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domingo, 5 de agosto de 2012

ESTUDO SOBRE ROBOÃO....


ESTUDO SOBRE ROBOÃO

1 Reis 12:1-24; 14:21-31

A divisão do povo

Roboão é um nome que significa "ele aumenta o povo". Nasceu um ano antes do seu pai Salomão assumir o trono de Israel, quando ele era muito jovem ainda. Sua mãe era uma amonita chamada Naamá. Como não existe o registro de qualquer outro filho de Salomão, assume-se que ele era seu único filho.
Se realmente foi o único filho de Salomão, isso o legitimava como sucessor ao trono do seu pai, se a dinastia de Davi continuasse no poder. Mas o SENHOR já havia prevenido a Salomão que, por causa da sua infidelidade ao SENHOR, a sua descendência, a partir do seu filho, perderia o trono de Israel, ficando apenas com uma tribo além de Judá que era a sua própria.
Embora de início fosse aparentemente aceito por todo o povo como o legítimo sucessor de Salomão no trono, ele não havia sido ungido rei por um profeta em nome do SENHOR como os reis anteriores.
No entanto todo o povo de Israel se reuniu em Siquém para o fazer rei, e ele tendo completado o sepultamento e os dias de luto pelo seu pai, seguiu para lá para receber a investidura.
Entrementes Jeroboão, a quem Salomão quisera matar e por isso fugira para o Egito, voltou do Egito quando soube da morte de Salomão e se reuniu ao povo em Siquém. O profeta Aías havia revelado em segredo a Jeroboão anos antes que o SENHOR lhe daria dez tribos do reino de Israel por causa da idolatria de Salomão.
O povo sentia que tinha sido tratado opressivamente por Salomão e, quando Roboão chegou, exigiu primeiro que Roboão prometesse aliviar a sua carga como condição para se submeter a ele.
Roboão pediu o prazo de três dias para deliberar o assunto, e foi consultar os velhos e sábios conselheiros do seu falecido pai. Estes lhe disseram que, se agradasse ao povo fazendo a sua vontade, ganharia a sua lealdade para sempre.
Roboão desprezou seu conselho e foi consultar os jovens que haviam crescido com ele e o serviam. Estes sabiam o que ele queria e o incentivaram a dar uma resposta dura ao povo.
Roboão se agradou com o conselho desses seus companheiros e, terminado o prazo, com o povo reunido diante dele com Jeroboão, ele declarou que, ao invés de atender ao que o povo pedia, ele exigiria muito mais ainda dele do que Salomão.
Convém notar aqui que, desde o tempo em que entraram na terra prometida, houve alguma rivalidade e ciumeira entre as tribos do norte, lideradas pela tribo de Efraim, e as do sul, lideradas por Judá.
Efraim havia sido o filho mais novo de José, a quem Jacó havia dado a maior bênção (Gênesis 48:19, 49:26) e seus descendentes eram herdeiros da promessa que lhe havia sido feita. Julgavam por isso que tinham direito de liderança sobre o povo. Josué era dessa tribo, e Samuel vinha da sua terra. A tribo de Efraim é mencionada isoladamente como aceitando Isbosete, benjamita, como rei ao invés de Davi que era da tribo rival de Judá.
As tribos do norte aceitaram Davi sete anos depois bem como seu sucessor Salomão, mas ressentiam a primazia de Judá, em cujo território foi estabelecida a capital, com o centro de governo e o centro religioso do reino, bem como o elevado tributo exigido por Salomão para suas custosas edificações ali.
Compreende-se portanto a sua rebelião quando Roboão lhes disse que ia aumentar o seu jugo, e a declaração do povo: "Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé!" Israel voltou para suas tendas sem aclamar Roboão como rei, mas os que habitavam nas cidades de Judá permitiram que ele reinasse sobre eles, pois era da sua tribo.
Roboão tentou persuadi-los a mudar de idéia usando Adorão, superintendente dos que trabalhavam forçados, como intermediário, mas ele foi recebido a pedradas e morreu. Roboão teve que fugir às pressas para Jerusalém para salvar a pele.
Israel em seguida mandou chamar Jeroboão para o meio da congregação, e o investiu como rei, assim como Aías lhe havia anunciado.
Roboão finalmente decidiu armar os homens das tribos que estavam com ele e iniciar uma campanha militar contra as tribos rebeldes. Mas Deus instruiu a Semaías, um homem de Deus, para que dissesse a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá, e a Benjamim, e ao resto do povo, que não desse prosseguimento a essa campanha mas que cada um voltasse para sua casa, porque fora Deus que fizera a separação. Eles obedeceram à palavra do SENHOR, e voltaram para suas casas.

Os primeiros anos do seu reino (2 Crônicas 11:13-22)

Depois desse início desastroso, Roboão agiu prudentemente, fortificando as cidades fronteiriças, preparando um dos seus filhos para substituí-lo e dispersando outros pelas cidades fortificadas.
Por causa da idolatria imediatamente introduzida por Jeroboão em seu novo reino para evitar que o povo fosse adorar em Jerusalém, os sacerdotes e os levitas em todo o Israel deixaram os arredores das suas cidades e as suas possessões e recorreram a Roboão, vindo para Judá e para Jerusalém.
Além deles, todos aqueles de Israel que sinceramente resolveram buscar o SENHOR, Deus de Israel, foram a Jerusalém, para oferecerem sacrifícios ao SENHOR, Deus de seus pais. Eles assim fortaleceram o reino de Judá apoiando o rei Roboão.
Esta fase, em que andaram no caminho de Davi e Salomão, durou apenas três anos.

A idolatria e seu castigo

Não tardou muito para Roboão revelar o seu verdadeiro caráter de infidelidade a Deus.
Após ter confirmado o reino e se fortalecido, ele deixou a lei do SENHOR, e, com ele, todo o Israel, fazendo o que era mau aos olhos do SENHOR e provocando o seu zelo, mais do que os seus pais.
Os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros e debaixo de todas as árvores verdes, a prostituição-cultual e todas as coisas abomináveis das nações que o SENHOR expulsara de diante dos filhos de Israel.
O seu castigo veio no quinto ano do seu reinado: o rei Sisaque, do Egito, sogro de Jeroboão que agora reinava sobre Israel, invadiu o território de Judá com um poderoso exército, tomou as cidades fortificadas e subiu contra Jerusalém.
O SENHOR, através do profeta Semaías, preveniu Roboão e os seus príncipes que esta invasão veio em reciprocidade por que eles O haviam deixado. Eles reconheceram que o castigo era justo, e por isto Deus consentiu que continuassem vivendo, mas subjugados ao rei Sisaque.
Eles se renderam a Sisaque, que então tomou Jerusalém e se apossou de todos os tesouros que Salomão havia acumulado na Casa do SENHOR e no palácio real, e fez de Roboão o seu vassalo. Os arqueólogos encontraram umas esculturas que celebram esse evento em Karnac, no Alto Egito, mostrando o rei Sisaque segurando em suas mãos uma coluna de prisioneiros, com os nomes das cidades capturadas em Judá, as que Roboão havia fortificado.
Roboão não teve paz durante seu reinado, pois depois disso esteve sempre em guerra com Jeroboão. Finalmente, aos 58 anos e depois de reinar por dezessete anos ele morreu...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE



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