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terça-feira, 30 de abril de 2013

PARA SER NOIVA DE CRISTO É NECESSÁRIO SANTIDADE...

                              PARA SER NOIVA DE CRISTO É NECESSÁRIO SANTIDADE...

A igreja hoje vê a Segunda Vinda de Jesus como a solução para todos seus problemas atuais, sejam eles de ordem pessoal (pecados, envolvimento com o mundo, paixões carnais, problemas de relacionamento), ou de coletividade, como Corpo de Cristo. Acredita-se que as igrejas que nunca conseguiram andar juntas, ao soar da última trombeta, como num passe de mágica, estarão em unidade perfeita. Toda a nossa resistência em obedecer ao Senhor terminará, pois afinal…”Ele sabe que somos pó” (Sl 103.14), “e enxugará de nossos olhos toda lágrima” (Ap 7.17;21.4), e estaremos com vestes brancas (santificados) diante dele. 
Em meio à situação atual de destruição avançada de nosso planeta, de crises econômicas e sociais globalizadas, as doutrinas de que a igreja pode obter tudo o que for reivindicado – experimentando vitória financeira e cura plena para suas enfermidades, sem precisar passar por tribulações, sofrimentos e perseguição – vêm ganhando espaço no meio evangélico, baseando-se em versículos isolados e, muitas vezes, fora de contexto.
Mas será que tudo será tão fácil assim para a igreja, mesmo sabendo que o juízo começa pela casa de Deus (1 Pe 4.17)? Afinal, o que Deus espera da igreja em nossos dias? O que o Espírito Santo tem falado? Temos uma visão clara do propósito de Deus para nós (sobre este assunto, veja o livreto “Visão”, de Christopher Walker), ou estamos sendo levados por todo vento de doutrina e 
modismo? Será que nosso papel atual é apenas deixar a história acontecer, adotando uma atitude alienada e passiva, como muitos vêm interpretando erroneamente o que disse o poeta niteroiense em sua bela música “…É meu (do Senhor), somente meu, todo trabalho, e o teu trabalho (nosso) é descansar em mim (no Senhor)”? Que igreja se encontrará com o Senhor? Que tipo de pessoa 
participará da igreja gloriosa, da Noiva do Cordeiro?
O fim está cada vez mais próximo, o grande e terrível dia do Senhor se aproxima e com ele as Bodas do Cordeiro. Cresce na igreja a consciência de que é necessário apresentarmo-nos diante do Senhor, em santidade e pureza, para este dia. Contudo, existem três fatos importantes que precisamos considerar em relação à nossa preparação para sermos a Noiva do Cordeiro.

1 – Para ser a Noiva de Cristo, a igreja precisa estar livre do sistema deste mundo
O sistema do mundo foi planejado por Satanás como forma de resistência à expansão do Reino de Deus na Terra, e o Inimigo vem desde o princípio da humanidade seduzindo ao homem com suas mentiras, contaminando a este com sua rebeldia, independência, soberba e cobiça, motivos pelos quais foi banido da presença de Deus e lançado na Terra (Ez 28.12-19; Is 14.12-15). A igreja, para cumprir sua missão e ser a Noiva de Cristo, precisa ser santa, pura, sem mancha, refletindo a glória do Senhor, completamente livre deste princípio satânico (1 
Pe 1.16; 1 Jo 2.15; Ap 12.1;18.4), que terá seu fim no lago de fogo.

2 – Nossa preparação consiste em vivermos como testemunhas do Senhor na Terra e destruir o princípio de Satanás (Ap 12.11)
A palavra “testemunha” (mártir) empregada na Bíblia está relacionada com aquelas pessoas que resistem a todo tipo de sofrimento até a morte, mas que não negam a sua fé. Além disso, é uma expressão de origem forense, de advocacia, também empregada desta forma nas Escrituras, para se referir ao julgamento de uma pessoa ou fato.
É interessante notar a respeito das testemunhas que a expansão e consumação do Reino de Deus depende da sua atuação (At 1.6-8; Mt 24.14). Jesus foi constituído 
juiz e seus discípulos, testemunhas (At 10.41-43). Será que estas passagens significam que nosso papel é somente evangelizar? Ser testemunha de Jesus quer dizer ser um evangelista? Qual o nosso papel como testemunhas do Senhor?
“Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram” (Ap 6.9-11). Esta passagem mostra o anseio das testemunhas do Senhor pela consumação do Reino de Deus, para que toda esta luta chegasse ao fim. Não obstante, foram encorajadas a esperar por mais um tempo, pois outras testemunhas ainda precisavam ser levantadas para que se estabelecesse o juízo que estava por vir.
Salmo 8.2-5 também nos ajuda a compreender o nosso papel como testemunhas do Senhor: “Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador. Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres e o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.” 
Davi teve a tremenda revelação de que Deus vai usar o homem como testemunha para julgar e condenar a Satanás e seus anjos (1 Co 6.3), mas viu o homem em posição de fraqueza, como pequenino, uma criança que ainda mama. Na realidade, esta é a posição do homem quando comparado aos seres espirituais. Quando o homem com todas as suas limitações, destituído da glória de Deus, concebido em pecado (Sl 51.5), e vivendo no mundo que jaz no maligno, rompe com tudo isto e escolhe viver uma vida de submissão a Deus – não dando ouvidos às artimanhas do diabo, não se conformando com este mundo, não seguindo os desejos de sua própria carne, mas fazendo a vontade do Pai, resistindo até mesmo à morte – ele é aprovado por Deus. E Deus usa-o para calar o Inimigo e deixá-lo indesculpável, pois tendo este toda sabedoria, e andando na presença de Deus, em ambiente de santidade e pureza, mesmo assim deu lugar à maldade. Desta forma o diabo será condenado para sempre e o princípio de rebeldia que foi plantado na humanidade será destruído. 

3 – Quantas testemunhas são necessárias para este julgamento de Satanás?
A Bíblia fala do juízo final, mas também cita o julgamento de atos cometidos por uma pessoa, seja pecado ou iniquidade. Neste caso, havia a lei das testemunhas, 
segundo a qual nenhum parecer podia ser dado sem a palavra de duas ou três testemunhas, tanto para estabelecer uma decisão, quanto para se ouvir acusação 
contra o presbitério, ou qualquer outra situação (Dt 19.15; 2 Co 13.1; 1 Tm 5.19; Mt 18.16). Mas para o julgamento de Satanás, não bastam duas ou três testemunhas, como nesta lei. Como vimos em Apocalipse 6, existe um número necessário de testemunhas que precisa ser completado antes que haja juízo. Estes são os “homens dos quais o mundo não era digno, todos os que obtiveram bom testemunho por sua fé” (Hb 11.38-39), que passaram por tribulações e foram vitoriosos, que não deixaram suas lâmpadas se apagar, como as virgens néscias (Mt 25.1-8).
Em que estágio nos encontramos atualmente?
A Noiva de Cristo está sendo formada neste ambiente de batalha espiritual, de hostilidade, de sofrimento, de perseguição, com dores de parto (Ap 12). O fim se aproxima, o relógio de Deus corre acelerado. Em breve ouviremos um dos anciãos perguntar: “Estes com vestiduras brancas, quem são e de onde vieram?” 
Depois destas coisas, ouviremos no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: “Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus, 
porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos… Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.1-9)...

BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

segunda-feira, 29 de abril de 2013

PREPARA UMA MESA PARA MIM SENHOR NESSE DESERTO...




       PREPARA UMA MESA PARA MIM SENHOR NESSE DESERTO...
Salmos 78.19
-Introdução: Quando o povo de Deus caminhava no deserto em direção a Canaã, perguntaram várias vezes se seria possível Deus fazer uma mesa no meio do deserto. Por diversas vezes Deus preparou não apenas uma mesa, mas um banquete para eles em meio ao deserto.
O que é um deserto? É um lugar onde não tem nada nem ninguém. Quando nos sentimos sozinhos, pensamos que estamos em meio a um deserto.
Você já se sentiu sozinho como se estive num deserto? Já passou por desertos?
Saiba que o deserto não é lugar de morar, mas pode ser um lugar de passagem temporária. Seu lugar não é no deserto. Você passa por ele e adiante vem a vitória.
É possível ter uma mesa no deserto?
Sim. É possível! Vamos refletir nas palavras deste Salmo e compreender como Deus nos prepara uma mesa no deserto:
1- Abrigo da nuvem: Salmos 78.14
O povo de Deus era protegido pelo Senhor que os acompanhava com uma nuvem chamada Shequinah representando a Glória de Deus.
Esta nuvem durante o dia era sombra contra o calor forte do deserto e durante a noite tinha aparência de fogo iluminando e aquecendo o povo contra o frio e escuridão do deserto.
Quando passamos pelos desertos da vida, pelo sol escaldante, o frieza e escuridão, a presença do Senhor nos acompanha. Ainda que você passe “pelo vale da sombra da morte” (Salmos 23.4) não tenha medo por que “de dia não te molestará o sol nem de noite a lua” (Salmos 121.6).
Quando está sozinho você sente queimar ou esfriar seu coração?
A glória do Senhor te protegerá!
2- Água da rocha: Salmos 78.15,16
Quando o povo de Deus caminhava pelo deserto sentiram sede e clamaram a Deus que mandou Moisés tocar na rocha de onde fluiu água abundante (Números 20.8). Também encontraram águas amargas e Deus transformou em água doce (Êxodo 15.23-25).
O calor do deserto nos faz sentir muita sede. É nesse momento que Jesus, a Água da Vida (João 4.14) pode nos saciar plenamente.
Se você tem sede, Jesus te diz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirá rios de água viva” (João 7.37,38).
Se você passar por um deserto, lembre-se que o Senhor promete que se um servo de Deus “passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva” (Salmos 84.6). Você pode até passar por um deserto, mas será transformado em um manancial de bênçãos.
Você tem sentido sede? Está insatisfeito?
Jesus é a Água da Vida e quer te saciar!
3- Alimento do céu: Salmos 78.24-27
Além do abrigo do calor e frio e também a água para saciar a sede no deserto, Deus proveu para seu povo o alimento. Eles comiam pela manhã pão que chovia do céu, conhecido como Maná e à tarde vinham as codornas que apanhavam para comer sua carne. Pão no café e carne no jantar. Seu cardápio estava completo.
Deus sempre nos supre com alimento: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Salmos 37.25).
No meio do deserto Jesus multiplicou pães duas vezes (Mateus 16.9,10). Cinco pães para cinco mil pessoas (Mateus 14.17-21) e sete pães para 4 mil pessoas (Mateus 17.36-38).
Jesus é o Pão da Vida. Ele disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne” (João 6.51).
Vivemos em dias que se cumpre a profecia: “Eis que vêm dias, diz o SENHOR Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.” (Amós 8.11).
Neste deserto no mundo, onde nada satisfaz o ser humano, só Jesus pode alimentar plenamente sua vida.
Você tem sentido falta de alguma coisa?
Jesus Cristo é o único que pode te satisfazer!
Deus te prepara uma mesa no deserto!
-CONCLUSÃO: Salmos 23.5 “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo e o meu cálice transborda”
Jesus esteve no deserto por quarenta dias e noites. Ali enfrentou o sol quente, frio, fome, sede e solidão. O inimigo e suas feras o tentaram. Depois de tudo isso “eis que vieram anjos e o serviram” (Mateus 4.11).
Tudo isso Jesus passou para nos ensinar que passamos por desertos, mas depois temos a vitória. Jesus enfrentou o deserto para nos fortalecer. Ele sofreu por você para te ensinar que não estará sozinho.
Quanto estiver se sentindo num deserto, lembre-se que a Presença do Senhor é como um abrigo para você te protegendo do calor e do frio. Jesus te sacia com água da vida. Deus faz fluir água da rocha e chover pão e carne do céu! O Senhor te sustenta...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

domingo, 28 de abril de 2013

O PECADO DE SODOMA E GOMORRA...




                O PECADO DE SODOMA E GOMORRA...



PROBLEMA: Há quem argumente que o pecado de Sodoma e Gomorra tenha sido a inospitalidade, e não o homossexualismo. A base para isso é o costume cananeu que garante proteção a quem esteja sob o teto de alguém. É dito que Ló se referiu a esse costume quando disse: "nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção de meu teto" (Gn 19:8). Assim, Ló ofereceu suas filhas para satisfazer àquela irada multidão, de forma a proteger as vidas dos visitantes que estavam sob o seu teto.

Alguns ainda alegam que o pedido daqueles homens da cidade para "conhecer" (Gn 19:5) significa simplesmente "ser apresentado", sem nenhuma conotação sexual, porque a palavra hebraica correspondente ao verbo "conhecer" (yada) geralmente não tem conotação sexual (cf. SI 139:1).

SOLUÇÃO: Embora seja verdade que a palavra hebraica para "conhecer" (yada) não signifique necessariamente "ter relacionamento sexual", no contexto da passagem de Sodoma e Gomorra, ela obviamente tem este significado. Isso é evidente por várias razões. 


Primeiro, em dez de cada doze vezes que esta palavra aparece em Gênesis, ela se refere à relação sexual (cf. Gn 4:1,25).

Segundo, o sentido da palavra "conhecer" é o do conhecimento sexual, neste mesmo capítulo. Pois Ló refere-se às suas duas filhas virgens dizendo "que ainda não conheceram homens" (Gn 19:8, SBTB), sendo este um óbvio emprego da palavra com o sentido sexual.

Terceiro, o significado de uma palavra descobre-se pelo contexto em que ela aparece. E o contexto nesse caso é certamente o sexual, como indicado pela referência à perversidade daquela cidade (18:20), bem como por serem as virgens oferecidas para aplacar-lhes a lascívia (19:8). 

Quarto, "conhecer" não pode ter o sentido de simplesmente "ser apresentado a alguém", porque no caso houve uma referência a "não façais mal" (19:7). 

Quinto, por que oferecer as filhas virgens, se o intento deles não era sexual? Se os homens tivessem pedido para "conhecer" as filhas virgens de Ló, ninguém duvidaria das intenções lascivas deles.

Sexto, Deus já tinha determinado destruir Sodoma e Gomorra, como Gênesis 18:16-33 indica, mesmo antes do incidente ocorrido em 19:8. Conseqüentemente, é muito mais razoável admitir que Deus havia pronunciado juízo sobre aquelas duas cidades pelos pecados que eles já vinham cometendo, isto é, por causa do homossexualismo, do que por um pecado que eles ainda não tinham cometido, a inospitalidade...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

sábado, 27 de abril de 2013

SOFRER POR AMOR A CRISTO...



                                                          SOFRER POR AMOR A CRISTO...

Um idoso pastor se encontrava gravemente enfermo na cama e sofria terríveis dores. Um jovem obreiro que o visitava desejou consolá-lo. Cheio das melhores intenções, falou: "Deus disciplina a quem ama!" Ao que o velho homem retrucou, cheio de dores: "Sim, mas agora, neste instante, eu desejaria que Deus amasse outra pessoa!"
Muitas vezes usamos frases feitas ou procuramos explicações para o sofrimento do próximo mas não chegamos ao fundo da questão. Sobre o sofrimento do Filho de Deus está escrito: "Por isso foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta" (Hb 13.12).
O inexplicável
sofrimento dos justos
O sofrimento de um justo não pode ser explicado, mas muitas e muitas vezes sua razão de ser foi interpretada de maneira incorreta. Muitos cristãos que estão sofrendo se preocupam demais em achar a "causa" de sua angústia e se esgotam de tanto questionar. Minha doença é castigo pelo meu pecado? Ou será que Deus quer me disciplinar, educar, purificar, transformar através do sofrimento, me preparar para Seu Reino e Sua glória? – É claro que existem castigos mandados por Deus, mas nem de longe todo o sofrimento físico ou emocional, toda derrota, fome ou tormento podem ser explicados dessa maneira. Quem recebeu a Jesus Cristo em sua vida por meio da fé não sofre por causa da ira de Deus ou por castigo, mas o sofrimento é uma provação e é igualmente um meio pedagógico que o Senhor usa na vida dos crentes (Hb 12.1-11; Rm 8.31-39). Mas não são raras as vezes em que o agir de Deus e a Sua direção em nossas vidas continuará sendo um mistério para nós, principalmente quando Ele manda sofrimento e tristeza.
Não queremos deixar passar despercebido o fato de que nem todo o sofrimento tem a amável correção do Senhor como alvo final. Existem sofrimentos que nascem do ódio satânico, e se os mesmos nos alcançam foi porque o Senhor o permitiu. Os sofrimentos de Jó, por exemplo, não vieram de Deus. Também não havia motivo para correção na vida desse homem, pois Jó vivia completamente dentro do que agradava ao Senhor e era irrepreensível, o que foi confirmado pelo próprio Senhor. Seus sofrimentos eram provocados pelo maligno (comp. Jó 1.1,6-19).
Os Salmos e Provérbios também falam do sofrimento do justo: "Muitas são as aflições do justo!" (Sl 34.19a; comp. também Pv 11.31). A Bíblia nos exorta a não considerarmos todo e qualquer sofrimento dos justos como conseqüência automática de culpa e pecado em suas vidas, pois com isso estaríamos condenando a maneira justa de viver dos retos de coração. Asafe orou: "Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência. Pois de contínuo sou afligido, e cada manhã castigado. Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos" (Sl 73.13-15). Também no Salmo 44 encontramos uma das muitas indicações da Palavra de Deus de que sofrimento nem sempre tem sua origem em pecado ou culpa diante de Deus e nem sempre é castigo por erros cometidos: "Tudo isso nos sobreveio, entretanto não nos esquecemos de ti, nem fomos infiéis à tua aliança. Não tornou atrás o nosso coração, nem se desviaram os nossos passos dos teus caminhos... Se tivéssemos esquecido o nome do nosso Deus ou tivéssemos estendido as mãos a deus estranho, porventura não o teria atinado Deus, ele que conhece os segredos dos corações? Mas, por amor a ti, somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro" (vv. 17-18, 20-22). Mas todo esse sofrimento estavasob a permissão de Deus: "...para nos esmagares onde vivem os chacais, e nos envolveres com as sombras da morte... Pois a nossa alma está abatida até ao pó, e o nosso corpo como que pegado no chão. Levanta-te para socorrer-nos, e resgata-nos por amor da tua benignidade (vv. 19,25-26)."
Antes que eu mencione o testemunho do irmão Lee, da Coréia do Sul, perguntemo-nos: todos esses sofrimentos foram resultado de pecado na vida desse irmão? Ele conta:
Eu tinha 18 anos de idade quando os norte-coreanos invadiram a Coréia do Sul. Presenciei quando 7.000 cristãos foram mortos, inclusive meu pai e minha irmã. Durante três dias minha irmã ficou pendurada de cabeça para baixo em uma corda. No terceiro dia, ela estava quase desacordada. Todos os dias os comunistas nos levavam para fora para que pudéssemos ver como eram tratados os cristãos presos. Todos tínhamos sido presos e interrogados: "Você é cristão?" Naquela época minha irmã tinha 22 anos de idade. E naquele dia em que fui obrigado a ficar na sua frente, ela me reconheceu. Sangue já escorria de sua cabeça. Me senti impotente diante dela, pois estava amarrado. Mas ela cantava num sussuro: "Em Jesus amigo temos..." e "Mais perto quero estar, meu Deus de Ti..." E foi dessa maneira que ela morreu, mas sua morte vitoriosa deixou uma profunda impressão em minha vida. – Uma semana depois meu velho pai de 72 anos foi executado. Ele foi queimado vivo, depois de ter passado fome por um mês. Jogaram-no em uma cova, cobriram-no com querosene e tocaram fogo. Antes de perder os sentidos, gritou com suas últimas forças: "Você tem de acabar o que eu não consegui levar até o fim!" Então levantou suas mãos e orou: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem!"
Esses dois acontecimentos deixaram marcas em toda a minha vida futura, marcas que nunca mais puderam ser apagadas. Não posso descrever os sofrimentos que tive que passar. Durante um mês inteiro meus carrascos me espancaram, queimaram e quebraram meus ossos. Quando eles finalmente acharam que eu estava morto, jogaram-me em um pântano. Fiquei oito dias inconsciente no meio de cadáveres. Os ratos passavam por cima de nós e o sofrimento era infernal. Mas nessa hora eu entreguei minha vida ao Senhor Jesus. Reconheci o que significa na vida de uma pessoa um relacionamento pessoal com Jesus: no mais profundo sofrimento pode nascer a alegria da fé!
Os terríveis sofrimentos e a angústia de sua irmã e de seu pai e seus próprios sofrimentos contribuíram para que o Dr. Lee chegasse a crer no Senhor Jesus Cristo – que maravilhoso fruto de sofrimento por amor ao Senhor!
Será que você anda encurvado sob o fardo de sofrimentos e pressões do dia-a-dia que pesa sobre os seus ombros? Você se angustia com problemas e infortúnio? Você sofre por fracassos, decepções, esperanças frustradas? Ou você sofre por amor a Cristo? Existe uma cruz pesada sobre sua vida, cruz que você tem de carregar?
Qual é a causa do sofrimento, se não é o pecado?
Sofrimento por amor a Jesus. Foi dito ao apóstolo Paulo que ele iria sofrer muito por amor a Jesus (At 9.16). O Senhor o usou de modo extraordinário como instrumento muito útil, mas os sofrimentos de Paulo foram igualmente extraordinários. Os profundos sofrimentos por amor a Jesus faziam parte de sua elevada vocação.
Sofrimentos por amor a Jesus não são motivo de tristeza, mas de alegria: "... alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos alegreis exultando" (1 Pe 4.13). E sofrer pelo Evangelho é um tipo de sofrimento por amor a Jesus (2 Tm 1.8), assim como sofrimentos por praticar o bem (1 Pe 2.20), sofrimentos por causa da justiça (Mt 5.10) e os sofrimentos como servos de Deus (2 Co 6.4 ss.).
Sofrimentos por amor aos outros (à Igreja). É isso o que nos relata Colossenses 1.24: "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja." Sofrimentos suportados com paciência por um cristão servem de exemplo e testemunho para toda a Igreja, pois é nisso que o caráter de Jesus mais se reflete. E é por isso que as pessoas mais santificadas têm de sofrer mais, por estarem muito próximas do Senhor e por terem condições de suportar o sofrimento. Epafrodito, cooperador de Paulo, ficou gravemente enfermo por causa da obra do Senhor e por servir ao apóstolo por parte dos filipenses (comp. Fl 2.25-30).
Sofrimentos por testemunhar da fé para a glória do Senhor. Para provar isso quero citar novamente 1 Pedro 4.13: "...alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos alegreis exultando." O salmista Asafe testemunha em meio ao seu sofrimento: "Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfalecem, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre... Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos"(Sl 73.23-26, 28).
Será que conseguimos imaginar o testemunho glorioso e elogiado que um servo de Deus que sofre por amor ao Senhor tem diante do mundo invisível dos anjos, quando se firma no Senhor e espera nEele em meio aos sofrimentos, e quando consegue dizer "Senhor, apesar de tudo eu quero ficar perto de Ti"? Como é grandioso e maravilhoso o reflexo desses sofrimentos na eternidade! Isso é mostrado em Romanos 8.18: "Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós."
O que devemos fazer no sofrimento?
Como é que a nossa alma consegue ficar consolada e quieta em tempos de angústia? Em tempos de sofrimento ninguém mais consegue ajudar aquele que sofre a não ser o Senhor. Isso o salmista também sabia, pois orava: "Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa... Pois tu és o Deus da minha fortaleza" (Sl 43.1a,2a). Jesus Cristo sofreu fora da porta – e, nesse sentido, cada um que sofre está sozinho com seus sofrimentos, sofre "fora da porta" como Jesus. O salmista também tinha reconhecido isso, e encomendou sua alma juntamente com toda a sua angústia ao fiel cuidado de Deus. Ele sabia que a ajuda real, a ajuda que traz resultados não pode vir de pessoas, mas única e exclusivamente do Deus vivo. E era a Deus que ele queria entregar seu sofrimento. Ele não foi obrigado a se deixar enlouquecer e inquietar pelos outros e por seus bons conselhos, mas foi capaz de se entregar plenamente à vontade divina, e de se sentir abrigado e seguro no Senhor.
Ficamos consolados e tranqüilos quando entregamos nossa angústia ao Senhor, quando nos aquietamos e esperamos nEele.
Dificilmente o sofrimento pode ser explicado humanamente, ele só pode ser compreendido de dentro do santuário. Por isso o salmista orou: "Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos? Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte, e aos teus tabernáculos. Então irei ao altar de Deus, de Deus que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu. Por que estás abatida, ó minha alma? por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu" (Sl 43.2b-5). O coração do salmista estava repleto de porquês. Ele não conseguia entender o porquê de seus sofrimentos; mas parece que, de repente, ele passou a entender, passou a não mais precisar de uma resposta para suas muitas perguntas – mas precisava somente de uma profunda comunhão com seu Deus no santuário (vv. 3b-4a). Essa foi a solução. Foi dessa maneira que sua alma conseguiu ficar quieta e consolada e cheia de gratidão para com o Senhor apesar do sofrimento pelo qual estava passando (vv. 4b-5). Nem sempre existe uma resposta, mas sempre existe consolo e luz na escuridão de nossa alma quando nos achegamos ao Senhor, quando entramos no santuário. E é por isso que filhos de Deus santificados conseguem dizer: "O Senhor está tão perto de mim!" Para o salmista passou a ser secundário conhecer ou não a causa de seus sofrimentos. Para ele passou a ser prioridade saber que era Deus que conduzia sua vida, passou a ser prioridade andar na luz do Senhor, andar na verdade do Senhor e ser dirigido pelo Senhor para alcançar seu alvo de vida.
Asafe estava cheio de dúvidas e questionamentos. Parecia-lhe que o sofrimento ela algo sem lógica, algo incompreensível e absurdo. Ele não era capaz de entendê-lo nem explicá-lo: "Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei no santuário de Deus..." (Sl 73.16-17). No santuário nem sempre recebemos a explicação para o porquê de nossos sofrimentos, mas em compensação recebemos consolo, recebemos fortalecimento e uma profunda paz. Até um homem como Elias chegou ao ponto de se sentir desesperado e questionava o motivo de tanto sofrimento. Ele não recebeu uma resposta para suas perguntas, mas recebeu comida e bebida para sua longa jornada em busca de um novo encontro com o Senhor. João Batista foi tomado de dúvidas quando estava no cárcere. E ele também não recebeu resposta ao porquê de seus sofrimentos, dúvida que certamente ocupava sua mente. Mas ele recebeu a palavra do Senhor: "...bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço" (Mt 11.6).
Agora me dirijo a você, especialmente a você que tem sofrimento e dor em sua vida, que passa por angústias e enfermidades – você não quer simplesmente entrar no santuário para receber ali o consolo que vem de Deus? Em pouco tempo se cumprirá em sua vida o que o Senhor glorificado diz no último livro da Bíblia: "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as cousas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras... O vencedor herdará estas cousas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho" (Ap 21.4-5,7)...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

sexta-feira, 26 de abril de 2013

RUTE EXEMPLO DE MULHER....


                                                  RUTE EXEMPLO DE MULHER...

1.  Introdução

A vida de Rute e Noemi é uma história de determinação, de perseverança e fidelidade a Deus, mesmo quando as circunstâncias são difíceis.
Quero começar destacando alguns fatos na vida de Noemi.
Noemi era uma mulher feliz, por se casada com um bom marido chamado Elimeleque e ter dois filhos.
Noemi e sua família saem de Belém, cidade da região de Judá e vão para Moabe, por causa da fome, e ali naquela terra eles prosperam e vencem as circunstâncias difíceis.
Seus dois filhos casam-se com duas moabitas, chamadas Rute e Orfa.

2.  Em Moabe, Noemi vivencia três momentos difíceis que poderiam ter abalado sua vida.

2.1     O primeiro momento difícil na vida de Noemi é quando morre Elimeleque, o marido de Noemi (1:3).

Ela fica em situação difícil, tendo que criar sozinha seus dois filhos. Acho Noemi uma mulher de fibra, pois ela enfrenta como viúva a criação de seus dois filhos. Ela não se entrega as dificuldades, mas confiando em Deus supera esse momento.

2.2     O segundo momento difícil de Noemi é quando seus dois filhos morrem (1:5).

Em Moabe, Noemi vê os seus dois filhos casarem com Rute e Orfa.
Imagino que após a morte de seu marido,  Noemi transfere seus sonhos e realizações para seus dois filhos. Sem marido, Noemi trabalhava incessantemente para vê-los crescer e se tornarem adultos equilibrados..
Tempos depois, uma tragédia acontece, e Noemi vê os seus filhos morrerem. Com a morte de seus dois filhos, Noemi vê muitos de seus sonhos morrerem. O que toda mãe espera é viver para na velhice e morte ser assistida por seus filhos. Porém, é uma terrivelmente triste uma mãe viver para ver seus filhos morrerem.
Mas, você pensa que Noemi desistiu? Não. Ela não se entregou a uma depressão, a sentimentos negativos de destruição. Ao contrário, a Bíblia diz que nesse momento Noemi tem uma atitude no capitulo 1:6.:  “Então, se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o SENHOR se lembrara do seu povo, dando-lhe pão.”

2.3     O terceiro momento difícil na vida de Noemi é na fase de sua velhice.

Neste momento, ela não tem marido, filhos, não tem mais saúde e nem vitalidade. Outro grande problema de Noemi neste momento, é que seus recursos financeiros acabam.
Que situação hem? Sem marido, sem filhos, sem a possibilidade de casar novamente por causa da idade avançada, e sem dinheiro.
Mas você acha que Noemi desistiu e se entregou completamente a tristeza e ao desanimo? Muitos já teriam desistido em momentos como esse.

3.  Mas, é nesta hora de crise que Noemi mantem viva a lembrança do Senhor.

Veja o que diz o texto em Rute 1:6.: “Então, se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto…, ouviu que o SENHOR se lembrara do seu povo, dando-lhe pão.”
Assim com Noemi, lembremo-nos do Senhor nos momentos de crise.Deuteronômio 5:15 diz.: “…porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido…”.
Noemi não foi esquecida por Deus. Rute, sua nora, é levantada por Deus para ajudar Noemi. Rute deixa sua família sua terra, e adota a cultura de Noemi e seu povo. Noemi não tinha materialmente nada para oferecer a Rute, mas Rute se torna sua aliada.
Hoje em dia, muitas pessoas fazem declarações negativas  sobre suas sogras. Por muita vezes, a figura de uma sogra tem sido o alvo de chacotas e piadas.
Mas, em Noemi e Rute, vemos um grande exemplo de bom relacionamento Rute tinha um grande sentimento de amizade e devoção pela sua sogra entre sogra e nora..
Eu gostaria de falar um pouco sobre esta nora, chamada Rute e as grandes lições de vida que aprendemos com ela.

4.  Ao estudar a vida de Rute aprendo que a fidelidade e a bondade são essenciais para que a família prospere e tenha a proteção do Senhor.

4.1     Com Rute, aprendemos sobre o  valor da fidelidade.

Um dia, Noemi chama as suas duas noras e diz no cap. 1:8-13 e diz:
“…-Voltem para casa e fiquem com as suas mães. Que o SENHOR seja bom para vocês, assim como vocês foram boas para mim e para os falecidos!  9  O SENHOR permita que vocês casem de novo e cada uma tenha o seu lar! Então Noemi se despediu das suas noras com um beijo.
Porém elas começaram a chorar alto 10  e disseram: -Não! Nós não voltaremos. Nós iremos com a senhora e ficaremos com o seu povo.
11  Mas Noemi respondeu: -Voltem, minhas filhas. Por que querem ir comigo?Vocês acham que eu ainda poderei ter filhos para casarem com vocês? ” (Rute 1:8-11 NTLH)
Orfa, uma de suas noras resolve voltar para casa de seus pais e sua terra,  mas Rute fica.
Enquanto uma retrocede e volta atrás, outra fica. E por ter ficado com Noeme, Deus recompensa a fidelidade de Rute.
Noemi não tinha nada para dar a Rute, não tinha dinheiro, não havia feito promessas, não podia lhe dar um novo casamento, estava velha, mas Rute resolve ficar.
Rute a sua sogra no cap. 1:16: “…o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus….”.
A fidelidade de Rute a Noemi e ao Deus de Noemi é um grande exemplo para nós. Nos dias de hoje, há filhos que abandonam idosos em asilos, que deixam de assisti-los na sua velhice. Rute não era assim. Foi um exemplo de amor e fidelidade.
Rute demonstrou que era fiel nas pequenas coisas da vida. Veja o que Jesus diz  em Lucas 16:10:  “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.”
Quando Noemi insiste para Rute voltar para sua família, veja o que Rute diz:
  • ” 16 Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. ” (Rute 1:16-17 RA)
A NOSSA FIDELIDADE ATRAI  FIDELIDADE. Rute atraiu fidelidade de Deus e de outras pessoas para ela. Salmos 100:5 diz: “Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade.”

4.2     O valor da Generosidade

Rute era uma mulher que ficou conhecida por seu exemplo de generosidade. Certa vez um homem rico, chamado Boaz, diz a Rute: “…olha, me contaram sobre tudo o que você fez pela tua sogra, como você deixou pai, mãe, seus parentes e sua terra para ajudá-la”. (2:11)
Mais tarde, a Bíblia conta que Boaz ajuda Rute generosamente permitindo que ela colha comida em suas propriedades.
Quando somos generosos com outras pessoas, recebemos o mesmo. O bem que desejamos que outros façam por nós é o bem que devemos fazer por outros.
Tudo o que semearmos, mais tarde colheremos na mesma proporção.
Pessoas egoístas não sabem dividir, não sabem compartilhar nada com outros. Os egoístas são solitários, porque pensam apenas em si mesmos, e em suas próprias necessidades.
Em Filipenses 2:4, Paulo destaca um aspecto da pessoa generosa: “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.”
Rute não pensava apenas em si. E por causa disso Deus a ajudou.
Lembre-se! Deus está disposto a ajudar àqueles que se colocam como instrumentos para servir ao próximo.

4.3     Rute obteve uma vida de prosperidade e proteção de Deus.

  • Rute 4:13: “Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho.” (Rute 4:13 RA)
  • Rute 4:17b: “….E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.”
Como Deus abençoou de forma tremenda a vida de Rute. Rute e Noemi chegaram a Belém como pobres viúvas
Mas,  pela graça de Deus, mais tarde ela casa com um bom homem, chamado Boaz.
O cap. 4:13diz: “….o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho.” O verso 17 deste capitulo diz : “….E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.”
Deus foi tão bom com Rute que permitiu que ela tivesse um filho  se tornasse a Avó de Rei David. Veja onde podemos ser levados pela fidelidade a Deus!
Todo o povo de Belem, vê de perto a maravilhosa obra que Deus começa a fazer na vida de Rute e Noemi. As pessoas da sua casa, seus vizinhos testemunharão de perto as grandiosas bênçãos que Deus te Dará.
Quando examinamos a genealogia da família de Cristo, ali encontramos o nome de Rute. Era não era uma judia, não era israelita, mas ali está o seu nome. Rute passou a ser eternamente lembrada, porque decidiu que não iria recuar, abandonando Deus.
Deus exalta aos humildes, Ele honra aos desonrados, Ele da força aos fracos, Ele anima aos de espírito abatido!
O salmista diz no cap. 35:27: “Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o SENHOR, que se compraz na prosperidade do seu servo!”

5.  Conclusão

Rute desejou ter em sua vida o mesmo Deus de Noemi. O testemunho de Noemi e seu exemplo de vida, influenciaram a Rute ao ponto dela desejar o mesmo Deus de Noemi. “O teu Deus será o meu Deus”.  Será que o teu testemunho, faz com que as pessoas em sua casa, no seu trabalho, queiram ouvir falar do seu Deus? Ou será que o nosso testemunho tem afastado as pessoas do desejo de quererem ouvir acerca do nosso Deus?
Para aqueles que não tem fé, a história de Rute, poderia ser vista apenas como a história de uma viúva de sorte. Mas, Rute não teve sorte, Rute tinha algo muito mais certo do que a sorte. Ela tinha sobre a sua vida a mão de Deus.
As coisas boas que acontecem conosco não resultam de sorte na vida, mas de uma mão soberana, poderosa e gloriosa que atua sobre mim e você.
Quero te convidar para nesta noite clamar ao Senhor pela tua vida, dizendo: Senhor, me ensina a ser fiel mesmo nas circunstâncias difíceis da vida...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

ÁS VEZES SEM PERCEBERMOS AGIMOS COMO SEPULCROS CAIADOS...



             ÀS VEZES SEM PERCEBERMOS AGIMOS COMO SEPULCROS CAIADOS...

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Assim, também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.” Mt 23:27-28
Ao ler esses dois versículos eu pensei:  O que mais eu poderia aprender  através dessa passagem?  Nada além do que normalmente se ouve acerca da hipocrisia focada sempre, com mais ênfase, no cenário conhecido como evangélico/protestante, direcionada àqueles que se vangloriam de boas obras, de uma vida justa, sem, contudo vivenciá-la de fato. Fechei a bíblia e dei o assunto por encerrado, mas duas palavrinhas chaves martelaram em minha memória durante alguns dias, intrigantemente em situações das mais diversas e desprovidas de qualquer ligação ao tema, então pedi a Deus que me revelasse o propósito e agora através dessas linhas compartilho com você.
Sepulcro caiado… obviamente os sepulcros têm relação direta com a morte, sua única finalidade é recolher um corpo sem vida, aquilo que está morto. Entre os judeus era costume pintar os sepulcros com cal, objetivando evitar que, se alguém os tacasse, se tornasse impuro, pelas leis judaicas.  Segundo pesquisas, o óxido de cálcio, conhecido como cal, além de sua utilização na construção civil é uma substância com propriedades de ação desinfetante e neutralizante, por isso é também utilizado para proteger árvores, estábulos e galinheiros e como desinfetantes de fossas.  Ora… galinheiros, estábulos e fossas são locais que apresentam odores bastante desagradáveis e que oferecem grandes riscos de contaminação tais como os… sepulcros.  Atualmente os túmulos ainda recebem tratamento com esse produto, não posso afirmar se pelo conhecimento de todas as suas propriedades ou apenas pela necessidade de melhorar a aparência com uma substância de baixo custo, mas sabemos que sua aplicação não contribui apenas para deixá-los branquinhos, mas também pode se usado na dosagem certa, “disfarçar” e amenizar a imundícia, apesar de obviamente não eliminá-la. Você já reparou também que uma pintura com cal não dura muito tempo, rapidamente desbota precisando de outra demão?!  A cal tipifica o engano ou um paliativo que pode ser utilizado na tentativa de se esconder a sujeira ou atenuar aquilo que nos incomoda e nos oferece riscos.  Podemos concluir então que sepulcro e cal são combinações bastante oportunas entre si.
Após essa análise minuciosa parei alguns instantes e refleti: Ainda que não estejamos qualificados como os próprios sepulcros caiados, estamos sujeitos a construí-los e a mantê-los com o tradicional produto milenar, o cal, sem sequer nos darmos conta disso!  Em todo o capítulo 23 de nosso texto base encontramos uma lista bastante extensa das faltas cometidas pelos fariseus e a menção da palavra hipócrita repetidas vezes, evidenciando-a como principal atributo.  Observemos, pois atentamente a definição que o dicionário nos dá para hipocrisia:
1. Afetação (o mesmo que se diz a respeito) de virtude ou sentimento que não se tem. 2. Fingimento, falsidade.  A despeito dos fariseus agirem dissimuladamente, com plena convicção de seus atos, nossa falibilidade humana nos condiciona a agirmos semelhantemente, ainda que sem a percepção que não temos a virtude ou o sentimento que achamos que temos e sem a percepção que estamos enganando e fingindo pra nós mesmos.

Quanta coisa está propensa a sepultar por acreditarmos que não possuem mais valia nem pra nós e nem para os outros ou por considerarmos que estão mortas!  E assim vamos aprendendo a conviver com tais sepulcros, dando uma demão de cal aqui, outra ali…
Existem diversas situações que configuram sepulcros, caiados conscientemente ou não, que podem estar à vista de todos ou muito bem escondidos. Destaco a seguir três aspectos nos quais menciono algumas dessas situações.
1  -  Nos relacionamentos interpessoais:
Quantos relacionamentos são mantidos sobre feridas, falta de perdão e respeito mútuo?!  Conflitos que vão sendo “resolvidos” por compensação, com pinceladas de cal na forma de presentes, permissividades, omissões ou qualquer outra forma de subterfúgio, e aparentemente tudo fica bem, mas aquilo que já está morto e cheira mal continua lá.  O cumprimento de normas comportamentais, os exemplos e tradições familiares, a transferência de responsabilidades, a falta de tempo, a lei do custo x benefício,  são justificativas que agem como cal sendo utilizadas na tentativa de tornar branquinhos e de neutralizar os odores que exalam desses relacionamentos.
“O pecado gera a morte” (Tiago 1:15).  Morte de valores morais, morte da autoestima, morte do corpo, morte da alma! Traição, adultério, mentiras, vícios, prostituição, roubo, suborno e todo tipo de contravenção também são indicadores de sepulcros que vão sendo caiados por desculpas contidas em frases como: “Prefiro continuar sendo traída, a ser trocada.”…“Não sou eu quem trai, eu sou livre, quem trai é ela que é casada.”…“Eu não me importo em comprar ou intermediar coisas na base da “treta”, não sou eu quem rouba”… “Meu bolso é meu guia.”… e por aí vai. Quando a culpa ou a vergonha começam a cirandar a consciência a procura de uma brecha para infiltrá-la, generosas camadas de cal são aplicadas como proteção.
2 – No relacionamento consigo mesmo:
Há pessoas que aparentemente são tidas como “bem resolvidas” consigo mesmas, equilibradas, centradas emocional e psicologicamente, mas que travam imensos conflitos interiores. Pessoas que, apesar de sempre rodeadas de gente e de uma vida social ativa, no fundo sentem-se sozinhas, mas sob camadas de cal acreditam que estão bem dessa forma, acreditam que não precisam de ninguém, muito menos de ajuda, talvez por já terem sofrido decepções, ou por motivos que nem sequer conhecem ao certo. A serenidade, a descrição, a fala comedida, o sorriso sempre estampado no rosto são os recursos que usam para transmitir que tudo vai muito bem, pra que ninguém perceba o contrário nem tentem invadir suas vidas violando seus sepulcros. Os paliativos são os refúgios no trabalho excessivo, nos livros, nos medicamentos sedativos, na fuga de si próprio.
3 – No relacionamento com Deus:
Quando o relacionamento com Deus há muito tempo foi interrompido e sepultado, ou nunca sequer existiu, apesar de continuarem ligados a uma determinada denominação/igreja, porém sem a real compreensão que o cristianismo genuíno não se exerce por ideologia ou herança religiosa.

Ao contrário dos fariseus, não alçam a voz em orações nas praças públicas, nem buscam exposições, mas frequentam as igrejas como mero local de encontros sociais. São os amigos e simpatizantes do evangelho. Comparecem aos encontros para assistir aos cultos e não para prestar culto. Apresentam uma conduta exemplar, são dizimistas fiéis, alguns até participam das atividades sociais da igreja, se submetem ao pastor, aos líderes, mas vão vivendo sem se submeterem a Deus. Onde está a cal? No engano que rechaça a essência do cristianismo e do serviço a Deus: a Religiosidade.
Tão difícil quanto o processo para se libertar de sepulcros caiados é reconhecer que eles podem existir na nossa própria vida. Peça a Deus que te guie nesse “mapeamento” interior. Pode ser que essa descoberta seja de imediato, pode ser que leve algum tempo, mas não deixe de ficar atento e meditar nisso! Você pode estar a poucos passos de ficar livre de um estorvo que nem se dá conta que está prejudicando sua caminhada.
Uma vez identificado o sepulcro, abri-lo é uma tarefa igualmente difícil, mas você já estará mais um passo a frente.  É um ato de coragem, ficar cara-a-cara com algo que tentamos esconder, muitas vezes principalmente de nós mesmos… que tentamos maquiar, neutralizar com demãos de cal.  Mas é necessário abrir o sepulcro para que aquilo que estava morto ressurja com vida.  Lázaro estava morto há 4 dias, já cheirava mal e a ordem que partiu de Jesus antes de ressuscitá-lo foi “Tirai a pedra.” Foi preciso uma ação humana pra que viesse a ação divina. Foi preciso que removessem a pedra da entrada do túmulo para que Jesus desse a ordem de vida: “Lázaro, vem para fora”.
Abandone o balde de cal, apresente a Deus o que precisa ser exposto para que o milagre aconteça.  Não importa se há 4 dias, 4 anos ou 4 décadas você sepultou seus…
Sentimentos… Esperança… Relacionamentos… Motivação… Talentos… Autoestima…
Jesus pode e deseja ressuscitá-los, nesse assunto e em todos os assuntos Ele é especialista!! Abra Seu campo de ação, ponha-o a prova e prove de uma transformação tremenda na sua vida!!
Mas, se você, após um autoexame, não identificou nenhum sepulcro caiado, glórias a Deus por isso, então apenas continue vigiando para não construí-los, uma vez que você já sabe de que forma isso pode se feito...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

quinta-feira, 25 de abril de 2013

TRAIÇÃO CONJUGAL, SERÁ QUE VALE A PENA, PENSE...



                TRAIÇÃO CONJUGAL, SERÁ QUE VALE A PENA, PENSE BEM...
Chega de Traição - Pregação e Mensagem da Palavra de Deus
Chega de infidelidade, chega de traição.
“Alegra-te com a esposa da tua mocidade”
‘Alegra-te com a esposa da tua mocidade. Por que, meu filho devia extasiar-te com uma mulher estranha?’ — PROVÉRBIOS 5:18, 20.
A BÍBLIA não considera o sexo um assunto tabu. Em Provérbios 5:18, 19, lemos: “Mostre-se abençoada a tua fonte de água e alegra-te com a esposa da tua mocidade, gama amável e encantadora cabra-montesa. Inebriem-te os seus próprios seios todo o tempo. Que te extasies constantemente com o seu amor.”
A expressão “fonte de água” refere-se à fonte de gratificação sexual. É abençoada no sentido de que o sentimento de amor romântico e êxtase entre um casal é dádiva de Deus. Tal intimidade, porém, deve restringir-se apenas ao casamento. Assim, o Rei Salomão, do Israel antigo, um dos escritores de Provérbios, pergunta retoricamente: “Meu filho, por que te devias extasiar com uma mulher estranha ou abraçar o seio duma mulher estrangeira?” — Provérbios 5:20.
No dia do casamento, o homem e a mulher prometem solenemente amar um ao outro e permanecer fiel. No entanto, muitos casamentos são arruinados pelo adultério. De fato, após analisar uns 30 estudos, certa pesquisadora concluiu que ‘25% das esposas e 44% dos maridos já haviam tido relações extraconjugais’. O apóstolo Paulo declarou: “Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com homens . . . herdarão o reino de Deus.” (1 Coríntios 6:9, 10) Não há dúvida a respeito disso. O adultério é um pecado grave aos olhos de Deus, e os adoradores verdadeiros têm de evitar a infidelidade conjugal. O que nos ajudará a ‘manter honroso o casamento e o leito conjugal imaculado’? — Hebreus 13:4.
Cuidado com o coração traiçoeiro
No degradado clima moral de nossos dias, muitas pessoas “têm olhos cheios de adultério e são incapazes de desistir do pecado”. (2 Pedro 2:14) Propositalmente procuram relacionamentos amorosos fora do casamento. Em alguns países, muitas mulheres entraram no mercado de trabalho, e a mistura de sexos tem criado um solo fértil para o desenvolvimento de namoros impróprios no emprego. Além disso, as salas de bate-papo na internet tornam fácil que até mesmo a pessoa mais tímida inicie amizades íntimas via on-line. Muitas pessoas casadas caem nessas armadilhas, sem se darem conta do que está acontecendo com elas.
 Veja como uma cristã, que chamaremos de Maria, envolveu-se numa situação que quase a levou a cometer imoralidade sexual. Seu marido, que não convertido, demonstrava pouquíssimo afeto pela família. Maria se lembra de quando, alguns anos atrás, ela conheceu um colega de trabalho de seu marido. O homem era muito gentil e, numa ocasião posterior, até mesmo expressou interesse nas crenças religiosas de Maria. “Ele era tão amável, tão diferente do meu marido”, diz ela. Em pouco tempo, Maria e esse homem se envolveram emocionalmente. “Eu não cometi adultério”, ela ponderava, “e ele está interessado na Bíblia. Eu tentei ajudá-lo”.
Antes que seu envolvimento romântico resultasse em adultério, Maria caiu em si. (Gálatas 5:19-21; Efésios 4:19) A sua consciência começou a acusá-la, e ela corrigiu as coisas. O caso de Maria ilustra o fato de que “o coração é mais traiçoeiro do que qualquer outra coisa e está desesperado”. (Jeremias 17:9) A Bíblia nos admoesta: “Mais do que qualquer outra coisa a ser guardada, resguarda teu coração.” (Provérbios 4:23) Como podemos fazer isso?
‘O argucioso passa a esconder-se’
 “Quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia”, escreveu o apóstolo Paulo. (1 Coríntios 10:12) E Provérbios 22:3 diz: “Argucioso é aquele que tem visto a calamidade e passa a esconder-se.” Em vez de confiantemente pensar: ‘Com certeza nada vai me acontecer’, você será sábio se prever situações que poderiam levar a problemas. Por exemplo, evite tornar-se o único confidente de alguém do sexo oposto que esteja passando por problemas desconcertantes no casamento. (Provérbios 11:14)
Diga à pessoa que é melhor discutir os problemas conjugais com o próprio cônjuge, ou com um cristão maduro do mesmo sexo que esteja interessado no êxito do casamento dela, ou então com conselheiros mais velhos. (Tito 2:3, 4) Os conselheiros mais idosos  são exemplares nesse sentido.
No local de trabalho e em qualquer outro lugar, evite situações que favoreçam a intimidade. Por exemplo, trabalhar horas extras bem próximas de alguém do sexo oposto pode levar à tentação. Como casado, deixe bem claro, por meio do modo de falar e do comportamento, que você simplesmente não está disposto a ter um relacionamento amoroso com outra pessoa.
Como alguém que teme a Deus, você com certeza não desejará atrair atenção indevida por flertar ou vestir-se de modo imodesto. (1 Timóteo 4:8; 6:11; 1 Pedro 3:3, 4) Fotos de seu cônjuge e de seus filhos expostas no seu local de trabalho servirão de lembrete visual, para você e para outros, da importância que você dá à sua família. Esteja decidido a nunca incentivar — nem mesmo tolerar — qualquer tentativa de sedução por parte de outra pessoa. — Jó 31:1.
“Vê a vida com a esposa que amas”
Proteger o coração exige mais do que apenas evitar situações perigosas. Uma atração amorosa por alguém fora do casamento pode indicar que o marido ou a esposa não estão atentos às necessidades um do outro. Pode ser que a esposa seja continuamente ignorada, ou o marido sempre criticado. Daí, de repente, outra pessoa — no emprego, ou até mesmo na congregação cristã — parece possuir exatamente as qualidades que faltam no cônjuge. Logo surge um apego, e a nova relação torna-se quase irresistivelmente sedutora. Essa sutil cadeia de eventos atesta a veracidade da declaração bíblica: “Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo.” — Tiago 1:14.

Em vez de procurar fora do casamento a satisfação de seus desejos — de afeto, de amizade, ou de apoio num momento difícil da vida — maridos e esposas devem esforçar-se em fortalecer o vínculo amoroso com seu cônjuge. Assim, não deixem de passar tempo juntos e de achegar-se mais um ao outro. Reflitam sobre o que os levou a se apaixonarem.
Tentem recuperar a ternura que vocês sentiam pela pessoa com quem se casaram. Pensem nos momentos felizes que passaram juntos. Orem a Deus a respeito do assunto. O salmista Davi implorou a Jeová: “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e põe dentro de mim um espírito novo, firme.” (Salmo 51:10) Estejam decididos a ‘ver a vida com a esposa que amas, todos os dias que Ele te deu debaixo do sol’. — Eclesiastes 9:9.
Para fortalecer o vínculo conjugal, não deve ser despercebido o valor do conhecimento, da sabedoria e do discernimento. Provérbios 24:3, 4 diz: “Os da casa serão edificados pela sabedoria, e serão firmemente estabelecidos pelo discernimento. E pelo conhecimento se encherão os quartos interiores com todas as coisas preciosas e agradáveis de valor.” Entre as coisas preciosas bem presentes num lar feliz estão qualidades como amor, lealdade, temor a Deus e fé.
Para adquirir tais qualidades é preciso ter conhecimento sobre Deus. Os casais, portanto, devem ser bons estudantes da Bíblia. E que importância têm a sabedoria e o discernimento? Resolver bem os problemas do dia-a-dia exige sabedoria, a habilidade de aplicar o conhecimento bíblico. Quem tem discernimento entende os pensamentos e os sentimentos do cônjuge. (Provérbios 20:5) ‘Filho meu, presta atenção à minha sabedoria’, diz Jeová, por meio de Salomão. “Inclina teus ouvidos ao meu discernimento.” — Provérbios 5:1.
Quando há “tribulação”
Nenhum casamento é perfeito. A própria Bíblia diz que os maridos e as esposas terão ‘tribulação na carne’. (1 Coríntios 7:28) Ansiedades, doenças, perseguição e outros fatores podem causar tensão no casamento. Ao surgirem problemas, porém, os cônjuges devem lealmente procurar juntos as soluções, buscando agradar a Jeová.
Que dizer se o casamento está sobtensão devido ao modo como os cônjuges tratam um ao outro?
A busca de uma solução exige esforço. Por exemplo, talvez a falta de bondade no falar tenha se infiltrado no casamento e agora faça parte dele. (Provérbios 12:18) Como vimos no artigo anterior, isso pode ter efeitos devastadores. Um provérbio bíblico diz: “Melhor é morar numa terra erma, do que com uma esposa contenciosa junto com vexame.” (Provérbios 21:19) Se você é esposa e seu casamento é desse tipo, pergunte-se: ‘Será que meu humor está tornando difícil para meu marido ficar perto de mim?’ A Bíblia diz aos maridos: “Persisti em amar as vossas esposas e não vos ireis amargamente com elas.” (Colossenses 3:19) Se você é marido, pergunte-se: ‘Sou uma pessoa insensível, fazendo com que minha esposa seja tentada a buscar compreensão em outro lugar?’ Naturalmente, a imoralidade sexual não tem desculpa. No entanto, o fato de que tal tragédia pode acontecer é bom motivo para discutir com franqueza os problemas.

Buscar consolo numa relação amorosa fora do casamento não é a solução para problemas conjugais. A que poderia levar tal relação? A um casamento novo e melhor? Alguns talvez achem que sim. ‘Afinal’, argumentam, ‘essa pessoa tem exatamente as qualidades de que eu preciso num cônjuge’. Mas tal raciocínio é falso, pois qualquer pessoa disposta a abandonar o cônjuge — ou que incentive você a abandonar o seu — demonstra grave falta de respeito pela santidade do casamento. Não é razoável esperar que essa relação resulte num casamento melhor.
Maria, mencionada antes, pensou seriamente nas consequências de seu proceder, incluindo a possibilidade de ela ou outra pessoa perder o favor de Deus. (Gálatas 6:7) “Quando passei a examinar meus sentimentos pelo colega de trabalho de meu marido”, diz ela, “dei-me conta de que, se existisse a possibilidade de esse homem vir a obter conhecimento da verdade, eu seria um empecilho nesse sentido. A transgressão afetaria negativamente todos os envolvidos e faria outros tropeçar”. — 2 Coríntios 6:3.
O incentivo mais forte
A Bíblia alerta: “Os lábios duma mulher estranha estão gotejando como favo de mel e seu paladar é mais macio do que o azeite. Mas o efeito posterior dela é tão amargo como o absinto; é tão afiado como uma espada de dois gumes.” (Provérbios 5:3, 4) Os efeitos da impureza moral são dolorosos e podem ser mortíferos. Esses incluem uma consciência pesada, doenças sexualmente transmissíveis e a ruína emocional do cônjuge da pessoa infiel. Esses com certeza são bons motivos para não enveredar por um caminho que possa levar à infidelidade conjugal.
O principal motivo de a infidelidade conjugal ser errada é que Deus, O criador do casamento e Doador da capacidade sexual, a condena. Por meio do profeta Malaquias, Ele diz: “Vou chegar-me a vós para julgamento e vou tornar-me testemunha veloz contra os . . . adúlteros.” (Malaquias 3:5) A respeito do que Deus vê, Provérbios 5:21 diz: “Os caminhos do homem estão diante dos olhos de Deus e ele contempla todos os seus trilhos.” Sim, “todas as coisas estão nuas e abertamente expostas aos olhos daquele com quem temos uma prestação de contas”. (Hebreus 4:13) Portanto, o incentivo mais forte para ser fiel no casamento é saber que, não importa quão secreta a infidelidade possa ser, ou quão insignificantes possam parecer suas consequências físicas e sociais, qualquer ato de impureza sexual prejudica nossa relação com Deus.
O exemplo de José, filho do patriarca Jacó, mostra que o desejo de preservar a paz com Deus é um poderoso incentivo. Tendo conquistado o favor de Potifar, oficial da corte de Faraó, José veio a ocupar uma posição privilegiada na casa de Potifar. Além disso, ele era ‘belo de porte e de aparência’, o que não deixou de ser notado pela esposa de Potifar. Todos os dias, ela tentava seduzi-lo, mas em vão. O que fez com que José resistisse a esse assédio? A Bíblia diz: “Ele se negava e dizia à esposa de seu amo: ‘Eis que meu amo . . . não me vedou absolutamente nada, exceto a ti, porque és sua esposa. Portanto, como poderia eu cometer esta grande maldade e realmente pecar contra Deus?’” — Gênesis 39:1-12.
José, que era solteiro, manteve a pureza moral por não aceitar se envolver com a esposa de outro homem. “Bebe água da tua própria cisterna”, diz Provérbios 5:15 aos homens casados, “e filetes de água do meio do teu próprio poço”. Evite criar, mesmo que inadvertidamente, envolvimentos românticos fora do casamento. Esforce-se em fortalecer o vínculo de amor no seu casamento, e faça todo o possível para resolver qualquer problema conjugal que possa surgir. Acima de tudo, “alegra-te com a esposa da tua mocidade”. — Provérbios 5:18.
O que você aprendeu?
• Como o cristão, mesmo que inadvertidamente, pode cair na armadilha de um relacionamento amoroso?
• Que precauções podem ajudar a pessoa a não criar um relacionamento amoroso fora do casamento?
• O que o casal deve fazer quando enfrenta problemas no casamento?
• Qual é o incentivo mais forte para ser fiel no casamento?
[Perguntas de Estudo]
1, 2. Por que se pode dizer que o amor romântico entre marido e esposa é abençoado?
 3. (a) Qual é a triste realidade de muitos casamentos? (b) Como Deus encara o adultério?
 4. Quais são algumas das maneiras em que um cristão casado pode sem perceber envolver-se num relacionamento amoroso fora do casamento?
5, 6. Como certa cristã foi enlaçada numa situação perigosa, e o que aprendemos disso?
 7. Que conselho bíblico servirá de proteção ao ajudar alguém que tenha problemas conjugais?
 8. Que cuidado é essencial no local de trabalho?
 9. Que cadeia de eventos pode tornar sedutora uma nova relação amorosa?
10. Como o marido e a esposa podem fortalecer a sua relação?
11. Que papel desempenham o conhecimento, o discernimento e a sabedoria no fortalecimento do vínculo conjugal?
12. Por que não é de admirar que os casados enfrentem problemas?
13. Em que aspectos o marido e a esposa podem analisar a si mesmos?
14, 15. Por que buscar soluções fora do casamento não resolve os problemas conjugais?
16. Quais são alguns dos efeitos da impureza moral?
17. Qual é o motivo mais forte para ser fiel no casamento?
18, 19. O que aprendemos da experiência de José com a esposa de Potifar?
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE