Subscribe:

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

ABRAÃO UM EXEMPLO DE FÉ...



                                             ABRAÃO: UM EXEMPLO DE CRENTE...
Gen. Cap. 11 versículo 27, cap.15 versículo 21
Terminamos nosso estudo, na semana passada, com uma nota triste: a Torre de Babel e tudo que ela representava sobre a aparente incapacidade da humanidade caída de aprender do passado.
Nesta semana, vamos começar com uma nota de maior esperança: os descendentes de Sem, a linhagem da qual proveio o patriarca Abrão, que, de acordo com Paulo, é "o pai de todos nós" (Rom. 4:16). Isto é, ele é pai de todos os que crêem em Cristo, por meio de quem as promessas feitas a Abraão são cumpridas, pois, por meio de Cristo, agora, somos descendência de Abraão "e herdeiros segundo a promessa" (Gál. 3:29), a promessa de uma Canaã celestial onde não mais haverá mal, pecado e morte.
Em outras palavras, depois da queda, do dilúvio, da embriaguez de Noé e do fiasco da Torre de Babel, o Senhor introduz, de maneira ainda mais clara, a esperança para a raça humana. E começa com Abrão, que – embora vivesse em meio a uma família e uma cultura mergulhada em idolatria – era seguidor do Deus verdadeiro e a quem, por sua fidelidade, foi concedida a promessa, não só para ele mesmo e sua família, mas para toda a raça humana.
Nesta semana, vamos começar a estudar a vida de Abrão, seu chamado inicial, sua resposta, sua humanidade e, mais importante de tudo, seu relacionamento com Deus – o grande exemplo do que significa para um ser humano caído a vida pela fé, a justificação pela fé e a demonstração dessa fé mediante as obras.
A origem de Abrão
1. Que informações nos fornece a Bíblia a respeito dos antepassados de Abrão? Gên. 11:10-32 (veja também Josué 24:2 e Atos 7:2.)
Apesar de algumas considerações cronológicas sugerirem que Abrão fosse o mais jovem dos filhos de Terá, ele parece ser mencionado primeiro em Gênesis 11:26 e 27 por sua importância como antepassado da família escolhida. Embora a arqueologia haja revelado muita coisa a respeito dos tempos em que Abrão viveu, os grandes impérios daquele tempo comparecem como figurantes. O destaque são alguns patriarcas e sua família, que tentavam manter viva a verdade e o conhecimento de Deus. Este é o grande enfoque do Gênesis: as histórias, algumas vezes sórdidas, concentram-se naqueles a quem Deus confiou a tarefa de preservar o conhecimento dEle em um mundo cheio de idolatria, paganismo e todas as formas de superstição.
2. Em quantos estágios ocorreu o chamado de Abrão, de acordo com Atos 7:2-4? (Compare Gên. 12:1 com Atos 7:4.)
Estêvão declarou que Deus apareceu primeiramente a Abrão em Ur dos Caldeus, e o chamou para ir à terra que lhe mostraria. Mas ele não foi imediatamente. Houve um ponto de parada em Harã, onde ele viveu até que Terá, seu pai, morreu. Foi depois da morte de seu pai que ele finalmente partiu para a Terra Prometida.
Os familiares de Abrão estavam envolvidos em falsa adoração e idolatria, mas, por algum tempo, ele permaneceu com eles. O que podemos aprender dessa história sobre o relacionamento com membros de nossa família que não estão caminhando com o Senhor?
O chamado
3. Que razão Deus deu para chamar Abrão a sair de Harã? Gên. 12:1-3; Heb. 11:8-10
Note uma grande ironia aqui: entre as coisas que Deus disse que faria a Abrão quando saísse foi que engrandeceria o seu nome (Gên. 12:2). Compare com a história da Torre de Babel, na qual uma das razões pelas quais eles trabalhavam na torre era a fim de tornar célebre o seu nome (Gên. 11:4). Sob a perspectiva humana, parece mais provável que aqueles que fariam aquela monumental realização humana teriam melhor chance de ter "um nome" do que alguém que – deixando para trás família, raça, cultura e terra fértil – viajaria para algum lugar "embora não soubesse para onde estava indo" (Heb. 11:8).
Mas hoje ninguém conhece o nome de qualquer um daqueles que trabalharam na torre; em contraste, quase todo o mundo conhece o nome de Abrão.
4. Que lição poderosa existe neste contraste para aqueles que estão buscando fazer para si "um nome"?
Além do chamado, novamente, para ir para Canaã (compare Atos 7:2 com Gên. 12:1), Abrão recebeu esta surpreendente promessa de que Deus faria dele uma grande nação. Obviamente, isso significava ter filhos, outra coisa em que ele precisaria ter fé, pois até aquele tempo sua esposa não tivera filhos (Gên. 11:30). Apesar de tudo isso, o verso 4 sugere que não houve vacilação da parte de Abrão. Deus o chamou para ir, Deus fez promessas para ele, e Abrão foi em frente (veja Rom. 4:13) pela fé.
Abrão, certo de que Deus o havia chamado, saiu por uma fé que – sob a perspectiva humana – parecia loucura. O que significa sair pela fé, a ponto de parecer "loucura" (I Cor. 1:25; 2:14)? Ao mesmo tempo, como devemos ser cuidadosos para não sair pela "fé" sob a suposição de que Deus está guiando, quando Ele pode não estar? Como podemos saber a diferença?
A fé que tinha Abrão
5. Que perigo corria Abrão no Egito? Qual foi a estratégia dele para escapar desse perigo? Que lição se pode aprender sobre as provações e como vencê-las? Gên. 12:10-20
Poderíamos esperar que, por estar Abrão seguindo o chamado de Deus, ele teria seus caminhos aplanados pela Providência. A Bíblia não dá evidência de que, se permanecermos fiéis a Ele, não teremos provações. Ao contrário.
Realmente, não muito depois de Abrão entrar em Canaã, uma fome terrível o forçou a partir para o Egito, que era irrigado pelas águas das enchentes do Nilo. O Registro Sagrado ensina que até os que seguem as ordens de Deus podem ter que suportar provas de fé. Pense no grande problema que a fome criou para a confiança de Abrão: chamado para entrar naquela terra, e veja o que aconteceu! Uma fome? Essa fome, que o fez retirar-se de Canaã, pode ajudar a explicar sua falta de fé com respeito a Sarai e Faraó. A fome e o medo reduziram o herói da fé a uma pessoa com debilidades com que a maior parte de nós pode se identificar prontamente. A fé sucumbiu ao temor, e o temor, ao descaminho quando Abrão fez uso de uma meia-verdade para esconder a outra metade.
"O Senhor em Sua providência trouxera esta prova a Abraão a fim de lhe ensinar lições de submissão, paciência e fé, lições que deveriam ser registradas para benefício de todos os que mais tarde fossem chamados a suportar a aflição. Deus dirige Seus filhos por um caminho que eles não conhecem; mas não Se esquece dos que nEle põem a confiança, nem os rejeita.
Quando foi a última vez em que você falhou em uma prova de fé? Que lição você aprendeu desse fracasso? O que você aprendeu para evitar esse fracasso na próxima vez?
Abrão e Ló
6. Que ato de abnegação fez Abrão em relação ao seu sobrinho Ló? Diante desse exemplo, o que significa viver pela fé? Gên. 13:1-13
Ao voltar do Egito, Abrão invocou o Senhor no segundo altar que havia construído em Canaã (Gên. 13:3 e 4). Fortalecido por essa renovada relação com Deus, ele pôde enfrentar outra prova. Mais uma vez, a promessa de uma terra pareceu iludir Abrão (vs. 5, 6), e uma decisão teve que ser tomada.
O fracasso de Abrão no Egito parece contrabalançado pela nobreza de caráter que demonstrou no procedimento com Ló. Dos altos de Betel, Ló viu o vale do Jordão, bem irrigado e fértil como o Jardim do Éden e as planícies da Mesopotâmia. Ló escolheu o que apelava para seu senso de lucro imediato. Mal percebeu ele quanto custaria sua escolha. A decisão estava entre a "fé" e a "visão", e os resultados demonstram a sabedoria de se fazer a escolha certa. O íntimo relacionamento de Abrão com o Senhor e sua determinação de caminhar pela fé o habilitou a olhar para além das vantagens temporais imediatas e buscar as vantagens eternas.
7. Que dupla promessa fez Deus a Abrão? Gên. 13:14-18
Melquisedeque e Abrão
Gênesis 14:1-16 conta que Sodoma e Gomorra foram saqueadas e que Abrão libertou dos invasores o povo, inclusive Ló. Assim, embora fosse homem de fé e adorador do Deus verdadeiro, Abrão também podia ser homem de guerra.
8. O que o episódio de Melquisedeque revela sobre a estatura espiritual de Abrão? Novamente, como vemos a fé revelada pelas suas obras? Vs. 17-24
Melquisedeque (que significa "meu rei é justo") era rei de Salém (outro nome de Jerusalém; veja Sal. 76:2) e sacerdote do Deus Altíssimo. Abrão adorava o mesmo Deus. Em deferência a Melquisedeque, que deu boas-vindas e abençoou o patriarca em sua volta da batalha, Abrão deu o dízimo de tudo ao rei-sacerdote (v. 20), indicando que a instituição do dízimo era praticada muito antes de Moisés e dos judeus.
Depois desta grande vitória, o Senhor apareceu a Abrão e lhe deu uma promessa maravilhosa. "Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa!" (Gên. 15:1). Ellen White indicou que Abrão precisava daquele encorajamento, considerando que suas vitórias recentes haviam despertado ira em alguns de seus vizinhos.
9. Que pergunta fez Abrão a Deus? Gên. 15:2 e 3. Sob todos os pontos de vista racionais e lógicos, por que este pedido tinha tanto sentido?
Deus (vs. 4-6), então, repetiu Sua promessa anterior de que os descendentes de Abrão seriam uma inumerável multidão (Gên. 12:2; 13:16). Embora a idade avançada de Abrão e Sarai parecesse tornar cada vez mais impossível a promessa de descendentes, Abrão tomou a Deus pela palavra e confiou no poder divino. Isto pode ser visto em Gênesis 15:6, que Paulo mais tarde citou (Rom. 4:3).
Abrão creu em Deus, "e isso lhe foi creditado como justiça". Como este fato nos ajuda a entender o que significa ser aceito por Deus? Que coisas na história de Abrão lhe dão esperança? Que coisas lhe mostram a necessidade de fazer algumas mudanças em sua vida?
Depois que Deus prometeu novamente a Abrão que sua descendência se tornaria uma grande nação, Abrão buscou um sinal, uma afirmação da promessa (Gên. 15:7 e 8). "O Senhor condescendeu em fazer um concerto com Seu servo, empregando as mesmas formas que eram usuais entre os homens para a ratificação de um contrato solene. Por determinação divina, Abraão sacrificou uma bezerra, uma cabra e um carneiro, cada um de três anos, dividindo os corpos, e pondo os pedaços a pequena distância entre si. A estes acrescentou ele uma rola e um pombinho, que, entretanto, não foram divididos. Isto feito, reverentemente passou entre as partes do sacrifício, fazendo a Deus um voto solene de perpétua obediência. Atento e perseverante permaneceu ao lado dos corpos mortos, até baixar-se o Sol, a fim de os guardar de serem contaminados ou comidos pelas aves de rapina. Aproximadamente ao pôr-do-sol, caiu em um profundo sono; ‘e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele’. Gên. 15:7-18. Ouviu a voz de Deus, ordenando-lhe que não esperasse a posse imediata da terra prometida, e indicando no futuro os sofrimentos de sua posteridade antes de seu estabelecimento em Canaã. O plano da redenção foi-lhe desvendado, tanto em relação à morte de Cristo, o grande sacrifício, como à Sua vinda em glória. Abraão viu também a Terra restabelecida à sua beleza edênica, para lhe ser dada em possessão eterna, como o cumprimento final e completo da promessa."
Perguntas para consideração
1.      Comente com a classe suas respostas à pergunta no fim da lição de quinta-feira. Hoje, como cristãos do Novo Testamento, o que significa ser considerado justo diante de Deus?
2. Você conhece alguém que crê estar sendo chamado para sair, como Abrão, não sabendo aonde vai? O que sua classe pode fazer para ajudar essa pessoa nas lutas que sua jornada está lhe apresentando?
2.      BISPO/JUIZ.PHD,THD.DR.EDSON CAVALCANTE

0 comentários :

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.