre a sua vida, aquecendo a sua alma, aprovando seu sacrifício? ...defina quem é o Senhor da sua vida.
 ...segunda atitude para ver chover fogo do céu, é a seguinte:
Você deve Escolher o Cordeiro Certo
Está no v.23, onde lemos isto: "Agora tragam dois touros [bezerros ainda]. Que os profetas de Baal matem um deles, cortem em pedaços e ponham em cima da lenha, mas não ponham fogo! Eu farei a mesma coisa com o outro touro".
Eram dois os bezerros...
 Os olhos humanos, por si, só não tem a capacidade de reconhecer o bezerro do agrado de Deus.
 Sem a orientação do Espírito Santo, andamos desorientados, e facilmente somos levados pelos ventos do engano...
 Mas, João Batista apontou para Jesus Cristo como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
Nós devemos olhar para Cristo... Ele é o Cordeiro de Deus que foi despedaçado por nossas transgressões, e levantado na cruz por nossas culpas.
 Jesus é o Cordeiro, nós somos o altar... altar não funciona sem cordeiro e é sobre este altar que tem Cristo, que o fogo do céu desce.
 Muitas vezes temos tanto e não temos nada... é somente graças ao Cordeiro que há fogo de Deus no altar!
 ...terceira atitude a ser aprendida:
Você deve Desejar o Fogo de Deus
Está escrito no v.23: "Agora tragam dois touros. Que os profetas de Baal matem um deles, cortem em pedaços e ponham em cima da lenha, mas não ponham fogo! Eu farei a mesma coisa com o outro touro".
Muitos tem se enganado, buscando fogo estranho e rejeitando o fogo de Deus... alguns vão além, e fazem seu próprio fogo.
 Observe como Elias orientou no v.23: Não coloquem fogo... mais adiante ele disse: o Deus verdadeiro irá responder com fogo do céu.
É preciso esperar em Deus, é preciso depender de Deus... Outro dia na televisão, um padre ensinava a expulsar demônios. De acordo com o ensinamento dele, bastava colocar um galho de arruda atrás da porta, junto com sal grosso, e o diabo não se apresentaria naquela casa. Salada de arruda não expulsa demônios... isso é fogo estranho, mas muitos acreditam nesse fogo.
Em outros lugares, se faz oração pelo copo d’agua, botão de rosa, lenço ungido, sessão de descarrego para ser liberto...
 Temos visto muitas aberrações religiosas por aí.
Mas, somente a misericórdia de Jesus pode salvar de tantos enganos.
 Você pode colocar lenha, pode tirar até pedra do túmulo, mas quem coloca o fogo é Deus.
 Se deseja o legítimo fogo do céu, dependa de Deus!
 ...outra atitude:
Você deve Invocar o Nome do Senhor
No v.24, lemos: "E aí os profetas de Baal vão orar ao seu deus, e eu orarei ao Senhor. O deus que responder mandando fogo, este é que é Deus.
E todo o povo respondeu: Está bem assim!".
Se você já definiu qual é seu Senhor, invoque seu nome. Isaías falou assim: “Buscai ao senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.”

Interessante é que, vemos nesse v.24, todo o povo se agradou da palavra de Elias... se agradou, mas não se tomou uma decisão.
 Hoje acontece a mesma coisa: Quando falamos de Jesus, muitas pessoas se agradam, porém não tomam nenhuma decisão de permanecer nEle.
 Invocar à Deus precisa ser algo feito de coração, do contrário não haverá resultado.
Os profetas de Baal, dançavam, pulavam, gritavam e até profetizavam, mas não houve nenhum do céu.
Imagino as coreografias feitas pelos profetas de Baal... Muitos até poderiam dizer: “como eles dançam bonito! Certamente seu deus está muito satisfeito.” Mas de nada valeu.
 É comum ouvirmos pessoas incrédulas, dizer diante de tragédias: “Ai meu Deus! Jesus!” ...mas, elas nem sabem o que estão falando.
 Invocar à Deus é algo a ser feito de coração, aliás, de todo o coração.
A Bíblia diz: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento." (MC 12:30)
 ...outra atitude a ser aprendida, está no v.30:
Você deve Restaurar o Altar Quebrado
Está escrito: "Então Elias disse ao povo: - Cheguem para mais perto de mim. Todos chegaram mais perto de Elias, e ele começou a consertar o altar do Senhor Deus, que estava derrubado."
O pecado derruba, destrói o altar da nossa adoração a Deus... e a tendência humana é remendar.
 Porém, Deus não quer remendos... o que está caído, Ele quer levantar, construir de novo.
 Sabe irmão, talvez exista na sua vida algo de Deus que está derrubado, que está caído, por causa do pecado na sua vida e você ainda não viu... Não se deu conta.
 Peça ao Espírito Santo que te revele onde está o defeito no altar do seu coração.
 Altar defeituoso não pode abrigar o cordeiro de Deus e consequentemente, não receberá o fogo do céu.
 Você deve trabalhar pela restauração do altar quebrado.
 ...outra atitude:
Você deve Cercar o Altar Com Água
Sim, com água! Lemos no v.33-34: "Em seguida colocou lenha no altar, cortou o touro em pedaços e os pôs em cima da lenha. 34Então disse: – Encham quatro jarras com água e derramem sobre o animal sacrificado e sobre a lenha. Eles fizeram o que Elias estava mandando, e ele disse: – Façam de novo. E eles fizeram. – Façam pela terceira vez! – disse Elias. E eles fizeram. 35A água correu em volta do altar e encheu a valeta".
Jesus disse: "Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." (JO 4:14)
 A água é a Palavra de Deus... Você precisa se encharcar da Palavra, se fortalecer e se edificar nela.
 Observe que Elias colocou água três vezes consecutiva... a terra absorvia a água e ele logo voltava com mais água.
 Nós precisamos beber sem parar da Água da Vida... Beba bastante!
 ...e, finalmente:
Seja Você Um Servo de Deus
V.36-37: "Quando chegou a hora do sacrifício da tarde, o profeta Elias chegou perto do altar e orou assim: – Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó! Prova agora que és o Deus de Israel, e que eu sou teu servo, e que fiz tudo isto de acordo com a tua ordem. Responde-me, ó Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, o Senhor, és Deus e estás trazendo este povo de volta para ti!”
 Elias levou o povo ao reconhecimento que Deus é o mesmo ontem hoje e sempre – e dEle, Elias era apenas um servo... não era o operador de milagres, só servo.
 Ele declarou: sou teu servo... fiz tudo de acordo com a tua ordem.
 Seja essa a sua atitude!
 CONCLUSÃO
Por estas atitudes, então resultou que, "caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego." V.38.
"O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!" v.39
 Deu certo trabalho? Sim.
 Exigiu renúncias? Também.
 Mas o resultado foi satisfatório... Choveu fogo do céu sobre o altar...

BISPO/JUIZ. MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A QUEM ESCOLHESTE JESUS OU BARRABÁS...


                                         A QUEM ESCOLHESTE JESUS OU BARRABÁS...
Introdução
Jesus está diante de um tribunal. Este tribunal é diferente de todos os outros tribunais já forjados na terra. De um lado estão os homens, representando a promotoria cujo papel é acusar. Do outro lado está Jesus, o Deus encarnado, na condição de réu. De um lado estão os homens, pecadores, corruptos e injustos. Do outro lado Deus, santo, onipotente e justo. Este foi o dia na história da humanidade onde os homens julgaram a Deus.
Jesus enfrentou seis julgamentos, sendo três julgamentos na esfera religiosa e três julgamentos na esfera civil.
• 3 julgamentos religiosos:
- Na casa de Anás (ex-sumo sacerdote);
- Na casa de Caifás (sumo sacerdote em exercício);
- No Sinédrio (Conselho de Anciãos – composto por 70 homens).
• 3 julgamentos civis:
- Diante de Pilatos;
- Diante de Herodes;
- Diante de Pilatos.
Em seus seis julgamentos, Jesus foi condenado em todas as instâncias. No tribunal religioso ele foi condenado à pena de morte pelo crime de blasfêmia, por se denominar Filho de Deus, ou seja, intitular-se como Messias. No tribunal civil Jesus foi condenado à pena de morte pelo crime de insurreição e rebelião, por se denominar rei. Diante do tribunal humano, Jesus foi considerado culpado.
Entretanto, existem duas marcas fortíssimas no julgamento de Jesus: ilegalidade e injustiça. Senão, vejamos:
1 - Todos os julgamentos de Jesus aconteceram de madrugada. Jesus foi preso entre duas e três horas da madrugada. Às nove horas da manhã já estava pendurado na cruz, ou seja, em menos de seis horas Jesus já havia passado por seis julgamentos diferentes.
2 – Jesus não teve direito a um advogado. Outro aspecto que merece ser pontuado é o fato que Cristo não teve direito a nenhum advogado, pois já naquela época havia a figura do defensor, amparado inclusive pela lei romana vigente. Nesse sentido, foi-lhe negado o direito ao contraditório e a ampla defesa. A Bíblia afirma que Jesus permaneceu em silêncio diante do seu julgamento. Assim o evangelista Marcos narra o julgamento de Pilatos: “Tornou Pilatos a interrogá-lo: Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem! Jesus, porém, não respondeu palavra, a ponto de Pilatos muito se admirar” (Mc 15:4,5).
3 – A sentença baseou-se em falsas testemunhas. O evangelista Marcos registra o depoimento das testemunhas: “E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho contra Jesus para o condenar à morte e não o achavam. Pois muitos testemunhavam falsamente contra Jesus, mas os a depoimentos não eram coerentes” (Mc 14:55,56). O evangelista Mateus é mais enfático ao afirmar a busca dos sacerdotes por testemunhos acusatórios falsos: “Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte” (Mt 26:59).
4 – A condenação veio sem que nada de concreto pudesse ser provado contra ele. No julgamento civil a Bíblia afirma: “Disse Pilatos aos principais sacerdotes e ás multidões: Não vejo neste homem crime algum” (Lc 23:4).
Exatamente neste interstício do julgamento de Jesus que surge uma figura singular. Trata-se de um homem chamado Barrabás. Mas, afinal de contas, quem é Barrabás? Barrabás é um criminoso, assassino, rebelde e agitador. Alguém que queria tomar o poder através da violência. Charles Swindoll diz que a figura contemporânea que mais se aproxime de Barrabás é o terrorista. Barrabás estava na lista dos homens mais procurados do império romano.
A Bíblia afirma que Barrabás foi introduzido no julgamento de Jesus: “Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem. Naquela ocasião tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás. Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhes Pilatos: A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado o Cristo” (Mt 27:15-17).
Este é o cenário deste tribunal. De um lado Jesus (Deus, santo, justo, perfeito e puro) e do outro Barrabás (pecador, violento, assassino e rebelde). Mesmo diante da discrepância entre esses dois homens, a Bíblia diz que Jesus foi condenado e Barrabás foi liberto. Cristo foi sentenciado à morte e Barrabás foi absolvido de seus crimes. Jesus iria para a cruz e Barrabás voltaria para casa.
Diante disso, podemos questionar: Por que esse homem escapou da cruz?
I – Porque Jesus tomou o seu lugar (v. 17).
Três homens seriam crucificados naquela sexta-feira: um assassino e dois ladrões, Barrabás e outros dois homens. Aquela cruz do meio estava reservada para Barrabás.
Barrabás estava no corredor da morte, esperando apenas a execução da sua sentença. Portanto, Barrabás sabia que a cruz do meio era para ele. Aqueles cravos eram para ele. Aquele sofrimento estava reservado para ele.
Na teologia há o que chamamos de tipologia, ou seja, algo que simbolizava ou tipificava algo maior. Por exemplo, o reino de Davi tipificava o reino do Messias que seria estabelecido; Gênesis 22, quando Deus pede para Abraão sacrificar seu único filho Isaque, é uma tipologia do que Deus haveria de fazer com seu único filho; quando Oséias casa com uma prostituta o propósito é mostrar ao povo o adultério espiritual que a nação estava vivendo.
Sendo assim, neste texto Barrabás tipifica alguém: você! O que Cristo fez por Barrabás morrendo em seu lugar, foi exatamente o que Ele fez por nós: morreu no nosso lugar. Aquela cruz do meio era minha. Aquela cruz do meio era sua. Jesus ao invés de Barrabás significa Cristo ao invés de nós.
Deus não seria injusto se mandasse todos nós para o inferno. Na verdade, ele estaria exercendo sua justiça. Nós não merecemos ir para o céu. Nada do que você faça pode te levar para o céu. Por mais que você tente, por mais que você se esforce. A salvação não é alcançada por aquilo que fazemos, mas por aquilo que Cristo fez. Isso chama-se graça. Calvino chamou isso de Graça Irresistível. Charles Swindoll disse que “Deus construiu uma estrada para o céu. Esse caminho foi pavimentado com o sangue de Cristo”.
II – A morte de Jesus garantiu a sua liberdade (v. 26)
Páscoa significa libertação. A festa da Páscoa foi instituída para comemorar a libertação do povo do Egito (Êxodo 12). Não tem nenhuma ligação com coelho ou ovos de chocolate. Na noite que antecedeu a libertação do povo, Deus mandou a última praga: a morte dos Primogênitos. O povo de Deus deveria entrar em suas casas, sacrificar um cordeiro tomar o sangue do animal e aspergir sobre os umbrais e sobre as portas. Naquela mesma noite o anjo da morte iria passar por sobre a terra do Egito e ceifar a vida de todos os primogênitos, com exceção daqueles que estivessem nas casas marcadas pelo sangue do cordeiro morto na noite pascal. Assim diz a Bíblia: “O sangue vos servirá por sinal nas casas...” (Ex 12:13). A morte do cordeiro pascal garantiu a vida e a libertação do povo no Egito.
Por semelhante modo, o derramamento do sangue de Cristo, o cordeiro de Deus, garantiu a liberdade de Bartimeu. Jesus foi sentenciado para que ele pudesse alcançar a anistia. O apóstolo Paulo afirma que “Para liberdade foi que Cristo nos libertou” (Gl 5:1).
Conclusão
No ano de 2005 a revista Superinteressante publicou uma matéria com o seguinte título: Quem matou Jesus? No decorrer da matéria, os autores traziam cinco teses diferentes:
1 – os romanos;
2 – os judeus;
3 – a multidão insensata;
4 – os líderes judaicos que manipularam a multidão;
5 – Pilatos.
Biblicamente, todas estas respostas estão erradas. Conquanto, todas essas pessoas tenham tido participação na execução de Cristo, nenhuma delas pode ser responsabilizada individualmente. Segundo o ensino das Escrituras, somente uma pessoa pode ser declarada culpada pela morte de Jesus: você! Ele morreu por sua causa. Você é o grande motivo da morte de Jesus...

BISPO/JUIZ.MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE