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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

FUI TRAÍDA E AGORA O QUE DEVO FAZER?


FUI TRAÍDA E AGORA O QUE DEVO FAZER?

A descoberta de uma traição é o desmoronar de tudo aquilo que dava como certo até aquele momento. A pessoa com quem escolheu partilhar a vida quebrou o pacto do amor, da intimidade e da fidelidade ao envolver-se com uma terceira pessoa. Ao sentimento da incredulidade, junta-se uma dor e uma raiva indescritíveis.
Sente-se sozinha, incapaz de perdoar e de voltar a confiar no seu parceiro. Não sabe se vai conseguir percorrer o caminho que se segue. Eis o que deve esperar numa primeira fase: ·       O choque inicial. Esta é a fase da incredulidade total – é incapaz de compreender que o seu companheiro esteve física, emocional e intimamente ligado a outra pessoa que não você. Passa os dias a reviver o tempo em que a infidelidade ocorreu, fazendo ligações e tentando perceber como é que não viu o que se estava a passar, como é que não viu que a sua vida se tornou uma mentira. Só lhe apetece “acordar” deste pesadelo.
·       Raiva e mais raiva. Lentamente, começa a aperceber-se que não se trata de um pesadelo, é a realidade a cores. Confrontada com esta realidade à qual não consegue fugir, os episódios de choro, de gritos, discussões, agressões e o partir de objetos são comuns – sente-se fora de controlo e é assim que vai agir. Nesta fase pode ainda sentir-se fisicamente doente e incapaz de sair da cama, de ir trabalhar ou de ver e falar com outras pessoas.
·       O desejo de vingança. Esta será, provavelmente, a fase mais complicada e onde poderá exprimir a sua raiva de formas muito perigosas, pouco saudáveis ou até mesmo ilegais. A fúria pode cegá-la, impedindo-a de pensar de forma clara e racional, o que pode trazer ao de cima o desejo de vingança. Pode começar a imaginar e a planejar maneiras de se vingar do seu companheiro ou até da pessoa com a qual foi traída. Idéias de como e com quem trair o seu parceiro começam a invadir os seus pensamentos, assim como formas de o magoar pessoal, profissional ou financeiramente. Nesta altura, é preciso pensar que esta é apenas mais uma fase e também esta vai passar. Tomar atitudes baseadas nas emoções e na dor vão provavelmente levá-la a fazer coisas sobre as quais mais tarde vai arrepender-se.
·       Dissipar a ira. Esta fase é marcada pelo fim dos episódios violentos e descontrolados, resultando num desgaste emocional onde a dor latente mantém-se. Demasiada cansada e esgotada até para chorar, chegou a altura de tentar uma reconciliação ou então colocar um ponto final na relação. Embora devastada, começa a raciocinar novamente, deixando de pensar na outra mulher e volta as suas atenções para a sua vida, para o seu companheiro e para a forma como vão resolver a situação.
PASSOS PARA A RECONCILIAÇÃO:
Poderá parecer estranho juntar as palavras “infidelidade” e “reconciliação” na mesma frase, mas o certo é que apenas 30% dos casais que enfrentam uma traição acabam por se separar. Ou seja, a esmagadora maioria consegue ultrapassar o adultério e, segundo psiquiatras, terapeutas e investigadores, a relação emerge mais forte do que nunca! Veja como:
1.   Recomeçar. Se escolheu o caminho da reconciliação, segue-se uma fase de intensa comunicação com o seu parceiro: toda a verdade terá de vir a tona (não se martirize ao querer saber os detalhes mais sórdidos) e terão de perceber o porquê desta traição. Exija do seu parceiro total honestidade, que cesse todo e qualquer contato com a outra mulher (se ainda não o fez), que não desdramatize a situação, que não a culpe exclusivamente a si, esperando que esqueça o assunto de um dia para o outro. Se fez alguma coisa que possa ter contribuído para essa infidelidade, tem de assumir a sua quota-parte da responsabilidade. Este será um processo longo e árduo, onde também você terá de se questionar acerca do seu papel na relação e como melhorá-la. Se, por outro lado, optou por terminar a relação, esta será uma fase de intensa solidão, mas é importante reagir: procurar novos interesses, um novo sentido na vida, sem necessariamente ir a correr para os braços de outro homem (não estará preparada por um novo envolvimento emocional). O importante é não fechar-se em casa, deixando-se entregue à sua tristeza – quanto mais fizer isto, mais difícil será seguir em frente.
2.   Voltar a confiar. Uma comunicação aberta e franca sobre tudo aquilo que aconteceu, o que sentiram e o que sentem agora é meio caminho andado para voltar a estabelecer uma relação de confiança. O regresso a um dia-a-dia onde o seu esposo está nitidamente se esforçando para se redimir e voltar a solidificar a vossa relação é um bom sinal. Da sua parte, também terá de estar preparada para perdoar e para não dificultar uma situação que por si só já é complicada. Mais uma vez, este será um processo moroso e contínuo, mas que pode ser apoiado pelo estabelecimento de uma nova data para o vosso aniversário, uma mudança no vosso estilo de vida, a instituição de uma nova forma de comunicação, entre outros. O ideal não é procurar a relação que tinham, mas sim começar de novo.
3.   Lembranças e memórias. O que nunca vai poder apagar da mente serão nomes, lugares, ou momentos que vão recordar a altura em que o seu companheiro foi infiel: pode ser uma música muito popular naquela época ou o restaurante pelo qual passa quando vai ao dentista e onde sabe que eles jantaram frequentemente. Estas lembranças podem surgir a qualquer momento e não há nada que possa fazer para as evitar, apenas evite ficar obcecada com coisas que estão agora no passado, que não pode mudar e que no fundo está a tentar esquecer e enterrar.
4.   Estabelecer objetivos realistas. Quer queira, quer não, a relação com o seu parceiro nunca será como antes. Mas, tenho uma boa notícia: Com o tempo poderá até ser melhor. Mas, no momento, você terá de questionar-se: consigo viver com esta nova realidade? Vou conseguir perdoar o meu companheiro e não falar sobre a sua traição todos os dias? Confio nele? Ele já assumiu a sua responsabilidade, a sua culpa? Tem-se dedicado à reconciliação? Foi totalmente honesto quando disse que nunca mais voltaria a acontecer nada semelhante? Se sim, a reconciliação é um objetivo realista. Se, por outro lado, o seu parceiro continua a desmentir o seu caso amoroso, não responde às suas perguntas, continua a agir de forma suspeita e/ou mantém o contato com a outra mulher, terá de avaliar se vai conseguir viver assim. Talvez a reconciliação não seja uma meta razoável. Terá de pensar em si. Coloque-se em primeiro lugar.
5.   O novo eu. Com ou sem o seu esposo, você pode se recuperar e bem. Vai demorar o seu tempo, mas sairá deste momento horrível uma pessoa mais forte, mais saudável, mais atenta. As lições mais importantes a retirar são:
·         Não pode entregar a sua felicidade numa bandeja a outra pessoa, nem estar totalmente dependente do seu parceiro, seja ele quem for.
·         Cultive os seus próprios interesses, fique próximo da família, amigos e comunidade de fé;
·         DECIDA SOBREVIVER, construa uma rede de apoio;
·         Seja como for, com a ajuda de Deus e força de vontade, você terá uma preciosa lição de vida e de crescimento pessoal, que futuramente poderá até ajudar outras pessoas.
Concluindo:
1. Se resolver perdoar, evite as constantes cobranças, lembranças e vingança subliminar. Como vingança subliminar eu quero dizer aquela situação onde você expõe a pessoa em público, ainda que seja pra contar que você o perdoou.
2. Creio que a restauração é um passo possível e muitas pessoas que passaram por esta experiência dramática tiveram seus relacionamentos restaurados. É plenamente possível.
3. Outra coisa. A decisão de restauração do casamento ou não deve ser exclusivamente das partes envolvidas. Deve-se evitar tomar decisões baseadas em opiniões de terceiros, sem a plena convicção dos reais interessados.
4. Um texto bíblico interessante para quem quer buscar a restauração é Jeremias 18:1 a 6
Jeremias 18
1  A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:
2  Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
3  E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas,
4  Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.
5  Então veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
6  Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE 

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