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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

PREGUE OS ESPINHOS TAMBÉM...


                                                    PREGUE OS ESPINHOS TAMBÉM...

“O texto para esta mensagem encontra-se no evangelho segundo São Lucas 23:33 e 34: “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali O crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes”.


Esta é a primeira das sete últimas palavras que Jesus proferiu na cruz do Calvário. Imaginem comigo a cena: Três cruzes se projetam no horizonte. No meio está o Senhor Jesus; do lado direito uma ladrão e do lado esquerdo outro ladrão. Jesus morreu do jeito que sempre viveu. Veio a este mundo para buscar os pecadores. Viveu entre eles para poder alcançá-los, perdoá-los e transformá-los. E quando chegou a hora de morrer, morreu crucificado entre eles. E você pode vê-Lo aí, na hora da agonia.


Quando uma pessoa está para morrer, todos querem ouvir o que ele tem a falar. Jesus pronunciou sete palavras. A primeira, a quarta e a última palavras são orações que Ele dirige a Seu Pai. Ele ora, mantendo comunhão com Aquele de quem veio toda a Sua força para poder viver uma vida vitoriosa nesta terra. Ele começou Seu ministério em oração. E termina Seu ministério também em oração. 


Meu amigo, ninguém pode sobreviver vitoriosamente nesta vida se não aprender a viver como Jesus. Dependendo constantemente do Pai, colocando a vida aos pés do Pai, recebendo a força do Pai. 


Sabem por que Jesus viveu uma vida vitoriosa nesta Terra? Não porque era Deus. Quando Ele veio a esta Terra Ele fez um pacto com Seu Pai: não usaria Seus poderes divinos sem o consentimento do Pai. Então Ele aprendeu a viver uma vida dependente do Pai. Aí estava o segredo de Sua vitória. Sabe por que nós, às vezes, vivemos vidas derrotadas? Porque não aprendemos a depender do Pai como Jesus fazia.


“Pai” – disse Jesus na hora da morte. Tinha uma coroa de espinhos furando o Seu rosto, mas isso não O impedia de enxergar o amor de Seu Pai. Suas mãos estavam pregadas numa cruz, não podiam mais curar pessoas, mas Ele podia orar. Seus pés não podiam mais andar para alcançar o pecador. Mas isso não O impedia de orar. Seus discípulos O tinham abandonado. Ele não podia mais ensinar-lhes. Mas isso não impedia Jesus de orar. 


Ah, queridos, às vezes, quando surgem dificuldades em nossa vida, quando perdemos o emprego ou quando um filho nosso sofre um acidente, o primeiro pensamento que nos assalta é o fato de que talvez Deus nos tenha abandonado. Talvez Deus tenha esquecido de nós. Jesus no meio do sofrimento, da dor, da agonia, da morte, perseguido, caçoado, insultado e sangrando, não permitiu que nada O impedisse de saber que Seu Pai O amava e que olhava para Ele.


Estou falando neste momento para alguém que está desempregado há muito tempo? Você é capaz de enxergar o rosto do Pai apesar de estar passando necessidade? Estou falando neste momento a alguém condenado à morte pela ciência médica? Sua enfermidade não tem mais remédio? Pergunto: Você é capaz de enxergar o rosto de Seu Pai apesar da ciência médica dizer que não há mais remédio para você? Os amigos o rejeitaram? Você foi traído pelas pessoas que mais amava? Todo mundo o abandonou? Sente-se solitário? E apesar disso tudo, é capaz de enxergar o rosto do Pai? Jesus o fez na cruz do Calvário. Sem amigos, abandonado pelos Seus discípulos, odiado pela multidão, castigado pelos soldados, acusado falsamente, crucificado injustamente, ferido, em agonia, era capaz de dizer: Pai, eu não Te vejo; está tudo escuro, mas sei que estás presente. Sei que estás aí. Somos capazes de fazer isto? 


Pensemos agora num outro aspecto do texto bíblico. Na hora da agonia Jesus clama a Seu Pai, mas não o faz pedindo ajuda. Se você estivesse condenado à morte por alguma enfermidade, com certeza se ajoelharia para orar e pediria que Deus lhe devolvesse a saúde, não é verdade? Se você estivesse desempregado, oraria a Deus pedindo que lhe desse um novo emprego, não o faria? E se você estivesse na prisão, com certeza pediria que Deus lhe devolvesse a liberdade.


Mas aí estava Jesus cravado numa cruz. Sua primeira palavra podia ter sido: “Pai, tira-me daqui, liberta-me, acalma minha dor”. Ou como Pedro quando estava se afundando: “Senhor, salva-me”. Mas na hora da agonia Jesus não ora por Ele, ora pelos outros. E não é por Seus amigos ou por Seus familiares ou por cidadãos bons. Sabe por quem ora? Pelos Seus inimigos, por aquele que O esbofeteia, por aquele que prega Suas mãos, por aquele que cospe em Seu rosto, por aquele outro que coloca a coroa de espinhos em Sua fronte. Jesus ora pelos Seus inimigos e pede que Deus lhes perdoe. 


Ah, meu amigo, na cruz do Calvário, Jesus vive o que pregou. No sermão do monte, Ele diz: “Perdoai os vossos inimigos”. E na cruz Ele vive Sua mensagem. Sai da teologia, da beleza das palavras e entra na realidade do perdão, pratica o que pregou. 


Pergunto: Você é capaz de orar pelos seus inimigos? Talvez, se você está vivendo bem, com um bom saldo no banco, com boa saúde, com toda a família unida. Nessas circunstâncias talvez você até se anime a orar pelos seus inimigos. Mas condenado à morte por um câncer, sem um centavo no bolso, com a família feita em pedaços e todo mundo contra você, seria capaz de orar pelos seus inimigos?


Estou falando neste momento a alguém que não é capaz de perdoar alguém que lhe fez mal no passado? Vou mencionar agora porque é necessário perdoar, embora perdoar não seja sempre fácil. Na cruz, Jesus estava sofrendo, o sangue levava Sua vida gota a gota. Abandonado, esquecido pelos amigos, caçoado e insultado pelos inimigos, carregando o pecado de toda a humanidade, Ele experimentava um sofrimento mental, físico e espiritual profundo. E se Ele abrigasse em Seu coração mágoa por aquilo que as pessoas estavam lhe fazendo, o seu sofrimento seria maior. Ao perdoar, Ele não somente estava praticando a teoria de Sua pregação, Ele estava também aliviando a Sua dor. Sabem por quê? Porque o perdão beneficia mais a quem perdoa do que aquele que é perdoado. É isto que você tem que colocar em sua mente. Se por algum motivo não é capaz de perdoar alguém que o traiu, que o machucou, fez algo que marcou terrivelmente sua vida. Se você estiver guardando rancor em seu coração, com certeza não tem paz, vive um inferno cada vez que vê aquela pessoa. Seu espírito se envenena. Você pode estar vivendo um momento feliz, mas quando aparece aquela pessoa, estraga tudo. 


Mas você sabia que a outra pessoa não está nem ligando para o que você sente? O único que está sofrendo é você. Então, quando você perdoar, ele não ganha nada, mas você expulsa o veneno de sua vida. O veneno da mágoa não machuca nem um pouquinho seu inimigo, mas perturba a sua vida. O seu coração torna-se um depósito de lixo, porque a mágoa, o ódio, o rancor e o ressentimento, tudo isso é lixo. E quando você consegue olhar para o outro sem sentir mais mágoa, nem rancor, você se liberta. O maior beneficiado pelo perdão é a pessoa que oferece o perdão, não a que o recebe.


Uma família me convidou uma noite para jantar, mas na metade da ceia o pai me levou a um canto e disse:” Pastor, está vendo aquela garota bonita? É a minha filha mais velha. Está fora da igreja e não quer saber mais nada de Jesus. Ela nasceu num lar cristão. Levei-a para a igreja quando era nenezinha e a apresentei ao Senhor. Cresceu na igreja, era ativa, mas um dia alguém a acusou injustamente. Ela nunca fez aquilo de que foi acusada. Mas o pastor não entendeu suas explicações e a disciplinaram. O pastor não dialogou com ela, não ouviu o que ela tinha pra dizer. Simplesmente a disciplinaram. Então ela disse: Pai, eu não fiz nada e me disciplinaram. Nunca vou perdoar esse pastor por ter feito isso comigo. Mas agora, já que fui disciplinada, vou fazer o que nunca fiz, pelo menos para que a disciplina seja justa”. 


“Então – disse aquele pai – minha filha começou a descer, descer, descer e não posso mais ver a minha filha machucando-se na vida. Ela tem feito coisas terríveis, mas eu sei que tudo isso é rancor e mágoa que ela guarda em seu coração. Pastor, por favor, fale com ela.”


Tentei conversar, mas ela não quis ouvir muita coisa. Convidei-a para ir à igreja e ela apareceu lá, talvez por cortesia. Na hora do apelo a vi lutando e chorando sem poder responder ao apelo. O rancor e a mágoa eram muito grandes. Mas na sexta-feira, falei sobre o perdão e disse que a pessoa mais beneficiada com o perdão é a pessoa que perdoa, e não a perdoada. Olhando nos olhos dela, afirmei do púlpito: “Aquela pessoa que foi injusta com você não está mais aqui e nem sequer se lembra que você existe, mas de dia e de noite você está machucada e envenenada por aquele sentimento. O dia que você conseguir perdoar, finalmente se verá livre desse sentimento nocivo que não a deixa ser feliz.


E quando fiz o apelo, aquela garota se levantou e veio à frente, chorando. E suas lágrimas tiravam o lixo que guardava no coração. Por fim, podia dizer: Eu perdôo aquele homem. E o perdoou. E pediu para ser batizada novamente. Estava completamente livre da mágoa. O rancor saíra de seu coração. Era feliz.


Pergunto: Você já perdoou? Estou falando a alguém que não consegue perdoar o marido que a traiu, a mulher que o traiu, o pai que nunca o reconheceu como filho? Já perdoou o filho que jogou na lama o seu nome? O amigo que o traiu? É porventura o seu coração um depósito de lixo que só prejudica você? 


O último pensamento do texto que quero analisar hoje é o resultado final da oração de Jesus. Ele orou pelos piores seres humanos que existiam, aqueles que O estavam matando e que não queriam saber nada com Ele. Você pensa que a oração de Jesus não foi respondida? Acompanhe-me esta noite a Jerusalém, 40 dias depois da morte de Jesus. 


Pedro está pregando, e aqueles homens que crucificaram Jesus e que desde o ponto de vista humano nunca O aceitaram como Salvador, são tocados pelo Espírito Santo. A oração de Jesus na cruz por Seus inimigos é respondida. Ele orou por Seus inimigos e eles agora são transformados. Imagine aquele que colocou a coroa de espinhos na fronte de Jesus. Imagine-o correndo em direção a Pedro e dizendo:” Eu cravei a coroa na fronte de Jesus. Há perdão para mim?” E Pedro diz:” Arrependei-vos e batizai-vos e vossos pecados serão perdoados”. Aquele que pregou as mãos de Jesus corre para Pedro e diz: Eu preguei as Suas mãos. Há perdão para mim? E Pedro diz: Se você está arrependido, há perdão. Aquele que cuspiu no rosto, corre e diz: Eu cuspi em Seu rosto. Há perdão para mim? E Pedro diz: Há sim, se você acreditar no poder salvador dEle. E naquele dia foram batizados 3 mil. 


Quarenta dias antes estavam cuspindo em Seu rosto, pregando Suas mãos e Seus pés, insultando-O e xingando-O. Mas Jesus orou por eles e Deus respondeu à oração. Quarenta dias depois aqueles homens foram alcançados pelo evangelho salvador.


Estou pregando para alguém cujo marido ou esposa não quer saber nada de Jesus? Alguém cujo filho está se distanciando de Jesus? Tem você um amigo por quem já orou, orou, e ele continua indiferente com relação a Jesus? Continue orando. Ore pelos piores, ore por aqueles que na sua opinião não têm mais remédio. Se Deus respondeu à oração de Jesus, responderá a sua também e lhe entregará esse marido, essa mulher, esse filho, esse pai, esse amigo para Cristo. Ele o fará. Não perca o ânimo. Continue orando, continue suplicando, continue pedindo. Ele responderá a sua oração.


Minha mãe orou durante 34 anos pedindo que Deus transformasse o coração de meu Pai. Trinta e quatro anos orando por um homem que não queria saber nada de Jesus. E um dia, meu pai me escreveu um bilhete dizendo: “Filho, finalmente aceitei Jesus.” E eu tive a alegria de batizar meu próprio pai. 


Pergunto: Quanto tempo você está orando por seu filho? Quanto tempo você está orando para que Deus transforme o coração do seu marido? A minha mãe orou 34 anos. Há quanto tempo você está orando para que Deus transforme o coração daquele amigo? 


Poderia você neste momento vir comigo à cruz do Calvário e dizer: “Senhor, foi por mim que entraste na agonia. Lá na cruz oraste por mim. Fui eu que te crucifiquei. Lá na cruz oraste por meu pai, por meu filho, por meu marido, por minha esposa. E se 40 dias depois 3 mil pessoas se entregaram a Ti, por que não podes transformar o coração daquela pessoa por quem estou orando?” 


E se você sentir que na cruz do Calvário Jesus orou por você, se você quiser reconhecer a Jesus como seu Salvador, se quiser entregar-lhe a vida e aceitar a Palavra de Deus e o plano que Deus tem para a sua vida; se quiser unir-se um dia à Igreja de Deus nesta terra através do santo batismo, se quando Cristo voltar você quiser estar presente vou lhe pedir tome sua decisão agora...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

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