Subscribe:

terça-feira, 5 de novembro de 2013

PORQUE O CRISTÃO PASSA POR DESERTO E O ÍMPIO PROSPERA...


               PORQUE O CRISTÃO PASSA POR DESERTOS E O ÍMPIO PROSPERA...

Nós, cristãos, por vezes somos tomados pelo pensamento de que Deus não cuida verdadeiramente do Seu povo. "Se Deus realmente está conosco", pensamos, "por que então, os cristãos precisam sofrer tanto?" Por que Deus não impede que as mazelas que acometem aos que não O amam caiam também sobre os que procuram viver do lado dEle?
Esta foi a grande dúvida que inspirou Asafe a escrever o Salmo 73 (leia-o agora mesmo, se possível).
Como sacerdote encarregado de cuidar dos cantores (1Cr 25), Asafe tinha uma grande sensibilidade para expressar em palavras o que se passa no íntimo da alma humana. No Salmo 73 ele coloca para fora tudo que o atormentava com relação à prosperidade dos maus, e à aparente apatia de Deus para com os sofrimentos do Seu povo.
Após comparar as facilidades e aparentes vantagens que os ímpios têm sobre os justos (vv. 1-16), Asafe pára e se dá conta de que estava olhando as coisas sob uma ótica errada. Deus não abençoa os ímpios e desampara o justo.
A recompensa final de ambos é que deve ser o foco da atenção. Se para o ímpio a vida terrena parece ser tão feliz, ao final, quando Deus colocar um fim aos pecados e suas consequências, o justo é que sairá vitorioso.
Quando Asafe parou para pensar em Deus e Sua misericórdia (v. 17) viu o quanto estava errado, e o quanto é mais vantajoso, desde agora, permanecer ao lado do Pai (vv. 18-28).
A história de Asafe se repetiu na minha vida particular...
No final de novembro de 2010, fui tomado de surpresa ao saber que dentro de mim estaria desenvolvendo-se uma Hipertensão Arterial
Tudo começou quando eu tive uma forte crise de hipertensão que me fez parar no consultório de um Cardiológico  aqui em minha Cidade que é Maceió/Alagoas. A princípio a suspeita recaiu sobre algum problema de caráter pessoal. Começaram os exames, a tensão foi aumentando e, após passar por uma bateria de exame pois ela estava muito alta(quando o mínimo normal é 120X80 ), foi detectado que eu estava mesmo era com uma a pressão em 220X140.
Aos 50 anos de idade, casado, isso caiu como uma bomba. E começou a surgir a pergunta: “Senhor, por que eu?”.
Como Asafe, eu pensava:
- Senhor, por que eu? Eu não fumo, não bebo, não tenho uma vida imoral ou promíscua. Há 30 anos entreguei minha vida em Tuas mãos, e hoje estou me fazendo a tua obra.... e o Senhor permite que esta doença, terrível, se abata sobre mim.... por quê? Tanta gente aí fora estragando suas vidas na prostituição e intemperança, e eu aqui, neste leito de hospital, se não ocorrer o pior.
- Senhor, por quê?
Mas Deus tinha um plano... Ele sempre o tem. Por algum motivo que só saberei plenamente na eternidade, Deus sabia que eu precisava passar por esta agonia de alma. Isso estava servindo para moldar meu caráter e me ajudar, penso, a ser um cristão mais empático com os sofrimentos do meu próximo.
Graças a Deus, assim como Asafe, eu mudei meu pensamento. Coloquei-me nas mas do Todo-Poderoso para que Ele operasse em mim a obra que fosse necessária de se operar.
Aqui estou. A cirurgia passou, a doença foi extirpada, e na Sua infinita bondade Deus me permitiu continuar nesta jornada em Sua obra. E olha que hoje já tenho uma terceira motivação para meus dias de "tempestade" - minha filha caçula (a Iris), hoje com 6 anos e meio.
Não há o que temer quando estamos com Deus ao nosso lado. Por algum momento podemos até vacilar, mas Sua mão de amor e graça estará estendida para nos amparar na hora em que necessitarmos.
Hoje estou certo de que “ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam. Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73:26).
Na hora da dor e sofrimento, não perca tempo nos "porquês"...
Mude o "por que" pelo "para quê"... e deixe que o Senhor te mostre o caminho...

BISPO/JUIZ. MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE

0 comentários :

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.