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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

UM PEQUENO BOLO PARA TRÊS...




                                                  UM PEQUENO BOLO PARA TRÊS...

Hoje quero continuar falando com você sobre a profecia feita por Elias no ano 950 antes de Cristo e que está em I Reis 17:1. Nessa época, Acabe governava o norte de Israel. Como falamos no último programa, o povo vivia a mais completa apostasia. E Deus, para mostrar aos israelitas que Ele era maior do que Baal os levou a uma grande crise. Israel deveria escolher a quem servir: Deus ou o ídolo Baal.
Elias havia desaparecido e a seca era muito grande. Tudo fora destruído pelo sol.  Depois de um ano o calor abrasador do sol destruiu completamente a vegetação. Campos verdejantes tornaram-se desertos. Os bosques usados para o culto a Baal ficaram desfolhados. O ar seco tornou-se sufocante. Cidades e vilas prósperas tornaram-se lugares de lamento. A fome e a sede atingiram homens e animais. A morte era algo que estava mais próximo de todos.
Mesmo diante de um quadro desolador como este, a rainha Jezabel, esposa de Acabe, recusou-se a reconhecer a seca como juízo de Deus. “Decidida em sua determinação de desafiar o Deus do céu, uniu-se com aproximadamente todo o Israel em denunciar a Elias como a causa de toda a sua miséria”. (P.R. 126) Esse era o pensamento do palácio e por conseqüência era o pensamento da maioria da população. Por isso Elias foi caçado como um criminoso em Israel e nos países vizinhos.
Elias estava, sob a ordem de Deus, escondido. I Reis 17:3,5 e 6 registra a ordem de Deus: “Vai-te daqui, vira-te para o Oriente e esconde-te junto ao ribeiro de Querite… E há de ser que beberás do ribeiro… Foi, pois e fez conforme à palavra do Senhor. E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro”.
Elias vivia conforme a palavra do Senhor. Ele não foi um teimoso, um desobediente. Elias apenas fez conforme a palavra do Senhor. Não discutiu com Deus, apenas obedeceu. E, como é bom fazer o que o Senhor Deus manda! Não há como ficar decepcionado.
Permita-me tirar uma outra lição da história de Elias. O ribeiro secou até para o profeta. Isto significa que nós, cristãos, podemos ter problemas também. O mesmo que anunciou a seca, é atingido por ela. O cristão não está livre das conseqüências do pecado. A seca, a inundação ou outra calamidade também poderão nos atingir. Como esteve com Elias, porém, Deus também está ao nosso lado!
Deus dá, então, uma nova ordem para Elias: “Levanta-te, e vai a Zarefate, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente” (I Reis 17:9).
A profecia que vamos estudar foi feita por Elias a uma mulher viúva, que vivia o drama da seca. Elias até então tinha vivido lá do outro lado do rio Jordão, às margens do ribeiro de Querite, que ficava aproximadamente 40 quilômetros a leste daquele rio.
Elias viajou cerca de 100 quilômetros para o norte, em direção ao território Fenício. Parou em Sarepta, cidade litorânea que ficava entre Tiro e Sidom. A casa onde deveria ficar hospedado já estava determinada por Deus.  Ouça o relato bíblico: “E chegando a porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água… E indo ela buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão… Vive o Senhor que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha e um pouco de azeite… Vês, apanhei dois cavacos  e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que comamos e morramos… Não temas, vai e faze conforme a tua palavra. Primeiro para mim e depois para ti e teu filho” (I Reis 17:10-13).
Você já imaginou a situação da mulher? Como atender tal pedido, se nesse momento a farinha e o azeite estavam acabando? E essa viúva não era do povo de Israel. Mesmo sendo fenícia cria no Deus do céu e da terra, e era fiel a Deus em todo o conhecimento que possuía.
Elias agora estava seguro e faz então uma das mais emocionantes profecias da Bíblia: “Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até o dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra”.
A primeira reação desta mulher foi humanamente normal. Ao ser convidada a repartir o pouco que tinha ela disse que não poderia, porque o que possuía era bem pouco ou quase nada e que primeiro iria fazer um bolo para ela e para o seu filho e depois certamente iria esperar a morte. 
Elias chegou na hora certa. A comida estava no fim.  Mas, Deus, amigo ouvinte, sempre age na hora crítica. Ele sempre chega no momento em que não temos outra alternativa. Assim é o nosso Deus. Ele está sempre presente.
A mulher fenícia creu e a profecia foi cumprida na vida dela. A Bíblia conta que “ela fez conforme a palavra de Elias. Assim comeu ela, ele e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do Senhor, falada por intermédio de Elias” (I Reis 17:15-16).
Deus, amigo ouvinte, o Deus que eu amo, é o Deus dos impossíveis. Por isso, se há algo em sua vida que parece perdido, impossível de ser resolvido, siga a receita que Elias deu para a mulher Fenícia, e você verá o que vai acontecer. Faça o teste.
“Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará”...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

COMO SER UMA MULHER ABENÇOADA POR DEUS...




                                COMO SER UMA MULHER ABENÇOADA POR DEUS...

Algumas mulheres com quem tenho conversado, revelam-me o desejo de terem nascido homens. Pois concluíram que a vida do homem é mais fácil e que a sociedade absorve melhor o sucesso masculino. 

A mulher quando alcança o sucesso, sente-se constrangida e culpada, principalmente se o sucesso dela sobressai ao do marido. A maioria dos homens também não está preparada para conviver com o sucesso da mulher. Acabam se convencendo de que a saída é procurar um novo relacionamento, com outra mulher menos bem sucedida. Dai constituem um relacionamento com mulheres de nível cultural bem inferior ao das ex-mulheres, como que querendo vingar sua “frustração”.

Existem famílias que privilegiam os “homens da casa”, e não inserem o senso de valorização do papel da mulher na família. Por isso, nos dias de hoje, vemos o paradoxo da mulher desejando assumir o papel do homem, em busca de serem valorizadas e respeitadas, e de muitos homens querendo se esquivar do “peso” da responsabilidade masculina, de ter que trabalhar para ser o sustento da família. A Bíblia diz que Deus amaldiçoou a Terra e disse ao homem que com fadiga, com o suor do próprio rosto, teria que obter o seu sustento (Gn 3:17). Trabalho não é a bênção e sim maldição! Em salmos está escrito que “Deus dá aos seus enquanto dormem”. É uma bênção termos nascido femininas, é um privilégio. Nós precisamos descobrir o prazer de sermos mulheres!

Quando Deus criou a mulher, Ele também a fez à sua imagem e semelhança, como o homem (Gn 1:27), portanto, na essência de Deus, existia tudo que o homem e a mulher são. Nós somos abençoadas independentemente dos nossos maridos: “e Deus os abençoou e lhes disse…” (Gn 1:28). Deus falou ao homem e à mulher, não somente ao homem. Deus não separou homem ou mulher, não privilegiou um ou outro. Somos verdadeiramente abençoadas! Nós mulheres não pegamos a “rebarbas” da bênção do homem, Deus nos abençoou individualmente, como mulheres.

Não fomos criadas por acaso, pois o propósito antecede a criação de alguma coisa. Os planos antecedem a criação, como, por exemplo, numa obra de arte. Um quadro é a extensão daquilo que estava na mente do artista, como um livro é expressão do que o autor é. Nós fomos criadas com um propósito! E fomos a última coisa da criação de Deus, não por esquecimento, mas porque não se achava, em toda a criação, alguém que suprisse o homem. Deus nos planejou depois de ter buscado, em todos os lugares, algo especial para o homem… e não ter achado.

Nossa existência só tem sentido se houver um propósito especial, porque o propósito é a fonte de toda nossa realização. Sem o propósito de Deus, a nossa vida é somente uma existência, é somente uma experiência casual e que traz frustração. Existem muitas pessoas frustradas porque não descobriram o seu propósito. E quando nós não sabemos qual é o nosso propósito, o diabo fica à vontade para destruir a nossa auto-estima, para desvalorizar o nosso papel de mulher e distorcer nosso poder de influência na família, no casamento, na sociedade.

Afinal, porque Deus nos criou? Qual o propósito de Deus para nós mulheres? Deus nos criou para sermos abençoadas, sermos bênçãos em suas mãos!

Quando temos consciência da proposta de Deus para nós e nos prontificamos a assumir o papel que Ele nos reserva, somos cheias de sua graça e as situações à nossa volta começam a mudar. Deixamos de ser mulheres comuns e passamos a ser mulheres muito especiais nas mãos de Deus. Deus cria situações para nos tratar e para nos usar. Todas nós temos oportunidade de sermos “desafiadas” a cumprir a vontade de Deus e não devemos deixar as oportunidades passar, não devemos nos esquivar dos nossos verdadeiros propósitos.

Maria foi uma mulher que, cheia de graça, aceitou a proposta de Deus para sua vida. Adolescente de 16 anos que, ao receber do anjo a notícia que seria mãe, disse: “cumpra assim a vontade do Senhor”. O normal para aquela menina seria casar-se de véu e grinalda, e não depois de ter um filho. Mulheres, temos que cumprir a vontade de Deus em nossas vidas!

Outra mulher cheia de graça foi Ester. Uma mulher órfã, que teria tudo para se tornar amargurada e sem propósito mas seu Pai Celestial tinha um propósito para sua vida. Ela foi preparada por um ano para se casar com o rei. Tomando banho de leite diariamente. Mulheres façam como Ester e cuidem de seu corpo, da sua beleza e de sua saúde. Somos diferentes dos homens, somos mais sensíveis. Precisamos de um dia da semana para nos cuidar. Isso nos dará maior disposição para estarmos a serviço de Deus. Ester achou graça diante do rei e, com ousadia, intercedeu pelo seu povo.

Um exemplo de mulher sensata e formosa é Abigail. Casada com um homem mesquinho, de coração duro, tinha tudo para se tornar uma mulher amarga, mas não se deixou contaminar pela avareza de seu marido, não deixou de ser sensível. É nosso papel perceber o que os outros não “vêem” e agir. Abigail agiu em favor de seu marido, atenuando a ira do rei Davi, evitando, assim, um grande derramamento de sangue (1 Sm 25:3-25).

Outra mulher abençoada foi Rute, mulher viúva que abandonou seu povo e sua crença para seguir em companhia de sua sogra, que, além de enviuvar, perdeu também os dois filhos. Deus tinha um propósito na vida de Rute. Ela não olhou para sua sogra com desesperança, porém viu o Deus de sua sogra e O seguiu. Sua fidelidade foi recompensada, casando-se mais tarde com um homem rico e generoso.

Ser cheia de graça é ter um coração grato, saber agradecer a Deus e as pessoas. Maria Madalena foi grata a Jesus, que a livrou do apedrejamento, ao ser flagrada em adultério. Muitas vezes a mulher, além de enfrentar o adultério é obrigada a assumir a culpa da fraqueza do marido. Recai sobre ela fato do marido ter adulterado, pois a sociedade prega que se o homem procura outra mulher é porque ela não satisfaz como deveria. No caso de Maria Madalena, ela e o homem que estava com ela deveriam ser apedrejados, mas a narrativa dos fatos conta que ela seria apedrejada. Contudo, conhecendo a Jesus, pôde receber o perdão e a transformação de sua vida.

Mulheres, Deus nos criou para sermos abençoadas, para sermos instrumentos de Sua vontade aqui neste mundo. Aceite o desafio de Deus para sua vida, como Maria. Cuide de sua saúde de sua beleza e tenha a graça para chegar diante do rei e ser uma intercessora como Ester. Seja formosa e sensata, tenha sensibilidade, como Abigail, para contornar as dificuldades e os problemas que tiver que enfrentar. Tire os olhos das circunstâncias olhe para Deus e o siga, como fez Rute. Ele mudará a sua trajetória de vida e lhe dará o fim que você deseja. Só aceite que Deus seja o seu juiz, buscando nEle o perdão para uma nova vida como Maria Madalena. Dessa forma você estará pronta para cumprir o propósito de Deus para sua vida que é ser abençoada nas mãos de Deus, exercendo o seu papel de mulher...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

SENHOR QUEIMA ESSE ALTAR...


                                                    SENHOR QUEIMA ESSE ALTAR...


     Desde a criação do mundo a relação do homem com o seu Criador, é envolvida por segredos e mistérios que traçam o perfil de pessoas, que confiando em Deus se lançaram na ousadia da fé.
     “Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca de leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na batalha, e puseram em fuga exércitos de estrangeiros” (Hebreus 11:33-34).
     Neste estudo vamos falar sobre os sete segredos que marcaram a vida do profeta Elias. Nós vamos penetrar na descoberta de segredos envolventes e extraordinários que nos mostram a força de fé de um homem de Deus que fez por meio de sua oração, parar de chover, e fez cair fogo do céu. Um homem de atitude e de fé que cultivava uma vida de oração no monte sagrado, que não se intimidou em obedecer ao rei Acazias que lhe ameaçava enviando duas tropas de soldados para obrigar-lhe a descer do monte, pelo contrário, ele invocou fogo do céu que destruiu todos os soldados (II Reis 1:9-12).
     Você vai observar neste estudo que uma das particularidades de Elias era seu envolvimento com o Monte Sagrado. Elias morava no monte. Todo o ministério do profeta Elias foi marcado por grandes acontecimentos e operações de Deus através da oração no monte.
     Eis os sete segredos do profeta Elias:

1º Segredo: Ouvir a voz do Espírito
     O profeta Elias vivia em oração na montanha sagrada. No monte, Elias falava com Deus; profetizava; vencia os seus inimigos; via a glória de Deus, e Deus tratava com ele. Quando Elias se sentiu fraco, cansado, só, o Senhor o chamou par o monte, porque ali no monte, Elias teria um encontro como Senhor Deus Todo Poderoso que sempre lhe deu vitórias no monte santo (I Reis 19:11). Deus trata com Elias no monte, através de uma brisa suave (I Reis 19:11-13).

2º Segredo: Obediência no monte
     Deus mandou Elias se apresentar ao rei Acabe porque o Seu povo se desviaria da verdade servindo às idolatrias. Aquele encontro deveria ser no monte Carmelo, pois no monte do Senhor haveria vitória sobre os inimigos (I Reis 18:17-20).
     O Espírito de Deus ordenou a subida no monte, Elias obedeceu. Elias era temente a Deus, ele sabia obedecer para vencer (I Reis 18:36).

3º Segredo: Profetizar
     Elias sempre profetizava no monte sagrado. No monte, Elias disse a Acabe que não haveria chuva, nem orvalho na terra por alguns anos segundo a palavra dele (I Reis 17:1). E por três anos e seis meses não houve chuva na terra (Hebreus 5:17).
     Novamente no monte, Elias profetizou que viria abundante chuva e Acabe deveria se apressar porque a chuva já vinha, e a chuva desceu sobre a terra, após a grande seca que já durava quase quatro anos (I Reis 18:41-45).
     Elias profetizou que fogo cairia do céu e fogo caiu do céu (I Reis 18:24-38).

4º Segredo: Coragem para obedecer
     Elias era como todo profeta de Deus, um homem ousado. Quando Elias disse que não haveria chuva na terra segundo a palavra dele, ele afrontou o rei Acabe. A partir dali, Acabe procurava por Elias, querendo matá-lo, e Elias corria risco de cair nas mãos dele. Mas quando o Senhor mandou ir ao encontro do rei, Elias não temeu (I Reis 18:1). Quando novamente, após a derrota dos profetas de Baal, depois da morte do rei Acabe, Acazias seu filho reino em seu lugar e este mandou soldados atrás de Elias, e Elias se encontrava no monte. O anjo do Senhor disse a Elias que descesse para se encontrar com Acazias, Elias novamente não temeu (II Reis 1:15).
     O grande segredo da fé, de uma pessoa de Deus está na coragem para obedecer, porque a ordem de Deus te leva a bater de frente com a realidade que está diante de vossos olhos. E para mudar esta realidade, você precisa crer na operação sobrenatural do Senhor e entender que Ele está no controle de tudo (II Reis 1:15-18).

5º Segredo: Derrotar o inimigo no monte
     Observe que Elias vivia em oração na montanha sagrada. No monte Elias falava com Deus; profetizava; vencia os seus inimigos. Elias era estrategista em suas batalhas. Para vencer os seus inimigos, ele os levou para o seu território – o monte Carmelo. O monte era a casa de Elias. O monte era o campo espiritual que iria garantir a vitoria do profeta sobre os seus inimigos (I Reis 18:19).
     Existe um mistério muito grande no monte sagrado, e Elias sabia disso. Quando uma pessoa trás o inimigo para o seu campo de batalha, para o lugar de sua fé, não há inimigo que fique de pé.

6º Segredo: Preparar o Altar no monte
     A primeira atitude de Elias no monte Carmelo quando ele foi derrotar os 450 profetas de Baal, não foi orar a Deus; não foi profetizar sua vitória; não foi clamar em voz alta como fizeram os feiticeiros de Baal. Elias conhecia o seu Deus e sabia em quem ele estava colocando a sua confiança. Elias sabia agradar a Deus. E a primeira coisa que Elias fez foi reparar o altar (I Reis 18:30).
     Observe que já tinha um altar no monte, mas o altar estava em ruínas, e por isso o povo de Israel estava vivendo uma miséria terrível (I Reis 18:30). O Senhor fez vir a seca sobre a terra, porque o altar estava em ruínas, o povo havia parado de sacrificar ao Senhor.
     Quando uma pessoa para de sacrificar no altar, o altar fica em ruínas, a glória de Deus não desce mais nesse altar, e assim também é a vida da pessoa que parou de sacrificar. E esta era a situação de Acabe e do povo de Israel.
     Elias então subiu ao monte, e a primeira coisa que ele fez foi consertar o altar do Senhor. É mais ou menos assim: Elias estava no monte para adorar a Deus não apenas com palavras, não apenas com os lábios, mas com sacrifícios. Mas como apresentar o sacrifício sem o altar? O fogo do céu viria, Elias sabia disso, mas para o fogo descer, Elias também sabia que era preciso construir o altar para colocar o sacrifício que agrada ao Senhor (Salmos 50:14-15).

7º Segredo: A oferta de sacrifício no monte
     O altar já estava preparado no monte Carmelo. Chegou então o momento do profeta Elias colocar sobre o altar a sua oferta de sacrifício (I Reis 18:33). O sacrifício no altar era a certeza da resposta de Deus, era a honra dada ao Deus que não falha e que não deixa a palavra do profeta cair por terra (I Reis 8:56).
     O sacrifício no altar em cima do Monte Carmelo era o segredo de Elias para envergonhar os seus inimigos. Com o sacrifício no altar no monte sagrado, Elias poderia orar, e clamar que o fogo viria dos céus, e assim aconteceu, o fogo desceu, conforme Elias havia profetizado (I Reis 18:33-39)...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PREGAÇÃO PEDRO ARREPENDIDO...


                                                  PREGAÇÃO PEDRO ARREPENDIDO...


Algo que temos insistido desde o começo é a necessidade de considerar sempre a experiência do Evangelho no século I, entendendo o que os nossos primeiros irmãos pensavam e no quê eles criam. Estamos falando de pessoas que conviveram com o Senhor Jesus, andaram com Ele durante mais de 3 anos pelas empoeiradas estradas da Terra Santa e tiveram a oportunidade de ouvir do Mestre palavras que não estão registradas nos Evangelhos.

Pessoas que estavam isentas das modernas discussões teológicas e totalmente desprovidas de qualquer idéia sobre "modelos teológicos", já que a sua única missão era pregar o Evangelho que eles tinham ouvido e aprendido de Cristo (Mateus 28:19-20). Não havia neles nenhuma necessidade de exegeses ou noções de hermenêutica, pois eles acabavam de ter convivido pessoalmente com a revelação plena de Deus: Jesus Cristo.

Considerando isso, nosso propósito é dar ao leitor do Projeto Ômega ferramentas para que ele possa discernir como nossos primeiros irmãos viviam sua fé e o que eles esperavam como cumprimento profético. Neste artigo, vamos abordar qual era a convicção de Pedro em relação às profecias e o que ele, como apóstolo do Senhor, começou a ensinar logo após a subida do Mestre.

              A PRIMEIRA PREGAÇÃO DE PEDRO

Quando Pedro pregou a uma grande multidão, logo após a festa de Pentecostes, ele estava obedecendo a uma instrução do Senhor. O Mestre havia enviado Seus discípulos a pregar o Evangelho a toda criatura. Porém, antes disso, eles deveriam permanecer em Jerusalém para receberem o poder do Espírito Santo (Atos 1:4).

Cremos que as palavras proferidas por Pedro naquela ocasião foram inspiradas pelo Espírito Santo. Não foram palavras dirigidas apenas para judeus, mas a "toda criatura" que ali estivesse, como o Mestre havia instruído. Lucas diz que, naqueles dias, foram acrescentados à Igreja todos aqueles que haviam de se salvar (Atos 2:47).

Portanto, não há base alguma para afirmar que aquilo que foi pregado por Pedro não se aplica à Igreja. Ao ler o que Pedro falou naquele dia, vemos que ele tinha conhecimento de profecias do Antigo Testamento, citando algumas delas. Porém, a base central foi o que havia sido revelado pelo Senhor há poucas semanas atrás no Monte das Oliveiras, dias antes do Senhor ser crucificado. 

Por ocasião da festa de Pentecostes, judeus e gentios de todas as províncias romanas vinham a Jerusalém. Outros vinham já na Páscoa e permaneciam até a festa de Pentecostes. Eram dias importantes dentro do calendário religioso judaico. Estamos falando, consequentemente, de um público bem diversificado. Pessoas de várias partes do mundo, as quais falavam diferentes idiomas.

Naquele dia, as pessoas que ouviram Pedro haviam presenciado algo verdadeiramente incomum e surpreendente. Eles haviam visto homens galileus falando em suas próprias línguas natais. Esses "homens galileus" não faziam parte da elite religiosa e intelectual judaica e não tinham nenhuma aparência de superioridade e sofisticação. Não aparentavam serem sábios, sofistas ou escribas. Eram discípulos de Cristo.

Logo, entre aqueles homens que estavam observando os discípulos, uns ficaram sem explicação lógica e outros preferiram acreditar que os discípulos estavam embriagados (Atos 2:12-13).Imediatamente, Pedro, ainda experimentando a intensa plenitude do Espírito Santo, explica àquela multidão a verdadeira razão e o cumprimento profético daquilo que eles haviam presenciado:

"Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos terão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em cima, no céu; e sinais em baixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumo.  O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhore acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Atos 2:15-21).
   
Note que nos versículos 19 e 20, Pedro menciona os mesmos sinais que haviam sido destacados pelo Senhor Jesus como antecessores de Seu glorioso regresso (Mateus 24:29-31). Esses sinais (sol e lua escurecendo, poderes celestiais sendo abalados), ocorrerão, assim como o Senhor revela, imediatamente após a grande tribulação (Mateus 24:29).

Vemos então que Pedro considerava aqueles dias (aproximadamente 32 d.C), como o começo dos "últimos dias" citados pelo profeta Joel.  Ele entendia que a pregação para que as pessoas  cressem no Evangelho e clamassem o nome do Senhor para serem salvas deveria se estender até os momentos finais que antecedem o Dia do Senhor ("e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo").

Ao mesmo tempo, Pedro havia aprendido do Senhor que o Evangelho seria pregado e então viria o fim (Mateus 24:14). Isso tira de cena qualquer insinuação sobre um arrebatamento anterior à tribulação ou até mesmo um arrebatamento anterior aos sinais que determinam a chegada do Dia do Senhor.

Então, quando o apóstolo Pedro fala em "últimos dias", expressa que eles já estavam vigentes a partir daquele momento, incluindo a sua vida, a manifestação do Espírito Santo e a pregação do Evangelho nos últimos dias, ligando a pregação do Evangelho à proximidade da vinda do Dia do Senhor, que ocorrerá imediatamente após a grande tribulação, assim como o Senhor lhes tinha revelado em Mateus 24:29-31. Em outras palavras, Pedro está incluindo a manifestação do Espírito Santo e a pregação do Evangelho na grande tribulação, posto que a grande tribulação antecede aos sinais do Dia do Senhor (Joel 2:31, Mateus 24:29).

Pedro não tinha idéia de quanto tempo tardaria em chegar o Dia do Senhor, o dia da gloriosa volta do seu Mestre. Ele não sabia se demoraria meses, anos ou séculos. Certamente, assim como os outros irmãos do século I, ele esperava que todos esses acontecimentos tivessem lugar já naqueles tempos.

Porém, o que podemos apreender de sua compreensão daquilo que lhe fora ensinado pelo Senhor há algumas semanas atrás e daquilo que lhe foi inspirado pelo Espírito Santo naquela ocasião é que entre aquele dia, em que o Espírito havia sido derramado momentos antes sobre os discípulos e os sinais cósmicos que ocorrerão imediatamente após a grande tribulação, o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne. Nesse período, que inclui desde aquele momento até aos sinais que anunciam a chegada do Dia do Senhor, a Graça salvadora de Deus, através da pregação das boas novas, seria aplicada aos homens, pois todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo nesse período.

Vemos que Pedro não tinha qualquer concepção midi-tribulacional e pré-tribulacional, até porque essas concepções ou "modelos teológicos" só surgiram dezenas de séculos depois. Ele estava sendo submisso ao que o Senhor lhe havia ensinado no Monte das Oliveiras, quando o Mestre disse que viria após o sol e a lua escurecerem. Ele entendeu que a vinda do Senhor é o Dia do Senhor, precedido por sinais cósmicos (Joel 2:31, Mateus 24:29) e que, até aqueles sinais do fim, o Evangelho seria pregado. Ele associa o fim do período da Graça, onde as pessoas podem ser salvas ao clamar o nome do Senhor e ser visitadas pelo Espírito Santo, à chegada do Dia do Senhor e não à chegada da grande tribulação.

As palavras proferidas por Pedro encontram um aval precioso nas palavras do Senhor Jesus em Mateus e na revelação apocalíptica. Nessas passagens é revelado que os homens ficarão desesperados e lamentarão quando os sinais cósmicos do Dia do Senhor aparecerem nos céus, ao contrário do que ocorrerá na grande tribulação, onde os homens desdenharão da Palavra de Deus (Apocalipse 9:20-21, Apocalipse 16:9).

É nesse momento em que as pessoas perceberão o engano a que foram submetidas ao terem crido na mentira da besta e terem recebido sua marca e adorado sua imagem (Mateus 24:30, Lucas 21:26, Apocalipse 6:12-17). Será tarde demais para serem alcançadas pelo Evangelho, pois estarão diante da gloriosa volta do Senhor. Isso ocorrerá, de acordo com o ensino do Senhor, imediatamente após a grande tribulação (Mateus 24:29).

              A SEGUNDA PREGAÇÃO DE PEDRO

Chamamos as palavras de Pedro em Atos 3:19-21 de "A Segunda Pregação" apenas por uma questão cronológica em relação à pregação dele feita no Pentecostes. Provavelmente, Pedro e outros apóstolos tenham compartilhado o Evangelho com outras pessoas entre aquela ocasião e esta que vamos enfocar. Desta vez, Pedro está nas proximidades da entrada do Templo em Jerusalém, onde um homem acabara de ser curado pelo Senhor através da oração de Pedro e João.

Aquele milagre causou uma grande concentração de pessoas e um clima de muitas indagações, o que levou o apóstolo a fazer mais uma explanação das boas novas. Mais uma vez, Pedro, ao falar publicamente do Evangelho, aponta para cumprimentos proféticos relacionados à volta do Senhor Jesus e estabelecendo a pregação do Evangelho da Graça até o momento da manifestação do Senhor:

"rrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR, e envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio" (Atos 3:19-21)


Pedro cita uma informação que era conhecida, muito provavelmente, por todos os que tinham lido as profecias do Antigo Testamento. Essa informação se relaciona ao momento profetizado por quase todos os profetas bíblicos: A restauração final de todas as coisas que o Messias fará nos tempos do fim. Mais uma vez, Pedro aponta para o momento final, quando o Senhor instaurará o Seu Reino sobre a Terra.

O apóstolo, ao mencionar a restauração final de todas as coisas, coloca essa esperança como algo a ser almejado pelos irmãos. Porém, ao mesmo tempo, ensina que esses tempos de restauração final só ocorrerão a partir do momento em que os céus não contenham mais a vinda gloriosa do Senhor. Em outras palavras, Pedro diz que o Senhor permanecerá corporalmente nos céus até que o Reino profetizado amplamente no Antigo Testamento venha a ser instaurado na Terra de forma plena. Fica patente, então, que o apóstolo associa diretamente a vinda do Senhor ao momento da restauração de todas as coisas. Um momento totalmente diferente ao que ocorrerá durante a grande tribulação que será o clímax da influencia e poderio malignos sobre o mundo...

Na passagem de Salmos 110:1 está escrito:

"Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés".

O discurso de Pedro foi feito em estreita comunhão com essa revelação dada a Davi. O próprio Pedro já havia mencionado essa revelação em seu primeiro discurso (veja Atos 2:34-35). O Messias permaneceria nos céus, assentado ao lado do Pai até o tempo em que assumiria o Reino na Terra, com todos os seus inimigos colocados sob seus pés! Obviamente, durante a grande tribulação os inimigos do Senhor ainda estarão em pleno exercício do poder sobre a Terra. A esperança de refrigério mencionada por Pedro está intimamente associada à manifestação gloriosa do Senhor no momento em que todas as coisas forem restauradas.

Ao associar essa revelação com aquilo que estava pregando, vemos que Pedro não cogitava de forma alguma o fato do Senhor Jesus ausentar-se dos céus, arrebatar a Igreja antes da tribulação, voltar aos céus, assentar-se novamente ao lado do Pai e logo após voltar no tempo da restauração de todas as coisas (...). É isso que o modelo pré-tribulacionista força as pessoas a crer. Fica a nítida constatação que Pedro não era "dispensacionalista", até porque o modelo dispensacionalista é uma novidade bem recente (século XIX). Ele estava apenas cumprindo com fervor aquilo que o Senhor lhe havia comissionado em Mateus 28:19-20:

"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém"

Pedro não tinha nenhuma idéia sobre um evangelho para os judeus e outro para os gentios, nem de uma escatologia para os judeus e outra para a Igreja. Isso não fazia parte de sua fé. Pedro cria numa única manifestação do Senhor. Aquela que o próprio Mestre lhe havia ensinado em Mateus 24:29-31. Por essa razão, em suas primeiras grandes intervenções públicas, Pedro anuncia as boas novas e a vinda do Senhor Jesus tal qual Ele havia ensinado no Monte das Oliveiras (Mateus 24:29-31)

              AS CARTAS DE PEDRO 

As duas pregações de Pedro que destacamos até agora foram feitas logo no início da Igreja, pouquíssimo tempo após a ascenção do Senhor Jesus. Muitos poderão dizer que, em função dos mistérios que foram revelados posteriormente a Paulo, as posições escatológicas de Pedro devem ser revistas. Essa insinuação encontra 3 obstáculos intransponíveis.

O primeiro é o da inspiração divina. Se considerarmos as palavras de Pedro como inspiradas pelo Espírito Santo, então devemos aceitar que são palavras verdadeiras.

O segundo obstáculo é que o próprio Paulo submete todos os seus ensinos escatológicos ao que já havia sido ensinado pelo Senhor. Quando se trata de uma revelação específica dada a ele, Paulo a descreve como um mistério que só naquele momento lhe havia sido revelado (por exemplo, I Coríntios 15:50-52). Portanto, não há base para definir que Paulo ensinou uma escatologia para a Igreja, diferente daquela que havia sido ensinada pelo Mestre aos Seus discípulos.

O que vemos nos ensinos de Paulo é um detalhamento maior do que já havia sido revelado como escatologia pelo Senhor. Basta comparar, a título de exemplo, Mateus 24:31 e I Tessalonicenses 4:16-17, ou Mateus 24:12-15 e II Tessalonicenses 2:1-3, para perceber a estreita obediência de Paulo ao que fora revelado pelo Senhor.

O terceiro grande obstáculo é encontrado nas próprias cartas de Pedro, escritas depois de Paulo escrever suas principais epístolas. Quando Pedro escreveu as cartas que iremos estudar, ele já conhecia o que havia sido ensinado pelo irmão Paulo e, como veremos, não houve mudanças no entendimento de Pedro a respeito do cumprimento das profecias sobre a vinda do Senhor.

Nas cartas de Pedro, observamos uma constante exortação para que a intensa tribulação fosse suportada antes da gloriosa volta do Mestre. Logo no início de sua primeira carta, Pedro aborda claramente a questão:

"Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso; Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas" (I Pedro 1:7-9)

O ensino é para que os irmãos suportem os momentos de aflição e que se mantenham firmes na fé até a revelação de Jesus Cristo. O termo "revelação" (apokalypsis em grego), nos remete a um conceito de "expor algo que permanecia oculto". É o tirar do véu que encobria algo. Por exemplo, o último livro do Novo Testamento chama-se Apocalipse, que é uma revelação das coisas que irão ocorrer no futuro. Portanto, a palavra revelação está relacionada a um evento visível. É isso que Paulo expõe em II Tessalonicenses 1:7-8:

"E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder" (II Tessalonicenses 1:7-10)


Nesse texto, Paulo explica que os irmãos terão alívio de suas tribulações e aflições quando se manifestar o Senhor Jesus. O termo usado é o mesmo de I Pedro 1:7 (apokalypsis). O texto é uma clara menção da grandiosa e visível volta do Senhor, "desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda de fogo", inteiramente submisso ao que fora ensinado por Cristo (Mateus 24:29-31). Não apenas o termo "apokalypsis" é o mesmo, mas o contexto é mesmo! Paulo e Pedro estão referindo-se ao mesmo evento.

A Igreja deve manter-se firme até a revelação visível e poderosa do Senhor, como labareda de fogo e com os anjos de Seu poder, para trazer alívio à tribulação atravessada pelos irmãos e castigo eterno aos ímpios (juízo). Não há como conciliar esse ensino de Pedro e Paulo com a idéia do rapto secreto defendida pelo modelo pré-tribulacionista.

Ainda na primeira carta de Pedro, ele nos expõe outro ensinamento nesse contexto:

"Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis"(I Pedro 4:12-13)

Mais uma vez, Pedro coloca a revelação do Senhor Jesus como o momento em que as tribulações experimentadas pelos irmãos cessarão e que o fato de atravessarem por esse período, em que suas próprias vidas estavam em jogo, não deveria de forma alguma surpreendê-los, como se fosse algo alheio ao que fora ensinado pelo Senhor Jesus como Evangelho. Podemos observar que, não obstante essa clara instrução de Pedro, muitos vêem hoje com surpresa a possibilidade de serem perseguidos, torturados e mortos na grande tribulação, como se isso não fizesse parte de nossa caminhada no Evangelho...

A segunda carta de Pedro foi escrita pouco antes dele morrer martirizado pelas mãos do Império Romano. Talvez tenha sido escrita dias antes de sua morte. Naquele tempo já havia pessoas duvidando da concretização da promessa do Senhor Jesus de voltar. Os irmãos dos primeiros séculos esperavam que os sinais que antecedem a volta de Cristo se concretizassem já naqueles dias, fazendo com que a restauração de todas as coisas se desse também naquela época.

Com o passar dos anos, alguns começaram a lançar dúvidas sobre a concretização dessas promessas. Pessoas que não tinham compromisso com o Senhor, mas que estavam apenas interessadas em opor-se aos ensinos dos apóstolos do Senhor. Em certo momento, Pedro explica aos irmãos a razão dessa aparente demora do regresso do Senhor:

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se" (II Pedro 3:9)

Depois dessa explicação, Pedro explica como se dará a vinda do Senhor. Pedro se refere a esse momento como "Dia do Senhor" e "Dia de Deus". É importante perceber que Pedro associa a vinda do Senhor, a qual não havia ocorrido até aquele momento para que as pessoas tivessem a chance de se arrepender de seus pecados antes dessa vinda, ao Dia do Senhor ou Dia de Deus. Pedro, mais uma vez, estabelece relação direta entre a vinda do Senhor e o Dia do Senhor. Outra vez, vemos que para Pedro não havia nenhuma distinção entre a vinda do Senhor e o Dia do Senhor. O Senhor lhe ensinara que o Dia do Senhor ocorreria imediatamente após a grande tribulação (Mateus 24:29, Joel 2:31).

Ou seja, de acordo com o ensino de Pedro, a chance de arrependimento e a pregação do Evangelho se estendem até o Dia do Senhor, que ocorrerá imediatamente após a grande tribulação. Em relação à expressão "Dia de Deus" usada por Pedro, ela só é vista novamente no Novo Testamento em Apocalipse 16:13-16, apontando, mais uma vez, para um cenário imediatamente posterior À grande tribulação.  

Não há nenhum ensino pré-tribulacionista ou midi-tribulacionista no que foi pregado e escrito por Pedro. O apóstolo ensinou durante toda a sua vida, até os momentos finais dela, aquilo que Jesus Cristo lhe havia comissionado, apontando para o momento mais precioso que ocorrerá no futuro próximo: A restauração de todas as coisas em Cristo no Dia do Senhor. Nesse dia precioso, Ele virá para estabelecer Seu reino e aniquilar o sistema maligno que tem influenciado o mundo desde a queda. Essa é a nossa bem-aventurada esperança...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

terça-feira, 27 de novembro de 2012

NÃO TOQUEIS EM MEUS UNGIDOS...



                                             NÃO TOQUEIS EM MEUS UNGIDOS...

Deus Jamais Ira Escolher Alguém e Depois Perder pra Algo Neste
escolhido que seja Maior Do Que Ele!

Não Toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal. I
Crônicas 16-20.

Deus derrama unção sobre cada uma daquelas pessoas em que ele escolhe.
Não temos a pretensão de dizer que somos santos, mais santificados por
sua transferência de unção, e esta intenção aos olhos de Deus faz com
que ele nos veja já santificados pelo seu imensurável amor!
Sua Palavra em I Pedro 1-16: Sede Santos, por que eu sou Santo.
Ser santo para Deus é ser separado, e ele é separado por gerar o amor
e a paz, a essência pura do amor emana do interior do próprio Deus,
por isso ele nos diz: Ame como o próprio Deus que gera amor, gerem
intenções de amor, já que são intenções que serão apresentadas ao Deus
e Pai!
Não toqueis não quer dizer uma proibição em que todo aquele que é
escolhido de Deus estará acima do bem e do mal, e em uma redoma, não,
quer dizer que a sua unção o estará conduzindo sempre a algo maior e
melhor; a verdadeira vocação que vem do alto, e com isso nada e
ninguém poderão intervir ou impedir aquilo que foi por Deus projetado
para as nossas vidas!
Não façais mal a minha unção profética quer dizer que por mais que
possamos indagar questionar ou duvidar a unção profética jamais
falhara, pois, Deus jamais ira escolher alguém e depois com o passar
do tempo ele deixara esta pessoa por causa de iniquidade ou pecados se
perder e sua missão ser paralisada, e Deus envergonhado nesta vida!
Deus jamais entra em uma situação pra perder, ele já entra sabendo do
resultado final, pois, ele nos cobre com o que ele mesmo gera em si e
não o que pela nossa carne é gerado que são repugnantes aos olhos e as
narinas de Deus!
O que muitas vezes nos enganamos em pensar é achar que Deus vê ou ouve
com os nossos olhos ou ouvidos, tudo que ele sente é com o seus
sentidos perfeitos e prontos para intervir. Sabe quem somos e como
somos, conhece a intenção de nossos corações e quando estamos em erros
e falhas, não olha pra esses, mas, olha profundamente para cada
intenção no mais profundo de nossas almas, por isso ele sabe quais são
as verdadeiras intenções de nossos corações, e Deus jamais ira ver
como nós que geramos pecados e falhas o tempo todo e produzindo isso
iremos julgar segundo isso, mas sempre nos cobre antes com seu manto
de amor e paz, e então não sente o mau cheiro do pecado e nem as más
intenções carnais que temos e assim encontra o que realmente dele
temos em nós e somente então pode analisar com retidão como perfeito
juiz!
Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador
salvara da morte umas alma e cobrira uma multidão de pecados. Tiago
5-20.
Todas as vezes que há intercessão em oração por uma pessoa ou uma
situação que esteja enfraquecida ou perdida na fé e cego
espiritualmente é feito em situações assim o que Deus relata através
desta palavra e de que uma multidão de pecados será coberto, agindo
assim temos a escolha de que podemos condenar ou purificar!
“Agindo Deus quem Impedira, é ele quem nos sustém com suas fortes mãos!”
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

PREGAÇÃO DEUS ABENÇOA NA TEMPESTADE...

                                PREGAÇÃO DEUS ABENÇOA NA TEMPESTADE



Texto: 2 Reis:2.11

I. INTRODUÇÃO

Neste verso lemos isto: “…e Elias foi levado aos céus num redemoinho". É impressionante esta revelação pois nos mostra que Elias foi levado aos céus, algo que é bom e desejado por todos nós, quando estava num redemoinho.”
Um Redemoinho chega a ser definido nos dicionários de língua portuguesa como uma tempestade de vento em forma de espiral. Estar num redemoinho, pode não ser uma experiência muita boa, pois seu movimento é rápido, causado pelo cruzamento de ventos agitados. Mas, foi num redemoinho que Elias foi conduzido a Deus.
Mas o que me chama atenção é que Deus usou um elemento da natureza, uma tempestade com ventos fortes e agitados para conduzir Elias até o céu. Creio eu que o profeta chegou ao céu sem nenhum arranhão ou trauma.
Como Deus é tremendo! …aquilo que é perigoso, que possui poder destrutivo… é domado por Deus… é subjugado, dominado por Ele. E Pode ser usado por Ele ser usado por Ele a nosso favor.
Podemos pensar neste redemoinho como os momentos difíceis da nossa vida, as tempestades que chegam, os problemas que surgem.
Fiquei pensando nisto e reparei que redemoinhos representam tempos de tensão em nossas vidas, que o Senhor Deus Todo-Poderoso usa para falar conosco, ou nos aproximar mais dEle.
Redemoinhos são compostos por ventos de forças contrárias, são ventos contrários. Porém Deus fez Elias subir ao céu em meio a estas forças contrárias.
Amado: se você está passando por um período de tensão em sua vida, se você está envolvido por uma tempestade de ventos contrários… ouça: Deus domina redemoinhos! Deus aplaca a fúria dos ventos fortes… Deus abranda o poder destrutivo do mal, porque Ele mesmo, é o Deus criador e Todo-Poderoso! Ele é Senhor absoluto sobre nossas lutas e aflições. Aleluia!
Você está tenso com alguma coisa? …Confia em Deus, e Ele usará o redemoinho para fazê-lo você subir mais alto! Amém?

II. HÁ ALGUMAS VERDADES QUE QUERO DESEJO TE MOSTRAR NESTA OCASIÃO:

1) A primeira é essa: DEUS FALA NO MEIO DO REDEMOINHO
Deus fala no meio do redemoinho!
Esta lição aprendemos pela experiência de Jó. No final de seu livro, cap 38.1 lemos isto: "Então o Senhor respondeu a Jó do meio da tempestade…". Redemoinho é uma forma de tempestade, tempestade de ondas de ventos contrários, que se chocam.
Deus fala em meio a tormenta… A Bíblia diz que a voz de Deus troveja maravilhosamente (Jó 37.5); é voz como a voz da trombeta em Apocalipse (1.4)! …nem o vento mais forte, nem o tornado mais violento, abafa a voz de El-Shadai, a voz do Deus Todo Poderoso! Aleluia!
Jó atravessava um período de grande tensão… ele passava por uma tempestade violenta em sua vida… ele estava agitado… Mas o que fez Deus ao seu servo? …Deus usou a tensão para falar com ele!
É conhecida aquela parte do livro de Jó, onde ele diz: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem” (Jó 42:5)… Jó estava declarando que a tensão, o redemoinho, é que permitiu que seus olhos pudessem ver a Deus.
Quantas vezes a tensão, o problema, a dificuldade que surgiu, não nos permite ouvir a Deus, não nos permite escutar o maravilhoso som da Sua voz… Mas irmão, irmã, Deus falou a Jó do meio da tempestade… tempestades não abafam a voz de Deus… Então, é também completamente possível, que Deus esteja lhe falando no redemoinho – na tensão que você esteja vivendo!
Aquiete-se e você escutará o som da Sua voz! …aquiete-se e você ouvirá o que lhe diz o Senhor!
2) Uma outra verdade é esta: O SENHOR SE MANIFESTA NO REDEMOINHO
Lemos no livro do profeta Zacarias: "o SENHOR, tocará a trombeta e marchará em meio às tempestades do sul"; outra versão traz assim: "o SENHOR Deus fará soar a trombeta e irá com os redemoinhos do Sul" (Zc 9.14).
Amado, a Bíblia está mostrando: O Senhor pode se manifestar no redemoinho! O profeta Zacarias falou que o Senhor "marchará em meio às tempestades". Ele é o Rei Soberano… e marchará em meio às tempestades.
Ouça: o caos é matéria prima para Deus se manifestar com sua glória! …lembra de como a Bíblia conta a história da criação? Diz a Bíblia que a terra era sem forma e vazia. No entanto, Deus criou a luz, os mares, a terra seca, as plantas e os peixes e os animais, o homem e a mulher…
A verdade então é esta: Na tempestade violenta, na tensão mais forte, Deus mostra a Sua majestade, marchando, manifestando a Sua presença!
Irmão, irmã, num redemoinho Ele levou Elias ao céu… Ele falou à Jó… Deus transforma tragédia em bênção!
3) Ouça mais esta verdade: O SENHOR NOS QUEBRANTA NO REDEMOINHO
Quando estamos em meio as aflições é que descobrimos nossas fraquezas e incapacidades. Na tensão, nos momentos difíceis da vida, nos momentos de dor, de lágrimas, é que melhor, aprendemos a confiar em Deus e saber que sem Ele nós nada podemos fazer.
Quando Jó experimentou uma redemoinho sobre sua vida, Ele pode conhecer melhor a Deus, ele mesmo disse: "[Senhor] Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram"… Jó estava dizendo: "Somente agora eu conheço o Senhor de verdade! Antes eu só O conhecia de ouvir falar".
No livro de Jó, lemos que ele respondeu ao Senhor: "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado"… Jó disse isto quebrantado diante de Deus.
Também é muito interessante ler o que Jó declarou em seguida a isto, lemos em 42.6:"menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza" (Jó 42.6)… Com estas palavras Jó estava dizendo: "…eu me arrependo do meu orgulho e me cubro de terra e de cinza para mostrar minha tristeza".
Veja o que faz o redemoinho, quando Deus o permite na vida de alguém que O serve: esta experiência quebranta o coração, esmaga o orgulho, deixando a pessoa completamente entregue a Deus, dependente dEle.
Marcos Witt, em seu livro adoremos, diz que "Quando Deus nos quebranta, seu objetivo não é nos destruir. Ele quer destruir as atitudes incorretas que há em nós, para que assim a sua glória possa refletir-se por nosso intermédio".
Tenho aprendido que quebrantamento leva ao arrependimento, e arrependimento leva perdão; o perdão leva à liberdade e a liberdade nos proporciona uma maior capacidade de amar; e o amor sempre nos leva de volta para a verdadeira adoração a Deus e o sentimento de zelos nossos irmãos.

III. CONCLUSÃO

Os redemoinhos da nossa vida tem um propósito: Produzir transformação.
Veja este exemplo:
A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.
Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. E você o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?
Sempre surgirão alguns redemoinhos em nossas vidas: falta de dinheiro, falta de companheirismo… problemas familiares, desavenças, perseguições, enfermidade, etc…
Mas nunca esqueça que Deus usa redemoinhos, para falar, se manifestar e nos quebrantar de modo que poderemos subir às alturas.
Esta é a promessa: “…Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Isaías 40.31...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE